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UNIVERSIDADEFEDERALDOPARÁ
CAMPUSUNIVERSITÁRIODEBRAGANÇA
FACULDADEDEHISTÓRIA
Disciplina:H
istóriaMedievalII Docente:T
hiagoAzevedoPorto
Turma:HB2019 Matrícula:201912640032
Discente:C
amilaOliveiradasMercês
TEXTODIDÁTICO
Disciplina:H
istória Turma:7°ano
Docente:C
amilaOliveiradasMercês Tema:ImpérioBizantino
AINFLUENCERCONSTANTINOPLAY
Eai geração Z! Sabem onde fica a cidade de Istambul? Sim, essa mesma atual capital
da
Turquia. Como todas as outras cidades do mundo, ela tem um passado, mas o passado dela
foi marcante e até hoje é lembrado nos conteúdos de História Medieval. Isso mesmo,
Medieval, pois vamos falar sobre o maioral, o famosíssimo Império Bizantino que surgiu da
divisão do que hoje chamamos de Império Romano do Oriente e Ocidente. Istambul antes era
chamado de Constantinopla em 330 AD, ¬capital dos romanos, depois de Roma ser atacada
por povos germânicos ou “barbárie periférica” que os bizantinos consideravam¬ pois quem
comandava nela era nada mais, nada menos que o Imperador Constantino. Ele era o maioral e
com o poder totalmente centralizado a ele, Constantinopla se torna uma cidade invejável,
uma cidade portuária para a subsistência, com a economia voltada para os portos, comerciais
marítimos incessantes e a agricultura, mas o importante era principalmente a parte cultural, o
cristianismo e outras práticas que eram fundadas por causa da não aceitação do catolicismo.
O
Édito de
Milão foi
um decreto para não acontecer mais perseguição principalmente para a
Igreja Católica, pois havia uma distinção entre Igreja católica e Igreja Ortodoxa durante
muito tempo principalmente pelas diferenças, uma delas era a diferença de língua do grego e
do latim, a Igreja Romana era guiada sempre pela cultura latina, assim como as Igrejas
Ortodoxas com o grego. E esse decreto deu liberdade religiosa a todo o Império bizantino,
mas com a condição de fazer concílios (assembléias) antes das autoridades religiosas
tomaremalgumadecisão.EssesemaisoutrosfatorestornaramoImpériomaisforte.
Vamos ao que interessa, como um povo muito rico e religioso, a cultura deles sempre
foi influenciada, preservada e transmitida pela
cultura clássica grega, falando sobre a
superioridade espiritual sobre o material e a
elevação mística que é resultado dessa ideia.
Como assim professora? Eles gostavam muito
da religião e resolveram fazer obras de arte
incríveis em ícones, mosaicos, esculturas em
igrejas e também em ginásios, como esse da
imagem, ele está localizado na igreja de São
Vital em Ravenna na Itália, com todos os
detalhes da arte bizantina em mosaicos com
uma demonstração muito grande de poder e
elevação, colocando também em si a mesma
auréola dos santos, característica bem apresentável no tempo imperial principalmente de
Justiniano, Imperador de grande status, que trouxe para a cidade de Constantinopla a Grande
Basílica de Santa Sofia (Grego: Hagia Sophia). Porém, após a conquista pelos muçulmanos, o
magnífico templo se tornou uma mesquita e hoje é um
museu.
Outro exemplo de representação artesanal e cultural
religiosa que os bizantinos consagravam era a imagem
de Maria e o Menino Jesus aos seus braços. Na época,
no Império Bizantino as famílias tinham seus próprios
ícones e suas próprias imagens e muitas vezes nos
cultos e nas reuniões religiosas, as famílias mais
importantes levavam suas imagens e tentavam usá-las
como demonstração de poder. Mas houve um tempo
em que muçulmanos ortodoxos que não aceitavam esse
tipo de representação religiosa através de imagens
invadiram a igreja e começaram a quebrá-las, esse
momento foi nomeado de iconoclastia,¬ “quebrador de
imagem” e tem origem no grego eikon (ícone ou
imagem) e klastein (quebrar)¬ ou seja, queriam
diminuir o poder da Igreja e redirecionar recursos dela
para o próprio Estado, pois grande parte da renda das igrejas vinham da produção e venda
desses ícones. Como as igrejas tinham muito poder e muitas terras, como também as igrejas
do império romano do Ocidente, quando o concílio feito pelo imperador sem o apoio do
Papa, proibiu os ícones além da quebra desses ícones, estátuas e mosaicos, houve também
empoderamentosobreasterras,dinheirosepropriedades.
Esse ícone na imagem 1,
se tornou exemplo até hoje em outras igrejas católicas, como
na
igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Roma. A partir desse ícone, sua grande
influência começou a se destacar em várias outras igrejas atuais, como é mostrado na imagem
2
e 3, que é uma representação desse mesmo ícone em vitral, modelo de arte manual que mais
temos atualmente. Essa imagem está localizada na igreja de N.S. do P.S em Belém do Pará,
no Brasil. Percebemos então que as
representações bizantinas nos rodeiam até hoje, mas em
algumas igrejas podemos perceber que os efeitos da iconoclastia se resumem até hoje
também, pois vemos por aí muitas igrejas sem imagens e sem essa tradição, em resumo a
iconoclastia durou entre os séculos VIII e IX, mas tem seus resquícios deixados
principalmenteemConstantinopla,cidadedegrandeinfluência.
REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS
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TemáticodoOcidenteMedieval.Bauru,SP:EDUSC;SãoPaulo,SP:Imprensa
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