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SEDUC- SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO

PLANO DE ENSINO DE ARTES

ESCOLA ESTADUAL CÂNDIDO PORTINARI


Rua dos Angicos, 1602 – Cristo Rei, Tapurah - MT, CEP: 78573-000
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2° ANO Ensino Médio / 1° Bimestre


Linguagens/ARTES
Códigos de Habilidades Objetos de Conhecimento
(EM13LGG201 Lugares para criar
EM13LGG202 Artes e Cristianismo
Arte e Renascimento

Aluno:_________________________________________________________________
Prof:_________________________________________ Turma:_________________
_( ) Matutino _______________ ( ) Vespertino_______________ ( ) Noturno ________________

Arte e cristianismo na Idade Média


O período chamado Idade Média compreende o milênio que transcorreu desde a queda do Império Romano do
Ocidente (476) até o fim do Império Bizantino (1453). A arte e a cultura da Idade Média estão fortemente ligadas ao
cristianismo. O que chamamos de arte medieval do Ocidente são formas que os povos que viveram ao redor do
Mediterrâneo, e também nas nascentes civilizações europeias, encontraram para expressar a fé cristã.
Os antigos templos gregos e romanos eram espaços relativamente pequenos, construídos para abrigar imagens dos
deuses. Seus cultos consistiam em procissões, oferendas de alimentos e animais sacrificados em altares externos ao
templo. Para os cristãos, no entanto, o templo deveria ser um espaço de reunião dos fiéis. Durante a perseguição ao
cristianismo, esses encontros se deram em locais secretos, como em catacumbas, mas depois da oficialização dessa
religião foi preciso criar um lugar para congregar os fiéis.
Para as primeiras igrejas, os romanos adotaram como padrão arquitetônico as basílicas. Estas eram amplos salões de
reunião, construídos em Roma pelos antigos imperadores, nos quais funcionavam os tribunais e onde os mercadores
tratavam de negócios. Essas construções apresentavam duas galerias laterais separadas por um grande espaço
central sustentado por colunatas.
Os cristãos não ornamentavam seus templos com esculturas de mármore, pois elas lembrariam os deuses da cultura
greco-romana. A pintura e o mosaico, formas tradicionais da arte romana, foram adotadas como linguagem para
comunicar aos recém-convertidos a doutrina baseada no Deus único, onipotente e, sobretudo, invisível.

Esta basílica é uma das primeiras igrejas cristãs. As colunas de mármore com
capitéis coríntios foram aproveitadas de uma construção romana do século II. A basílica cristã tinha apenas uma
entrada, na nave central. Na extremidade oposta à entrada, sob uma semicúpula (chamada ábside), ficava o altar,
em que era realizado o rito da eucaristia, no qual, segundo a crença, a presença de Jesus Cristo era compartilhada
entre os fiéis.
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No final do século VI, o papa Gregório I, que estabeleceu uma série de condutas para os rituais cristãos, defendia que
as imagens podiam ser usadas como uma narrativa ilustrada para instruir os fiéis que não sabiam ler nem escrever.
Ressaltava que as imagens fossem simples, claras e se concentrassem no essencial, para se alcançar o resultado
didático. Dessa forma, foi elaborada uma iconografia cristã baseada na vida de Jesus. Algumas das obras mais
emblemáticas da arte no Ocidente versam sobre esses temas:
A anunciação: O arcanjo Gabriel anuncia à Virgem Maria que ela foi escolhida para gerar o filho de Deus.
• A natividade: Jesus é representado como um recém-nascido, na manjedoura, ladeado pela Virgem Maria e por São
José.
• A última ceia: Durante a celebração da Páscoa dos judeus, Jesus revela a seus apóstolos que lo go morrerá e os
convida a beber o vinho, que é seu sangue, e a comer o pão, que é seu corpo, criando assim o ato central do culto
cristão.
• A crucificação: As primeiras representações desse episódio eram simbólicas: a cruz era suficiente para representar
o sacrifício.
• A lamentação: Conhecida também como compaixão, representa o momento em que Maria acolhe o corpo ferido e
sem vida de Jesus.
• A ressurreição: Representa Jesus três dias depois de sua morte, deixando o sepulcro. • A ascensão: Representa
Jesus subindo aos céus. Segundo o Novo Testamento, Jesus subiu aos céus quarenta dias depois de ressuscitar.
A arte bizantina
Durante os séculos V e VI, o Império Bizantino, sediado em Constantinopla, se fortaleceu e se enriqueceu
controlando as rotas comerciais que ligavam Europa e Ásia por terra e por mar.
O império alcançou seu apogeu político e cultural durante o reinado de Justiniano I, quando Constantinopla (atual
Istambul), foi transformada em um notável centro artístico. A literatura, a ciência e a filosofia gregas continuavam a
ser ensinadas nas escolas do império, de modo que a cultura bizantina era uma síntese dos saberes dos gregos e o
dos povos do Oriente.
As principais características da arquitetura bizantina estão presentes na catedral de Santa Sofia. Seu espaço
monumental é dominado por um salão central encimado por uma grande cúpula.
A cultura bizantina influenciou a arte e a arquitetura praticadas na capital do Império Romano do Ocidente, a cidade
de Ravena, na península Itálica, especialmente após a conquista dessa cidade pelo exército do imperador Justiniano
I, em 540. Um exemplo da arte bizantina é a basílica de São Vital, com sua planta octogonal, domo central e paredes
recobertas de ricos mosaicos.

Nos mosaicos que decoram a igreja de São Vital, Justiniano I e sua esposa
foram representados como santos, com halos luminosos e trazendo o pão e o vinho da eucaristia. Essas imagens
combinam rituais do Império Bizantino, narrativas do Antigo Testamento e símbolos da liturgia cristã. Na visão cristã
bizantina, o poder imperial e o poder divino estão mesclados, numa espécie de sincretismo políticoreligioso.

A catedral de Santa Sofia foi construída em apenas cinco anos, durante o


reinado de Justiniano I. Seu grande domo se apoia sobre quatro arcos. Ao redor da cintura do domo, há 40 janelas

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que criam um círculo de luz, o qual, visto do interior, faz essa enorme cúpula parecer flutuar. Os quatro minaretes
foram acrescentados depois de 1453, durante o Império Otomano, quando a construção foi transformada em
mesquita. Hoje o edifício é um museu
A arte medieval na Europa
O Império Romano havia difundido no território que hoje conhecemos como Europa a língua latina e o cristianismo.
Com a fragmentação desse império, toda a região vivenciou constante instabilidade. Outros centros de poder se
formaram, mantendo-se às vezes por curto período.
O primeiro império medieval do Ocidente foi o dos francos, que dominou a região central da Europa sob o comando
de Carlos Magno. Durando pouco mais de cem anos, de 768 até 877, esse governo deu início a um processo de
reorganização do poder no continente.
Festas populares
Se se trabalha muito, em contrapartida podese desfrutar numerosos feriados e dias festivos como o Carnaval, que,
apesar da desconfiança e da vigilância suscitadas pela noite, grávida de todos os perigos, seja a agressão dos vadios
ou a do diabo, podem se prolongar em muitas noites incomuns.
[...] as festas, essencialmente religiosas, têm [na Idade Média] uma dupla função: de regozijo e de repouso. Aqui
também comparece a inovação. Novas festas são criadas, especialmente urbanas; a mais importante e que tem
grande e rápido su cesso é a festa de Corpus Christi, festa da eucaristia, nascida na cidade de Liège [hoje na Bélgica],
dando lugar a magníficas procissões, criando novos trajetos e novas formas cerimoniais. O Carnaval, que era na alta
Idade Média uma festa rústica, camponesa, com forte conotação pagã, invade a cidade, urbanizase, e aí se introduz
uma contestação ideológica. O Carnaval transformase em algo que se opõe à quaresma, combate a mentalidade
penitencial e ascética da religião cristã, faz triunfar o riso, que volta a ser, como na Antiguidade, algo próprio do
homem, contra o pranto, expressão da contrição e do arrependimento que devem caracterizar o homem pecador.
Carlos Magno desejava um retorno à glória dos tempos do Império Romano, e por essa razão promoveu a cultura
greco-romana, encomendando cópias de diversos textos da Antiguidade. Por outro lado, sua função como rei era
conduzir seu povo à salvação através da fé cristã. Desse modo, fez vir de Roma mestres que ensinassem o canto
gregoriano e, embora analfabeto (como muitos monarcas europeus de então), investiu também na produção de
cópias das escrituras cristãs.
No ano 1000, estabeleceu-se na Europa o feudalismo, sistema social que surgiu como resposta às intranquilidades
dos séculos anteriores. No sistema feudal, o senhor defende o vassalo, sempre que este esteja a seu serviço.
A igreja concentrava a população espalhada pelo campo, que nos domingos e dias de festa podia desfrutar desse
espaço decorado e grandioso. A igreja era a maior construção de toda a região, representando um ponto de
referência na paisagem para os que vinham de longe. Era simultaneamente um espaço sagrado e um monumento
cívico, porque ali eram guardadas as relíquias dos santos e sepultados os homens ilustres.
A construção de uma catedral gerava grande movimentação econômica e social. Essa obra coletiva, realizada ao
longo de décadas ou séculos, era a concretização de tradições passadas de pais para filhos
As primeiras catedrais, chamadas pelos historiadores de românicas, eram sólidas e pesadas, evocando o estilo
romano de construção. Algumas eram até fortificadas e abrigavam os cidadãos em momentos de tumulto ou
invasão.

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A catedral de Santiago, em Compostela, é um exemplo de arquitetura românica. Com
planta em forma de cruzeiro, tem três naves. A ausência de janelas na nave central propicia um ambiente de
recolhimento e mistério.
A arte no final da Idade Média
Com o início do século XI, a vida urbana começou a ressurgir vigorosamente. As universidades substituíam aos
poucos o papel cultural de mosteiros situados fora dos limites urbanos.
Na França, a monarquia adquiriu maior poder, consolidando sua autoridade na região de Paris, e aos poucos
estendeu seu controle sobre as Igrejas e os nobres de outras regiões.
O último período da Idade Média caracterizou-se pelo surgimento do que chamamos hoje de arquitetura gótica. As
grandes catedrais francesas são exemplos dessa arquitetura, caracterizada por edifícios altos e iluminados.
A primeira catedral gótica foi construída nas proximidades de Paris. A ideia de criar um espaço em que a luz radiante
pudesse ser associada à presença do divino levou o abade Suger a experimentar modificações na estrutura da
catedral de São Denis, em 1130. A revolução técnica consistiu em construir arcos e abóbadas ogivais. A utilização do
arco de ogiva permitiu construir abóbadas cada vez mais altas, proporcionando a sensação de grandiosidade no
interior dessas catedrais.
O romance
A ideia do amor romântico surgiu na França no começo do século XII, durante um breve florescimento cultural que
sucedeu a Primeira Cruzada. Diferentemente dos casamentos nobres da época, que eram essencialmente contratos
de negócio baseados em conveniências políticas ou financeiras, o amor romântico incluía uma devoção passional do
amante ao amado, embora a aproximação dos enamorados nem sempre se concretizasse.
O final da Idade Média foi uma época de grande transição nas artes. Assim como a arquitetura gótica francesa
transformava os espaços religiosos no início do século XII, a pintura italiana viria revolucionar as artes visuais no final
do século XIII.
O responsável por essa revolução da pintura, que envolvia nova forma de representar o mundo, foi o italiano Giotto
di Bondone (1266-1337), o primeiro pintor a explorar sistematicamente a técnica da perspectiva para a
representação do espaço, o que permitiu criar a impressão de profundidade tridimensional na pintura.
A novidade da pintura humanista de Giotto e de seus discípulos já prenunciava a transformação que estava por
acontecer no Renascimento.

Nos afrescos dessa capela em Pádua, Giotto consegue transportar o espectador para
dentro da imagem. Todas as figu ras – Cristo, anjos e mortais – são pela primeira vez pintadas na mesma escala e
com expressões individualizadas. Toda a composição contribui para criar um efeito emocional. Os elementos da
paisagem e os personagens conduzem nosso olhar aos rostos de Maria e de Jesus morto.

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Desafio:
1 As prá ticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando
elas assumiram a funçã o de pontos de passagem ou pó rticos. Este processo está diretamente

A)  O crescimento das atividades comerciais e urbanas.

B)  A migraçã o de camponeses e artesã os.

C)  A expansã o dos parques industriais e fabris.

D)  O aumento do nú mero de castelos e feudos.

E)  A contençã o das epidemias e doenças.

2- Na Idade Média, o livro por excelência foi a Bíblia. Pode-se dizer que a quase totalidade do que se produziu
em termos de relfexão e pensamento estava diretamente relacionado aos textos sagrados do cristianismo
ou às suas interpretações. Das escolas monásticas às universidades, o essencial do sistema de ensino estava
submetido ao rígido controle da Igreja, que, por sinal, manteve monopólio sobre a escrita até o século XII(…).
Assim, reforçando os ensinamentos da religião, controlando as crenças e a moral das pessoas, dirigindo o
sistema de ensino e o universo cultural, penetrando nas consciências através das confissões, a Igreja
estendeu um poder absoluto sobre todas as formas de saber.
Agora responda:
a) Qual a relação existente entre a religião e o saber na Idade Média?
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3 -Na arte românica, os traços principais eram o arco redondo, as paredes maciças, janelas pequenas,
pilastras enormes e pesadas, predominância das linhas horizontais, interiores escuros, lembrando mosteiros.
De acordo com a matéria estudada, indique:
a) Por que essa arte recebeu o nome de românica?
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4- Converse com seus colegas sobre livros ilustrados. vocês se lembram das ilustrações dos livros infantis
que liam quando eram crianças? troquem ideias sobre diferentes tipos de desenhos e ilustração.
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5- Que tipo de ilustração vocês mais gostam?
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Um novo humanismo
Com o crescimento da economia nas cidades italianas, no final do século XIV surgiu uma próspera classe de
comerciantes e banqueiros. Esse processo intensificou mudanças que vinham ocorrendo desde o século XIII,
como a urbanização, o aumento do interesse intelectual e o crescimento do mecenato. Comerciantes e
banqueiros haviam conquistado poder social, acumulando riquezas com atividades bancárias, como
empréstimo de dinheiro e cobrança de juros. Como essas atividades eram condenadas pela religião católica,
os banqueiros se preocupavam em colaborar com a construção e decoração de igrejas, encomendando
obras a artistas e arquitetos
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De modo geral, podemos sintetizar o Renascimento em duas palavras: individualismo e humanismo.
No caso dos artistas, o individualismo foi o primeiro passo em direção a uma forma mais livre de pensar e de
expressar as crenças e os mitos. O humanismo, por sua vez, é o interesse no ser humano e em tudo o que diz
respeito ao homem e sua vida na Terra. Os pensadores humanistas do Renascimento propunham o estudo
dos modelos da Antiguidade clássica, a valorização dos esforços pessoais e a busca ao bem comum.
Durante a Idade Média os textos clássicos da cultura grego-romana haviam sido copiados por monges
(Capítulo 11) e preservados em monastérios, chegando às mãos de estudantes nas primeiras universidades
fundadas no século XIII na Itália, França e Inglaterra. Com a invenção da prensa tipográfica, esses textos
puderam ser reproduzidos em larga escala e disseminados por toda a Europa.

O nascimento de Vênus, pintado pelo florentino Sandro Botticelli (1444-


1510), marcou, depois de mais de mil anos, a retomada de um tema pagão. A pintura mostra Vênus (nome
romano de Afrodite, a deusa grega do amor) nascida da espuma das ondas depois que os genitais de seu pai,
o deus Urano, foram lançados ao mar. Sobre uma concha que flutua, Vênus é conduzida por Zéfiro, o vento
oeste, até uma praia onde é recebida por uma ninfa, que simboliza a primavera.
A pintura e a perspectiva
Interessados no mundo natural, os artistas e arquitetos desenvolveram um sistema capaz de representar o
mundo visível de maneira muito convincente, proporcionando ao observador a ilusão de três dimensões.
Esse sistema, chamado perspectiva, foi demonstrado pelo arquiteto Filippo Brunelleschi (1377-1446) quando
estudava a construção da cúpula da catedral de Florença, em 1420.
Brunelleschi, que havia estudado as técnicas construtivas dos edifícios romanos da Antiguidade, venceu um
concurso para solucionar a cúpula da catedral de Florença, edifício que, embora projetado no final do século
XIII, permanecia inacabado. Brunelleschi desenhou uma cúpula ligeiramente ogival. Enquanto trabalhava
nesse projeto, inventou também um engenhoso sistema de representação, que permitiu desenhá-la em
perspectiva.

Vista aérea da Basílica de Santa Maria del Fiore, Catedral de Florença,


localizada no Centro histórico de Florença, Itália. Foto de 2011.
Arte e ciência no Renascimento
No ambiente cultural de Florença, ao qual se dirigiam jovens de toda a Europa, surgiu uma nova geração de
artistas. Esses jovens redefiniram o papel do artista e impulsionaram as ideias científicas de seu tempo.
Três deles, posteriormente considerados os grandes mestres do Renascimento, foram responsáveis por essa
mudança: Leonardo da Vinci (1452-1519), Michelangelo (1475-1564) e Rafael (1483-1520). Os três
colaboraram para difundir a influência artística de Florença ao atuarem, mais tarde, em outros centros
italianos. Leonardo aprendeu as técnicas artísticas trabalhando como aprendiz em Florença. Mas ele não foi
apenas artista. Sua curiosidade o levou a pesquisar o funcionamento do corpo humano, o voo de insetos e
pássaros, os reflexos em espelhos curvos, o crescimento das plantas, a harmonia dos sons, o

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comportamento dos líquidos e o movimento dos planetas. Trabalhou como engenheiro e urbanista,
projetando canais, fortificações e dispositivos bélicos.
Para Leonardo, a arte era uma forma de indagação e o desenho era uma “coisa mental”, um processo
intelectual, uma ferramenta para estruturar o pensamento. Ele utilizou o desenho como instrumento de
investigação em todas as disciplinas e também como forma de documentar suas pesquisas. Leonardo
concluiu poucas pinturas, mas entre elas estão algumas das mais conhecidas do Ocidente, como A última
ceia e a Mona Lisa, a obra mais visitada do Museu do Louvre, em Paris.

Nas primeiras pinturas renascentistas as figuras humanas eram representadas a partir da


observação de esculturas (como é o caso da Vênus de Botticelli) e, por isso, em geral aparentavam certa
rigidez. Para evitar esse problema, ao pintar a Mona Lisa, Leonardo deixou o contorno da figura pouco
preciso, aplicando a técnica conhecida como sfumato (esfumado). Especialmente nos olhos e na boca, o
artista usou um suave sombreado, que contribui para a expressão enigmática de sua modelo.
Livros ilustrados
A técnica de fazer gravuras em madeira, chamada xilogravura, já era usada antes da publicação da Bíblia de
Gutenberg. A invenção da imprensa, porém, fez com que as oficinas de impressão se disseminassem pela
Europa, aumentando significativamente a demanda por artistas gravadores. A cidade de Nuremberg, na
Alemanha, despontou como um importante centro de produção de livros já no final do século XV. Ali
trabalhava o jovem Albrecht Dürer (1471-1528), que se tornaria o maior artista gráfico do Renascimento

Com 27 anos, Dürer ilustrou O apocalipse de São João. Nessas imagens, valendo-se
apenas da linguagem gráfica, o artista conseguiu criar efeitos admiráveis de volume, profundidade, luz,
sombra e textura. Orgulhoso de suas obras, Dürer imprimia sua assinatura em lugar de destaque, neste caso
na placa que pende de um ramo seguro por Adão
Michelangelo aprendeu técnicas de afresco e desenho, mas seu interesse maior era pela escultura. Afirmava
ter aprendido essa arte observando a coleção de esculturas clássicas da família Médici, ricos banqueiros de
Florença. Diferentemente de Leonardo, sua maior fonte de inspiração não era a natureza, mas a cultura.
Michelangelo interessava-se pela história e foi poeta, arquiteto e urbanista.
O Papa Júlio II encomendou a Michelangelo a pintura do teto de uma capela erguida no Vaticano por seu
antecessor Sixto IV; a Capela Sistina. Michelangelo trabalhou praticamente sozinho durante quatro anos. O
conjunto está povoado de figuras, algumas representadas como esculturas, outras cheias de vida e em
intenso movimento. Os afrescos mostram passagens do Antigo Testamento, como Deus criando o Sol e os
planetas, a expulsão do Paraíso e o dilúvio. Mais tarde Michelangelo recebeu a missão de representar o Juízo
Final na parede do altar da mesma capela

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O primeiro grande trabalho realizado por Michelangelo foi esta Pietà. Aqui, a Virgem
Maria, que, por seu semblante jovem e belo, poderia estar carregando o menino Jesus, sustenta em seu colo
o corpo sem vida de Jesus crucificado. O artista escolheu em Carrara, região do centro da Itália de onde é
extraído o melhor mármore do mundo, o bloco para este conjunto. Ele dizia que seu trabalho de escultor
consistia em libertar as figuras que já existiam presas na pedra.

A cena mais conhecida desse conjunto é A criação de Adão, na qual


Michelangelo retrata o momento em que Deus transmite vida ao corpo do primeiro homem.
Desafio
6 -Os três grandes mestres do Renascimento:
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7 O renascimento cultural e artístico do século XVI teve grandes nomes da pintura entre os seus protagonistas.
Assinale a alternativa que indica o artista renascentista italiano que ficou conhecido como o Pintor das
Madonas.
a) ( )     Leonardo da Vinci
b) ( )     Rafael Sanzio
c) ( )     Giordano Bruno
d) ( )     Michelangelo

8- O Renascimento cultural e artístico europeu do século XVI foi um processo lento e prolongado de
transformações que remontam ao período final da Idade Média, principalmente a partir do século XI. A partir
dos seus conhecimentos referentes ao período, responda:
a) Quais os principais aspectos valorizados pelos artistas renascentistas em suas obras e em quais locais da
Europa esta produção artística foi mais valorizada?
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b) Cite dois pintores renascentistas?
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9- Sobre as principais características técnicas de produção artística, nas quais se basearam os pintores e
escultores renascentistas para a produção de suas obras, assinale a alternativa incorreta:

a) ( )     Princípios matemáticos e racionais;

b) ( )     O antropocentrismo;

c) ( )     O plano reto e motivos religiosos; ou

d) ( )    A adoção da perspectiva.

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10- Romeu e Julieta é uma tragédia do escritor inglês Willian Shakespeare
(1564-1616) escrita no final do século XVI. A obra de dramaturgia relata a história de amor entre Romeu e
Julieta.

Faça um pequeno relato, o que você mudaria nessa história, trazendo para os dias atuais.

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Bibliografia :
BNCC de Linguagens/Arte: Artes visuais
Livro Didáico

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SEDUC- SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO

PLANO DE ENSINO DE ARTES

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C.N.P.J.24.771.768/0001-27 Telefone: (66) 3547-1114
E:mail: tph.ee.candido.portinari@seduc.mt.gov.br

2° ANO Ensino Médio / 1° Bimestre


Linguagens/ARTES
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Arte e Renascimento

Aluno:_________________________________________________________________
Prof:_________________________________________ Turma:_________________
_( ) Matutino _______________ ( ) Vespertino_______________ ( ) Noturno ________________
Gabarito :
1 a)( ) b( ) c)( ) d) ( ) e ) ( ).
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7 a) ( )     Leonardo da Vinci b) ( )     Rafael Sanzi c) ( )     Giordano Bruno d) ( )     Michelangelo

8a)____________________________________________________________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________________________________________________________________
B )____________________________________________________________________________________________________________________________
9 a) ( )     Princípios matemáticos e racionais;b) ( )     O antropocentrismo;c) ( )     O plano reto e motivos
religiosos; oud) ( )    A adoção da perspectiva.

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Boa Sorte !!!!!

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