Você está na página 1de 2

É muito estranho para não dizer que é bizarro pensar em um povo que intitula superior negar a

cultura e a história de outro povo.

O imaginário global dominante detém toda narrativa de desigualdade social e econômica pois o
mundo hoje é movido pela força do capital financeiro, e essa força dominante reforça cada vez mais
a desigualdade social e isso é o resultado desse nosso sistema colonial.

Ao qual reflete totalmente na escolarização no sentido de que a escola está formando pessoas que
naturalizam essa ideia de desigualdade ao qual temos o pensamento de que o mundo sempre foi
assim e de que o capitalismo é a forma correta e o único meio de que a sociedade funciona. Ou seja,
escola não está formando pessoas pensantes e sim em pessoas homogeneizadas que naturalizam a
desigualdade e se tornem incapazes de questionar esse sistema colonizador

A escola tem servido para naturalizar coisas que não são naturais, e um exemplo disso é o trabalho,
a ideia de que temos que trabalhar uma vida inteira para sobreviver, e é muito chocante quando
paramos pra pensar que mesmo após mais de 100 das lutas de classes e movimentos operários
ainda tenhamos que trabalhar por 8h diárias por 6 dias da semana e quando temos a oportunidade
de um descanso, e ele, merecido, nos sintamos culpados e improdutivos, pois nos foi imposta essa
ideia de que temos que trabalhar arduamente para alcançar uma riqueza inalcançável e uma
ascensão social.

E dando continuidade nessa narrativa da escola, ela, a escola é totalmente voltada para o ensino
eurocêntrico, nós estudamos a história sobre o Egito Antigo, Roma, Grécia, Idade Média, Revolução
Francesa, estudamos somente a história eurocêntrica.

MAS O QUESTIONAMENTO QUE COLOCO AQUI É O SEGUINTE, E AS NOSSAS HISTÓRIAS?


PQ A NOSSA HISTÓRIA NÃO É CONTADA?

PQ QUANDO FALAMOS EM ÁFRICA O PRIMEIRO PENSAMENTO QUE VEM A MENTE É DE NEGROS


ESCRAVIZADOS E DE NAVIOS NEGREIROS?

PQ NÃO ESTUDAMOS OS REINOS E REINADOS AFRICANOS?

(EXEMPLO DE REI AFRICANO)

KHAMA
O Rei Bom de Bechuanaland (1819 – 1923)

• Khama distinguiu seu reinado como sendo altamente considerado como um


governante pacífico
• Desejo e habilidade para extrair inovações tecnológicas dos europeus enquanto
resistia às tentativas deles para colonizar seu país.
• Tais avanços incluíram a construção de escolas, alimentos científicos para gado, e a
introdução de um corpo de exército policial montado que praticamente eliminou
todas as formas de crime.

E com isso eu afirmo que a história é sim um instrumento de dominação e controle social.

Marc Ferro foi um historiador que escreveu a seguinte frase:


“CONTROLAR O PASSADO AJUDA A DOMINAR O PRESENTE E LEGITIMAR TANTO AS
DOMINAÇÕES, COMO AS REBELDIAS.”
Aquele que domina o passado, tem controle do futuro. E isso nos ajuda a saber o que
preservar, o que mudar e acima de tudo, o que destruir.
A história é institucional é exaltada nos livros, nos poemas e canções, e a contra história que
seriam dos povos vencidos, ela é sepultada, velada e esquecida.
E entrando no quesito do esquecimento, eu volto a falar que a escola tem deixado de lado a
história dos africanos, dos indígenas e portando, mais uma vez a escola vem reforçando a
colonialidade do saber e do poder e segue reproduzindo uma visão dominante, pautada no
poder, exclusão, racismo e no extermínio.
OU SEJA, A COLINIALIDADE DO SABER ACABA POR REFORÇAR E NATURALIZAR A
EXPLORAÇÃO DE MUITOS PARA BENEFICIOS DE POUCOS.
E para mudar isso, precisamos urgentemente de uma decolonialidade!
E para descolonizar, é necessário reconhecer e confrontar as formas de opressão e
exploração decorrentes do colonialismo. Isso envolve desafiar as narrativas e os discursos
dominantes que perpetuam a inferiorização e a marginalização das culturas e
conhecimentos não ocidentais.
DADO EM CONSIDERAÇÃO QUE SOMOS OCIDENTALIZADOS E NÃO OCIDENTAIS.
Então precisamos questionar as Ciências Sociais e não naturalizar que nas escolas sejam
ensinadas somente a história branca europeia, sendo que a população brasileira consiste
em 56% de pessoas pretas ou pardas.
Necessitamos de uma representatividade maior e mais reflexiva que valoriza os saberes
indígenas e africanos e que critiquem a função colonizadora e a escolarização ocidental e e
eu volto a falar, SOMOS OCIDENTALIZADOS E NÃO OCIDENTAIS.

LETICIA HABLA DE KRENAK

EU VOLTO COM A NÃO ACEITAÇÃO

• NÃO PODEMOS MAIS ACEITAR A NARRATIVA DA EDUCAÇÃO QUE ENSINA QUE A


MINHA AVÓ ERA ANALFABETA, PRIMITIVA, ATRASADA, ESTÚPIDA, IGNORANTE,
SUBDESENVOLVIDA, INCIVILIZADA E QUE NÃO ERA CAPAZ DE GERIR SEUS PROPRIOS
ASSUNTOS.

Você também pode gostar