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RESUMO CÁP.

IX

No passado, quando se tinha como fonte de direito os costumes de


determinada sociedade, o direito escrito não era portador da mesma influência
que a cultura tinha sobre seus cidadãos. notava-se que juridicidade se
restringia apenas ao direito canônico. No entanto, a obra idealizada por
Justiniano – Corpus Juris Civilis (Corpo de Lei Civil) - ganhava ascensão,
revitalizando o direito europeu continental. A obra de Justiniano se sobressaia
diante os costumes daquela época, por possuir caráter formal. Nesse viés, a
obra era vista como um documento mais amplo quando se tratava de leis,
surgindo como essencial para êxito financeiro e social, tinha como
característica sua abrangência, pois em alguns casos o direito local não previa
determinadas condutas. Dessa maneira, não apenas o direito canônico era
objeto de estudos acadêmicos, o corpus juris civilis também era usado pelos
universitários, esse material estava a frente dos direitos locais daquela época e
sendo utilizado em sociedade peculiar frente as outras. Nesse contexto,
observa-se a evolução das relações comerciais, requerendo segurança
jurídica, sendo essa, assegurada pelo corpus juris civilis também conhecido
como direito Romano erudito, dessa maneira como os direitos vigentes da
época não tinha tanto eficiência, o direito erudito era responsável na
estabilização das relações comerciais tornando-se destaque em outros países.
Em Toledo, descobriam-se obras referentes aos costumes clássicos gregos,
dentre elas as de Aristóteles que serviu de suporte para ascensão da Filosofia
e das ciências entre os séculos XI e XV. Nesse viés, destacam-se também os
conceitos de São Tomás de Aquino, destaque como o percursor mais relevante
da Escolástica, que defendia o uso da razão e da fé para obtenção da verdade
em uma relação recíproca. Os Escolásticos tiveram grande substancialidade no
direito da época, pois defendiam que qualquer decisão ou norma fazem parte
de um sistema jurídico, também conhecido como todo. Dessa maneira,
conseguem ênfase para hermenêutica jurídica que era observada após a
análise de uma parte que permite um entendimento do sistema jurídico
fundamentado. Nesse contexto, Aberlado tem ênfase com o conceito de que a
verdade está no todo e não na parte. A obra de Justiniano tinham adeptos fiéis
como os Glosadores, estes se importavam, exclusivamente, com as partes.
Essa escola teve sua participação na evolução do Direito Europeu Continental,
pois facilitaram servindo de suporte para os sucessores que estudariam com
mais afinco o direito romano, explorando os textos do Corpus Juris Civilis com
mais facilidade. As escolas do comentadores estudaram a obra de Justiniano
com maior amplitude, entendendo-a como um sistema. Diferente dos
Glosadores eles procurariam resoluções para casos específicos na totalidade
da obra e não apenas em parte. Sobressaem diante os Glosadores, pois se
importariam mais com os princípios fundantes do direito. Eles assimilavam o
direito à ética procurando complementar com uma característica elementar, a
justiça. Apesar de não serem identificados completamente como uma escola de
pensadores juristas, mas conglomerado de conceitos na área do direito,
fundamentado na pauta humanista. Obtiveram destaque a partir da idade
media baixa, inovando no entendimento no estudo voltado para área jurídica.
Dessa perspectiva, os humanistas se contrapunham aos comentadores
tachando-os de não íntegros por modificarem a língua e o direito romano.
Dessa forma, apesar de considerarem a obra de Justiniano ultrapassada,
buscavam nela inconsistências expostas nos estudos das escolas
antecessoras, influenciando no aperfeiçoamento do direito romano.

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