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Didáticas Assimétricas

Como transformar ensino em


aprendizagem

Paulo Tomazinho
2020
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Ficha Catalográfica
M593 Didática Assimétrica: Como Transformar Ensino em
Aprendizagem / Paulo Henrique Tomazinho - Curitiba:
Meta Aprendizagem, 2020.
33 p.

ISBN ​9798561220890

1. Educação. 2. Didática. 3 Didática Assimétrica. 4.


Metodologias Ativas. I. Tomazinho, Paulo Henrique. II Meta
Aprendizagem. III. Amazon KDP. III. Título.

(21 ed) CDD: 378


Bibliotecária Responsável: Amazon KDP
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Sumário

Apresentação
Estratégias Didáticas Assimétricas para usar no início das aulas
Quiz de Verdadeiro ou Falso
Pergunta de Opinião
Estratégias Didáticas Assimétricas para usar no meio das aulas
Pergunta Aberta
Projeção Futura
Estratégias Didáticas Assimétricas para usar no fim das aulas
Comentário Síntese
Uma Palavra ou Hashtag
Próximos Passos
Convite
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Apresentação

Neste ebook você aprenderá ​seis estratégias didáticas


assimétricas​ para transformar ensino em aprendizagem.

Estratégias Didáticas Assimétricas são estratégias de


ensino-aprendizagem no qual o ganho de aprendizagem é
desproporcional ao tempo investido no ensino.

Costumo dizer - e às vezes sou mal interpretado por isso - que


ensino nem sempre significa aprendizagem.

Para minha sorte é muito fácil provar essa tese.

É possível provar até mesmo com dados públicos e oficiais. Basta


pegarmos o resultado em matemática dos alunos do 9​o ano do
Ensino Fundamental avaliados pelo Sistema de Avaliação do
Ensino Básico (SAEB, 2019). Lá, vemos que apenas 2% dos
alunos que estão no 9​o​ ano tem proficiência em matemática.

A pergunta que não quer calar:

E os outros 98% não tiveram aula de matemática? Não fizeram


provas de matemática para passar de ano na sua vida estudantil
até chegar ao 9​o​ ano? Não foi ensinado matemática para eles?

Para todas as perguntas a resposta é sim. Sim! Todos eles tiveram


aulas de matemática. Sim! Todos eles passaram nas provas de
matemática, desde o primeiro ano do ensino fundamental II,
fizeram pelo menos dezesseis provas bimestrais de matemática
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para chegar ao 9​o ano. E sim! todos esses alunos tiveram ENSINO
de matemática, mas não APRENDERAM matemática.

Pense em qualquer outra disciplina, em qualquer nível de ensino.

Infelizmente o resultado provavelmente será muito semelhante. O


Brasil é um país que ensina muito, mas os alunos aprendem
pouco.

O resultado está aí…

Números alarmantes de analfabetismos funcionais, baixíssima


eficiência laboral, corrupção, apagão de talentos.

Antes de qualquer outra coisa, precisamos urgentemente


transformar ensino em aprendizagem.

Não adianta investimento, não adianta tecnologia, não adianta


acelerar algo que intrinsecamente está errado.

Neste ebook, proponho seis estratégias muito simples, muito fáceis


e rápidas de aplicar, mas que posso garantir que funcionam, que
promovem ganho de aprendizagem significativo para os alunos.

Desenvolvi essas estratégias por desespero.

Chegou um momento na minha vida de professor que não


conseguia dormir direito. Algo me tirava o sono.

Tirava-me o sono o fato de meus alunos gostarem de minhas


aulas, tirarem boas notas, mas um tempo depois das provas -
poucas semanas - quando conversava com eles pelos corredores
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ou cantina da universidade percebia que eles não tinham


aprendido aquilo que estudaram no bimestre, e pasmem, fizeram
prova há poucos dias e muitos ainda tinham conseguido um
resultado bom, ou seja, notas altas.

Conversando com esses alunos, trocando ideias com colegas


professores, de forma empírica descobri que esses alunos
estudam na véspera da prova, com o único objetivo de memorizar
fatos e conceitos, para conseguirem responder às questões das
provas, tirar nota, conseguir média, passar de ano e deixar pais e
mães felizes.

Aqueles meus alunos, e talvez os seus aí também, não estudavam


para aprender. Estudavam para tirar nota. Nota é o grande objetivo
educacional deles.

Uma vez que conseguiam a nota, não havia mais motivação


extrínseca nem intrínseca para aprender.

E isso me incomodava profundamente. De verdade perdia noites


de sono por isso.

Eu enquanto professor, tinha a obrigação moral de ao menos


tentar fazer alguma coisa para mudar essa situação.

Comecei a estudar didática para tentar melhorar minhas aulas.


Acontecia que eles gostavam ainda mais das aulas, tiravam boas
notas, mas ainda não aprendiam.

Comecei a perceber que a solução não estava no ensino, mas na


aprendizagem. Mergulhei nas teorias educacionais da
aprendizagem, estudei psicologia social, psicologia
comportamental, psicologia positiva, gestalt, programação
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neurolinguística, neurociências, influência, persuasão, fiz um


doutorado em Educação no Chile na tentativa de buscar resposta.

Mas principalmente: ​comecei a experimentar.

Como tinha quatro turmas da mesma disciplina, comecei a ensinar


os mesmos conteúdos de forma diferente, mudava o método,
experimentava novas tecnologias e novas estratégias. Anotava
tudo para poder avaliar qual estratégia tinha mais impacto na
aprendizagem dos alunos, não na nota.

E descobri coisas muito interessantes.

Descobri estratégias didáticas muito simples, fáceis e rápidas de


aplicar em qualquer aula, que resulta numa aprendizagem
significativa e duradoura. Durante quase uma década fui
aperfeiçoando, lapidando, sistematizando e experimentando novas
estratégias.

Chamo estes conhecimentos de ​Estratégias Didáticas


Assimétricas​, porque são ações nas quais o ganho de
aprendizagem é desproporcional ao tempo investido no ensino.
São estratégias capazes de realmente transformar ensino em
aprendizagem.

Uma vez que essas estratégias estavam funcionando para mim,


era hora de descobrir se elas funcionavam em outros contextos,
outros professores, outros níveis de ensino, e recentemente até
descobrir se elas também funcionam no ensino remoto síncrono e
assíncrono.

E para minha felicidade, e esperança, posso afirmar que elas


funcionam. Não só eu, mas centenas de professores que
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aprendem e utilizam as estratégias didáticas assimétricas


rotineiramente em suas aulas conseguem transformar ensino em
aprendizagem.

E é exatamente isso que quero compartilhar com você neste


ebook.

Estratégias simples, rápidas e fáceis de usar, desenvolvidas


com embasamento teórico, científico e levando em
consideração as neurociências da aprendizagem para
transformar ensino em aprendizagem.

Neste ebook você aprenderá duas estratégias para usar no início


das aulas, duas estratégias para usar no meio das aulas, e duas
estratégias para usar no fim das aulas.

No fim, se fizer sentido para você vou lhe fazer um convite para me
ajudar a espalhar essas estratégias, e talvez nossos filhos e netos
poderão contar outra história sobre esse país que tanto amamos.

Boa leitura.

Encontro você nas próximas páginas.


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Estratégias Didáticas Assimétricas para usar


no início das aulas

Você vai conhecer duas estratégias para serem utilizadas no início


das aulas.

Quiz de Verdadeiro ou Falso e Pergunta de Opinião.


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Quiz de Verdadeiro ou Falso

Quiz é uma sequência de perguntas. Imagine começar uma aula


com quatro ou cinco perguntas de verdadeiro ou falso sobre o
assunto que você ainda vai desenvolver em aula.

Uma pergunta de verdadeiro ou falso é tão simples quanto


apresentar uma afirmação e perguntar se aquela afirmativa é
verdadeira ou falsa.

Peça para seus alunos responderem anotando num pedaço de


papel, no caderno ou mesmo no chat do ambiente virtual de
aprendizagem.

Essa estratégia didática assimétrica funciona porque força os


alunos a tomarem uma decisão.

Eles precisam decidir se a afirmativa é verdadeira ou falsa.

E mesmo, muitas vezes, sendo uma decisão muito simples, a nível


neural acontece uma hiperativação.

Assim que o aluno precisa decidir se aquela afirmação é


verdadeira ou falsa, uma série de caminhos sinápticos são
ativados na tentativa de fazer o maior número de associações
possíveis com memórias ou conhecimentos prévios que
possa ter alguma relação, ou causa e efeito, com a decisão
que o aluno tem que tomar.

E tudo isso acontece em milissegundos.


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Todo o cérebro é ativado, e áreas de memórias e conhecimentos


prévios são resgatados.

Basicamente essa simples estratégica consegue preparar o


cérebro para aprender, por justamente reviver essas memórias e
torná-las mais acessíveis e disponíveis a novas associações, que
poderão ser criadas com a apresentação dos novos conteúdos da
aula.

É muito fácil usar essa estratégia.

Uma vez que você, professor, já tenha sua aula montada, por
exemplo, um roteiro ou sequência de slides.

Olhe para todo o conteúdo dessa aula, e se pergunte:

● Quais são os quatro ou cinco pontos mais importantes


dessa aula?

● O que dessa aula é essencial o aluno saber?

Eu chamo isso de ​refrão da aula.

Da mesma forma como primeiro guardamos o refrão de uma


música para só depois aprendermos a cantar toda a música, eu
penso o mesmo nas aulas. O que meu aluno, minimamente, tem
que saber sobre esse conteúdo.

Uma vez decidido quais são esses quatro ou cinco tópicos


fundamentais, transforme esses tópicos em afirmativas.

Utilize um editor de slides e escreva essa afirmativa nos slides.


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Abaixo dessa frase, crie duas caixas de texto. Numa digite


“verdadeiro” e na outra “falso”.

Duplique esses slides e destaque a resposta correta. Você pode


fazer isso apenas preenchendo o fundo da caixa de texto com uma
cor, por exemplo verde.

Você pode usar o quiz no início da aula para ganhar a atenção e


criar interesse dos alunos pelo assunto que ainda será trabalhado
futuramente.

Planeje apenas um ou dois minutos para realizar essa atividade.

Quatro a cinco perguntas é um número ideal. Eu já testei com duas


e até dez perguntas. Com duas perguntas não dá tempo de
engajar os alunos, e oito ou mais fica chato, maçante.

Seja rápido, isso significa que você deve dar muito pouco tempo
para os alunos responderem. No início 20 a 30 segundos no
máximo, e conforme à turma for acostumando a participar dos
quizzes nos inícios das aulas, você pode reduzir esse tempo para
10 segundos.

Acredite.

Funciona assim:
Mostre a pergunta, leia em voz alta a afirmativa, pergunte se é
verdadeiro ou falso, espere 10 segundos e apresente a resposta,
passando para o próximo slide que revela a resposta.

Revelar a resposta rapidamente é fundamental, pois serve como


um feedback imediato de acerto ou erro para o aluno.
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Você pode esperar uma turma toda atenta, interessada e engajada


usando a estratégia de quiz de verdadeiro ou falso no início da
aula.

Essa estratégia é poderosa porque força os alunos a ativarem


seus neurônios e deixarem seus cérebros prontos para aprender.

Isso acontece porque que eles têm que fazer muitas associações e
pensar nas causas e efeitos para tomar uma decisão se a resposta
é verdadeira ou falsa. E ainda, quanto recebem o feedback
imediato, uma outra coisa maravilhosa acontece, não importa se o
aluno acertou ou errou.

Se acertou, ele sente um micro prazer por ter acertado e esse


micro prazer libera ​dopamina​, um hormônio ligado às emoções,
que torna essa experiência memorável e registra esse momento na
memória biográfica do aluno. Isso significa que ele lembrará desse
momento, e consequentemente do assunto por muito mais tempo.

Mas uma coisa ainda mais incrível acontece quando o aluno


percebe que errou ao receber o feedback imediato.

Neste caso pode acontecer duas coisas: 1. Imediatamente


reconhecer o porquê errou e reeditar seu cérebro com o novo
conhecimento ou 2. não conseguir entender porque errou e ter
que esperar a explicação do professor.

Ao receber o feedback com a resposta certa, o aluno consegue


refletir sobre o porquê errou, que informações e memórias erradas
ou incompletas tinha armazenadas em seu cérebro, e conhecendo
a resposta correta, agora tem a capacidade de editá-las,
ressignificá-las, completá-las ou substituí-las por uma nova
informação correta ou mais completa. E isso é a própria definição
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de aprendizagem, que quando acontece dessa forma é também


muito prazeroso para o cérebro, que libera muita dopamina, e
como já vimos, a dopamina nas sinapses dos neurônios
dopaminérgicos faz com que os alunos guardem os momentos por
muito mais tempo e consequentemente as informações de
aprendizagem associadas àquele momento.

Mas você pode me perguntar. Ok, Paulo! Mas e se o aluno não


teve capacidade de aprender sozinho com o feedback imediato?

Aqui está à beleza dessa estratégia para início de aula. Se o aluno


não teve capacidade de reeditar, ressignificar, completar ou
substituir uma informação esse processo fica ativo na mente desse
aluno. Cria um gap, e a mente humana odeia gaps.

Gaps são espaços em branco sem respostas, sem associação.

Gosto de definir à mente humana como uma máquina de


associação.

Nossa mente adora coisas completas, respostas lógicas, e é por


isso que quando não temos todas as respostas, tentamos
encontrar uma explicação, uma associação que nos satisfaça e
nos acalme.

Então voltando!

Quando o aluno recebe o feedback imediato e ele sozinho não


conseguiu chegar a uma resposta lógica, que o convencesse, um
Gap de informação fica aberto na mente desse aluno.

E, durante a aula, quando o professor explica aquele assunto, o


aluno estará muito mais atento e interessado, porque ele sabe que
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não tem aquele informação ainda, e fica intrinsecamente motivado


a entender, compreender e aprender, para fechar aquele gap
aberto lá no início da aula durante o quiz de verdadeiro e falso.

Como podem perceber, iniciar um quiz de verdadeiro e falso é uma


poderosa estratégia didática.

Considero uma estratégia didática assimétrica porque ela pode ser


realizada num intervalo de tempo muito pequeno, mas produz um
grande impacto no ganho de aprendizagem dos alunos.

É poderosa porque não importa se o aluno acerta ou erra o quiz,


ele aprende muito com isso, imediatamente e sozinho, ou no
transcorrer da aula com a ajuda e explicação do professor.
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Pergunta de Opinião

Outra excelente forma de iniciar uma aula, e preparar o cérebro do


aluno para aprender é fazer uma pergunta pedindo a opinião dele
sobre um dilema.

Um dilema, de forma simples e pragmática neste livro será definido


como uma pergunta que não tem apenas uma resposta certa.

São exemplos de dilema:

Qual sua orientação política?


Qual sua religião?
Que time de futebol torce?

Perceba que cada indivíduo pode ter a sua resposta correta


dependendo do seu sistema particular de crença.

Para iniciar uma aula com um dilema, comece a aula perguntando


a opinião dos alunos sobre um tema relacionado ao seu conteúdo.

Da mesma forma que no quiz, para responder o aluno terá que


tomar uma decisão.

Para tomar uma decisão, necessariamente este aluno,


mentalmente, terá que considerar várias opções de respostas,
associando a sua resposta às informações e conhecimentos
previamente armazenados na sua mente.

Considerará ainda as causas e efeitos de cada resposta.


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Levará em conta seu sistema de crenças e seus valores e até o


contexto do ambiente e das pessoas que escutará sua resposta.

Esse processo, embora possa acontecer em uma fração de


segundos ou poucos segundos, ativa simultaneamente várias
áreas cerebrais, revivendo memórias, ativando emoções, e como
gosto de dizer acordando o cérebro e ativando as sinapses, e
deixando o cérebro pronto para aprender.

Você deve usar a estratégia de perguntar a opinião dos alunos


para responder a um dilema, preferencialmente no início das aulas.
Mas essa é uma estratégia que também pode ser útil para o meio
da aula, especialmente quando vai iniciar um novo bloco de
conteúdo.

Para utilizar essa estratégia você deve pensar num dilema que
tenha relação com seu conteúdo ou sua aula. Assegure que tenha
pelo menos duas respostas possíveis.

Pergunte a opinião dos alunos e peça para eles responderem de


forma individual, neste momento pode solicitar que eles registrem
suas respostas no caderno ou no chat do ambiente virtual de
aprendizagem.

Uma vez que registraram suas respostas você pode pedir para
eles refletirem sobre o porquê responderam dessa forma, o que
pensaram, o que consideraram, se existe a possibilidade de outra
resposta.

Isso ajuda a desenvolver a metacognição dos alunos, mas


principalmente permite agora, se houver tempo e se for seu
desejo, promover um debate sobre os diferentes pontos de vista e
respostas da turma. Assegure que não tem resposta certa ou
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errada, e a importância de respeitar a resposta, e


consequentemente o sistema de crença de cada colega.

Você pode esperar um grande engajamento dos alunos usando


esta técnica.

Dependendo da pergunta e de como foi conduzida a estratégia os


alunos podem ficar excitados em defenderem seus pontos de vista.
É uma estratégia para ser usada entre um a três minutos no início
da aula, certifique-se para não estender muito o debate para não
prejudicar seu tempo de aula.

Lembre-se, o objetivo dessa estratégia é apenas ativar o cérebro


para facilitar a associação de novas informações e ajudar a
promover a aprendizagem de seu conteúdo.
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Estratégias Didáticas Assimétricas para usar


no meio das aulas

Nesta seção você aprenderá outras duas estratégias didáticas que


podem ser utilizadas no transcorrer das aulas.

Pergunta aberta e Projeção Futura


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Pergunta Aberta

Pergunta aberta é uma excelente estratégia de ensino baseado em


recuperação.

A teoria por trás do ensino baseado em recuperação diz que


quanto mais vezes e mais esforço alguém faz para lembrar algo,
esse algo será lembrado por mais tempo.

Assim, o professor pode fazer perguntas abertas durante a aula


para forçar os alunos a recuperar informações já trabalhadas.

A ideia é, quanto mais vezes o aluno tem que recuperar essas


informações armazenadas em sua memória, mais ativo, rápido e
acessível fica esse caminho neural, em outras palavras, mais fácil
fica lembrar desses conceitos.

Eu recomendo usar perguntas abertas para fechar um bloco de


conteúdo ou mudança de tópico durante a aula.

Imagine que você tenha planejado explicar quatro tópicos de um


determinado conteúdo numa aula de cinquenta minutos.

Idealmente você começou a aula com uma estratégia didática


assimétrica para início de aula, gastou um ou dois minutos para
isso. Usou mais dez minutos para explicar o primeiro tópico, e
antes de avançar para o segundo tópico, minha recomendação é
que faça uma ou duas perguntas abertas sobre o tópico recém
trabalhado.

Dessa forma o aluno terá mais que a oportunidade de rever mais


uma vez a parte mais importante daquele pedaço do conteúdo,
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terá a oportunidade de se testar, e avaliar se conseguiu entender


e, principalmente, armazenar essa informação em seu cérebro.

Ao fazer isso, estará reforçando o caminho neural que facilitará


encontrar e recuperar essa informação no futuro.

Faça uma ou no máximo duas perguntas abertas por bloco de


conteúdo. Acredite já é o bastante, mais que isso fica chato para o
aluno e não aumentará o ganho de aprendizagem do aluno.

Você pode esperar que boa parte da turma participe.

É natural que alguns alunos sejam mais tímidos e tenham receio


de falar em público. A beleza dessa técnica é que ela funciona
mesmo para alunos mais tímidos, porque só o ato de pensar na
resposta já é capaz de reforçar as sinapses nos caminhos neurais,
e mesmo os alunos mais tímidos se beneficiarão desta técnica
apenas por pensar, considerar a possível resposta e
principalmente por observar a resposta dos colegas, que servem
como feedback imediato.

E já vimos todo o poder dos feedbacks imediatos, não importando


se o aluno acertou ou errou a resposta.

Dessa forma, fazer perguntas abertas no meio da aula é uma


excelente estratégia didática que consegue promover ganho de
aprendizagem para qualquer tipo de aluno.
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Projeção Futura

A estratégia de projeção futura consiste em pedir para os alunos


imaginarem usando os conceitos ou técnicas que você acabou de
ensinar.

Nossa mente não diferencia realidade de ilusão.

Se você está tomando um sorvete de verdade ou apenas


imaginando tomando um sorvete num dia de calor, para a mente é
a mesma coisa.

Principalmente se você realmente consegue visualizar essa cena


com o máximo de detalhes possíveis.

Imagine sentado numa sobra de um coqueiro, com um lindo mar


azul a sua frente, uma brisa fresca vindo do mar bate no seu rosto
no ritmo da arrebentação das ondas, você consegue sentir seu
cabelo mexendo com o vento, um leve perfume característico do
mar chega até seu nariz, você deseja fechar os olhos para sentir
esse momento de paz e enquanto está de olhos fechados lembra
de sua infância na praia com sua família, e você consegue até
sentir o sabor de um picolé de groselha que seu tio uma vez
comprou de um sorveteiro que passava gritando: Olha o
sooooorvete!

Se você realmente conseguiu fazer essa visualização e se


entregou a ela, provavelmente conseguiu ver e sentir que estava
na praia. Pode ser que não exatamente como escrevi, mas posso
apostar que sua mente buscou suas próprias memórias afetivas da
sua infância.
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Sabendo disso, e do poder da visualização para criar ou reforçar


memórias, se você pedir, quando julgar apropriado, para seus
alunos fazerem projeções futuras usando o que você tem ensinado
a eles, certamente estará ajudando esses alunos a registrarem
experiências nas suas memórias biográficas.

E quanto mais ricas em detalhes, mais vivas, com inserção de


sentimentos essas projeções futuras tiverem, por mais tempo
esses alunos lembrarão dessa experiência de aprendizagem.

Você deverá usar a estratégia de projeção futura no meio da aula,


quando julgar que seja adequado ou apropriado para pedir para os
alunos visualizarem o uso dos conceitos ou técnicas trabalhados.

É uma técnica rápida. Um ou dois minutos já são suficientes para


aplicá-la.

Eu recomendo que peça para os alunos sentarem de forma


confortável, peça para fecharem os olhos, respirar profundamente
três vezes para acalmar a mente, e conduza a visualização deles
com uma voz calma e serena, como uma meditação guiada.

Você se surpreenderá com os resultados.

Você pode esperar uma participação em massa dos alunos.

Eles gostam dessas atividades não convencionais, e por ser


diferente atrai a atenção, o interesse e o desejo em realizar a
atividade.

Projeção futura é uma estratégia que funciona logo da primeira


vez. E se planejado antecipadamente, você poderá ainda propor
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que os alunos compartilhem suas visualizações com seus colegas


e conversam ou discutem sobre a experiência.
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Estratégias Didáticas Assimétricas para usar


no fim das aulas

Nesta última seção, você aprenderá duas fantásticas estratégias


para usar no fim das aulas

Comentário Síntese e Uma Palavra


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Comentário Síntese

Comentário síntese é uma poderosa estratégia didática para


finalizar uma aula.

É muito fácil, muito rápido de usar e somente esta estratégia, se


usada rotineiramente, promove um ganho de aprendizagem
significativo nos alunos.

A estratégica basicamente consiste em pedir aos alunos que


façam um comentário que sintetiza o que de mais importante
aprenderam na aula.

Funciona tão bem porque para o aluno fazer um comentário ele


terá que relembrar de todos os pontos importantes da aula. Para
isso necessariamente vai voltar a percorrer os caminhos neurais
para recuperar as informações recém guardadas.

Lembre-se que na teoria do ensino baseado em recuperação,


quanto mais vezes e mais difícil for lembrar algo, por mais tempo
essa memória ficará acessível na mente. E é exatamente isso que
explica a utilidade da estratégia didática do comentário síntese no
fim da aula.

Essa estratégia deve ser usada de forma rotineira.

Idealmente o professor deverá instalar o hábito nos alunos de


terminar todas as aulas fazendo um comentário síntese. A
instalação desta rotina na sala de aula é positiva não somente pelo
comentário síntese em si, de cada aluno, mas principalmente pelo
processo de fazê-lo.
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Sem contar que se esses comentários individuais forem reunidos,


tem-se um rico material de estudo e revisão produzido pelos
próprios pares, com visões e entendimentos únicos de cada aluno.

Uma verdadeira comunidade de aprendizagem pode surgir neste


processo, e desenvolver habilidades de trabalho em equipe,
colaborações, protagonismo, autoria dos alunos.

O professor pode esperar uma participação ativa em estratégias


como esta, pois geralmente os alunos percebem o valor e utilidade
de trabalhar em atividades assim, porque facilita o processo de
estudo e consequentemente impacta diretamente na
aprendizagem desses alunos e com grande potencial de refletir no
aumento substancial das notas nas avaliações somativas
bimestrais.
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Uma Palavra ou Hashtag

Esta é uma estratégia didática alternativa para finalizar uma aula.


Basicamente consiste em pedir para os alunos nomearem a aula
com uma palavra ou definirem uma hashtag que representa a aula.

A estratégia foi desenvolvida observando um comportamento


bastante comum a qualquer usuário de computador.

Imagine uma pessoa fazendo uma pesquisa sobre qualquer


assunto e copiando arquivos, imagens, vídeos e links na área de
trabalho do computador. Após um tempo essa área de trabalho
estará repleta de arquivos, e é muito normal o usuário criar uma
pasta e copiar todos esses arquivos para uma pasta. Para
identificar a pasta é atribuído um nome a ela.

Talvez o que vou narrar agora já até tenha acontecido com você.

Por um acaso, ao navegar no seu computador, pendrive, hd,


google drive ou qualquer outro meio de armazenamento de
arquivos, você já deve ter encontrado pastas que criou há muito
tempo?

Certamente que sim.

Conte-me uma coisa. Só de ler o nome da pasta você


provavelmente já tenha lembrado de vários artigos e conteúdos
que você colocou dentro daquela pasta. Não é mesmo? Isso já
aconteceu com você?

Não lembrará de todo conteudo da pasta, naturalmente.


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Mas certamente uma quantidade substancial de informação foi


reativada na sua memória apenas por ler o nome da pasta e seu
cérebro começa, muitas vezes involuntariamente.

É natural associarmos o nome daquela pasta ao momento e ao


conteúdo de quando ela foi criada ou editada. Isso acontece com
você?

Então a estratégia de uma palavra ou hashtag faz exatamente


isso.

Em vez de ser pasta ou hd, a lembrança acontece no seu cérebro,


nas rotas neurais. Ao pedir para o aluno definir uma palavra ou
hashtag para sua aula, o cérebro deste aluno irá ancorar essa
palavra e associar ao conteúdo trabalhado na aula.

Assim todas as vezes que esse aluno, escutar, lembrar ou vir essa
palavra, seu cérebro provavelmente começará a lembrar do
conteúdo da aula.

E, obviamente, esse fenômeno é muito poderoso para aumentar o


ganho de aprendizagem e tornar uma aula mais memorável para o
aluno.

A estratégia é bem flexível. Você pode utilizar o último minuto da


aula e pedir para os alunos sugerirem uma hashtag que define
aquela aula, certamente surgirá nomes muito criativos, engraçados
e memoráveis.

Ou alternativamente, pode pedir para que um aluno específico


atribua um nome à aula, normalmente um aprendizado novo, um
conceito, uma técnica, uma emoção ou sentimento que teve
durante à aula.
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Não há regra, mas não se engane pela simplicidade da estratégia,


e acredite é uma estratégia didática assimétrica muito potente para
ser utilizada no fim das aulas para aumentar o ganho de
aprendizagem dos alunos.
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Próximos Passos

E ai! Gostou das Estratégias Didáticas Assimétricas?

Consegue se ver usando uma ou mais dessas estratégias em suas


aulas?

Acredita que estratégias simples, rápidas e fáceis de usar podem


realmente aumentar o ganho de aprendizagem de seus alunos?

Se sua resposta foi sim, para qualquer uma das perguntas acima
eu gostaria de te pedir um favor.

Que tal você fazer um comentário síntese e definir uma hashtag


para esse ebook.

Eu adoraria saber o que você achou e se gostou dessa leitura.

Por favor siga @paulotomazinho no Instagram e me envie uma


mensagem direta com seu comentário síntese e sua hashtag.

Converse com seus colegas sobre estratégias didáticas


assimétricas e se achar que faz sentido, compartilhe este ebook
com eles.

E se você está realmente interessado em seguir estudando e


aprendendo mais sobre estratégias didáticas assimétricas, não
deixe de ver meu convite na próxima página.
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Convite

Olá! Se você chegou até aqui é porque concluiu a leitura deste


ebook.

Se está lendo este convite, provavelmente algo te tocou ao


descobrir como estratégias didáticas simples, rápidas e fáceis de
usar podem promover um grande ganho de aprendizagem em
seus alunos.

Eu não sei se você é professor, talvez coordenador, diretor, dono


de escola ou instituição de ensino superior.

Eu não sei se seu interesse é aprender mais para você mesmo ou


se tem interesse em capacitar os professores da sua escola ou IES
para que seus alunos possam aprender mais, melhor e de forma
mais agradável.

De qualquer forma, o que posso te dizer é que esse ebook é


apenas a ponta do iceberg.

Nele você aprendeu seis estratégias didáticas assimétricas, mas


tem muito mais.

Eu quero te convidar para participar de uma imersão e certificação


em Didática Assimétrica.

Eu ofereço essa imersão apenas duas vezes por ano, uma no


primeiro semestre e outra no segundo semestre.

As vagas normalmente se encerram rapidamente assim que libero


o link de pagamento.
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A imersão é um dia todo dedicado a ir fundo. É online e ao vivo.

Você vai aprender as bases teóricas, científicas e conceitos das


neurociências da aprendizagem. Lá vamos combinar e misturar as
ciências didáticas com teorias educacionais, com evidências
científicas de neurociências da aprendizagem como base das
estratégias didáticas assimétricas.

Você também aprenderá novas estratégias para usar no início das


meio e fim das aulas. Sempre seguindo os princípios da
simplicidade, praticidade, facilidade e efetividade.

A ideia é muito simples. Usar o simples que funciona para


transformar ensino em aprendizagem.

Caso isso seja interessante para você entre em contato pelo site
http://paulotomazinho.com.br ou pelas redes sociais para
avisarmos quando vai acontecer a próxima turma.

E mais uma vez obrigado por me acompanhar até aqui.

Realmente eu desejo que consiga transformar seu ensino em


aprendizagem significativa e memorável aos seus alunos.

Abraços!

Paulo Tomazinho

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