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13. GREVE
AVISO PRÉVIO. Não é lícita a greve surpresa. O empregador tem o direito de saber
antecipadamente sobre a futura paralisação da empresa. Providências são necessárias,
antes da cessação do trabalho, diante dos compromissos da empresa e em face das suas
naturais condições de atividade e de produção. Daí a comunicação. É o aviso prévio de
greve.
A greve deve ser pacífica, não pode violar o direito à vida, à liberdade, à segurança e à
propriedade (não pode danificar bens ou coisas). Portanto, os atos utilizados pelos
grevistas não poderão causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.
Os militares estão proibidos de fazer greve (artigo 142, § 3º, IV, da Constituição):
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas
com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente
da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
(...)
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se
lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
(...)
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (grifei)
Durante a greve, são assegurados aos grevistas (artigo 6º): a) o emprego de meios
pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve, de modo
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Os grevistas não podem proibir o acesso ao trabalho daqueles que quiserem fazê-lo. É
vedada a rescisão do contrato de trabalho durante a greve não abusiva, bem como a
contratação de trabalhadores substitutos.
Os salários e demais obrigações trabalhistas dos dias de greve serão regulados por
acordo com o empregador (artigo 7º):
A greve é um direito, mas o abuso desse direito sujeita os responsáveis às penas da lei
(artigo 15):
A responsabilidade pelos atos abusivos é apurada segundo a lei trabalhista, civil e penal
(artigo 15). O Ministério Público deverá de ofício requisitar a abertura de inquérito e
processar criminalmente aqueles que praticaram ilícitos penais (conforme previsão no
parágrafo único do artigo 15). O empregador pode, no caso de abuso, despedir por
justa causa (artigos 7º e 14, já transcritos acima). O sindicato é passível de responder
por perdas e danos.
13.6. Lockout:
Tal movimento é vedado (artigo 17), e os salários durante o respectivo período são
devidos:
Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador,
com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de
reivindicações dos respectivos empregados (lockout).
Parágrafo único. A prática referida no caput assegura aos trabalhadores o
direito à percepção dos salários durante o período de paralisação.