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Comunicado Oficial – ADUEG Anápolis, 02 de março de 2024.

Orientações gerais quanto à greve da UEG.

A greve é um direito fundamental do trabalhador e está presente no texto da Constituição no art.


9: “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.”. A Constituição Federal
garante também este direito aos servidores públicos no art. 37, inciso VII.

A Lei Federal 7.783, de 28 de junho de 1989, estabelece parâmetro quanto ao funcionamento do


direito à greve, sendo utilizado de forma análoga para os servidores públicos conforme
entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), assim, devemos observar algumas regras
quanto a paralisação visando o direito e o entendimento dos tribunais pátrios.

- A assembleia que declara greve deve ser amplamente divulgada, para que os interessados
possam participar;

- Segundo entendimento do judiciário, todo serviço público é essencial, sendo assim, deve-se
observar o interstício de 72 horas da declaração de greve até a paralisação efetiva das atividades;

- O entendimento jurisprudencial é que o mínimo de 30% deve ser mantido em pleno


funcionamento para que o cidadão não tenha a paralisação de 100% do funcionamento dos órgãos
públicos, entretanto em caso de judicialização por parte da procuradoria deve-se seguir o patamar
estabelecido em decisão judicial, podendo, por exemplo, o judiciário manter o funcionamento de
80% do serviço e a paralisação somente de 20%;

- É importante ter lista de presença paralela para os grevistas para o acompanhamento do ponto,
EM GREVE NÃO DEVE HAVER O REGISTRO CONVENCIONAL DO PONTO;

- O Tema 531 do STF determina que a administração deve proceder com o desconto dos dias de
paralisação, podendo ocorrer a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo,
incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público;

- No caso de declaração de ilegalidade da greve ou abuso do direito de greve pelo judiciário, o


sindicato poderá recorrer da decisão, geralmente por meio de recurso de agravo de instrumento,
e, se o recurso for vitorioso, poderá proceder com o movimento paredista e com a negociação;

- O sindicato deve fazer controle de lista de presença em todos os atos ou comitê permanente da
greve instalado nas unidades paralisadas, isto servirá para a comprovação do comparecimento dos
paredistas nas atividades.

ADUEG de luta!

Assessoria Jurídica da ADUEG

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