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SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO INTEGRAL -FAEF

PORTFÓLIO DE AULA PRÁTICA

“ANATOMIA PATOLÓGICA GERAL I”

Nome do aluno/RA: Ana Carolina Garcia da Silva (43010), Kaylane


Vitória Fabri (43214),RicksonKeichi Ferraz Nishimoto (43116),
Taiane Francisca da Silveira (43092), Vitória BarbarottoManganaro
(43195), Yasmin Juliani de Barros Nunes (43224).
Curso: Medicina Veterinária
Prof.Priscila Emiko Kobayashi

Portfólio de aula prática desenvolvido


por fazer parte das atividades
avaliativas do 1º bimestre do 1º
semestre de 2023 na disciplina
Anatomia Patológica Geral I.
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1. Apresentação
A disciplina de Anatomia Patológica Geral tem como função ensinar sobre
como ocorre todo o processo após a morte, como devemos analisar e identificar a
causa do óbito através dos fenômenos cadavéricos realizando um exame
necroscópico. Aprendemos também a realizar um exame citopatológico, cuja função
é de identificar alterações no indivíduo, podendo diagnosticar doenças. Realizamos
a coleta de material citopatológico nos linfonodos em cadáveres. Os métodos de
coleta para o exame são: capilaridade, citoaspiração, swab, imprint e raspado.
No exame necroscópico podemos visualizar os fenômenos cadavéricos, os
quais são estudados na disciplina. Os fenômenos cadavéricos são aqueles que
evidenciam a ausência da vida, são divididos em abióticos e transformativos. Os
abióticos ocorrem sem a interferência de agentes biológicos (vírus, bactérias,
fungos e parasitas), podendo ainda ser dividido em imediato ou consecutivo.

No fenômeno abiótico imediato, o animal que veio a óbito vai apresentar


ausência de função respiratória, cardíaca e neurológica. Os fenômenos abióticos
consecutivos físicos apresentam as fases de desidratação, algor mortis, livor mortis
e coagulação e o consecutivo químico apresenta a fase de rigor mortis (rigidez do
cadáver).

Já os transformativos possuem uma interferência intensa, causando uma


série de mudanças estruturais no corpo. Os fenômenos cadavéricos transformativos
são ainda classificados em destrutivos e conservadores. Os destrutivos promovem
uma completa destruição do cadáver, incluindo com a redução esquelética e os
conservadores mesmo com alterações transformativas conseguem manter as
características do cadáver. Os conservadores incluem os processos de
mumificação e saponificação.

A saponificação consiste na transformação do cadáver, de sua gordura


corporal convertida, por hidrólise (quebra de uma molécula maior em moléculas
menores na presença de água), em um composto seroso similar ao sabão. A
mumificação é o fenômeno natural, artificial ou misto de preservação de um corpo,
necessitando de condições especiais para a desidratação rápida, impedindo a ação
microbiana que é responsável pela putrefação.
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Autólise, putrefação e maceração são fenômenos cadavéricos destrutivos,


sendo considerado um conjunto de alterações que conduzem a decomposição do
cadáver. Distinguindo-se em dois fatores: um de caráter autolítico e outro de
natureza bacteriana. O autolítico resulta das enzimas liberadas pelas células após a
morte e a de natureza bacteriana devido aos germes presentes no trato digestivo ou
que penetram no organismo através do meio externo.

Quando uma célula morre, ela libera enzimas que estão armazenadas nos
seus lisossomos e que darão inicio a autólise, processo que se desenvolve horas
após a morte na fase abiótica dos fenômenos cadavéricos, prosseguindo até os
fenômenos transformativos destrutivos.

Ainda em vida, no interior do trato digestivo existe a flora bacteriana que, em


caso de entrada de microorganismos na parede intestinal, tais microorganismos
serão rapidamente destruídos pelas defesas orgânicas existentes na parede
intestinal. No cadáver, estes microorganismos com o tempo vão conseguir vencer
essa barreira, conseguindo penetrar-se no tecido e nos vasos sanguíneos, se
multiplicando rapidamente e formando uma circulação cadavérica, estabelecendo
assim a generalização do processo de putrefação.

Por fim, conseguimos visualizar o processo de putrefação através de suas


quatro fases: cromático, gasoso, liquefação e esqueletização.

2. Importância da prática na formação profissional


A formação profissional contribui para a nossa realização, uma vez que nos
permite sentir uma maior segurança no nosso desempenho. Quanto melhores
formos e quanto mais preparados estivermos na execução das nossas funções,
mais realizados nos sentimos e somos nos nossos locais de trabalho e na área que
atuamos.
A importância da prática na formação profissional é um procedimento
didático-pedagógico que contextualiza os saberes apreendidos, relacionando teoria
e prática, viabilizando ações que conduzam ao aperfeiçoamento técnico, científico e
cultural do relacionamento humano.
A prática, portanto, é uma maneira de aprender como atuar na profissão
escolhida. Em relação à área de patologia, acreditamos que qualquer profissional da
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área de medicina veterinária irá utilizar, para interpretação dos exames laboratoriais,
diagnóstico, acompanhamento, direcionamento das doenças e realização de
necropsias.
3. Temas, datas objetivas das aulas práticas
09/02/2023 – Exame citopatológico de linfonodos em cadáver e consulta no
hospital veterinário de pequenos em um gato para coleta de material e realização do
exame citopatológico.
16/02/2022 – Análise citopatológica de linfonodos em cadáver.
02/03/2023 – Fenômenos cadavéricos.
4. Descrição das atividades realizadas em cada prática
Na aula prática do dia 09/02/2023 praticamos em cadáveres como se faz
coletas citopatológicas dos linfonodos ou nódulos, e como localizá-los. Para realizar
coletas citopatológicas, são utilizados cinco métodos, sendo eles por capilaridade,
citoaspiração, swab ou escova, imprint e raspado.
Na coleta por capilaridade, são utilizados os seguintes materiais: agulha,
seringa, lâmina lisa e lâmina fosca. O exame é feito localizando os linfonodos ou um
nódulo, e após localizar preparamos a seringa puxando o êmbolo da seringa e
enchendo-a de ar e deixamos em cima da mesa, em seguida seguramos o linfonodo
ou nódulo e introduzimos a agulha no local com movimentação de leque por 5
segundos, para assim poder coletar o conteúdo a ser analisado, depois deste
processo é colocada a agulha na seringa com o conteúdo a ser depositado na
lâmina fosca, em seguida se faz o squash com a lâmina lisa.
Na citoaspiração o método de coleta é similar ao método por capilariedade,
porém, os materiais a serem utilizados são: citoaspirador, seringa, agulha, lâmina
lisa e lâmina fosca. O exame é feito colocando a seringa no citoaspirador depois de
acoplar a agulha, sem puxar o êmbolo, em seguida é necessário localizar o
linfonodo ou nódulo e então é feita a inserção no local e puxa-se o êmbolo da
seringa com o citoaspirador fazendo movimentações de leque por 5 segundos, por
fim o êmbolo é solto. Após ser retirado do linfonodo ou nódulo, é necessário
desacoplar a seringa do citoaspirador e então será feita a retirada da agulha da
seringa, puxando o êmbolo da seringa sem o citoaspirador, e em seguida acopla-se
à agulha na seringa novamente para depositar o conteúdo a ser analisado na lâmina
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fosca e depois de colocar o material na lamina fosca, é feito o squash com a lâmina
lisa.
Na coleta feita com o swab são utilizados os seguintes materiais: swab,
lâmina fosca e lâmina lisa e caso vier excesso de material é utilizado outra lâmina
fosca para dividir o material. O método é colocar o swab na cavidade escolhida e
fazer movimentos de rotação, em seguida o conteúdo a ser analisado é colocado
fazendo movimento de rotação em cima da lâmina fosca, e depois de ter colocado o
material na lâmina fosca é feito o squash com a lâmina lisa.
Outra forma de fazer coleta citopatológica é pelo método do imprint, que é
utilizado apenas à lâmina fosca. O método é colocar a lâmina fosca sobre a lesão ou
mucosa e deixar secar.
No método de coleta citopatológica por raspado, é utilizado à lâmina lisa,
lâmina fosca e uma navalha. O método é feito raspando a lesão com a navalha até o
local começar a sangrar, e após coletar o material a ser analisado é feito o esfregaço
na lâmina fosca.
Na aula prática do dia 02/03/2023 analisamos dois cadáveres. No primeiro
conseguimos observar as seguintes características: no intestino estava ocorrendo o
processo de putrefação cromático (gases das bactérias que reagem com as
hemoglobinas das hemácias). Foi observado também o fenômeno Livor mortis na
região dos olhos correspondente ao fenômeno cadavérico abiótico consecutivo
físico. Ainda no mesmo, observamos o coração, que estava no processo abiótico
consecutivo físico, pois ocorreu a coagulação sanguínea. No estômago estava
ocorrendo o processo de putrefação enfisematoso que corresponde ao fenômeno
cadavérico transformativo destrutivo, devido às bolhas que estavam em volta do
estômago e no baço foi observado o processo de putrefação que já estava no
estágio de liquefação correspondente ao fenômeno cadavérico transformativo
destrutivo.
Observamos também um cérebro no qual ocorria a putrefação, que estava no
estágio de liquefação e que corresponde ao fenômeno cadavérico transformativo
destrutivo.
E por fim, no outro cadáver observamos os seguintes fenômenos:
desidratação na região dos olhos devido ao fenômeno cadavérico abiótico físico,
Livor mortis que apresenta manchas vermelhas no corpo devido ao fenômeno
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cadavérico abiótico consecutivo físico e putrefação em estágio de liquefação em um


dos membros anteriores, onde a pele estava se desfazendo e o fenômeno
observado é o cadavérico transformativo destrutivo.
5. Anexo – Fotos

Na Imagem acima, é apontado um cérebro em período liquefativo ou


coliquativo, onde ele começa a perder sua morfologia.
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Na imagem acima, é apontado o Livor mortis, onde consegue ser


observado manchas hipostáticas que seria o sangue acumulado em um
lado do corpo após a morte.
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Na imagem acima, é apontadoum processo abiótico consecutivo físico


que é a desidratação, onde devido as condições do clima e ambiente o
cadáver começa a perder liquido.
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Na imagem acima, é apontado um membro anterior de um cachorro no


período liquefativo da putrefação, onde os pelos e a pele começam a se
desprender do corpo.
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Na imagem acima, é apontado e circulado, manchas do período


cromático da putrefação, que é visualizado devido as reações químicas
entre bactérias e hemoglobinas das hemácias.
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Na imagem acima, é apontado o período gasoso ou enfisematoso da


putrefação, onde os gases que são produzidos pelas bactérias e
começam a se acumular dentro das cavidades do corpo e órgãos.
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Na imagem acima, é apontado a coagulação sanguínea, que é um


processo abiótico consecutivo físico, que ocorre após a morte pela falta
de circulação no corpo.
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Na imagem acima, é apontado o período enfisematoso da putrefação,


onde os gases produzidos por bactérias e enzimas, começam a
acumular dentro do órgão.
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Na imagem acima, é apontado o período coliquativo, onde o órgão


começa a perder sua morfologia e textura.
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6. Autoavaliação: realizar uma autoavaliação, sendo:


Muito satisfatório.
7. Avaliação do docente:
Muito satisfatório.
8. Escreva aqui o que mais gostou das aulas práticas.
Gostamos das aulas práticas, pois elas possibilitaram uma melhor
visualização e possibilidade de aprender sobre os fenômenos cadavéricos e sobre
coleta de exame citopatológico. Uma vez aprendido em prática sobre coleta,
treinando em cadáveres, fica mais fácil e diminui a probabilidade de erros de coleta
nos pacientes vivos.
9. Escreva o que menos gostou, motivo e como poderia ser melhorado.
Apenas a questão do cheiro, é muito complicada para alguns, acreditamos
que não tem muito que ser feito a respeito disso.

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