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ESTUDO RETROSPECTIVO SOBRE DOENÇAS NEUROLÓGICAS

EM RUMINANTES DA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL

Retrospective Study on Neurological Diseases in Ruminants


From the Northwest of Rio Grande of Sul

Andressa Trindade Nogueira1, Francini Thaís Strieder2, Stéfani dos Santos Torres2,
Guilherme Konradt3, Cristina Krauspenhar Rossato4, Daniele Mariath Bassuino5

Resumo: Este estudo teve por objetivo a caracterização epidemiológica, clínica e patológica das
doenças neurológicas que afetam ruminantes da região Noroeste do Rio Grande do Sul. Foi
realizado um estudo retrospectivo no período compreendido entre janeiro de 2014 a dezembro de
2020, no qual 61 bovinos, 22 ovinos e 2 caprinos foram necropsiados. Destes, 12 bovinos, 2
ovinos e um caprino foram diagnosticados com doenças neurológicas. As doenças neurológicas
de origem infecciosa totalizaram 10 casos: babesiose cerebral (6 bovinos); mielite abscedativa
pós-caudectomia (2 ovinos); empiema basilar e meningite supurativa (1 bovino); meningite
supurativa (1 caprino); Doenças de origem traumática com envolvimento neurológica incluíram
um caso de fratura de vértebra lombar e mielomalacia hemorrágica (1 bovino); Doenças
degenerativas: totalizaram 2 casos de polioencefalomalacia (2 bovinos); Neoplasias com
envolvimento do sistema nervoso incluíram um caso de Leucose enzoótica bovina e um tumor
maligno de bainha de nervos periféricos em bovinos, Nos bovinos, a babesiose cerebral foi a
doença neurológica mais prevalente para a espécie, relacionada com a região ser endêmica para o
carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus, o qual, é vetor da B. bovis. Dos dados
analisados neste período, as doenças neurológicas infecciosas representaram um total de 66,6%
(n=10) entre as doenças neurológicas de ruminantes diagnosticadas neste período e, com isso,
conclui-se que representa uma importante causa de mortalidade para os ruminantes domésticos.

Palavras-chave: Neuropatologia. Ruminantes. Doenças infecciosas.

Abstract: Neurological diseases (ND) in ruminants represent an important group of diseases


responsible for economic losses worldwide. This study aimed at the epidemiological, clinical and
pathological characterization of neurological diseases that affect ruminants in the Northwest
region of Rio Grande do Sul. A retrospective study was carried out in the period from January
2014 to December 2020, in which 61 cattle, 22 sheep and 2 goats were necropsied. Of these, 12
cattle, 2 sheep and 1 goat were diagnosed with neurological diseases. Infectious neurological
diseases totaled 10 cases: cerebral babesiosis (6 cattle); post-caudectomy abscessive myelitis (2
sheep); basilar empyema and suppurative meningitis (1 bovine); suppurative meningitis (1 goat);
Traumatic diseases with neurological involvement included one case of fracture of the lumbar

1
Bolsista PIBIC/CNPq. Discente do curso de Medicina Veterinária, Universidade de Cruz Alta- Unicruz., Cruz
Alta, Brasil. E-mail: andressa2018.mv@gmail.com
2
Discente do curso de Medicina Veterinária, Universidade de Cruz Alta- Unicruz, Cruz Alta, Brasil.
3
Médico veterinário e patologista. Email: gkonradt@unicruz.edu.br
4
Médica veterinária e patologista. Email: ckrauspenhar@unicruz.edu.br
5
Pesquisador do Laboratório de Patologia Veterinária- LPV, Docente da Universidade Cruz Alta- Unicruz.
E-mail: dbassuino@unicruz.edu.br.

1
vertebra and hemorrhagic myelomalacia (1 bovine); Degenerative diseases: totaled 2 cases of
polioencephalomalacia (2 cattle); Neoplasms involving the nervous system included a case of
enzootic bovine leukosis and a malignant peripheral nerve sheath tumor in cattle. In cattle,
cerebral babesiosis was the most prevalent neurological disease for the species, related to the
region being endemic for the tick Rhipicephalus (Boophilus) microplus,, which is a vector of B.
bovis. Of the data analyzed in this period, infectious neurological diseases accounted for a total
of 66.6% (n=10) among the neurological diseases of ruminants diagnosed in this period and,
therefore, it is concluded that it represents an important cause of mortality for ruminants
household appliances.

Keywords: Neuropathology. Ruminants. Infectious diseases.

1 INTRODUÇÃO
As afecções neurológicas em ruminantes compõem um importante grupo de doenças
responsáveis por perdas econômicas em todo mundo (KONRADT et al., 2016). No Rio Grande
do Sul há estimativa de perda de aproximadamente 11 milhões de reais/ano (SANCHES et al.,
2000). As doenças que afetam o sistema nervoso apresentam uma casuística elevada no Brasil
como demonstrado por alguns estudos no estado do Mato Grosso do Sul, no qual 57,19% (n=
588) dos bovinos necropsiados apresentavam sinais clínicos neurológicos e destes, 54,34% (n=
341) tiveram diagnóstico definitivo de doença neurológica (RIBAS et al., 2013). No semiárido
nordestino o percentual de bovinos afetados por doenças neurológicas foi de 33,81% (n=139)
(GALIZA et al., 2010) e no estudo de Sanches et al. (2000) realizado no Rio Grande do Sul, o
percentual dessas doenças foi de 9,16% (n=552).
Em relação ao rebanho de pequenos ruminantes vale ressaltar a região do Semiárido
nordestino, a qual possui o maior rebanho do Brasil. 9,92% (n=63) dos animais estudados
tiveram diagnóstico positivo para doenças neurológicas (GUEDES et al., 2007) e no Rio Grande
do Sul 16% (n=58) dos diagnósticos envolveram o sistema neurológico (RISSI et al., 2010).
Ainda, as enfermidades do sistema nervoso ganharam mais importância, bem como seu
diagnóstico devido ao seu potencial zoonótico como a raiva e a encefalopatia espongiforme
bovina (BSE) (TERRA, 2017). Dessa forma, os países exportadores de carne bovina, como o
Brasil tem obrigatoriedade em demonstrar para a comunidade internacional que não possuem
casos locais de BSE, assim, o diagnóstico definitivo das enfermidades desse grupo se torna ainda
mais importante, já que o país deve demonstrar quais as enfermidades neurológicas estão
presentes no rebanho nacional (SANCHES, 2000).

2
As causas das doenças neurológicas têm ampla variedade etiológica, podendo ser
infecciosas, tóxicas, físicas, metabólicas, congênitas e neoplásicas, as quais produzem processos
de natureza inflamatória, vascular e degenerativa no encéfalo ou na medula espinhal (BARROS
et al., 2006).
Devido a importância do diagnóstico das doenças neurológicas nos ruminantes, o objetivo
deste estudo consiste em determinar quais as doenças neurológicas mais frequentemente
diagnosticadas como causas de morte em ruminantes na área de abrangência do Laboratório de
Patologia Veterinária da Unicruz.

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Foi realizado um estudo retrospectivo sobre as doenças neurológicas de ruminantes
diagnosticadas em propriedades atendidas pela equipe do Laboratório de Patologia Veterinária da
Universidade de Cruz Alta (LPV-UNICRUZ). A partir dos arquivos do LPV-UNICRUZ buscou-
se pelas doenças que afetaram ruminantes no período de 2014-2020 e computou-se os achados
epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos de cada doença, assim como, buscou-se pelos
registros fotográficos dos casos. Ainda, um estudo prospectivo está em andamento, o qual
consiste na necropsia de ruminantes atendidos à campo pela equipe do LPV-UNICRUZ, assim
como de ruminantes recebidos no laboratório e realizada a coleta de amostras e fixação de
tecidos em formalina 10%, clivagem, processamento e coloração com hematoxilina e eosina
(HE) para exame histopatológico. Quando necessário, amostras dos órgãos foram coletadas e
mantidas refrigeradas para a realização de exames complementares.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Durante os anos 2014 a 2020 foram diagnosticadas 85 enfermidades em ruminantes
domésticos. Dessas, 17,6% (15/85 casos) obtiveram diagnósticos conclusivos para doenças
neurológicas. As causas infecciosas (66,6% n=10) predominaram sobre as alterações
degenerativas (13,3% n= 2), traumas (6,6% n=1) e neoplasias (13,3% n=2) de acordo com a
tabela 1.

3
Tabela 1- Diagnóstico diferencial das doenças neurológicas dos bovinos (n= 15) diagnosticadas no
Laboratório de Patologia Veterinária da Unicruz, entre 2014 e 2020.
Causas Diagnóstico n %
Infecciosas 10 66,6

Babesiose cerebral 6 40
Mielite abscedativa pós-caudectomia 2 13,3
Empiema basilar e meningite supurativa 1 6,6
Meningite supurativa 1 6,6

Traumas 1 6,6
Fratura de vertebra lombar e mielomalacia 1 6,6
hemorrágica

Alterações 2 13,3
degenerativas
Polioencefalomalacia 2 13,3

Neoplasias 2 13,3
Leucose enzoótica bovina 1 6,6
Tumor maligno de bainha de nervos periféricos 1 6,6
Total 15 100
Fonte: Elaborado pelos autores (2021).

A babesiose possui relevância epidemiológica no estado do RS, tendo em vista que é uma
área instabilidade enzoótica para o carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus e predomínio
de raças europeias (RISSI et al., 2010). As doenças de origem infecciosas foram as mais
prevalentes no presente estudo, destas, a babesiose cerebral foi a doença de origem infecciosa
com maior casuística. Como esperado, os casos de babesiose cerebral deste estudo eram
pertencentes às raças europeias das raças Holandesa e Angus. Os animais apresentavam sinais
clínicos de febre, incoordenação motora, decúbito, andar a esmo, cegueira, pressão da cabeça
contra objetos, ataxia, palidez de mucosas e icterícia, e uma propriedade apresentou índice de
mortalidade de 20%. Os sinais clínicos destes casos são condizentes com os descritos por
Rodrigues et al. (2005) em que eritrócitos parasitados em capilares cerebrais pela B. bovis após
infecção, podem induzir o sequestro destes eritrócitos nos capilares cerebrais resultando em
sinais neurológicos, tornando-se ocasionalmente fatal. As lesões macroscópicas encontradas
foram de palidez ou icterícia em mucosas, esplenomegalia, hepatomegalia, vesícula biliar com
conteúdo grumoso, rins congestos e hemoglobinúria, lesões semelhantes foram descritas na
pesquisa de Câmara et al. (2009) e Farias (2007). Dos 6 casos de babesiose cerebral todos
apresentaram no córtex telencefálico a lesão patognomônica, que morfologicamente é descrita

4
como congestão difusa acentuada em substância cinzenta encefálica (cérebro em coloração
cereja) (RODRIGUES et al., 2005). Na microscopia de seis casos o encéfalo apresentou
congestão vascular e edema perivascular na substância cinzenta. Por meio da técnica de
esfregaço e imprint de capilares do encéfalo a fresco, baço e fígado, microorganismos
morfologicamente compatíveis com Babesia bovis no interior de eritrócitos foram observados, os
quais apareciam solitários ou pareados, através da coloração de Giemsa e/ou panótico rápido. Os
imprints dos órgãos possibilitam a visualização do hemoparasita dando subsídios para o
diagnóstico (RODRIGUES et al., 2005; FARIAS, 2007).
Foram observados dois casos de mielite abscedativa pós-caudectomia. Os ovinos foram
submetidos a caudectomia com borracha e apresentaram paralisia progressiva de membros
pélvicos. Os ovinos apresentaram sinais de déficit proprioceptivo após duas semanas do
procedimento, paresia de membros pélvicos, incontinência urinária, com evolução para paralisia
de membros pélvicos em um curso clínico de oito dias como descrito por Riet-correa et al.
(2002), em que esses sinais clínicos estão relacionados a lesões medulares presentes,
principalmente, nas vértebras dorsais, lombares e sacrais. De acordo com Radostitis et al. (2002),
após procedimento de caudectomia inadequado e consequente lesão na região de cauda sem
tratamento curativo proporciona local adequado para infecção por agentes piogênicos, os quais
podem contaminar o canal medular por ascensão via extensão direta ou por via hematogênica.
Macroscopicamente, os ovinos apresentaram acentuada quantidade de material purulento em
região de medula espinhal sacral e intumescência lombar envolvendo predominantemente a
região central medular. Microscopicamente, essa inflamação na configurou-se com intensa
necrose liquefativa em região central medular associado a intenso infiltrado inflamatório
composto por neutrófilos íntegros e degenerados, linfócitos e macrófagos, além de abundante
quantidade de miríades bacterianas cocoides basofílicas e debris celulares intralesionais,
condizente com as lesões macroscópicas e histológicas de Rissi et al. (2010).
Neste estudo, houve um caso de empiema basilar (1,3%) também conhecido como
síndrome do abscesso pituitário. De acordo com Santos et al. (2017) os abscessos no SNC
comumente são causados por bactérias piogênicas como Trueperella pyogenes, Staphylococcus
aureus, Escherichia coli, Streptococcus spp., Fusobacterium necrophorum e Pseudomonas spp.
causando abscessos principalmente em ovinos, caprinos e bovinos. Relata-se que a técnica de
desmame interrompido pelo uso de tabuleta nasal pode provocar a ocorrência de abscessos para-
hipofisários e leptomeningite em bezerros, neste caso a patogênese se relaciona a lesão causada

5
na mucosa nasal como porta de entrada para bactérias que migram pela circulação venosa e
ocasionam o abscesso de pituitária. No entanto, há relatos de casos de abscessos para-
hipofisários associados a sinusite sem o uso da tabuleta nasal, pois as portas de entrada para as
bactérias são múltiplas, incluindo via umbilical, faringe e trato gastrintestinal (SANTOS, et al.
2017). O bovino acometido não tinha histórico de uso da tabuleta nasal, o diagnóstico foi dado
através de sinais clínicos e achados macroscópicos e histopatológicos. Os sinais clínicos
apresentados foram de nistagmo, pleurostótono, evoluindo para decúbito esternal e lateral em um
curso clínico de 12 horas. De acordo com Riet-Correa (2002) abscesso no SNC irão causar lesões
variadas de acordo com a extensão do abscesso e afecção de vários pares de nervos cranianos
quando a lesão é no tronco encefálico, nesta enfermidade os principais são o nervo trigêmeo,
abducente, vestíbulo coclear, glossofaríngeo, vago e hipoglosso. No exame macroscópico o
bovino apresentou acentuada quantidade de material purulento de coloração amarelada em região
de osso basisfenoide (empiema basilar) e de forma difusa acentuada em superfície basal de
encéfalo (meningite supurativa). Ao corte, em região de mesencéfalo havia uma área focal de
necrose liquefativa com conteúdo purulento (abcesso). Na histopatologia observou-se acentuada
necrose liquefativa associada a intenso infiltrado inflamatório composto por neutrófilos íntegros
e degenerados, macrófagos com grande quantidade de debris celulares semelhante ao descrito
anteriormente sobre leptomeninges e por vezes, perivascular. O gânglio do nervo trigêmeo
continha infiltrado inflamatório multifocal moderado de linfócitos, plasmócitos, macrófagos e
ocasionais neutrófilos. Esses achados macro e microscópicos levaram ao diagnóstico de
meningoencefalite e ganglioneurite supurativa acentuada (empiema basilar) e são característicos
da doença sendo descritos também por outros autores (KONRADT et al., 2016, LORETTI et al.,
2003, CÂMARA et al., 2009).
Houve ocorrência de apenas um caso neurológico em um animal da espécie caprina. O
diagnóstico foi de meningoencefalite supurativa multifocal, o animal tinha apenas 30 dias de
idade, macho, raça Boher. Cabe ressaltar que são escassos os relatos de meningoencefalite
supurativa em caprinos. A inflamação pode chegar ao sistema nervoso, por uma porta de entrada
em vias mucosas se instalando no SNC por via hematogênica ou por contato direto em fratura ou
penetração do crânio (JONES et al., 2003). Os sinais clínicos neurológicos incluíram depressão
intensa, pleurostótono, pressão da cabeça contra objetos, incoordenação motora que evoluía para
decúbito lateral e morte. Neste caso o agente etiológico não foi identificado, entretanto E. coli,
Pasteurella spp., Streptococcus spp. e T. pyogenes já foram isolados em casos de meningite em

6
ovinos e caprinos (MARCHEN et al., 2005; LEMOS; BRUM, 2007; KONRADT et al., 2017).
Para Fecteau et al. (2009) em ruminantes neonatos como neste caso, a principal doença
neurológica nessa faixa etária é a leptomeningite de origem bacteriana. Isso está associado com a
falha na transmissão de imunidade passiva devido, nutrição deficiente e infecções virais
concomitantes. No exame macroscópico o cérebro apresentou discreta hiperemia das
leptomeninges e microscopicamente havia no encéfalo proliferação de infiltrado inflamatório
misto, constituído principalmente por neutrófilos na meninge e perivasculares, associado a
microbascessos. Em região de meninge havia infiltrado exuberante constituído principalmente
por neutrófilos infiltrando vasos sanguíneos. Lesões macroscópicas e microscópicas semelhantes
foram encontradas em outros estudos (KONRADT et al., 2017; RADOSTITS et al., 2002,
MACHEN et al., 2004).
Dentre doenças de natureza traumática houve um caso de fratura de vértebra lombar e
mielomalacia hemorrágica em um animal da espécie bovina, fêmea, 2 anos, Holandesa. O bovino
foi encontrado no campo em decúbito esternal apresentando intensa dificuldade de locomoção.
No exame clínico, observou-se paresia com evolução a paralisia de membros pélvicos, sem
resposta sensorial, a partir de L3 com curso clínico de dois dias. A debilidade dos membros é
decorrente de acordo com o segmento medular afetado. Macroscopicamente, na abertura do canal
medular observou-se uma fratura completa entre L5 e L6 com intensa compressão medular
associada a intensas áreas de hemorragia, ao corte transversal de medula espinhal observou-se
áreas multifocais de hemorragia semelhante aos relatos de Galiza et al. (2010). Histologicamente,
essas lesões se mostraram por intensa degeneração walleriana, caracterizada pela formação de
esferoides axonais multifocal acentuada, ocasionais astrócitos gemistocíticos e infiltrado de
células Gitter. Ainda, intensa necrose neuronal com neurônios hipereosinofílicos, citoplasma
retraído e núcleos picnóticos, além de acentuada hemorragia multifocal em substância branca e
cinzenta. As lesões histopatológicas de traumas em coluna vertebral são pouco descritas em
outros estudos. Neste caso foi descrita a mielomalacia hemorrágica, a qual é uma necrose aguda,
isquêmica, hemorrágica e progressiva da medula espinhal com liquefação da mesma, causada por
pressões na medula espinhal (ZILIO, 2013).
A polioencefalomalácia (PEM) teve casuística de 2,6% (n=2) neste estudo. Um dos casos
era um bovino, macho de 8 meses de idade, raça cruzada (Holandês/Angus). Os sinais
neurológicos eram de incoordenação motora, cegueira bilateral, opistótono e decúbito lateral,
evolução clínica de 3 dias. O segundo caso foi de um animal da espécie bovina, macho, 1 ano de

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idade, zebuíno encontrado em decúbito. No ano em que a necropsia foi realizada 4 animais
morreram na propriedade com as mesmas manifestações e 15 animais morreram no ano anterior
com os mesmos sinais clínicos. A PEM ou necrose cerebrocortical, descreve literalmente
“malacia da sustância cinzenta do encéfalo” ou seja é um termo que indica a lesão de necrose
laminar do córtex cerebral que pode ocorrer em inúmeras etiologias como, intoxicação por
cloreto de sódio e síndrome de privação de água, envenenamento por chumbo, encefalite por
herpesvírus bovino-5 (BHV-5), envenenamento por cianeto e intoxicação por enxofre ou para
indicar uma neuropatologia causada por distúrbios no metabolismo da tiamina, que apresenta
também necrose laminar do córtex cerebral (RADOSTITS et al., 2007). As lesões macroscópicas
no sistema nervoso central no primeiro caso foram áreas de malacia multifocais distribuídas em
córtex telencefálico parietal e occipital, caracterizadas por áreas acinzentadas, por vezes com
hemorragias, com depressão e achatamento de giros telencefálicos envolvendo
predominantemente região de substância cinzenta de córtex telencefálico, microscopicamente
essas lesões foram representadas por necrose neuronal laminar cortical caracterizada por
neurônios retraídos com citoplasma hipereosinofílico e núcleos picnóticos. Ainda, extensas áreas
de desprendimento na interface de substância cinzenta-branca, por vezes, contendo esferoides
axonais, moderada vacuolização e infiltrado de “células Gitter” adjacente a vasos sanguíneos.
Além de, necrose de células endoteliais de pequenos vasos sanguíneos em região de córtex
telencefálico. Autores como Sant Ana et al., (2009); Lima et al., 2005 descrevem lesões
semelhantes. No segundo caso na macroscopia havia no hemisfério direito, porção frontal, uma
área focalmente extensa amarelada, friável e edematosa, além de acentuada hiperemia dos vasos
sanguíneos. Histologicamente, necrose laminar multifocal de neurônios, presença de neurônios
vermelhos com discreto edema perineural e perivascular. Devido à dificuldade de esclarecer as
diferentes etiologias, o critério de diagnóstico de PEM é baseado no quadro clínico, achados de
necropsia, e principalmente nos achados histopatológicos de necrose laminar de neurônios e
malacia caracterizada pela presença de células de gitter (NAKAZATO et al., 2000).
Foram diagnosticados 2 casos de neoplasias na presente pesquisa, um acometendo SNC e
outro acometendo sistema nervoso periférico. Um caso de linfossarcoma (Leucose enzoótica
bovina) foi diagnosticado em uma fêmea, bovina, 8º mês de gestação, 5 anos, Holandesa. Os
sinais clínicos foram decúbito esternal com tetraparalisia súbita, sinais semelhantes foram
encontrados no estudo de Galiza et al., (2010) e descritos por Oliveira, (2000). A leucose
enzoótica bovina (LEB) é causada por um retrovirus (QUINN, et al., 2005), sendo distribuída

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continentalmente e pode manifestar-se na forma tumoral, principalmente em órgãos linfoides de
bovinos (baço e linfonodos) ou apenas com a presença de anticorpos para o vírus da leucemia
bovina (VLB), podendo chegar à fase intermediária em que ocorre o quadro de linfocitose
persistente (REBHUN, 2000). Macroscopicamente, havia aumento acentuado dos linfonodos
hepáticos que ao corte exibiam coloração branco amarelada homogênea difusa, pouco delimitado
com perda da arquitetura córtico-medular. Ainda, havia intenso espessamento da mucosa do
abomaso que, ao corte, exibiam lesões brancas amareladas, não delimitadas que se estendiam de
submucosa a região muscular. O coração apresentava uma massa de 3 cm de diâmetro em átrio
direito infiltrando o parênquima adjacente. Observou-se ainda, na abertura do canal medular,
massas difusas semelhantes às descritas anteriormente em região extradural, as quais
comprimiam medula espinhal da região de intumescência lombar e sacral. De acordo com
Rebhun, (2000) abomaso, coração, espaço retrobulbar e região epidural do sistema nervoso
central são órgãos alvo específico do linfossarcoma, assim como, ocorre afecção de linfonodos e
por fim, os tumores invadem demais órgãos não específicos como trato respiratório superior e
inferior, úbere, pré-estômago, rins, ureteres, fígado, baço e medula óssea e trato intestinal. No
exame histopatológico da medula espinhal (espaço extra-dural), abomaso, coração e linfonodos
houve proliferação neoplásica maligna de linfócitos arranjadas em manto infiltrando o
parênquima adjacente. Ainda, na medula espinhal (intumescência lombar e medula espinhal
sacral) observou-se moderada vacuolização e esferoides axonais eosinofílicos em substância
branca, lesões compatíveis com o descrito por Riet-correa et al., (2001). Geralmente a associação
de sinais clínicos e epidemiologia associados os achados anatomopatológicos são suficientes para
o diagnóstico confirmatório da doença (SILVA et al, 2008).
Outra neoplasia foi diagnosticada em um bovino, fêmea, 6 – 7 anos, raça Holandesa. O
diagnóstico de Tumor maligno de bainha de nervos periféricos foi dado a partir de achados
macroscópicos e anatomopatológicos. O termo “Tumor Maligno da Bainha do Nervo Periférico”
(TMBNP) se refere ao tumor primário do nervo periférico, é uma neoplasia de origem
mesenquimal considerada incomum tanto em animais domésticos quanto em silvestres
(ZACHARY, 2013). Neste relato, foi observado na macroscopia, a presença de uma massa em
região ilíaca que media 15x20x8 cm, de coloração branca amarelada, firme, pouco delimitada
que envolvia linfonodos ilíacos internos e estruturas vasculares adjacentes, predominantemente
artéria aorta abdominal. Lecouter e Withrow, (2007) descrevem as massas de TMBNP com
características semelhantes a estas encontradas. Ainda, os rins exibiam áreas nodulares brancas

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de consistência firme, ao corte, envolvendo região cortical e medular. As adrenais estavam
aumentadas de tamanho, ao corte, exibiam estruturas nodulares semelhantes às descritas
previamente. À abertura da medula espinhal, em região de medula espinhal sacral, havia lesões
nodulares, de consistência firme adjacente a gânglios e nervos paravertebrais, ao corte,
apresentava coloração branca amarelada não encapsulada. Estas lesões eram observadas no
interior de grandes vasos (artéria aorta abdominal nas proximidades da região ilíaca) aderidas na
íntima do vaso. Essa neoplasia já foi relatada em variados órgãos em bovinos, nas cavidades
torácica, abdominal, traqueia coração, fígado e linfonodos mediastínicos (BEYTUT et al., 2006).
As massas em região ilíaca, rins, gânglio e nervos paravertebrais da região sacral, adrenal,
linfonodos ilíacos internos histologicamente apresentaram proliferações neoplásicas nodulares
pouco delimitadas e infiltrando tecido adjacente. As células se arranjam em feixes
multidirecionais, por vezes em aglomerados delimitados por discreto tecido conjuntivo fibroso.
Observou-se ainda nas regiões centrais intensa necrose, além de trombose acentuada de múltiplos
vasos sanguíneos contendo inúmeras células neoplásicas em seu interior. Em relatos deste tumor
em cães são descritos vários padrões morfológicos, anaplasia, elevado índice mitótico, necrose,
invasão de tecidos adjacentes e metástase em órgãos distantes como o pulmão (STOICA;
TASCA; KIM, 2001). Pela semelhança histológica a outros tumores como hemangiopericitoma,
fibrossarcoma, histiocitoma fibroso maligno, leiomiossarcoma, rabdomiossarcoma e sarcoma
sinovial, faz destes, diagnósticos diferenciais sendo recomendada a realização de exame
histopatológico e imuno-histoquímico para o diagnóstico definitivo (GROSS et.al., 2005).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As doenças neurológicas representaram importantes enfermidades diagnosticadas em
ruminantes. A babesiose cerebral foi a principal doença neurológica em bovinos, enquanto que
nos pequenos ruminantes as principais doenças foram infecciosas e inflamatórias, com destaque
para infecções bacterianas ascendentes pós-caudectomia. Cada enfermidade possui as suas
particularidades, por meio de estudo epidemiológico, clínico e patológico é possível ter subsídios
para o diagnóstico e estabelecimento de medidas preventivas ao surgimento de novos casos.

REFERÊNCIAS
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vol.10, p. 1-18, 2009. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/vet/article/view/7667/5440.
Acesso em 13 jan. 2017.

10
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