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ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO


NOME DA DISCIPLINA : NR-13 CALDEIRAS
PROF. : JOSÉ LUIZ DE ARAÚJO

Sumário
INTRODUÇÃO...................................................................................................................5
CAPÍTULO I - CONCEITOS BÁSICOS DE COMBUSTÃO.................................................7
I.1- Combustíveis e Comburente.....................................................................................7
I.2 – Reações de Combustão..........................................................................................8
I.3 – Cálculo do Ar Necessário à Combustão..................................................................8
I.4 - Poder Calorífico Superior e Poder Calorífico Inferior......................................9
I.5 – Calor Sensível e Calor Latente ............................................................................... 10
CAPÍTULO II - CALDEIRAS - CONSIDERAÇÕES GERAIS .............................................. 12
II.1 – Tipos de Caldeiras – Características e Empregos ................................................. 12
a) Caldeiras de Tubos de Fogo (Flamotubulares ou Fogotubulares) ........................... 12
b) Caldeiras Aquotubulares (Tubos de Água).............................................................. 14
1) Caldeiras Aquotubulares de tubos retos .............................................................. 15
2) Caldeiras Aquotubulares de tubos curvos ............................................................ 16
3) Caldeiras Aquotubulares de circulação positiva ................................................... 16
II.2 – Partes de uma Caldeira – Componentes Principais ............................................... 17
II.3 - Fornalhas e Queimadores ...................................................................................... 19
1 - Fornalhas que queimam sob suporte .....................................................................19
2 - Fornalhas que queimam em suspensão ................................................................ 20
2.2 - Ar de Combustão ............................................................................................. 21
2.3 - Queimadores ................................................................................................... 23
II.4 - Caldeiras para Energia Alternativa. ........................................................................ 29
II.5 - Acessórios e Instrumentos de Caldeiras ................................................................ 31
II.5.1 - Dispositivos de Alimentação............................................................................. 31
II.5.2 - Visor de Nível ................................................................................................... 32
II.5.3 - Indicadores de Pressão....................................................................................33
II.5.4 - Válvulas ........................................................................................................... 33
II.5.5 - Válvulas solenóides .......................................................................................... 33
II.5.6 - Pressostatos .................................................................................................... 34
II.5.7 - Detetor de chama............................................................................................. 35
II.6 - Controle de Tiragem............................................................................................... 36
CAPÍTULO III - OPERAÇÃO DE CALDEIRAS................................................................... 38
III.1 - Partida do Equipamento ........................................................................................ 38
III.2 - Operação de Rotina .............................................................................................. 39

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III.3 - Regulagem e Controles......................................................................................... 40

III.3.1
III.3.2 -- Regulagem
Regulagem ee Controle
Controle de de Nível
Pressão de .................................................................
Água ........................................................ 40 45
III.4 - Anomalias mais comuns durante a Operação ....................................................... 45
1 - Volta da Chama ..................................................................................................... 45
2 - Furo em Tubos.......................................................................................................46
3 - Baixo Nível ............................................................................................................. 46
CAPÍTULO IV - PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÃO E OUTROS RISCOS ..................... 48
IV.1 - Riscos de Acidentes - Segurança e proteção da caldeira ..................................... 49
IV.2 - Explosões de Fornalhas........................................................................................ 49
IV.3 – Análise de Riscos................................................................................................. 51
CAPÍTULO V - TRATAMENTO DE ÁGUA PARA CALDEIRAS ......................................... 61
V.1 - Água de Alimentação - Problemas e Controle ........................................................ 61
V.2 - Problemas Provocados pela Água de Alimentação ................................................ 62
V.3 - Controle de Incrustações e Corrosão.....................................................................62
V.3.1 - Tratamento Externo ......................................................................................... 64
a) Clarificação .......................................................................................................... 64
b) Troca Iônica ......................................................................................................... 64
c) Desaeração.......................................................................................................... 65
V.3.2 - Tratamento Interno ..........................................................................................65
1 - Redutor de Dureza.............................................................................................. 66
2 - Álcali ................................................................................................................... 68
3 - Redutor de Oxigênio ...........................................................................................68
4 - Neutralizantes do Vapor......................................................................................69
V.4 - Limpeza dos Sistemas de Geração de Vapor ........................................................ 70
Limpeza de Caldeiras ..................................................................................................70

Limpeza
Limpeza Manual
Mecânica ..........................................................................................................
......................................................................................................71
71
Limpeza Química ........................................................................................................ 71
Limpeza Química de Caldeiras Novas ou Reformadas ............................................... 72
V.5 – Hibernação / Proteção nas paradas ......................................................................72
CAPÍTULO VI - MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS ............................................................. 74
VI.1 – Inspeção e Manutenção Preventiva ..................................................................... 74
1 - Tubulação .............................................................................................................. 74
2 - Alvenaria ................................................................................................................ 74
3 - Queimador ............................................................................................................. 74
4 - Ventilador ............................................................................................................... 75

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5 - Bombas .................................................................................................................. 75

67 -- Instrumentação ...................................................................................................... 75
Válvulas ................................................................................................................. 75
8 - Chaves Magnéticas/Motores .................................................................................. 75
9 - Válvulas de Segurança .......................................................................................... 75
VI.2 - CARTA DE AVARIAS ........................................................................................... 76
1 - Falha na ignição.....................................................................................................76
2 - Falha na chama ..................................................................................................... 76
3 - O queimador faz fumaça ou funciona pulsativamente ............................................ 76
4 - A bomba de óleo não debita .................................................................................. 77
5 - O ventilador não debita .......................................................................................... 77
6 - A bomba de alimentação não debita ...................................................................... 77
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................. 78
LIVROS .......................................................................................................................... 78
MANUAIS .......................................................................................................................78
ANEXOS............................................................................................................................ 79
ANEXO 1 ........................................................................................................................80
LIMITES A SEREM OBEDECIDOS PARA A ÁGUA NO INTERIOR DA CALDEIRA ... 80
ANEXO 2 ........................................................................................................................81
LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO ................................ 81
ANEXO 3 ....................................................................................................................... 82
NORMA REGULAMENTADORA No 13 (NR-13) ............................................................82
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO ....................................................................... 82
ANEXO I-A .....................................................................................................................99
CURRÍCULO MÍNIMO PARA “TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE
CALDEIRAS”.............................................................................................................. .99
ANEXO I-B ...................................................................................................................101
CURRÍCULO MÍNIMO PARA “TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE
UNIDADES DE PROCESSO”.................................................................................... 101
ANEXO II ...................................................................................................................... 103
REQUISITOS PARA CERTIFICAÇÃO DE “SERVIÇO PRÓPRIO DE INSPEÇÃO DE
EQUIPAMENTOS” .................................................................................................... 103
ANEXO III ..................................................................................................................... 104
ANEXO IV ....................................................................................................................105
CLASSIFICAÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO ........................................................... 105
ANEXO 4 ...................................................................................................................... 107
RENDIMENTO DA COMBUSTÃO............................................................................. 109

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TABELA DE VAPOR SATURADO ............................................................................ 110

TABELA DE VISCOSIDADE
TABELA DE VAPOR SATURADO DO ÓLEO ............................................................................
COMBUSTÍVEL RESIDUAL ....................... 111 112
VERSUS TEMPERATURA DE AQUECIMENTO....................................................... 112
CARACTERIZAÇÃO DE ÓLEO – A1 ........................................................................ 113
INFORMAÇÕES SOBRE ÓLEO COMBUSTÍVEL TIPO A2...................................... 114
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO GN DE CAMPOS.............................................. 115
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO GN DISTRIBUÍDO PELA CEG ......................... 116
VÁLVULA DE SEGURANÇA ..................................................................................... 117
PORTARIA ANP N.º 90 (29/04/99)............................................................................ 119
ÓLEOS COMBUSTÍVEIS .......................................................................................... 119
QUADRO DE ESPECIFICAÇÕES ............................................................................ 119
Resolução CNP N° 03/86 (PONTO DE FLUIDEZ SUPERIOR) ................................. 120
ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE ÓLEOS COMBUSTÍVEIS: ............................... 121
TABELA DE TRANSFORMAÇÃO DE CONDUTIVIDADE PARA SÓLIDOS
DISSOLVIDOS .......................................................................................................... 122

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INTRODUÇÃO

A Portaria no 23 de 27/12/94, que alterou a norma regulamentadora n o 13 da


Portaria no 3214, de 08/06/78, estabelece a obrigatoriedade do Treinamento de
Segurança para Operadores de Caldeiras e Estágio Supervisionado. Estão
isentos dessa obrigatoriedade os Operadores que, comprovadamente através de
Carteira Profissional, tiverem mais de 3 anos de experiência nessa atividade e
aqueles já possuidores de certificados de Treinamento conforme a Portaria 02 de
08/05/84.

Consideramos que a participação de profissionais já experientes, nesses cursos


de treinamento, é conveniente em função da oportunidade de reciclagem de
conhecimentos, pois pelos riscos envolvidos, a operação de caldeiras exige do
operador o máximo de qualificação e atualização.

Esta publicação aborda o assunto de forma generalizada, incluindo os tópicos


exigidos pela NR-13, além de focalizar outros aspectos que são importantes para a
qualificação do Operador de Caldeiras.

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CAPÍTULO I

CONCEITOS BÁSICOS DE
COMBUSTÃO

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CAPÍTULO I - CONCEITOS BÁSICOS DE COMBUSTÃO

I.1- Combustíveis e Comburente


Breve histórico:
No Brasil, até o ano de 1919, o único combustível industrial era a lenha.
Aliás a lenha não só era utilizada industrialmente, mas seu uso também era total
em locomotivas e navegação.
Em seguida surgiram o carvão mineral, os óleos vegetais, o betume e
finalmente o petróleo e seus derivados. Durante muito tempo o carvão teve
preponderância como combustível industrial.

Somente em 1926 é que teve início o consumo de óleo combustível em


indústrias e em centrais termoelétricas. Em 1940, já tínhamos muitas indústrias
adaptadas para o uso de óleo combustível, sendo que a maioria voltou a consumir
lenha no período da 2a Guerra Mundial.
Atualmente, a grande maioria das indústrias, centrais elétricas e estradas de
ferro utilizam os derivados de petróleo como fonte de energia calorífica,
principalmente os óleos combustíveis e o gás natural.

Classificação dos Combustíveis:


- Sólidos
- Líquidos
- Gasosos

Sólidos: Madeira, turfa, linhita, antracito, hulha, carvão vegetal, coque de carvão,
coque de petróleo, etc...

Líquidos: Petróleo, óleo de xisto, alcatrão, álcool e óleos vegetais.

Gasosos: Metano, hidrogênio, gás liquefeito de petróleo, gás de coqueria


(siderúrgica), gasogênio, biogás, gás natural, etc...
Sabemos que a combustão é a reação química entre duas substâncias:
Combustível e Comburente com produção de calor e luz.

O Combustível é a substância que queima e contém em sua composição


principalmente dois elementos: carbono e hidrogênio.

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O Comburente é o elemento que entra na reação de combustão como fonte


de oxigênio.
A fonte usual de oxigênio é o ar atmosférico, onde o oxigênio está contido
na proporção de 23% em peso e 21%em volume, o restante é praticamente
constituído de nitrogênio.
I.2 – Reações de Combustão

C + O2 → CO2 + 32.761 Kj/Kg de carbono (8.100 Kcal/Kg)


2 C + O2 → 2 CO + 9.205 Kj/Kg de carbono (2.407 Kcal/Kg)
2 H2 + O2 → 2 H2O (l) + 141.796 Kj/Kg de hidrogênio (34.100 Kcal/Kg)
2 H2 + O2 → 2 H2 O (V) + 120.876 Kj/Kg de hidrogênio (28.890 Kcal/Kg)
S + O2 → SO2 + 9.247 Kj/Kg de enxôfre (2.200 Kcal/Kg)
Observa-se, pelas reações anteriores, que deve-se sempre orientar a
queima no sentido de se obter o CO2 pois tem-se assim uma maior liberação de
calor. Na prática, queimam-se combustíveis que não se compõem apenas de
Carbono (C), mas também de hidrogênio (H2) e enxofre (S), conforme visto nas
reações acima.
A combustão é completa quando todos os elementos combustíveis contidos
no combustível em questão (C, H2, S, etc), combinam-se com o oxigênio do ar,
fornecendo os produtos finais correspondentes.

I.3 – Cálculo do Ar Necessário à Combustão


Como foi visto, a combustão é completa quando a quantidade de ar é
necessária e suficiente para oxidar os elementos constituintes do combustível
utilizado.
Havendo combustão incompleta teremos fuligem, aldeído e monóxido de
carbono, além de não ocorrer a liberação total do calor do combustível.

A quantidade
seguinte fórmula: de ar teórica necessária à combustão pode ser calculada pela

Kg ar/ kg de combustivel = 11,5 (% C) + 34,7 (% H2) + 4,3 (% S)

Os percentuais de carbono e hidrogênio no combustível são calculados


aproximadamente por:
% P/P Carbono = 100 - (% H2 + S + H2O + cinzas)
% P/P Hidrogênio = 26 - (15 x densidade)

Os percentuais de água, cinzas e enxofre são obtidos em laboratório.

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Exemplificando, podemos considerar a queima de um óleo combustível tipo A,


com a seguinte composição média: C = 84%, H2 = 11%, S = 4% e água = 1%.
Para queimar 1 Kg desse óleo, necessitamos:
84/100 x 11,5 = 9,66
11/100 x 34,7 = 3,81
4/100 x 4,3 = 0,17
Dessa forma, teremos: 9,66 + 3,81 + 0,17 = 13,6 Kg de ar/Kg de óleo A
Considerando que o ar possui 23% P/P do oxigênio, então teremos:

0,23 x 13,6 → 3,1 Kg O2/Kg de óleo tipo A


Na prática, trabalha-se com excesso de ar para garantir-se a queima
completa do combustível e a mínima concentração de CO (monóxido de carbono)
O excesso de ar varia em função do combustível utilizado. São aceitáveis de
15% a 30% para óleos e de 10% a 15% para gases.
ANÁLISE TÍPICA PARA ÓLEO E GÁS NATURAL
ÓLEO GÁS ÓLEO GÁS
(ESTEQUIOMÉTRICO) (C/ EXCESSO DE AR)
% CO2 15 11 13 10
% CO --- --- 0,01 - 0,05 0,01 - 0,05
% O2 2 - 3 2 - 3

I.4 - Poder Calorífico Superior e Poder Calorífico Inferior de um Combustível

Como foi visto no capítulo inicial, as reações químicas da combustão


liberam calor, estas reações são denominadas exotérmicas. O calor assim gerado
é que constitui o calor da combustão e que pode ser aproveitado das mais diversas
maneiras. Assim, cada combustível ao ser queimado é capaz de liberar uma
determinada quantidade de calor. Essas quantidades de calor são medidas em
aparelhos chamados calorímetros e são específicas para cada combustível.
Assim, a quantidade de calor liberada constitui uma das mais importantes
características do combustível e é denominada poder calorífico.

Define-se poder calorífico como a quantidade de calor produzida pela


queima total de uma unidade de combustível.
Ex: Kcal/Kg; BTU/lb; Kcal/Nm³.

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Poder Calorífico Superior:


O poder calorífico supeiror é o calor liberado pela combustão da unidade de
massa do combustível a volume constante, estando a água formada pela
combustão, no estado líquido.
No poder calorífico superior a água formada permanece no estado líquido,
logo, seu calor latente é incluido no calor gerado na combustão.
Poder Calorífico Inferior:
É o calor liberado pela combustão da unidade de massa do combustível, na
pressão constante de 1 atm, permanecendo a água da combustão no estado
gasoso (vapor).
No calor
logo, seu poderlatente
calorífico
fica inferior
excluídoa do
água formada
calor geradopermanece no estado
na combustão. gasoso,
Na prática éo
que ocorre, visto que, a temperatura dos gases de combustão é superior à
temperatura de saturação do vapor d'água à pressão atmosférica, permanecendo
a água na forma de vapor superaquecido.

I.5 – Calor Sensível e Calor Latente


Denomina-se de calor sensível a quantidade de calor necessária para
elevar a temperatura de um corpo de massa m e calor específico c (*), desde a
temperatura t1, até a temperatura t2.
O calor latente, ao contrário do calor sensível, não produz aquecimento,
sendo aproveitado pelo corpo para realizar uma mudança de estado.
(*)Denomina-se calor específico c a quantidade de calor necessária para
elevar de 1° C a temperatura de 1 g de uma substância.

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CAPÍTULO II

CALDEIRAS
CONSIDERAÇÕES GERAIS

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CAPÍTULO II - CALDEIRAS - CONSIDERAÇÕES GERAIS


Os geradores de vapor (caldeiras) são equipamentos complexos de troca de
calor, que produzem vapor a partir da energia térmica (queima de combustível),
constituídos por diversos equipamentos associados, perfeitamente integrados,
para permitir a obtenção do maior rendimento térmico possível.

II.1 – Tipos de Caldeiras – Características e Empregos


As caldeiras podem ser classificadas em dois tipos:

a) Caldeiras de Tubos de Fogo (Flamotubulares ou Fogotubulares)


Nestes equipamentos, o qual consiste essencialmente de um corpo
cilíndrico com dois espelhos fixos nos quais os tubos são mandrilados ou soldados,
os gases de combustão atravessam a caldeira pelo interior dos tubos cedendo
calor à água que está envolvendo esses tubos, conforme mostram as figuras II.1 e
II.2.
Exemplos: Caldeiras ATA, Caldeiras ICESA, Caldeiras TENGE, Caldeiras
AALBORG, etc.

Figura II.1

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Figura II.2

As caldeiras fogotubulares são as unidades de geração de vapor de menor


porte, estando limitadas à produção de no máximo 20 t/h de vapor e pressão não
superior a 300 psi (≅20 Kgf/cm2).

VANTAGENS:

• menor investimento (têm menor custo e são mais econômicas do que as


similares aquotubulares)
• exigem pouca alvenaria
• manutenção mais fácil
• tratamento de água menos rigoroso
• atendem bem à variação de demanda de vapor, devido ao grande volume
de água que encerram.
• apresentam alta eficiência de transferência de calor por área de troca
térmica ( 40% maior que as aquotubulares ).

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DESVANTAGENS:
• pressão de trabalho limitada (=20 Kgf/cm 2), devido ao fato de que a
espessura da chapa dos corpos cilíndricos crescem com o diâmetro;
• partida mais lenta, devido ao grande volume de água;
• pequena taxa de vaporização, logo, ocupam muito espaço em relação à
área de aquecimento;
• circulação deficiente de água;
• não produz vapor superaquecido, somente vapor saturado.

b) Caldeiras Aquotubulares (Tubos de Água)


Quando necessita-se de maiores produções e pressões de vapor, utiliza-se
as caldeiras aquotubulares.
Nestes equipamentos os gases de combustão atravessam toda caldeira
pela parte externa dos tubos cedendo calor à água contida no interior dos mesmos.

Figura II.3

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Figura II.4

As Caldeiras Aquotubulares por possuírem uma estrutura tubular que


compõem a parte principal da absorção de calor, permite a obtenção de grandes
superfícies de aquecimento. Nestes tipos de caldeiras as produções de vapor
chegam a atingir até 750 t/h, com pressões de até 200Kgf/cm 2 e temperatura de
450 a 500° C, existindo unidades com pressão crítica (226 atm) e supercrítica (350
atm).
As Caldeiras Aquotubulares podem ser classificadas em três grandes
categorias:
• Caldeiras aquotubulares de tubos retos
• Caldeiras aquotubulares de tubos curvos
• Caldeiras aquotubulares de circulação positiva

1) Caldeiras Aquotubulares de tubos retos


Essas caldeiras possuem um feixe de tubos retos paralelos e inclinados por
onde a água circula, segundo uma mesma orientação, sempre da parte posterior
para a anterior. A capacidade dessas caldeiras varia de 3 a 30 t/h de vapor, com
pressões até 45 Kgf/cm2. Sua vaporização específica é da ordem de 20-25 Kg
vapor/m2. Esse tipo de caldeira apresenta varias vantagens, tais como facilidade
de troca e limpeza
dos tubos, facilidade de limpeza dos depósitos de fuligens por fora dos tubos,
comportam um grande volume de água e dispensam chaminés elevadas ou

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tiragem forçada por provocarem pequena perda de no carga circuíto dos gases (15
a 20 mm de coluna d'água).

2) Caldeiras Aquotubulares de tubos curvos


Essas caldeiras são constituidas por tubos curvos unidos a tambores e
dispostos de formas diversas. Atualmente os tipos mais difundidos são os de dois
tambores por serem de menor custo. A aplicação de paredes de água em caldeiras
constituem um grande avanço tecnico e confere enormes vantagens tais como:
diminuição do tamanho das caldeiras (caldeiras compactas), queda de temperatura
de combustão, menor custo de refratários, vaporização mais rápida, etc...
As caldeiras de vapor aquotubulares de tubos curvos, do tipo compacta,
chegam a atingir capacidade acima de 150 t/h de vapor. Sua vaporização
específica é de 28 a 30 Kg vapor/m2 , podendo atingir mesmo a 45 Kg vapor/m2.

3) Caldeiras Aquotubulares de circulação positiva


Observa-se que a circulação da água no interior dos tubos apresenta uma
tendência natural, graças à diferença de peso específico entre a água situada nas
partes mais frias
nas partes ondedasecaldeira,
processae aforte
águatroca
aquecida e misturada
térmica. com bolhas
Aplicando-se esse de vapor
princípio
determinou-se a concepção de novas unidades geradoras de vapor.
Nessas unidades, a circulação de água é rigorosamente orientada e sempre
unidirecional através de todo sistema tubular. Essas caldeiras são chamadas de
circulação positiva, podendo-se ser de circulação positiva natural ou forçada, esta
última feita com auxílio de bombas. As concepções mais modernas, mantendo-se
o sistema de circulação forçada, operam com elevada pressão positiva na câmara
de combustão (1 a 2 Kgf/cm2), assegurando aos gases uma velocidade da ordem
de 200 cm/s e alcançando coeficientes de transmissão de calor 15 vezes maiores
de uma caldeira comum. Essas condições permitem colocar a caldeira em
operação rapidamente (5 a 7 minutos), atingindo rendimentos da ordem de 85-
90%.
De acordo com a fonte de aquecimento utilizada, as caldeiras são
classificadas em:

• Caldeiras a combustíveis convencionais (sólidos, líquidos e gasosos)


• Caldeiras elétricas ( resistências e eletrodos)
• Caldeiras de recuperação (gases de escape e produtos resíduais)

• Caldeiras
Caldeiras nucleares (fissãosolar)
solares (energia de urânio)

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II.2 – Partes de uma Caldeira – Componentes Principais


Nas caldeiras existem três partes distintas, que compoem sua estrutura:

• Câmara de combustão (fornalha)


• Câmara de água (feixes tubulares e tubulações inferiores)
• Câmara de vapor (espaço disponível na tubulação superior, acima do nível
de água)
Componentes principais de Caldeira Flamotubular

Conforme(horizontal
corpo cilindrico vimos, umaou caldeira
vertical) flamotubular consistefixos
com dois espelhos essencialmente
nos quais osde um
tubos
são mandrilados. Em uma das extremidades situa-se a fornalha de um modo que
os gases resultantes da combustão, passando por dentro dos tubos, cedem calor à
água.
Nas caldeiras fogotubulares mais comuns a fornalha está montada dentro
do corpo cilíndrico, sendo que o queimador está montado na parte da frente da
fornalha e na parte de trás temos uma tampa, com geometria tal, que faz com que
os gases invertam o seu percuso, passando por dentro dos tubos para então
alcançar a chaminé.

Figura II.5

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Componentes Principais de uma Caldeira Aquotubular:

Figura II.6

(1) Tambor de Vapor - é o superior de onde o vapor produzido é distribuído para


consumo ou se dirige para o super-aquecedor.
(2) Tambor de Lama - é o vaso inferior, colocado na parte mais baixa e fria da
caldeira e onde se acumula o lodo formado.
(3) Feixe Tubular - conjunto de tubos que compõem a área de troca térmica entre
os gases provenientes do combustível queimado e a água a ser evaporada.
(4) Fornalha - conjunto próprio para promover a queima do combustível.
(5) Super-aquecedor - é o componente no qual se consegue o super-aquecimento
do vapor à pressão de trabalho. O super-aquecimento do vapor é feito com o
aproveitamento de calor transmitido por radiação e convecção na câmara de
combustão.
(6) Economizador - componente do sistema no qual se faz o pré-aquecimento da
água de alimentação, aproveitando o calor sensível dos gases resultantes da
combustão antes de lançá-los à atmosfera.
(7) Pré-aquecedor de Ar - é o componente no qual se faz o pré-aquecimento do ar
de combustão por meio do aproveitamento do calor sensível dos gases de
combustão.
(8) Chaminé - é a parte que garante a circulação dos gases quentes da combustão
através de todo o sistema, pelo efeito de tiragem. Quando a tiragem, porém, é
promovida por ventiladores ou exaustores, sua função se resume em dirigir os
gases de combustão para a atmosfera.

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II.3 - Fornalhas e Queimadores

Denomina-se de fornalha ao local destinado à queima do combustível. É


composta do combustor (queimador), que promove a queima do combustível e da
câmara de combustão onde se verifica a completa queima dos gases.
A seleção correta de uma fornalha constitui o fator mais importante no
projeto de um gerador de vapor. A seleção se faz considerando os seguintes
fatores:
• tipo de combustível
• volume de combustível
• teor de umidade



granulometria
teor de cinzas e voláteis
• peso específico
• limpeza da fornalha
• temperatura da fornalha
• método de injeção de ar
• regime de trabalho do gerador
• comprimento da chama

Classificação das Fornalhas


Temos vários critérios para a classificação das fornalhas e podemos dividi-
los em duas grandes categorias:

a) Fornalhas que queimam sob suporte (combustíveis sólidos)


b) Fornalhas que queimam em suspensão (combustíveis gaseificados e
sólidos pulverizados, finamente divididos)

1 - Fornalhas que queimam sob suporte

1.1 - Fornalhas de grelhas planas levemente inclinadas - são destinadas


para
t/h decombustão
vapor. de lenha em toras, tendo aplicação limitada a caldeiras de até 20

1.2 - Fornalhas em escada - são constituídas de degraus apoiados em


travessões inclinados, sobre os quais o combustível é projetado manual ou
mecanicamente. São adequadas para combustíveis mais leve, tais como: casca de
arroz, casca de amendoim, serragem, bagaço de cana, madeira picada, etc...

1.3 - Fornalhas de esteiras rotativas móveis - o combustível é alimentado


mecanicamente, formando uma camada espessa que se extingue à medida que
avança na fornalha e descarregando as cinzas residuais no fim do trajeto.

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2 - Fornalhas que queimam em suspensão


Nesta categoria temos as fornalhas destinadas a queima de óleo
combustível, gás e combustíveis sólidos pulverizados. Neste caso temos um
equipamento responsável pela queima do combustível chamado queimador ou
combustor.
Considerando que no caso de combustível gasosos a fornalha não
apresenta muitos problemas técnicos a resolver, então, nos deteremos mais no
caso de combustíveis líquidos.

2.1 - Combustíveis líquidos


Nos combustíveis líquidos o principal problema é passar o combustível para
o estado gasoso.
As funções da fornalha e do maçarico são assim distribuídas:

Câmara de Combustão Vaporização


Combustão
Fornalha Atomização
Queimador Dosagem ar/combustão
Turbulência

Sabemos que para o processo de combustão ser eficiente é necessário que:


a) A relação entre combustível e comburente deve ser estreita e bem
determinada;
b) A mistura entre combustível e comburente (ar) deve ser a mais íntima e no
menor espaço de tempo possível;
c) O excesso de ar deve ser o mínimo necessário à combustão;
d) A temperatura da câmara de combustão deve ser a mais alta possível, de
maneira a gaseificar, no menor tempo, as gotículas do combustível lançadas
pelo queimador;
e) A fornalha deve ser criteriosamente dimensionada de acordo com a
temperatura que deva trabalhar e com a quantidade de combustível a ser
queimado;
f) A circulação dos gases de combustão deve ser tal que promova a eficiente
troca térmica através do sistema, sem no entanto prejudicar a tiragem.

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2.2 - Ar de Combustão

O ar necessário ao processo de combustão pode ser classificado da


seguinte forma:

Ar Primário: quando os queimadores utilizam ar para atomização do óleo,


ou seja, é o ar que entra no corpo do queimador para que se consiga o efeito de
pulverização do combustível.
Ar Secundário: é o ar que entra efetivamente no processo de combustão.
Este ar pode ser suprido por ventiladores ("ventoinhas") ou através de janelas
reguláveis, convenientemente colocadas.

Figura II.7

Ar Terciário: quando o ar primário e secundário não são suficientes para o


processo de combustão, faz-se uma terceira adução de ar, que pode ser
succionado por efeito de tiragem ou soprado por ventilador.
Como já mencionamos anteriormente, é necessário, na prática, que seja
introduzido um excesso de ar para garantir-se a queima completa do combustível.
O excesso de ar deve ser controlado para que não se perca eficiência, pois o ar
que não participa da combustão tende a resfriar a chama, além de aumentar a
velocidade dos gases dentro da caldeira com conseqüênte perda de energia.
O excesso de ar deve ser controlado através de instrumentos analizadores
de gases de combustão, tais como, analizadores portáteis ou analizadores
contínuos.
Nas caldeiras que queimam óleos combustíveis normalmente monitoramos
o % CO2.

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Nas caldeiras que queimam gases faz-se necessário o monitoramento de


oxigênio (O2) ou do CO (monóxido de carbono).

Figura II.8

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2.3 - Queimadores
Numa caldeira ou no caso geral de instalações para queima de óleo
combustível, a função mais importante do sistema é exercida pelos chamados
queimadores ou combustores, os quais realizam a pulverização do óleo
projetando-o no interior da fornalha. O queimador de óleo tem assim por finalidade
pulverizar o óleo combustível e lançá-lo no interior da fornalha, finalmente dividido
em gotículas, cujos diâmetros variam, aproximadamente, de 30 a 150 mícrons.
Dessa forma ocorre gaseificação rápida, permitindo que a superfície de contato de
combustível com o oxigênio do ar de combustão seja grandemente aumentada.
A pulverização de combustível é obtida por meio de um agente pulverizador.
Os diversos tipos de queimadores existentes no mercado, podem ser classificados,
quanto ao processo empregado na atomização, em duas classes:

• Queimadores de pulverização com fluido auxiliar (ar ou vapor)


• Queimadores de pulverização mecânica

2.3.1 - Queimador de pulverização a ar de baixa pressão


Este tipo de queimador é encontrado em fornos industriais e algumas
caldeiras antigas. A pressão de ar varia de 150 a 800 mm de coluna d'água e
passa para o bico do queimador através de uma série de palhetas que lhe dão um
movimento rotativo. Devido à forma cônica do bico do queimador, a velocidade do
ar é aumentada sem que se modifique o seu movimento espiral. O efeito de
turbilhonamento obtido faz com que o óleo combustível admitido, já parcialmente
aquecido, seja inteiramente misturado com o ar, facilitando a combustão.

Figura II.9

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Num queimador a ar de baixa pressão, a velocidade do ar varia com a raiz


quadrada da pressão. Dessa forma, se a pressão do ar, no bico do queimador,
correspondente a descarga máxima, for de 635 mm de coluna d'água, ao
reduzimos a descarga de óleo à metade será necessário reduzir para cerca de 160
mm de coluna d'água a pressão de ar, de modo que mantenha correta a proporção
ar/óleo.
Nos queimadores de baixa pressão é necessário grande volume de ar. Em
geral não são satisfatórias as condições de pulverização abaixo de 250 mm de
coluna
em d'água.
torno de 90 A viscosidade máxima admissível neste tipo de queimador está
SSU.

Queimador de Baixa Pressão, com Comando Independente de Ar Primário,


Secundário e Terciário (aduzido pela Pedra Refratária)

Figura II.10

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Queimador Rotativo, pulverização e ar de baixa pressão (rotação


produzida pelo ar primário):

Figura II.11

Figura II.12

Figura II.13

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2.3.2 - Queimador de Pulverização a Ar de Alta Pressão


Neste tipo de queimador a pressão do ar é superior a 1 Kgf/cm2. O ar
primário para esses queimadores é produzido por compressores. Quanto maior a
pressão do ar primário, menor a percentagem total de ar necessário. Assim
complementa-se com ar secundário, facilitando o controle da combustão. Este tipo
de queimador também trabalha eficientemente com vapor. Admite viscosidade
máxima em torno de 170 SSU.

Queimador a Alta Pressão de Ar, ou a Vapor

Figura II.14

Queimador a Alta Pressão de Ar, ou a Vapor

Figura II.15

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2.3.3 - Queimador de Pulverização a Vapor

Este tipo de queimador é indicado para caldeiras que possuem vapor para
esse fim. O consumo de vapor utilizado para a pulverização está entre 0,15 a 0,4
Kg de vapor por quilo de óleo pulverizado. O processo de atomização a vapor é
semelhante ao utilizado com ar comprimido, ou seja, o vapor passa através de um
estreitamento arrastando consigo o combustível em pequenas gotículas.

Figura II.16

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2.3.4 - Queimador de Pulverização Mecânica


Esse tipo de queimador, também denominado queimador a jato-pressão, é
normalmente empregado em instalações de grande porte nas quais predomina o
fator econômico e em instalações marítimas, devido não só ao menor consumo de
energia como principalmente devido à economia de água. A pulverização do óleo
combustível é produzida pela passagem do óleo sob alta pressão através de um
orifício.
A pressão do óleo varia normalmente de 4 a 9,5 Kgf/cm2, mas pode atingir
valores bem maiores e é produzida por uma bomba. Usado para óleos até 150
SSU.

Figura II.17

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Queimador a Jato-Pressão:

Figura II.18

II.4 - Caldeiras para Energia Alternativa.


A crise do petróleo, deflagrada em 1973, trouxe alterações substanciais nos
custos e disponibilidades da energia. Esta nova realidade obrigou as empresas a
adaptarem seus processos de produção , bem como a buscarem soluções visando
a substituição do óleo combustível por outras fontes energéticas. No caso do
nosso país, dependendo da região, temos diversas alternativas a serem
consideradas no que tange à substituição do óleo combustível por outra fonte de
energia, ou seja: eletricidade, lenha, carvão mineral, biomassa, gás, etc...
Considerando que o assunto é bastante extenso, empolgante e requer um
ou mais cursos
limitaremos específicos
nesta obra a para
fazer cada alternativa
um breve energética
comentário disponível,
sobre então, nos
os equipamentos
disponíveis para esses casos.

a) Caldeiras Elétricas
As caldeiras elétricas, para geração de vapor d'água, são empregadas na
Europa desde 1905 e nos Estados Unidos desde 1920.
As caldeiras elétricas são, basicamente, vasos de pressão nos quais
adaptamos os elementos de aquecimento. Há dois tipos de caldeiras elétricas: as
de resistência e as eletrodos.

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Nas caldeiras de resistência, a corrente elétrica passa através de uma


série de resistências elétricas devidamente protegidas, que se acham imersas na
água, provocando o seu aquecimento até atingir a vaporização, dentro de um vaso
de pressão.

Nas caldeiras a eletrodo, a corrente elétrica circula através da água,


convertendo a energia elétrica em térmica, até a produção de vapor.
Neste caso, também, tudo se processa no interior de um vaso de pressão.

Por motivos econômicos,as caldeiras de resistênica estão limitadas a


potências de 2.000 a 2.600 KW, o que corresponde a produção de cerca de 3.500
Kg/h de vapor.
Quanto ao aspecto segurança, esses equipamentos além de requererem a
atenção relativa aos ítens de segurança normais de caldeiras, requerem cuidados
também, devido aos equipamentos elétricos que compõem esse tipo de caldeira.

b) Caldeiras a Combustíveis Sólidos

As caldeiras a combustíveis sólidos (lenha, resíduos vegetais, carvão, etc...),


já operam há bastante tempo no Brasil. Dependendo do tipo de produto a ser
queimado, existem vários arranjos que são utilizados, ou seja, tipo de grelhas, tipo
de fornalhas, etc...
Os aspectos relativos à segurança são praticamente os mesmos de uma
caldeira a óleo combustível, sendo que dependendo do tipo de alimentação
empregada alguns outros aspectos precisam ser levados em consideração, tais
como EPI adequados.

c) Caldeiras a Gás
Em diversas regiões de país o uso de caldeiras a gás vem aumentando
bastante, principalmente devido a oferta de gás natural.
O uso de caldeiras a gás apresenta muitas vantagens, pois o gás em
mistura com o ar entra em ignição facilmente, permitindo regulagens simples,
chama estável e ausência de poluição.
Existem diversos tipos de queimadores a gás utilizados em caldeiras e que
operam de uma forma segura e eficiente.
Não existe necessidade de modificações das fornalhas das caldeiras a óleo
quando modificadas para queimarem gás.

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d) Caldeiras a Óleo Combustível

Devido ao fato de ainda a maioria dos queimadores de geração de vapor,


existentes nas indústrias, utilizarem óleo combustível como fonte térmica,
abordaremos os aspectos: operacionais, de segurança e de manutenção relativos
a esse tipo de caldeira.

Figura II.19

II.5 - Acessórios e Instrumentos de Caldeiras

Acessórios de caldeiras são os equipamentos ou dispositivos que atuam


no sentido de aumentar o rendimento, melhorar as condições de segurança,
facilitar a continuidade de operação e facilitar o controle de regulagens. O termo
"acessórios" confunde-se com o termo "instrumentos" em alguns aspectos. De
uma forma geral os instrumentos são os elementos de controle de regulagens.

II.5.1 - Dispositivos de Alimentação


Os aparelhos de alimentação de água para caldeiras são elementos
indispensáveis ao funcionamento do sistema de geração de vapor, devem manter
uma determinada vazão e vencer a perda de carga total do sistema, ou seja, perda
de carga da tubulação, válvulas e a contra-pressão do vapor.

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Existem três tipos de aparelhos de alimentação normalmente usadas nos


geradores de vapor:
1) Bombas Centrífugas
2) Bombas Alternativas
3) Injetores

1 - Bombas Centrífugas
As bombas centrífugas são as mais utilizadas e atendem a toda a gama de
capacidade e pressões necessárias aos geradores de vapor, podendo atingir
vazões da ordem de 500m3 /h. Nas pequenas instalações de baixa pressão as
bombas centrífugas
pressão de um estágio
maiores, utiliza-se bombassão
de suficientes. A medida
vários estágios. que se necessita
São acionados de
por motor
elétrico ou por turbinas auxiliares .
É necessário que o reservatório de alimentação de água para a caldeira
esteja a pelo menos 4 metros acima da entrada da bomba, a fim de se ter uma
pressão positiva na sucção da bomba, já que a água no tanque deve estar a uma
temperatura elevada. Para maior garantia deve-se consultar o fabricante da bomba
a esse respeito.

2 - Bombas Alternativas

As bombas
tem limitações alternativas eoferecem
de capacidade pressão.aNormalmente,
vantagem da economia de força,
são indicadas para porém
vazão
máxima de 50 m³/h e pressão de 20 Kgf/cm². Apresentam o inconveniente de
arrastar óleo e graxas lubrificantes das partes móveis juntamente com o vapor de
escape, necessitando a instalação de separadores.

3 - Injetores
Os injetores são aparelhos que utilizam o próprio vapor de caldeira como
meio de impulsão da água. Normalmente são instalados como aparelho de reserva
pronto para operar quando se verifica deficiências na bomba de alimentação de
água. Não trabalham com água quente (acima de 40°C) e também não fazem
sucção, devendo o tanque de água estar elevado, acima do injetor.

II.5.2 - Visor de Nível


O visor de nível ou coluna de nível, é o aparelho que permite controlar
visualmente o nível de água no interior da caldeira. Fazem parte do conjunto de
nível, os seguintes elementos:
- corpo
- registro de nível
- torneiras de prova
- registros de descarga

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Deve-se ter especial cuidado na manutenção do visor de nível, para


ficarmos seguros que não existe indicação de nível falso. Uma das mais
importantes regras na operação de caldeiras é manter-se constantemente a água
na caldeira a um nível apropriado.
O operador deverá sempre verificar o nível da água observando a garrafa de
nível instalada no balão da caldeira. Recomenda-se que o visor seja drenado a
cada início de turno de operação.
Este procedimento além de assegurar a operação livre do visor, assegura
também a certeza de que o operador, ao chegar, verificará o nível da água.
A garrafa de nível também deve ser drenada a cada turno, para que se
remova a lama
observação acumulada
do nível de água. que causa turvação no visor, ocasionando falsa
Mais detalhes sobre o controle e regulagem de nível de água será fornecido
no Capítulo III.
II.5.3 - Indicadores de Pressão
Os indicadores de pressão do gerador de vapor são os manômetros. Estão
localizados nas partes da caldeira onde necessita-se indicação de pressão.
Normalmente a escala de um manômetro corresponde pelo menos duas vezes a
pressão
de sifão normal dode
e válvula trabalho. SãoEste
bloqueio. ligados ao ponto
processo evitadeo medição de manômetro
contato do pressão através
com
temperaturas elevadas.

II.5.4 - Válvulas

a) Válvula Principal de saída de vapor


A válvula principal de saída de vapor permite a vazão de todo o vapor
produzido pela caldeira.
Normalmente são as válvulas dio tipo globo por permitirem controle mais
perfeito da vazão, mas pode-se usar válvulas tipo gaveta quando não se tem ou
não necessita-se de rigoroso controle da vazão.
b) Válvula de Segurança
As válvulas de segurança destinam-se a evitar que a pressão nas caldeiras
eleve-se além do limite especificado pelo projeto. Com isto temos assegurada a
segurança do equipamento.
As válvulas de segurança corretamente dimensionadas devem:
1) abrir totalmente a uma determinada pressão
2) permanecer aberta enquanto a pressão retorna ao valor normal de operação
3) fechar instantaneamente após verificar-se o abaixamento da pressão às
condições normais de operação.

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As válvulas de segurança devem ter saída para fora da "casa de caldeiras",


através de tubos de igual ou maior diâmetro que a saída da válvula; se houver
necessidade de curvas, que sejam bem suaves a fim de dar livre expansão à
descarga. Devem ser testadas, diariamente, puxando-se as alvancas com toda
pressão de trabalho da caldeira, a fim de que não fiquem presas por falta de uso e
semanalmente, deixando-se que a caldeira atinja a pressão de abertura das
válvulas. Devem ser reguladas tendo como limite a PMTA.
c) Válvula de alimentação
Destina-se a permitir ou interromper o suprimento de água na caldeira. São
válvulas do tipo globo com passagem reta.

d) Válvula
Tem comode retenção
função evitar o retorno de água sob pressão do interior da
caldeira. São instaladas após a válvula de alimentação.

e) Válvula de descarga
São válvulas de descarga rápida que permitem a purga da caldeira
ocasionando a "desconcentração"do equipamento. Maiores detalhes sobre a
necessidade de purga da caldeira são fornecidos no capítulo referente a
tratamento de água.
II.5.5 - Válvulas solenóides
As válvulas solenóides são válvulas eletromagnéticas que trabalham
totalmente abertas ou fechadas, em função de energização ou não da bobina, isto
é, quando energizadas liberam o fluxo e quando não energizadas bloqueiam o
fluxo. Assim, são utilizadas em várias funções como por exemplo no controle de
alimentação de combustível, no controle de vapor etc.

II.5.6 - Pressostatos

a) Pressostato de modulação de chama


Tem como funções modificar a vazão de combustível e do ar secundário,
obtendo-se assim a redução da chama em pressões elevadas no interior da
caldeira ou aumentando-a quando em baixas pressões, objetivando igualar dentro
de certos limites a produção e o consumo de vapor.
O sistema de modulação é constituído pelo Pressostato de Modulação de
Chama e por um Servo-Motor que atua sobre a válvula de combustível e sobre o
damper do ventilador de ar secundário. Nas caldeiras equipadas com foto-resistor,
o Pressostato de Modulação de Chama é conjugado ao programador de
combustão no comando automático, de forma a obrigar o sistema de combustão a
partir emtodo
abrindo fogo baixo.caso
o fogo, Após a sensibilização
a pressão do interior
de vapor no foto-resistor, o servo-motor
da caldeira atua
não seja muito
elevada.
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b) Pressostato de máxima
Esse pressostato faz parte do sistema de segurança da caldeira. Sua
função é desligar o circuito automático quando a caldeira atinge a Pressão Máxima
de Trabalho, ou seja, atua desligando a alimentação de corrente elétrica do
sistema automático de combustão, cortando assim a alimentação de óleo
combustível (fecha a válvula solenóide), desligando a bomba de óleo, o ventilador
e o programador.

II.5.7 - Detetor de chama


Os equipamentos industriais que utilizam combustíveis tais como caldeiras e
fornos, de
falhas devem ser O
ignição. protegidos nos casos
detetor mais usado deé oextinção
do tipo acidental da chama
ótico, o qual, ou dea
detetando
luminosidade da chama, emite um impulso elétrico que é retificado no
programador, abrindo e fechando circuitos.
Existem três tipos de Detetores Óticos:

a) Detetor de luz visível - somente aplicado para óleo;


b) Detetor de luz infra-vermelha - usados para óleo e gás;
c) Detetor de luz ultra-violeta - usados para óleo e gás.

Um outro dispositivo empregado é o tipo "flame rod" que utiliza uma fonte
externa de energia elétrica, eletrodo para detectar a chama e um amplificador
eletrônico.
O princípio de operação consiste na captação de elétrons livres liberados
pela ionização do gás de combustão. O sinal de corrente formada é amplificado
operando um relé de controle.

II.6 - Controle de Tiragem

Uma das condições fundamentais para a queima numa fornalha é a


existência de corrente de ar contínua, suprindo-a de oxigênio necessário à
combustão e retirando os gases de combustão através dos dutos de escape. A
essa corrente de ar denomina-se "tiragem".
A tiragem pode ser "natural" ou "mecânica".
A tiragem natural é aquela devida ao diferencial de pressão existente entre
a fornalha e a saída dos gases produzidos pela chaminé. Para que haja uma
combustão eficiente essa diferença de pressão deverá vencer todas as perdas de
carga existentes e promover uma alimentação de ar suficiente para fornecer todo o
oxigênio necessário à queima completa.

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Além da altura da chaminé, o espaçamento entre a sua extremidade e o


chapéu é importante para uma tiragem adequada. Na prática, esse espaçamento
deve ser igual ao diâmetro da chaminé.
A tiragem mecânica é aquela na qual se utiliza equipamentos mecânicos,
geralmente ventiladores, com a finalidade de promover a alimentação de ar,
ficando a chaminé apenas com a função de expelir os gases no alto, facilitando a
sua dispersão.
Este processo é geralmente utilizado nas caldeiras de maior porte, onde o ar
e os gases da combustão são submetidos a maiores perdas de carga tornando a
tiragem natural antieconômica ou até mesmo impraticável.
A tiragem mecânica pode ainda ser classificada:
forçada
- induzida
- mista

Na tiragem mecânica forçada, o ventilador insufla o ar de combustão na


fornalha.
Na tiragem mecânica induzida, o ventilador é colocado após a fornalha,
com a função de retirar os gases de combustão.
A tiragem excessiva produz um aumento na temperatura dos gases na
chaminé e reduz o percentual de CO2.
A tiragem inadequada, por sua vez, resulta em combustão deficiente e
excesso de fuligem.
A medição da tiragem é feita na câmara de combustão e na chaminé.
Tiragem insuficiente na câmara de combustão acarreta saída dos gases e fumaça
para a área exterior e vizinha. A tiragem deve ser suficiente para evitar pressão
elevada na câmara de combustão.

A temperatura na chaminé é função do projeto de caldeira.


O fabricante do equipamento deverá fornecer a temperatura da chaminé
para as condições de operação determinadas.
Temperaturas altas dos gases de combustão indicam perda de calor pela
chaminé. É necessário verificar com o fabricante a temperatura de projeto.
Observar a retirada de fuligem de modo a manter-se as superfícies de troca
de calor sempre limpas.
A tiragem, também, deve ser observada de modo que não se tenha tiragem
excessiva, o que evidentemente produzirá um aumento de temperatura dos gases
e redução do teor de CO2.

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CAPÍTULO III

OPERAÇÃO DE CALDEIRAS

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CAPÍTULO III - OPERAÇÃO DE CALDEIRAS

III.1 - Partida do Equipamento


A vida útil da caldeira, entre outros fatores, depende muito dos cuidados e
procedimentos adotados na partida do equipamento, os quais devem ser
observados criteriosamente ao início de operação.
A operação deve ser conduzida de maneira tal, que os seguintes objetivos
sejam alcançados:
- nível máximo de segurança
- menor número possível de paradas
- máximo aproveitamento do combustível
- evitar formação de fumaça negra ou branca
- evitar a formação de incrustações ou depósitos sobre as superfícies de troca
térmica
- assegurar a duração da vida do equipamento.

Colocação da Caldeira em Linha


Antes de se colocar a caldeira em linha, devemos nos certificar se todas as
portas de visita estão fechadas, bem como se todos os motores, correias e
acoplamentos estão em perfeito estado.
Dependendo do tipo de gerador de vapor, existirão algumas características que
deverão ser observadas no início da operação do equipamento, daí ser
fundamental que o operador conheça bem o tipo de caldeira e esteja ciente das
normas e instruções fornecidas pelo fabricante e que constam do MANUAL DE
OPERAÇÃO. No entanto, alguns procedimentos são comuns e devem ser
seguidos. São eles:
1 - verificar o depósito de água
2 - verificar o depósito de óleo
3 - verificar as conexões do queimador
4 - verificar as válvulas que deverão ficar fechadas, bem como aquelas que
deverão permanecer abertas
5 - verificar se o óleo combustível encontra-se na temperatura e pressão ideais
para atomização
6 - observar o nível de água do equipamento
7 - iniciar a sequência de acendimento conforme o tipo de caldeira.

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Todo acendimento inicial com a caldeira fria deve ser lento e deve seguir a
curva de acendimento característica do equipamento.

CURVA DE ACENDIMENTO INICIAL – CALDEIRA FRIA

Figura III.1

III.2 - Operação de Rotina


Uma caldeira deve operar dentro das especificações para a qual foi projetada.
Uma operação mal feita, reduz a eficiência do sistema provocando prejuízos
significativos além de oferecer sérios riscos.

Existe umdemínimo
operadores de prescrições
caldeiras, que devemabaixo:
as quais enumeramos ser do conhecimento de todos os

1) Inspecionar periodicamente o corpo de nível, fazendo a descarga


diariamente pelas torneiras de prova. Este procedimento permite ao operador
assegurar-se de que as partes responsáveis pela indicação do nível não estão
entupidas. Se em consequência do entupimento a caldeira for operada sem água,
poderão ocorrer danos totais.

Sendo constatada a falta de nível, deve-se imediatamente apagar o fogo e


deixar a caldeira esfriar.

Para evitar explosões, nunca se deve injetar água.

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2) Proceder a descarga da caldeira conforme as prescrições do Departamento


Técnico (para eliminação da lama e partículas estranhas).
3) Testar periodicamente as válvulas de segurança.
4) Não exceder à pressão normal de operação, para evitar descargas pelas
válvulas de segurança, pois a constante perda de vapor afeta o rendimento de
caldeira.
5) Manter os visores de nível e indicadores em geral, perfeitamente limpos.
6) Nunca aproveitar a incandescência da fornalha para acender o queimador.
Esta prática evita a eventual formação de misturas gasosas, que podem chegar ao
ponto de provocar explosões, causando danos totais à fornalha.
7) Diariamente devem ser coletadas amostras de água de alimentação e
descarga para análise.

III.3 - Regulagem e Controles

III.3.1 - Regulagem e Controle de Nível de Água

O controle automático do nível de água em caldeiras é imprescindível, visto que


um controle manual apresentaria sérios inconvenientes, a saber:
- nível de água baixo, aquém dos limites de segurança, normalmente por
descuido
- nível de água alto, ocasionando arraste de água pelo vapor
- alimentação descontínua

O controle automático fornece segurança e estabilidade à operação.

CONTROLE DE NÍVEL A UM ELEMENTO:

a) TIPO ON-OFF. Controle de Nível por Eletrodos.


Baseia-se no princípio da condutividade elétrica da água. Trabalha-se,
normalmente, com três eletrodos de aço inox, isolados do corpo da caldeira, na
altura do nível máximo (3 o eletrodo), nível mínimo (2o eletrodo) e nível crítico (1o
eletrodo).

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Se o nível de água baixar aquém do 2 o eletrodo, um sistema de comando


amplificado liga a bomba de alimentação.
Se o nível de água atingir o 3 o eletrodo, a bomba desliga e interrompe a
alimentação.
Se por algum motivo o nível cair abaixo do 2 o eletrodo e a bomba não funcionar
e continuar até atingir o 1 o eletrodo (nível crítico), soará um alarme e haverá a
paralização da combustão (a caldeira apagará).

Figura III.2

b) TIPO CONTÍNUO

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Figura III.3

c) TIPO TERMOSTÁTICO.
É um sistema completamente mecânico e encontrado em algumas caldeiras
mais antigas. É utilizado em caldeiras aquotubulares e atua em função da
expansão ou contração de um elemento termostático, em consequência da maior
ou menor quantidade de água em relação ao vapor em contato com este elemento.
O movimento de expansão ou contração age diretamente sobre a válvula de
alimentação corrigindo o nível da caldeira.

Figura III.4

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d) TIPO TERMOHIDRÁULICO.

Também baseia-se no efeito de dilatação e contração. Um tubo de latão


instalado inclinado como um indicador de nível, recebe uma camisa tubular
aletada.
Esta câmara comunica-se com uma válvula de diafragma. À medida que o nível
oscila, a água da câmara entra em contato com maior ou menor superfície de
vapor. A estas variações correspondem contrações ou dilatações da água que
refletem sobre o diafragma da válvula de alimentação de água.

Figura III.5

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Figura III.6

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III.3.2 - Regulagem e Controle de Pressão

Os controladores de pressão atuam no sentido de manter constante a pressão


máxima de trabalho permitida durante a operação da caldeira. Os sistemas de
controle de pressão atuam equitativamente no fluxo de óleo e no fluxo de ar
secundário para o queimador em função da variação de carga na caldeira. Assim
sendo, a pressão de trabalho permanece constante.

Figura III.7

III.4 - Anomalias mais comuns durante a Operação

1 - Volta da Chama
Este tipo de anomalia aparece geralmente quando a circulação dos gases
através do sistema não é mantida. Isto pode acontecer no início da operação
quando todo o sistema está frio e em particular a fornalha, ou durante bruscas
variações de cargas, quando são exigidas maiores demandas que mesmo com a
tiragem forçada, não é mantida a circulação adequada dos gases. Esse fenômeno
pode ocorrer, também, quando se verificar uma obstrução na sucção obrigatória
dos gases.
O acúmulo de combustível não queimado na fornalha, também pode provocar o
retorno da chama, quando de sua combustão.

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2 - Furo em Tubos
Quando for constatado furo em tubos, deverá o operador tomar as seguintes
medidas:
- apagar os queimadores
- manter ligados os ventiladores
- manter a alimentação da água.
A válvula de respiro deve ser mantida aberta, bem como, a válvula geral de
distribuição de vapor, até a pressão cair lentamente até chegar a zero.
Prossegue-se com o resfriamento até a abertura do equipamento.

3 - Baixo Nível
Quando for observado que o tambor de vapor está sem nível ou com o nível
muito baixo, devem ser tomadas as seguintes providências:
- apagar os queimadores imediatamente
- fechar a alimentação de água
- fechar
perda gradualmente
de água, e portanto, amaior
válvula principal de
abaixamento do saída de vapor,
nível. Esta práticaa deve
fim de
serevitar
feita
com o máximo de cuidado.

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CAPÍTULO IV

PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÃO


E OUTROS RISCOS

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CAPÍTULO IV - PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÃO E OUTROS RISCOS


IV.1 - Riscos de Acidentes - Segurança e proteção da caldeira
Sabemos que todas as caldeiras oferecem riscos na operação, provocados por
manobras indevidas ou por situações imprevistas devido a complexidade do
sistema. A fim de tornar a operação mais segura possível, lança-se mão de um
grande número de controles e dispositivos de segurança, conforme vimos
anteriormente.
Entretanto, mesmo com toda a aparelhagem possível a atenção do operador
constitui o fator fundamental no que se refere à segurança do sistema. Compete
ao operador eliminar e regularizar o mais rapidamente possível qualquer
anormalidade
Devemos lembrarque que
ocorra, evitando
mesmo com isto automatizados
nos sistemas uma perda dehá
controle do sistema.
a possibilidade de
falha na instrumentação.

Há um mínimo de prescrições e situações que devem ser do


conhecimento do operador de caldeiras, a saber:
1) Testar diariamente o corpo do nível (pelo menos uma vez por turno), fazendo
a descarga pelas torneiras de prova. Este procedimento permite ao operador
assegurar-se que as partes responsáveis pela indicação do nível não estão
entupidas.
2) Se for constatada a falta de nível de água na caldeira, deve-se
imediatamente apagar o fogo e fechar as válvulas de vapor e alimentação de
água, deixando a caldeira esfriar lentamente.
NUNCA INJETAR ÁGUA NESSA SITUAÇÃO.
3) Testar diariamente as válvulas de segurança.
4) Não exceder a pressão normal de operação, para evitar descargas pela
válvula de segurança. A constante perda de vapor afeta o rendimento do
equipamento.
5) Proceder às descargas regulares da caldeira de acordo com as prescrições
do Departamento Técnico.
6) Coletar regularmente amostras de água de alimentação e da descarga para
análise.
7) Manter os visores de nível e indicadores em geral perfeitamente limpos.
8) Nunca aproveitar a incandescência da fornalha para reascender o
queimador.
9) Não abandonar o equipamento confiando em que ele é automático.
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10) Comunicar à pessoa indicada qualquer anormalidade observada.


11) Ocorrendo perda de chama e a penetração de óleo na fornalha, proceder à
purga da mesma pelo menos por 5 minutos.

NUNCA ACENDER IMEDIATAMENTE O QUEIMADOR.

12) Acompanhar todas as inspeções e manutenções efetuadas no sistema.

13) Verificar os queimadores quanto a limpeza, deteriorização e funcionamento.

IV.2 - Explosões de Fornalhas

Causas

As explosões de fornalhas são geralmente resultantes das seguintes


condições:
1) acúmulo de combustível não queimado devido a combustão incompleta,
perda de chama ou vazamento da válvula de combustível.
2) mistura deste combustível não queimado com ar em proporções que
favoreçam explosões.
3) aplicação de calor suficiente para elevar a temperatura da mistura e
alcançar o ponto de ignição.

O combustível pode penetrar na fornalha, sem se queimar, de várias maneiras,


como por exemplo:
1) se o fogo é extinto e o combustível não é cortado imediatamente
2) através de vazamento pela válvula principal de óleo combustível
3) se o combustível não está queimando tão rápido quanto está entrando na
fornalha
4) se houver dificuldades de estabilização da ignição na partida da caldeira.

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Providências

Pode-se evitar explosões de fornalhas tomando-se algumas precauções,


tais como:
1) na partida da caldeira trabalhar com um excesso de ar suficiente para
assegurar na fornalha uma atmosfera rica em ar, prevenindo assim o
acúmulo de misturas explosivas
2) verificar se as válvulas principais de óleo combustível estão bem fechadas e
não deixam passar produto

3) remover os queimadores que estão fora de serviço, para evitar gotejamento


4) havendo perda de chama, feche imediatamente todas as válvulas principais
de óleo e purge a fornalha suficientemente
5) remova periodicamente água e borra dos tanques de óleo
6) certifique-se, na partida da caldeira, se o óleo combustível está aquecido e
recirculado para dar a necessária viscosidade no queimador
7) observe atentamente a chama do queimador na partida do equipamento
8) mantenha em bom estado de conservação os sistemas se segurança da
fornalha, ou seja, sistemas de segurança da chama e de controle do
queimador
9) antes da partida da caldeira faça uma completa inspeção nas áreas
circunvizinhas ao fogo e limpe conforme necessitar
10) manter os bicos dos queimadores limpos e desobstruídos

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IV.3 – Análise de Riscos

Objetivo:
Destacar os riscos mais representativos em caldeiras, as causas, os efeitos
e as ações que minimizam a possibilidade de ocorrência desses riscos, bem como,
aquelas qua reduzam ou neutralizam os efeitos.

Atividade:
PARTIDA DA CALDEIRA.

Risco:
EXPLOSÃO NA FORNALHA.

Causa:
ACÚMULO DE VAPORES DE COMBUSTÍVEL.

Efeito:
LESÕES (QUEIMADURAS, FRATURAS E MORTE) E/OU DANOS NA
CALDEIRA.
Ações Preventivas:
- na partida da caldeira proceder o acendimento pelo "automático";
- se for necessário o acendimento manual, inicialmente circular ar na fornalha
(purga dos gases da fornalha) por 05 minutos no mínimo;
- ao término da operação da caldeira, fechar as válvulas de óleo
combustível/gás;
- remover o queimador.

Ações Corretivas:
Caso ocorra explosão na fornalha:
- fechar as válvulas de combustível;
- prestar atendimento as vítimas;
- deixar a caldeira resfriar;
- manter contato com o profissional habilitado;
- abrir a caldeira;
- seguir os procedimentos determinados pelo profissional habilitado;
- fazer relatório de ocorrência.

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Atividade:
OPERAÇÃO DE CALDEIRA.
Risco:
ACÚMULO DE COMBUSTÍVEL NA FORNALHA.

Causa:

FALHA DO DETETOR DE CHAMA OU DO SISTEMA ELÉTRICO.


Efeito:
PERDA DE CHAMA/RESÍDUOS SÓLIDOS ADERIDOS À FORNALHA
(SUPERAQUECIMENTO LOCALIZADO)

Ações Preventivas:
- testar diariamente o funcionamento do detetor de chama;
- em caos de falha no funcionamento do detetor de chama, retirar a caldeira
de operação e providenciar o reparo.
Ações Corretivas:
Caso haja acúmulo de óleo na fornalha:
- retirar a caldeira de operação;
- fechar as válvulas de combustível;
- deixar a caldeira resfriar purgando sempre a fornalha (ventilador ligado);
- retirar cuidadosamente o queimador;
- proceder a limpeza da caldeira;
- investigar as causas de ocorrência;
- providenciar os reparos.

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Atividade:

OPERAÇÃO DA CALDEIRA
Risco:
SUPERAQUECIMENTO

Causa:
FALTA D'ÁGUA (NÍVEL CRÍTICO)/FALHA NO TRATAMENTO DE ÁGUA
(INCRUSTAÇÕES)/SOBRECARGA DA CALDEIRA.

Efeito:
DANOS AO EQUIPAMENTO.
Ações Preventivas:
- manter em perfeito funcionamento os dispositivos de segurança:
pressostatos/válvulas de segurança/sistema de controle de nível;
- testar diariamente o sistema de controle de nível e apagar a caldeira através
da descarga da garrafa de nível;
- fazer o correto tratamento da água de alimentação;
- não trabalhar com a caldeira em sobrecarga.

Ações Corretivas:
Caso ocorra falta d'água e o sistema de controle de nível não atuar, adotar o
seguinte procedimento:
- apagar o queimador;
- fechar as válvulas de combustível;
- fechar as válvulas de entrada de água de alimentação;
- fechar as válvulas de saída de vapor;
- manter em funcionamento o ventilador de ar secundário;
- deixar a caldeira resfriar lentamente;

NUNCA INJETAR ÁGUA NA CALDEIRA PARA RESFRIÁ-LA.


ESSE PROCEDIMENTO PROVOCARÁ UMA VIOLENTA VAPORIZAÇÃO,
PODENDO CAUSAR EXPLOSÃO.
- investigar as causas da ocorrência;
- informar ao profissional habilitado;
-- abrir
seguira caldeira;
os procedimentos determinados pelo profissional habilitado.

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Análise de Riscos na Operação de

Caldeiras a Gás ou a Óleo

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ANÁLISE DE RISCOS -- CALDEIRAS A GÁS / ÓLEO


Partida da caldeira

RISCOS CAUSAS CONSEQUÊNCIAS MEDIDAS DE CON

ACÚMULO DE
GÁS/ VAPORES PASSAGEM EXPLOSÃO NA PREVENTIVAS
INFLAMÁVEIS DE GÁS / FORNALHA
NA FORNALHA ÓLEO PARA AO TÉRMINO DA OP
A FORNALHA LESÃO
- FECHAR A VÁLVULA DE BLOQU
queimadura
fratura NO CASO DE ÓLEO COMBUSTÍVE
PARTIDA morte - FECHAR AS VÁLVULAS;
MANUAL SEM - REMOVER O QUEIMADOR;
PURGA DA - ACENDER PELA SEQUÊNC
FORNALHA
CASO SEJA NECESSÁRIO O A
MANUAL, VENTILAR (PURGAR
PELO MENOS 5 MINUTOS PAR
VAPORES INFLAMÁVEIS.

OBS:
As caldeiras a gás não operam em

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PROF.: JOSÉ LUIZ DE ARAÚJO

ANÁLISE DE RISCOS -- CALDEIRAS A GÁS / ÓLEO


Partida da caldeira

RISCOS CAUSAS CONSEQUÊNCIAS MEDIDAS DE CON


ACÚMULO DE PREVENTIVAS:
GÁS/ VAPORES PASSAGEM EXPLOSÃO NA ANTES DE RECIRCULAR O Ó
INFLAMÁVEIS DE GÁS / FORNALHA - FECHAR AVÁLVULA DO QUE
NA FORNALHA ÓLEO PARA - RETIRAR O QUEIMADOR.
A FORNALHA LESÃO
CORRETIVAS:
queimadura
fratura SE OCORRER EXPLOSÃO
MAPNAURATLIDSAEM morte - RETIRAR A CALDEIRA DE OPE
PURGA DA - FECHAR AS VÁLVULAS DE GÁ
FORNALHA - ATENDER AOS FERIDOS
- DEIXAR A CALDEIRA ESFRIAR
- INFORMAR AO PROFISSIONAL
SEGUIR AS INSTRUÇÕES

ANOTAR NO REGISTRO D

- INVESTIGAR AS CAUSAS
- PROVIDENCIAR OS REPARO
- TESTAR A CALDEIRA

ANÁLISE DE RISCOS -- CALDEIRAS A GÁS / ÓLEO


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RISCOS CAUSAS CONSEQUÊNCIAS MEDIDAS DE

PREVE
- TESTAR DIARIMENTE OS
ACÚMULO DE FALHAS:  EXPLOSÃO
GÁS/ VAPORES NA - FALHA EM QUALQUER INS
INFLAMÁVEIS  INSTRUMENTOS FORNALHA retirar a caldeira de operaçã
NA FORNALHA (PRESSOSTATOS / providenciar o reparo/troca
TRANSMISSORES) LESÃO
CORRE
 FOTO-CÉLULA queimadura - RETIRAR A CALDEIRA DE
fratura
morte -DATEEIXNADREA
RCAA
OLSDFEEIR
RAIDEOSSF
 VÁLVULAS - INFORMAR AO PROFISSIO
DANDO SEGUIR AS INSTRUÇÕES
PASSAGEM
ANOTAR NO REGIST

- INVESTIGAR AS CAUS
 TESTE DE - PROVIDENCIAR OS RE
ESTANQUEIDADE - TESTAR A CALDEIRA
( QUADRO
ELÉTRICO)

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ANÁLISE DE RISCOS -- CALDEIRAS A GÁS / ÓLEO

RISCOS CAUSAS CONSEQUÊNCIAS MEDIDAS DE CO

 PREVENTIVAS
- INSTALAR DETETORES DE GÁS
VAZAMENTO FALHA: CONCENTRAÇÃO - MANTER OS PARAFUSOS APER
DE GÁS / ÓLEO DE GÁS NO BOAS CONDIÇÕES AS JUNTAS
NA CASA DE  Juntas (antes AMBIENTE: TUBULAÇÃO
CALDEIRA da tubulaçãodo - SUPERVISIONAR OBRAS / MANU
teste de - DIFICULDADE DE PROTEGER AS VÁLVULAS E TUB
estanqueidade) RESPIRAÇÃO

CORRETIVAS
-Explosão - INTERROMPER A OPERAÇÃO: (f
RUPTURA DE: válvula principal da entrada de g
- ATENDER PESSOAS FERIDAS /
- tubulação DIFICULDADE DE RESPIRAÇÃO
- APERTAR PARAFUSOS. TROCA
- válvula PROVIDENCIAR REPAROS

ANOTAR NO REGISTRO DE SEG


- SE HOUVER DANOS NA CALDE
ISNEFGOURIM
R AARS A
INOSP
TRRU
OÇFIÕSESSIONAL

- INVESTIGAR AS CAUSAS
- PROVIDENCIAR OS REPARO
- TESTAR A CALDEIRA

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CAPÍTULO V

TRATAMENTO DE ÁGUA
PARA CALDEIRAS

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CAPÍTULO V - TRATAMENTO DE ÁGUA PARA CALDEIRAS

O tratamento de água para caldeira deve-se ao fato da água, de um modo


geral, conter impurezas as quais provocam o aparecimento de crostas ou
depósitos no lado da água, ocorrendo então, o super-aquecimento do metal e
diminuição da eficiência na transferência de calor. Além disso, temos o efeito
da corrosão causada por substâncias agressivas, também existentes na água,
tais como dióxido de carbono, oxigênio, cloretos, silicatos etc.
Dessa forma, a água que abastece uma caldeira deve sofrer a correção
necessária para permitir que a mesma funcione sem desgaste, com o mínimo
de combustível e produzindo vapor de melhor qualidade.

V.1 - Água de Alimentação - Problemas e Controle


Conforme a concentração e o tipo de substâncias presentes na água e
ainda conforme a pressão de trabalho na caldeira, devemos partir para um
tratamento externo ou interno, ou em alguns casos ambos os tratamentos
deverão ser efetuados.
O tratamento externo retira as "impurezas"que causam problemas antes da
água entrar na caldeira.

O Tratamento Externo pode ser:


- clarificação e filtração
- troca iônica (abrandamento ou desmineralização)
- desaeração

O tratamento interno trata as "impurezas"dentro da caldeira.

O Tratamento Interno, que consiste na injeção de produtos químicos,


pode compreender:

- redutor de dureza
- álcali
- dispersante
- redutor de oxigênio
- anti-espumante, etc.

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V.2 - Problemas Provocados pela Água de Alimentação


a) Incrustações
Os sólidos dissolvidos na água, devido a alta temperatura e a taxa de
evaporação vão se concentrando dentro da caldeira, sofrendo ou não
modificações, até ultrapassarem os limites de solubilidade, quando, então,
precipitam-se aderindo à superfície metálica causando incrustações.
Essas incrustações por serem isolantes térmicos, diminuem a taxa de
transferência de calor, causando um super-aquecimento localizado, pois o
metal naquela região fica exposto a temperatura muito elevada enfraquecendo
e rompendo. Além disso, a diminuição do coeficiente de transmissão de calor
através da parede dos tubos, irá ocasionar um maior consumo de combustível,
pois teremos uma menor produção de vapor por Kg de óleo combustível
queimado.

b) Corrosão
A corrosão ocorre devido ao ataque químico do metal da caldeira por
determinadas substâncias agrassivas existentes na água, tais como: dióxido de
carbono (CO2), oxigênio (O2) e cloro (Cl).

O CO2, além
decomposição de normalmente
de carbonatos dissolvidonona
e bicarbonatos água,dapode
interior se originar da
caldeira.
O efeito da corrosão é o desgaste progressivo do metal, diminuindo a
espessura das pardes dos tubos e provocando o rompimento.
Os gases dissolvidos acompanham o vapor estendendo o efeito corrosivo
às tubulaçòes e equipamentos. Em razão disso, podem entrar na caldeira, com
o condensado, produtos de corrosão altamente nocivos.
No caso do O2 e cloretos (Cl-) temos corrosão localizada (pittings ou pites).
Esses elementos
provocando agem em determinados pontos, aprofundando-se e
perfurações.

c) Arraste
É o fenômeno segundo o qual a água da caldeira é arrastada junto com o
vapor.
O vapor, antes de deixar a caldeira, esté encerrado em bolhas que devem
romper-se, em tempo hábil, na parte superior da caldeira, libertando o vapor.
Quando as bolhas se rompem com atraso, ou quando há excesso de formação
de bolha provocado por por algum espumante, ocorre o arrastamento.
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As bolhas se rompem com atraso porque certas condições aumentam a


resistência das mesmas, ou porque são enviadas para a linha de vapor antes
do tempo e a espuma se dá porque certas substâncias a provocam.
Consequência do Arraste:
1) depósito nas linhas de distribuições de vapor
2) danos nas turbinas e outros equipamentos
3) diminuição da qualidade do vapor gerado
4) danos nos registros e válvulas
5) efeito nocivo sobre os produtos manufaturados
As Causas mais comuns de Arraste podem ser:

Mecânicos:
- nível de água alto
- caldeira em sobrecarga
- grandes flutuações na demanda de vapor.
Químicos:
- excesso de sólidos dissolvidos na água da caldeira
- sólidos em suspensão em excesso
- alcalinidade
presença deexagerada
matéria orgânica na água
- presença de óleo, graxa e detergente
d) Fragilidade Cáustica
É o desgaste do metal provocado pelo excesso de alcalinidade. Esse
fenômeno é comum nos pontos terminais dos tubos (mandrilamento).
A fragilidade cáustica ocorre quando existem condições específicas: tensão
de tração e alcalinidade acima de 50.000 ppm. Essa elevada alcalinidade
ocorre quando
uma fenda a água
ou sob do gerador de vapor é concentrada por evaporação em
um depósito.

V.3 - Controle de Incrustações e Corrosão


O controle de incrustações e corrosão é feita através do tratamento
adequado da água de alimentação da caldeira.

V.3.1 - Tratamento Externo

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O tratamento externo pode compreender:


- clarificação (floculação, decantação e filtração)
- troca iônica
- desaeração (desgaseificação)

a) Clarificação
A clarficação é composta de três operações: floculação, decantação e
filtração.
A floculação processa-se pela adição de reativos específicos à água, cuja
função é aglomerar as impurezas, formando flocos os quais, por gravidade,
decanta, deixando em consequência uma água clara.
Os reativos que se adicionam à água são sulfato de alumínio e um álcali,
dependendo da alcalinidade existente na água. Esse álcali, no caso de
caldeiras, é a soda cáustica ou barrilha.
Atualmente auxilia-se a floculação/decantação, por meio de poliletrólitos,
que são polímeros de peso molecular elevado, solúveis em água, capazes de
sofrer dissociação eletrolítica formando íons de peso molecular elevado e
altamente carregados.

É importante
água, salientar que a do
ou seja, o estabelecimento eficiência
pH idealdaé floculação depende
o fator de muita do pH da
importância. O
uso do "Jar-Test" auxilia na adoção dos melhores valores de pH e de dosagem
de reativos.
Após a floculação/decantação é necessária a filtração, pois, apesar da
remoção por sedimentação da maioria dos flocos formados, sempre sobram
partículas muito leves que precisam ser separadas. Os filtros são geralmente
compostos por várias camadas de pedra, pedregulho e areia.

b) Troca Iônica
Consiste na passagem da água por um leito de resinas trocadoras de íons.
Essas resinas são polieletrólitos sintéticos, insolúveis e de grande superfície,
que possuem a propriedade de reagir com os íons presentes na água,
trocando-os pelos seus originais.
A troca iônica é feita com duas finalidades:
a) abrandamento
b) desmineralização
O abrandamento consiste na remoção da dureza da água, ou seja, retirada
dos íons cálcio e magnésio. Essas resinas são denominadas "catiônicas".

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A desmineralização é a remoção de todos os íons presentes na água.


Na desmineralização São necessários dois tipos de resinas: catiônicas e
aniônicas.
As resinas catiônicas podem ser do ciclo sódico ou do ciclo hidrogênico.

2 RNa + Ca++ → R Ca + 2 Na+

2 RH + Ca++ → R Ca + 2 H+

As resinas aniônicas reagem da seguinte forma:

ROH + Cl- → RCl + OH

c) Desaeração
A desaeração ou desgaseificação consiste na remoção dos gases
dissolvidos na água, mais comumente CO2 e O2. A desaeraçào pode ser
conseguida por aquecimento da água à temperatura próxima de 100°C.

V.3.2 - Tratamento Interno


O tratamento interno, bem como o tratamento global a ser adotado,
depende do tipo de caldeira, da pressão de trabalho e das características da
água de alimentação.
O Anexo I indica os limites que deverão ser obedecidos na água do interior
da caldeira. Esses limites podem sofrer variações, dependendo do tipo de
caldeira.

Atuação dos produtos químicos adicionados no tratamento da água da


caldeira:

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1 - Redutor de Dureza
A dureza da água é causada pela presença de íons cálcio, magnésio, ferro,
manganês, alumínio, zinco, cobre, etc...
Em virtude da maior concentração dos íons cálcio e magnésio em relação
aos demais, na prática se diz que a dureza de uma água é determinada pela
concentração de íons cálcio e magnésio nela presentes. Esses íons
formadores de dureza se combinam com soluções de sabão, formando sabões
insolúveis na água.
Diz-se que a dureza é temporária quando os sais de cálcio e magnésio se
encontram na forma de bicarbonatos, os quais, pela ação do calor,
decompõem-se em carbonatos, precipitando por serem muito pouco solúveis.

Ca (HCO3)2 → CaCO3 + H2O + CO2

Mg (HCO3)2 → MgCO3 + H2O + CO2

MgCO3 + H2O → Mg (OH)2 + CO2

Existem, atualmente, vários processos para retirada de dureza da água:

a) Cal Sodada a Frio ou a Quente (Na2CO3/CaO)


Usada para água de alta dureza, ou seja, mais de 150 ppm de CaCO3. A
frio reduz a dureza para 15 a 30 ppm e a quente, até para 5 ppm.
Reações que ocorrem:

Ca (HCO3)2 + Ca (OH)2 → CaCO3 + H2O

Mg (HCO3)2 + Ca (OH)2 → Mg (OH)2 + CaCO3 + 2 H2O

Mg CO3 + Ca (OH)2 → Mg (OH)2 + CaCO3

Mg SO4 + Ca (OH)2 → Mg (OH)2 + CaSO4

Ca SO4 + Na2 CO3 → CaCO3 + Na2 SO4

Mg Cl2 + Ca (OH)2 → Mg (OH)2 + CaCl2

b) Precipitação com Fosfatos

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Os fosfatos usados podem ser os polifosfatos. Os polifosfatos são menos


alcalinos do que os ortofosfatos, agem como seqüestrantes de cálcio e
magnésio e impedem a precipitação prematura de seus fosfatos, só revertendo
a ortofosfatos no interior da caldeira.
Os polifosfatos agem como inibidores de desenvolvimento de cristais de
CaCO3.
_
++
2PO4 + 4 Ca + 2 OH → Ca3 (PO4)2 . Ca(OH)2

c) Tratamento com Quelatos


Esse tratamento difere completamente do convencional, pois não precipita
o cálcio e o magnésio. Forma complexos solúveis e impassíveis de
ocasionarem incrustações na caldeira. Neste caso não há formação de lama.
Formam complexos também o ferro, o cobre e o níquel, decorrentes da
corrosão.
O mais usado é o E.D.T.A., geralmente usa-se o Na 4 EDTA.
Esse tipo de tratamento é indicado para águas abrandadas, com dureza
menor que 1 ppm em CaCO3 e caldeiras de baixa e média pressão.

d) Tratamento com Polímeros


É usado, também para caldeiras de baixa e média pressão. Os polímeros
atuam como dispersantes de borras e inibem as incrustações, pois conferem
cargas de mesma natureza a todas as partículas em suspensão; assim, as
partículas se repelem, tornando-se menos passivas de sofrerem incrustações.
São usados polímeros naturais como amido e carboximetilcelulose ou
polímeros sintéticos como poliacrilatos.

e) Tratamento Conjugado
Nesse tratamento utiliza-se o efeito conjugado do quelato + polímero ou
fosfato + polímero. Também é utilizado para caldeiras de baixa e média
pressão e o pH deve estar ajustado na faixa de 10,0 a 11,0.

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2 - Álcali
O álcali é usado na água de alimentação da caldeira para corrigir o pH para
a faixa adequada, ou seja, entre 10,0 a 11,0. O álcali normalmente usado é a
soda cáustica (NaOH).

3 - Redutor de Oxigênio
O oxigênio pode ser encontrado na água, à temperatura ambiente, em
concentração até 8 ppm. É um elemento de alto potencial de corrosão,
despolarizante de áreas catódicas, destrói as películas protetoras dos metais,
acelera a corrosão nas linhas de vapor e condensado, assim como o tanque de
cobre e suas ligas nos condensadores e rotores de bombas.
A remoção química do oxigênio pode ser feita utilizando-se substâncias
redutoras.

a) Sulfito de Sódio Catalizado (Na2SO3)

2 Na2SO3 + O2 → 2 NaSO4
= =
É usado em caldeiras que trabalham com pressão de até 44 Kgf/cm2, pois,
agindo com o oxigênio, forma Na2SO4 que aumenta a quantidade de sólidos
na caldeira.
Alémdodisso,
acidez por decomposição
condensado, produzindotérmica, Libera SO2 e H2S que aumentam a
corrosão.

b) Hidrazida (N2H4)
É um composto líquido que, reagindo com o oxigênio, forma H2O e N2 não
aumentando os sólidos dissolvidos na caldeira.

N2H4 + O2 → N2 + 2 H2O
Sendo um composto líquido e volátil, possui várias vantagens sobre o
sulfito, sendo a maior delas a manutenção do poder redutor por todo o ciclo.
Devemos ter cuidado no uso da hidrazina para não causar corrosão ao
invés de evitá-la.
Para caldeiras entre 800 a 3.000 psi (54 a 200 Kgf/cm2), usa-se de 0,01 a
0,02 ppm de N2H4.
Em caldeiras de pressões menores que 800 psi, usa-se 0,05 ppm de N2H4.
Quando dosado em excesso, pode se decompor em amônia, que poderá
causar corrosão.

2N H → 4 NH + N
2 4 3 2

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4 - Neutralizantes do Vapor
Os neutralizantes do vapor são usados devido à formação de CO 2,
desprendido da caldeira pela decomposição de bicarbonatos e carbonatos.
O CO2 reage com o vapor condensado dando ácido carbônico, que causa
corrosão.

CO2 + H2O → H2 CO3


O combate ao CO2 é feito usando-se amidas neutralizadoras, as quais
volatizando junto com o vapor, neutralizam o ácido carbônico nele formado.

C H NH + CO + H → C H NH CO
6 11 2 2 2 6 11 3 3
C4H9NO + CO2 + H20 → C4H10NOHCO3

Descarga da Caldeira
A evaporação da água provoca a concentração dos sais dissolvidos e a
formação de lama no interior da caldeira. Assim sendo, são necessários
descargas periódicas para haver a "desconcentração" e manter-se os sólidos e
sais dissolvidos dentro dos limites compatíveis com a pressão de trabalho da
caldeira, conforme
Água no Interior mostra o Anexo 1 - Limites a Serem Obedecidos Para a
da Caldeira.
A descarga da caldeira é função do ciclo de concentração, o qual
representa o limite máximo de concentração permitida no interior da caldeira,
tomando-se como referência a concentração de cloretos (Cl-).

(cloretos) caldeira
ciclo de concentração = ----------------------------
(cloretos) alimentação
1
% de purga (descarga) = -------------------------------- x 100
ciclo de concentração

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Consideremos o exemplo a seguir:


- cloretos medidos na água de descarga da caldeira: 100 ppm
- cloretos medidos na água de alimentação: 10 ppm
100
. ciclo de concentração = ------- = 10
10

1
. % de purga (descarga) = ------ x 100 = 10%
10
Deve ser descarregado 10% do volume de água de alimentação (litros por hora).

V.4 - Limpeza dos Sistemas de Geração de Vapor


A limpeza de sistemas de geração de vapor se torna necessária quando a
caldeira for operar pela primeira vez e periodicamente, quando o tratamento for
mal conduzido ou não existir.
A limpeza de caldeiras novas ou após a reforma é necessária para a
eliminação de óleos e graxas no interior das tubulações e nos tambores.
Sabemos que a formação de crostas ou depósitos no lado da água poderá
causar o super-aquecimento do metal e atuar como isolante, diminuindo a
eficiência na taxa de transferência do calor, além de acarretar numerosos
danos, tais como: abaulamento em tubos ("laranja"), podendo resultar em
ruptura, mudança de estrutura do material, diminuindo a resistência,
envergamento de tubos, etc...

Limpeza de Caldeiras
A limpeza de caldeiras pode ser executada por três processos: manual,
mecânica e química.

Limpeza Manual
A limpeza manual é feita removendo-se todas as portas de visita e em
seguida lavando-se os tubos com jatos de água sob alta pressão. Este
processo remove lama e depósitos moles, mas não remove incrustações duras
e não atinge a área da caldeira.
Limpeza Mecânica

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Este tipo de limpeza é executada em caldeiras aquotubulares,


normalmente, utilizando-se escovas de aço ligadas a um cabo flexível. A
limpeza é feita através de cada tubo e tem como inconveniente não atingir
tubos com ângulos retos e não remover incrustações mais duras.
Limpeza Química
A limpeza química é realizada utilizando-se soluções de produtos químicos,
que variam de acordo com a natureza química das incrustações.
Existem muitas formas e processos de limpeza química de caldeiras. A
forma mais segura de se efetuar a limpeza química de uma caldeira é
escolhendo-se uma assistência técnica de tradição no mercado.

Limpeza Química de Caldeiras Novas ou Reformadas


As empresas que trabalham na área de tratamento de água de caldeiras,
possuem produtos com formulações adequadas para este tipo de limpeza, ou
seja, eliminação de óleos e graxas no interior da tubulação e nos tambores.
Outros produtos utilizados são: Na3PO4 e Na 2CO3. O primeiro na proporção
de 5,1 Kg/1.000 l de H2O e o segundo na proporção de 9,1 Kg/1.000 l de H2O.
Seqüência de Lavagem utilizando-se os produtos acima:
1) encher a(man
homem" caldeira
hole)com água limpa
do tambor sem que o nível atinja a "entrada do
superior;
2) introduzir o produto previamente dissolvido através do "man hole";
3) fechar o "man hole" e elevar o nível de água até o meio do visor;
4) manter o fogo baixo para elevar a pressão até aproximadamente 10 psi
(0,7 Kgf/cm2), com a válvula de escape um pouco aberta para expelir
o ar do sistema;
5) fechar a válvula e elevar a pressão até 50 psi (3,5 Kgf/cm2) mantendo-se
por três horas com fogo reduzido. O vapor gerado pode ser
descarregado para a atmosfera compensando o nível com água limpa.
Periodicamente executar descargas para ajudar à circulação;
6)
7) diminuir
quando ao pressão
fogo lentamente
atingir 20até
psiapagar;
(1,3 Kgf/cm2), descarregar a caldeira;
8) encher a caldeira com água limpa até o nível de operação e
descarregar, novamente para a remoção de borra eventualmente
formada no interior do equipamento.

Utilizando-se produtos de empresas que dão assistência técnica nessa


área, proceder a limpeza química conforme procedimentos por elas
recomendados.
A assistência técnica completa durante todo o processo de limpeza química
deverá ser exigida.
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IMPORTANTE:
Quando as caldeiras necessitarem ficar fora de operação por muito tempo,
é de toda conveniência mantê-las cheias com inibidores para evitar corrosão
nas superfícies internas.

V.5 – Hibernação / Proteção nas paradas


Muitas empresas dispõem de uma caldeira funcionando e outra na reserva.
As caldeiras, quando permanecem paradas estão sujeitas a corrosão pela
ação do oxigênio. A corrosão se inicia após a despressurização e o
resfriamento da caldeira.
Quando a caldeira é retirada de operação e esfriada, é recomendado que o
período de parada deva ser, no mínimo, de 01 (um) mês, para que não ocorra
desperdício de água e produtos químicos de tratamento e no máximo de 06
(seis) meses, para que não haja a necessidade de inspeção extraordinária de
segurança (subitem 13.5.9 da NR-13).

Técnica de Proteção
Durante o período de parada da caldeira, utiliza-se, simultaneamente, para
sua proteção:
 Retirada de oxigênio através de produtos químicos (no caso, sulfito de
sódio);
 Manutenção de pH elevado através da adição de agentes alcalinizantes.
A caldeira deverá ser enchida completamente com água aquecida, até
tranbrdar pelo respiro. O pH deve ser ajustado entre 10,5 e 11,0. O teor
mínimo de sulfito de sódio de ser de 100 ppm. Manter a caldeira
hermeticamente fechada para evitar a entrada de ar.
Para garantir a eficácia do processo, deverá ser feito o controle semanal,
retirando-se uma amostra através da garrafa de nível da caldeira e verificando-
se a concentração de sulfito de sódio.
A empresa responsável pelo tratamento de água deverá dar o suporte
técnico aos operadores da caldeira, para a hibernação.
No retorno da caldeira à operação, basta baixar o volume da água até o
nível mínimo de funcionamento e acender normalmente o equipamento,
obedecendo as instruções para o aquecimento lento e gradual. Proceder
normalmente a dosagem de produtos químicos para o tratamento da água.

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CAPÍTULO VI

MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS

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CAPÍTULO VI - MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS


A manutenção criteriosa e cuidadosa, tanto preventiva como corretiva,
constitui favor vital para a segurança e durabilidade da caldeira.
A rotina de manutenção deve sempre seguir as recomendações dos
fabricantes dos equipamentos.
A seguir forneceremos algumas sugestões quanto a inspeção, manutenção
preventiva, bem como uma análise da carta de avarias.

VI.1 – Inspeção e Manutenção Preventiva

1 - Tubulação
- limpeza a cada 2 meses (Regime integral de trabalho)
- verificar as incrustações
- verificar se há vazamentos (choro nos tubos)
- verificar o fusível térmico
- verificar os pontos de corrosão:Pittings, alvéolos
- verificar a existência de trincas
- verificar se há abaulamento

2 - Alvenaria
- observar espessuras (desgastes)
- observar rachaduras

3 - Queimador
- verificar vazamentos no circuito
- limpeza diária do atomizador (imersão)
- limpeza de filtros (diária)

4 - Ventilador
- limpeza mensal
- verificação de correias
- lubrificação semanal de mancal
- observar ruídos quando em operação

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5 - Bombas

- lubrificação de graxeiras (semanal)


- observar ruídos e aquecimento (rolamento)
- observar prensa-gaxetas

6 - Instrumentação
- foto-célula (limpeza periódica)
- eletrodos de ignição (abertura, estado da porcelana)
- medidor de nível (limpeza dos eletrodos)
- solenóides (bobinas) - limpeza
- pressostatos (regulagem)

7 - Válvulas
- vazamentos

8 - Chaves Magnéticas/Motores

-- limpeza
lubrificação

9 - Válvulas de Segurança
- verificar regulagem (disparo e fechamento)
- no caso de troca de molas consultar o fabricante

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VI.2 - CARTA DE AVARIAS

1 - Falha na ignição
- transformador desalimentado
- terminais de alta tensão quebrados ou com passagem para a terra
- eletrodos de alta tensão com o isolamento rachado
- depósitos de carvão nos isoladores ou eletrodos
- posicionamento incorreto dos eletrodos
- mau funcionamento dos cames de controle
- cabos de ligação com defeito
- válvula solenóide ou válvula de ar que não se abriram
- água no óleo
- bico do queimador sujo ou entupido

2 - Falha na chama
- vidro da célula foto-elétrica sujo
- temperatura ambiente muito alta
- válvula da célula foto-elétrica em mau estado
- ligações elétricas soltas
- células avariadas
-- válvulas
acabou oeletrônicas em mau
óleo ou então estado
há água no circuito de proteção
no óleo
- pulverizador entupido
- rede de óleo ou filtros entupidos
- correia de acionamento da bomba partida
- mola do regulador de pressão quebrada
- válvula solenóide sem alimentação

3 - O queimador faz fumaça ou funciona pulsativamente

- pulverizador sujo
- pressão excessiva na rede de retorno de óleo
- maçarico fora de posição
- pouco ar para a combustão
- pressão de óleo baixa
- alavancas de controle do queimador em posição incorreta de ajustagem
- regulagem incorreta do ar primário
- tensão baixa (equipamentos de corrente contínua)
- tensão variável
- presença de água no óleo combustível

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4 - A bomba de óleo não debita


- vazamento na rede de aspiração
- quantidade de óleo insuficiente no tanque
- filtros sujos
- bomba com desgaste excessivo
- ajustagem da válvula de escape da bomba mal feito
- engaxetamento de bomba com defeito
- selo da bomba vazando

5 - O ventilador não debita


- a correia de acionamento está deslizando
- polias de acinamento frouxas
- desalinhamento
- palhetas dos ventiladores sujas
- restrição na aspiração do ventilador
- mancais do ventilador avariados
- eixo empenado ou quebrado
- tela de aspiração suja
- tensão de alimentação insuficiente para o motor (corrente contínua)

6 - A bomba de alimentação não debita


- filtro de aspiração sujo
- temperatura de água muito alta
- vazamento na rede de aspiração
- grande vazamento no engaxetamento da bomba
- rede de aspiração entupida
- altura de carga excessiva
- acoplamento de acionamento deslizando ou quebrado
- rotor da bomba encravado
- contatos do relé de nível de água sujos (somente no controle de
eletrodos)
- relé de tempo da bomba em mau estado
- eletrodos com passagem para a terra
- bolha de vapor no bomba
- suprimento de água insuficiente
- rotação invertida
- rotor gasto
- manômetro indicador de pressão de água com defeito

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BIBLIOGRAFIA
LIVROS
I. Shetes - Heat Engineering
Lorenzi, Otto de - Combustion Engineering
Lima, Léo da Rocha - Elementos básicos de Engenharia Química
Pera, Hildo - Geradores de Vapor de Água
W. H. Severus,
H.E. Degler La Produccíon de Energia Mediante el Vapor de
Água, el Aire
J.C. Miles y los gases

The NALCO
SECOND WATER HANDBOOKMC GRAW- HILL BOOK COMPANY
EDITION
GERADORES DE VAPOR
Raul Peragallo Torreira Editora Libris

MANUAIS
- Manual de Operação e Manutenção da ATA
- Economia de Combustíveis - Petrobras
- Combustão e Combustíveis Industriais - Esso
- Manual Shell de combustão
- Curso de Informação sobre combustíveis e combustão - IBP
- Curso de Operação, controle e Manutenção de Caldeiras – Eng o José
Luiz de Araújo
- Manuais sobre analisadores de gases
- Anotações pessoais.

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ANEXOS

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ANEXO 1

LIMITES A SEREM OBEDECIDOS PARA A ÁGUA NO INTERIOR DA


CALDEIRA

até 13 13,1-20 20,1-30 30,1-40 40,1-50 50,1-60


Kgf/cm2
pH 10,5 - 11,5 11,0 11,0 10,5 10,5 10,0
Dureza 0 0 0 0 0 0
Alcalinidade a - - - - - -
fenolftaleína
Alcalinidade
ao Metil 350 - 500 < 700 < 600 < 500 < 400 < 300
Orange
(C/CaCO3)
Alc. Hidróxida 150 - 300 150 -250 100 - 150 80 - 120 80 - 120 80 - 100
(C/CaCO3)
Cloretos < 250 < 200 H2O Desmineralizada
(C/Cl-)
Fosfatos 30 - 50 30 - 50 30 - 50 20 - 50 20 - 40 15 - 30
*(C/PO )
Sílica 4 < 250 < 200 H2O Desmineralizada
(C/SiO2)
Sulfitos 20 - 50 20 - 50 20 - 40 20 - 40 - -
(C/SO3)
Sólidos
dissolvidos
(ppm) < 3000 < 2500 < 2000 < 1500 < 1200 < 1000
Sólidos em
suspensão
(ppm) < 300 < 250 < 200 < 100 < 50 < 20

Hidrazina 0,1 - 0,2 0,1 - 0,2 0,1 - 0,2 0,1 - 0,2 0,1 – 0,2 0,1 - 0,2
(ppm)
pH do 7,2 - 7,8 7,2 - 7,8 7,2 - 7,8 7,2 - 7,8 7,2 – 7,8 7,2 - 7,8
condensado

* No tratamento com quelatos, este valor é nulo.

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ANEXO 2
LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

I - CONSTITUCIONAL
Art. 165, Inciso IX
II - LEGAL
Lei 6514/77 de 22-12-77 - Dá nova redação ao Cap. V - Título II - da CLT
III - NORMATIVA
Portaria Ministério do Trabalho no 3214/78 de 08-06-78, aprova as "Normas
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho"
NR 1 - Disposições Gerais
NR 2 - Inspeção Prévia
NR 3 - Embargo ou Interdição
NR 4 - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho
NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
NR 6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI
NR 7 - Exame Médico
NR 8 - Edificações
NR 9 - Riscos Ambientais
NR 10 - Instalações e Serviços em Eletricidade
11
NR 12 Transporte,e Movimentação,
- Máquinas Equipamentos Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
NR 14 - Fornos
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres
NR 16 - Atividades e Operações Perigosas
NR 17 - Ergonomia
NR 18 - Obras de Construção, Demolição e Reparos
NR 19 - Explosivos
NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
NR 21 - Trabalho a Céu Aberto
NR
NR 22
23 -- Trabalhos Subterrâneos
Proteção Contra Incêndios
NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR 25 - Resíduos Industriais
NR 26 - Sinalização de Segurança
NR 27 - Registro de Profissionais no Ministério do Trabalho
NR 28 - Fiscalização e Penalidades
NR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária ...
NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados

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ANEXO 3

NORMA REGULAMENTADORA No 13 (NR-13)


CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
APROVADA PELA PORTARIA No 23 DE 26/04/95 DA SECRETARIA DE
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO – SSST DO MTb.

Portaria No 57, de 19 de junho de 2008, altera a redação da Norma


Regulamentadora No 13.
13.1. Caldeira a vapor - Disposição Gerais
13.1.1. Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular
vapor sob pressão
excetuando-se os superior à atmosférica,
refervedores utilizando qualquer
e equipamentos similaresfonte de energia,
utilizados em
unidades de processo.
13.1.2. Para efeito desta NR, considera-se “Profissional Habilitado” aquele que
tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas
atividades referentes a projetos de construção, acompanhamento de operação
e manutenção, inspeção e supervisão de inspetor de caldeiras e vasos de
pressão, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no País.
13.1.3. Pressão Máxima de trabalho Permitida - PMTP ou Pressão Máxima de
Trabalho
código deAdmissível
projeto, a - resistência
PMTA é o dos
maior valor deutilizados,
materiais pressão compatível comdo
as dimensões o
equipamento e seus parâmetros operacionais.
13.1.4. Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes
itens:
a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual
ou inferior à PMTA;
b) instrumento que indique a pressão do vapor acumulado;
c) injetor ou outro meio de alimentação de água, independente do sistema
principal, em caldeiras a combustível sólido;
d) sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de
álcalis;
e) sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema
que evite o superaquecimento por alimentação deficiente.
13.1.5. Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e
bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes
informações:
a) fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
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f) capacidade de produção de vapor;


g) área da superfície de aquecimento;
h) código de projeto e ano de edição.
13.1.5.1. Além da placa de identificação devem constar, em local visível, a
categoria de caldeira, conforme definida no subitem 13.1.9 desta NR, e seu
número ou código de identificação.
13.1.6. Toda caldeira deve possuir no estabelecimento onde estiver instalada,
a seguinte documentação, devidamente atualizada:
a) “Prontuário da Caldeira”, contendo as seguintes informações:
- códigos de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção
final e determinação da PMTA;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o
monitoramento da vida útil da caldeira;
- características funcionais;
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria da caldeira.
b) “Registro de Segurança”, em conformidade com o subitem 13.1.7;
c) “Projeto de Instalação”, em conformidade com item 13.2;
d) “Projeto
13.4.2 e de Alteração ou Reparo”, em conformidade com os subitens
13.4.3;
e) “Relatórios de Inspeção”, em conformidade com os subitens 13.5.12 e
13.5.13
13.1.6.1. Quando inexistente ou extraviado, o “Prontuário da Caldeira” deve ser
reconstruído pelo proprietário, com responsabilidade técnica do fabricante ou
de “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, sendo imprescindível a
reconstituição das características funcionais, dos dados dos dispositivos de
segurança e dos procedimentos para determinação da PMTA.

13.1.6.2.
documentosQuando a caldeiranas
mencionados for alíneas
vendida“a”,
ou “d”
transferida
e “e” dode estabelecimento,
subitem os
13.1.6 devem
acompanhá-la.
13.1.6.3. O proprietário da caldeira deverá apresentar, quando exigido pela
autoridade competente do Órgão do Ministério do trabalho, a documentação
mencionada no subitem 13.1.6.
13.1.7. O “Registro de Segurança” deve ser constituído de livro próprio, com
páginas numeradas, ou outro sistema equivalente onde serão registradas:

a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de


segurança da caldeira;
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b) as ocorrências de inspeções de segurança periódicas e extraordinárias,


devendo constar o nome legível e assinatura de “Profissional
Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, e de operador de caldeira
presente na ocasião da inspeção.
13.1.7.1. Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso, o
“Registro de Segurança” deve conter tal informação e receber encerramento
formal.
13.1.8. A documentação referida no subitem 13.1.6 deve estar sempre à
disposição para consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de
inspeção e das representações dos trabalhadores e do empregador na
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, devendo o proprietário
assegurar a essa documentação.
13.1.9. Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em 3
categorias conforme segue:
a) caldeiras da categoria “A” são aquelas cuja pressão de operação é igual ou
superior a 1960 kPa (19,98 Kgf/cm2);
b) caldeiras da categoria “C” são aquelas cuja pressão de operação é igual ou
inferior a 588 kPa (5,99 Kgf/cm 2) e o volume interno é igual ou inferior a 100
litros;
c) caldeiras da categoria “B” são todas as caldeiras que não se enquadram nas
categorias anteriores.
13.2. Instalação de Caldeiras a Vapor
13.2.1. A autoria do “Projeto de Instalação” de caldeiras a vapor, no que
concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade de “Profissional
Habilitado”, conforme citado no subitem 13.1.2, e deve obedecer os aspectos
de segurança, saúde e meio ambiente previsto nas Normas
Regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis.
13.2.2. As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em
“Casa de Caldeiras” ou em local específico para tal fim, denominado “Área de
Caldeiras”.
13.2.3. Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a “Área de
Caldeiras” deve satisfazer os seguintes requisitos:
a) estar afastada de, no mínimo 3 (três) metros de:
- outras instalações do estabelecimento;
- de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para
partida com até 2.000 (dois mil) litros de capacidade;
- do limite de propriedade de terceiros;
- do limite com as vias públicas.
b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente
desobstruídas e dispostas em direções distintas;

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c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção


da caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter
dimensões que impeçam a queda de pessoas;
d) ter sistemas de captação e lançamento dos gases e material
particulado, provenientes da combustão, para fora da área de operação,
atendendo às normas ambientais vigentes;
e) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
f) ter sistema de iluminação de emergência caso operar a noite.
13.2.4. Quando a caldeira estiver instalada em ambiente fechado, a “Casa de
Caldeiras” deve satisfazer os seguintes requisitos:
a) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo,
podendo ter apenas uma parede adjacente à outras instalações do
estabelecimento, porém com as outras paredes afastadas de, no
mínimo 3 (três) metros de outras instalações,do limite de propriedade de
terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustível,
excetuando-se reservatórios para partida com até 2000 (dois mil) litros
de capacidade;
b) dispor de pelo menos, 2 (duas) saídas amplas, permanentemente
desobstruídas e dispostas em direções distintas;
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam
ser bloqueadas;
d) dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar
de caldeira a combustível gasoso;
e) não
f) serdeutilizada
dispor acessopara
fácil qualquer
e seguro,outra finalidade;
necessário à operação e à manutenção
de caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter
dimensões que impeçam a queda de pessoas;
g) ter sistemas de captação e lançamento dos gases e material
particulado, provenientes da combustão, para fora da área de operação,
atendendo às normas ambientais vigentes;
h) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e possuir
sistemas de iluminação de emergência.
13.2.5. Constituir risco grave e iminente o não atendimento aos seguintes
requisitos:
a) para todas caldeiras instaladas em aberto, as alíneas “b”, “d” e “f” do
subitem 13.2.3 desta NR;
b) para as caldeiras da categoria “A” instaladas em ambientes fechados, as
alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “g” e “h” do subitem 13.2.4 desta NR;

c) para caldeira das categorias “B” e “C” instaladas em ambientes fechados,


as alíneas “b”, “c”, “d”, “e”, “g” e “h” do subitem 13.2.4 desta NR.
13.2.6. Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto nos subitens
13.2.3 ou 13.2.4 deverá ser elaborado “Projeto Alternativo de Instalação”, com
medidas complementares de segurança que permitam a atenuação dos riscos.
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13.2.6.1. O “Projeto Alternativo de Instalação” deve ser apresentado pelo


proprietário da caldeira para obtenção de acordo com a representação sindical
da categoria profissional predominante no estabelecimento.
13.2.6.2. Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem 13.2.6.1, a
intermediação do órgão regional do MTE, poderá ser solicitada por qualquer
uma das partes e, persistindo o impasse, a decisão caberá a esse órgão.
13.2.7. As caldeiras classificadas na categoria “A” deverão possuir painel de
instrumentos instalados em sala de controle, construída segundo o que
estabelecem as Normas Regulamentadoras aplicáveis.
13.3. Segurança na Operação de Caldeiras
13.3.1. Toda caldeira deve possuir “Manual de Operação” atualizado, em
língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo no
mínimo:
a) procedimento de partidas e paradas;
b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situações de emergência;
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio
ambiente.

e13.3.2. Os instrumentos
em boas e controles deconstituindo
condições operacionais, caldeira devem ser mantidos
condição de riscocalibrados
grave e
iminente o emprego de artifícios que neutralizem sistemas de controle e
segurança da caldeira.
13.3.3. A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser
implementados, quando necessários, para compatibilizar suas propriedades
físico-químicas com os parâmetros de operação da caldeira.
13.3.4. Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e
controle de operador de caldeira, sendo que o não atendimento a esta
exigência caracteriza condição de risco grave e eminente.
13.3.5. Para efeito desta NR será considerado operador de caldeira aquele que
satisfazer pelo menos uma das seguintes condições:
a) possuir certificado de “Treinamento de Segurança na Operação de
Caldeiras” e comprovação de estágio prático conforme subitem 13.3.9;
b) possui certificado de “Treinamento de Segurança para Operação de
Caldeiras” previsto na NR-13 aprovada pela portaria 02/84 de 08/05/84;
c) possuir comprovação de pelo menos 3 (três) anos de experiência nessa
atividade, até 8 de maio de 1984.

13.3.6. O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no “Treinamento


de Segurança na Operação de Caldeiras” e atestado de conclusão 1 o grau.
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13.3.7. O “Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras” deve


obrigatoriamente:
a) ser supervisionado tecnicamente por “Profissional Habilitado” citado no
subitem 13.1.2;
b) ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim;
c) obedecer no mínimo, ao currículo proposto no Anexo I-A desta NR.
13.3.8. Os responsáveis pela promoção do “Treinamento de Segurança na
Operação de Caldeiras” estarão sujeitos ao impedimento de ministrar novos
cursos, bem como a outras sanções legais cabíveis, no caso de inobservância
do disposto no subitem 13.3.7.
13.3.9. Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático,
supervisionado, na operação da própria caldeira que irá operar, com duração
mínima de:
a) caldeiras categoria “A”: 80 (oitenta) horas;
b) caldeiras categoria “B”: 60 (sessenta) horas;
c) caldeiras categoria “C”: 40 (quarenta) horas.
13.3.10. O estabelecimento onde for realizado o estágio prático
supervisionado, deve informar previamente à representação sindical da
categoria profissional predominante no estabelecimento:
a) período de realização do estágio;
b) entidade, empresa ou profissional responsável pelo “Treinamento de
Segurança
c) relação dosna Operação de
participantes doCaldeiras”;
estágio.
13.3.11. A reciclagem de operadores deve ser permanente, por meio de
constantes informações das condições físicas e operacionais dos
equipamentos, atualização técnica, informações de segurança, participação
em cursos, palestras e eventos pertinentes.
13.3.12. Constitui condições de risco grave e iminente a operação de qualquer
caldeira em condições diferentes das previstas no projeto original, sem que:
a) seja reprojetada levando em consideração todas as variáveis envolvidas
b) na novaadotadas
sejam condiçãotodos
de operação;
os procedimentos de segurança decorrentes de
sua nova classificação no que se refere a instalação, operação,
manutenção e inspeção.

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13.4. Segurança na Manutenção de Caldeiras


13.4.1. Todos os reparos ou alterações em caldeiras devem respeitar o
respectivo código do projeto de construção e as prescrições do fabricante no
que se refere a:
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
c) procedimentos de controle de qualidade;
d) qualificação e certificação de pessoal.
13.4.1.1. Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deve
ser respeitada a concepção original da caldeira, com procedimento de controle
do maior rigor prescritos nos códigos pertinentes.

13.4.1.2. Nas caldeiras de categorias “A” e “B”, a critério do “Profissional


Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, podem ser utilizadas tecnologias de
cálculo ou procedimentos mais avançados, em substituição aos previstos pelos
códigos de projetos.
13.4.2. “Projetos de Alteração ou Reparo” devem ser concebidos previamente
nas seguintes situações:
a) sempre que as condições de projeto forem modificadas;
b) sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a
segurança.
13.4.3. O “Projeto de Alteração ou Reparo” deve:
a) ser concebido ou aprovado por “Profissional Habilitado”, citado no subitem
13.1.2;
b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de qualidade e
de pessoal.
13.4.4. Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em
partes que operem sob pressão devem ser seguidas de teste hidrostático, com
características, definidas pelo “Profissional Habilitado”, citado no subitem
13.1.2.
13.4.5. Os sistemas de controle e segurança da caldeira devem ser
submetidos a manutenção preventiva ou preditiva.
13.5. Inspeção de Segurança de Caldeiras
13.5.1. As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial,
periódica e extraordinária sendo considerado condição de risco grave e
iminente o não atendimentos aos prazos estabelecidos nesta NR.
13.5.2. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas,
antes da entrada em funcionamento, no local de operação, devendo
compreender exame interno e externo teste hidrostático e de acumulação.
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13.5.3. A inspeção de segurança periódica, constituída por exame interno e


externo, deve ser executada nos seguintes prazos máximos:
a) 12 (doze) meses para caldeiras das categorias “A”, “B” e “C”;
b) 12 (doze) meses para caldeira de recuperação de álcalis de qualquer
categoria;
c) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria “A”,desde que aos
12 (doze) meses sejam testadas as pressões de abertura das válvulas
de segurança;
d) 40 (quarenta) meses para caldeiras especiais conforme definido no item
13.5.5.
13.5.4. Estabelecimentos que possuam “Serviço Próprio de Inspeção de
Equipamentos”, conforme estabelecido no Anexo II, podem estender os
períodos entre inspeções de segurança respeitando os seguintes prazos
máximos:
a) 18 (dezoito) meses para as caldeiras de recuperação de álcalis e as
das categorias “B”e “C”;
b) 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria “A”.
13.5.5. As caldeiras que operam de forma contínua e que utilizam gases ou
resíduos das unidades de processo, como combustível principal para
aproveitamento de calor ou para fins de controle ambiental, podem ser
consideradas especiais quando todas as condições forem satisfeitas:
a) Próprio
estiverem instaladasde em
de Inspeção estabelecimentos
Equipamentos” citado noque possuam
Anexo II; “Serviço
b) tenham testados a cada 12 (doze) meses o sistema de intertravamento
e a pressão de abertura de cada válvula de segurança;
c) não apresentem variações inesperadas na temperatura de saída dos
gases e de vapor, durante a operação:
d) exista análise e controle periódico da qualidade da água;
e) exista controle de deterioração dos materiais que compõem as
principais partes da caldeira;
f) seja homologada como classe especial mediante:
- acordo entre a representação sindical da categoria profissional
- predominante
intermediação no
doestabelecimento
órgão regional edo
o empregador;
MTb, solicitada por qualquer
uma das partes, quando não houver acordo;
- decisão do órgão regional do MTb quando, persistir o impasse.
13.5.6. Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção
subseqüente, as caldeiras devem ser submetidas a rigorosa avaliação de
integridade para determinar a sua vida remanescente e novos prazos máximos
para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso.
13.5.6.1. Nos estabelecimentos que possuam “Serviço Próprio de Inspeção de
Equipamentos” citado no anexo II, o limite de 25 (vinte cinco) anos pode ser

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alterado em função do acompanhamento das condições da caldeira, efetuando


pelo referido órgão.

13.5.7. As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser


inspecionadas periodicamente conforme segue:
a) pelo menos uma vez por mês, mediante acionamento manual da
alavanca, em operação, para caldeiras das categorias “B” e “C”;
b) desmontado, inspecionando e testando, em bancada, as válvulas
flangeadas e, no campo, as válvulas soldadas, recalibrando-as numa
freqüência compatível coma experiência operacional da mesma, porém
respeitando-se como limite máximo o período de inspeção estabelecido
no subitem 13.5.4, se aplicável, para caldeira de categorias “A” e “B”.
13.5.8. Adicionalmente aos testes prescritos no subitem 13.5.7 as válvulas de
segurança instaladas em caldeiras deverão ser submetidas a testes de
acumulação, nas seguintes oportunidades:
a) na inspeção inicial da caldeira;
b) quando forem modificadas ou tiverem sofrido reformas significativas;
c) quando houver modificação nos parâmetros operacionais da caldeira ou
variação na PMTA;
d) quando houver modificação na sua tubulação de admissão ou descarga.
13.5.9. A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes
oportunidades:
a) sempre
capaz deque a caldeira sua
comprometer for segurança;
danificada por acidente ou outra ocorrência
b) quando a caldeira for submetida a alteração ou reparo importante capaz
de alterar suas condições de segurança;
c) antes da caldeira ser recolocada em funcionamento, quando
permanecer inativa por mais de 6 (seis) meses;
d) quando houver mudança da local de instalação da caldeira.
13.5.10. A inspeção de segurança deve ser realizada por “Profissional
Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, ou por “Serviço Próprio de Inspeção de
Equipamentos”, citado no Anexo II.
13.5.11. Inspecionada
passa a fazer parte da asua
caldeira, deve ser emitido “Relatório de Inspeção”, que
documentação.
13.5.12. Uma cópia do “Relatório de Inspeção” deve ser encaminhada pelo
“Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, num prazo máximo de 30
(trinta) dias a contar do término da inspeção, à representação sindical da
categoria profissional predominante no estabelecimento.
13.5.13. O “Relatório de Inspeção” mencionado no subitem 13.5.11, deve
conter no mínimo:
a) dados constantes na placa de identificação da caldeira;
b) categoria da caldeira;
c) tipo de caldeira;
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d) tipo de inspeção executada;


e) data de início e término da inspeção;
f) descrições das inspeções e testes executados;
g) resultados das inspeções e providências;
h) relações dos itens desta NR ou de outras exigências legais que não
estão sendo atendidas;
i) conclusões;
j) recomendações e providências necessárias;
k) data prevista para nova inspeção da caldeira;
l) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional
do “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, e nome legível e
assinatura de técnicos que participam da inspeção.
13.5.14. Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos
dados da placa de identificação, a mesma deve ser atualizada.
13.6. Vasos de Pressão - Disposições Gerais
13.6.1. Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluídos sob pressão
interna ou externa.
13.6.1.1. O campo de aplicação desta NR, no que se refere a vasos de
pressão, está definido no Anexo III.

13.6.1.2. Os
categorias devasos
acordodecom
pressão
Anexoabrangidos
IV. por esta NR estão classificados em

13.6.2. Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes


itens:
a) válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura
ajustada na PMTA, instalada diretamente no vaso ou no sistema que
inclui;
b) dispositivo de segurança contra bloqueio inadivertido da válvula quando
esta não estiver instalada diretamente no vaso;
c) instrumento que indique a pressão de operação.
13.6.3. Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácil
acesso e bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as
seguintes informações:
a) fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
f) código de projeto e ano de edição.

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13.6.3.1. Além da placa de identificação, deverão constar em local visível, a


categoria do vaso, conforme Anexo IV, e seu número ou código de
identificação.
13.6.4. Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver
instalado, a seguinte documentação devidamente atualizada:
a) “Prontuário do Vaso de Pressão”, a ser fornecido pelo fabricante,
contendo as seguintes informações:
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final
e determinação da PMTA;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o
monitoramento da sua vida útil;
- características funcionais;
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria de vaso.
b) “Registro de Segurança”, em conformidade com o subitem 13.6.5;
c) “Projeto de Instalação”, em conformidade com o item 13.7;
d) “Projetos de Alteração ou Reparo”, em conformidade com os subitens
13.9.2 e 13.9.3;
e) “Relatórios de Inspeção”, em conformidade com o subitem 13.10.8.

13.6.4.1.
deve serQuando inexistente
reconstituído pelo ouproprietário,
extraviado, com
o “Prontuário do Vaso detécnica
responsabilidade Pressão”
do
fabricante ou de “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, sendo
imprescindível a reconstituição das características funcionais, dos dados dos
dispositivos de segurança e dos procedimentos para determinação da PMTA.
13.6.5. O “Registro de Segurança” deve ser constituído por livro de páginas
numeradas, pastas ou sistema informatizado ou não, com confiabilidade
equivalente, onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de
segurança dos vasos;
b) as ocorrências de inspeção de segurança.
13.6.6. A documentação referida no subitem 13.6.4 deve estar sempre à
disposição para consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de
inspeção e das inspeções e das representações dos trabalhadores e do
empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, devendo
o proprietário assegurar pleno acesso a essa documentação, inclusive à
representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento, quando formalmente solicitado.

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13.7. Instalação de Vasos de Pressão


13.7.1. Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os
drenos, respiros, bocas de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura,
quando existentes, sejam facilmente acessíveis.

13.7.2. Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes


fechados, a instalação deve satisfazer os seguintes requisitos:
a) dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente
desobstruída e dispostas em direções distintas;
b) dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de manutenção,
operação e inspeção, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos
devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam
ser bloqueadas;
d) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
e) possuir sistema de iluminação de emergência.
13.7.3. Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto a
instalação deve satisfazer as alíneas “a”, “b”, “d” e “e” do subitem 13.7.2.
13.7.4. Constitui risco grave e eminente o não atendimento às seguintes
alíneas do subitem 13.7.2:
- “a”, “c”, “d” e “e” para vasos instalados em ambientes fechados;
-- “e”,
“a”, para
paravasos
vasosinstalados
instaladosem
emambientes
ambiente abertos.
abertos e que operem a noite.
13.7.5. Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto no subitem
13.7.2 deve ser elaborado “Projeto Alternativo de Inspeção” com medidas
complementares de segurança que permitem a atenuação dos riscos.
13.7.5.1. O “Projeto Alternativo de Inspeção” deve ser apresentado pelo
proprietário do vaso de pressão para obtenção de acordo com a representação
sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento.

13.7.5.2. Quandodonão
a intermediação houver
órgão acordo,
regional conforme
do MTb, previsto
poderá no subitem
ser solicitada por 13.7.5.1.,
qualquer
uma das partes e, persistindo o impasse, a decisão caberá a ese órgão.
13.7.6. A autoria do “Projeto de Instalação” de vasos de pressão enquadrados
nas categorias “I”, “II” e “III”, conforme Anexo IV, no que concerne ao
atendimento desta NR, é de responsabilidade de “Profissional Habilitado”,
conforme citado no subitem 13.1.2, deve obedecer os aspectos de segurança,
saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções
e disposições legais aplicáveis.

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13.7.7. O “Projeto de Instalação” deve conter pelo menos a planta baixa do


estabelecimento, com o posicionamento e a categoria de cada vaso e das
instalações de segurança.
13.8. Segurança na Operação de Vasos de Pressão
13.8.1. Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias “I” ou “II” deve
possuir manual de operação próprio ou instruções de operação contidas no
manual de operação da unidade onde estiver instalado, em língua portuguesa
e de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
a) procedimentos de partidas e paradas;
b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situações de emergência;
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de prevenção do meio
ambiente.
13.8.2. Os instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser mantidos
calibrados e em boas condições operacionais.
13.8.2.1. Constitui condição de risco grave e iminente o emprego de artifícios
que neutralizem seus sistemas de controle de segurança.
13.8.3. A operação de unidades que possuam vasos de pressão de categorias
“I” ou “II” deve ser efetuada por profissional com “Treinamento de Segurança
na Operação de Unidades de Processo”
13.8.4. Para efeito desta NR será considerado profissional com “Treinamento
de Segurança na Operação de Unidades de Processo” aquele que satisfazer
uma das seguintes condições:
a) possuir certificado de “Treinamento de Segurança na Operação de
Unidades de Processo” expedido por instituição competente para o
treinamento;
b) possui experiência comprovada na operação de vasos de pressão das
categorias “I” ou “II” de pelo menos 2(dois) anos da vigência desta NR.
13.8.5. O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no “Treinamento
de Segurança
conclusão do 1o na Operação de Unidades de Processo” é o atestado de
grau.
13.8.6. O “Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo”
deve obrigatoriamente:
a) ser supervisionado tecnicamente por “Profissional Habilitado” citado no
subitem 13.1.2;
b) ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim;
c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no Anexo I-B, desta NR.
13.8.7. Os responsáveis pela promoção do “Treinamento de Segurança na
Operação de Unidades de Processo” estarão sujeitos ao impedimento de

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ministrar novos cursos, bem como a outras sanções legais cabíveis no caso de
inobservância do disposto no subitem 13.8.6.

13.8.8. Todo profissional com “Treinamento de Segurança na Operação de


Unidades de Processo”, deve cumprir estágio prático, supervisionado, na
operação de vasos de pressão com as seguintes durações mínimas:
a) 300 (trezentas) horas para vasos de categorias “I” ou “II”;
b) 100 (cem) horas para vasos de categorias “III”, “IV” ou “V”.
13.8.9. O estabelecimento onde for realizado o estágio´prático supervisionado
deve informar previamente à representação sindical da categoria predominante
no estabelecimento:
a) período de realização do treinamento;
b) local do treinamento;
c) “Profissional Habilitado” que supervisionará o treinamento;
d) relação de participantes.
13.8.10. A reciclagem de operadores deve ser permanecer por meio de
constantes informações das condições dos equipamentos, atualização técnica,
informações de segurança, participação em cursos, palestras e eventos
pertinentes.
13.8.11. Constitui condições de risco grave e iminente a operação de qualquer
vaso de pressão em condições diferentes das previstas no projeto original, sem
que:a) seja reprojetado levando em consideração todas as variáveis envolvidas
na nova condição de operação;
b) sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentes de
sua nova classificação no que se refere a instalação, operação,
manutenção e inspeção.
13.9. Segurança na Manutenção de Vasos de Pressão
13.9.1. Todos os reparos ou alterações em vasos de pressão devem respeitar
o respectivo código de projeto de construção e as prescrições do fabricante no
quea)semateriais;
refere-se a:
b) procedimentos de execução;
c) procedimentos de controle de qualidade;
d) qualificação e certificado de pessoal.
13.9.1.1. Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deverá
ser respeitada a concepção original do vaso, empregando-se procedimentos
de controle do maior rigor, prescritos pelos códigos pertinentes.
13.9.1.2. A critério do “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2,
podem ser utilizadas tecnologias de cálculo ou procedimentos mais avançados,
em substituição aos previstos pelos códigos de projeto.
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13.9.2. “Projetos de Alteração ou Reparo” devem ser concebidos previamente


nas seguintes situações:
a) sempre que as condições de projeto forem modificadas;
b) sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a
segurança.
13.9.3. O “Projeto de Alteração ou Reparo” deve:
a) ser concebido ou aprovado por “Profissional Habilitado”, citado no
subitem 13.1.2;
b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de qualidade
e qualificação de pessoal;
c) ser divulgado para funcionários do estabelecimento que possam estar
envolvidos com o equipamento.

13.9.4. Todas as intervenções que exijam soldagem em partes que operem


sob pressão devem ser seguidas de teste hidrostático, com características
definidas pelo “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, levando em
cota o disposto no item 13.10.
13.9.4.1. Pequenas intervenções superficiais podem ter o teste hidrostático
dispensado, à critério do “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2.
13.9.5. Os sistemas de controle e segurança dos vasos de pressão devem ser
submetidos a manutenção preventiva ou preditiva.
13.10. Inspeção de Segurança de Vasos de Pressão
13.10.1. Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de
segurança inicial, periódica e extraordinária.
13.10.2. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos novos, antes
de sua entrada em funcionamento, no local definitivo de instalação, devendo
compreender exame externo, interno e teste hidrostático, considerando as
limitações mencionadas no subitem 13.10.3.5.

13.10.3.
interno eAteste
inspeção de segurança
hidrostático, periódica, aos
deve obedecer constituída
seguintesporprazos
exame máximos
externo,
estabelecidos a seguir:
a) Para estabelecimento que não possuam um “Serviço Próprio de
Inspeção de Equipamentos”, conforme citado no Anexo II:
CATEGORIA EXAME EXAME TESTE
VASO EXTERNO INTERNO HIDROSTÁTICO
I 1 ANO 3 ANOS 6 ANOS
II 2 ANOS 4 ANOS 8 ANOS
III 3 ANOS 6 ANOS 12 ANOS
IV 4 ANOS 8 ANOS 16 ANOS
V 5 ANOS 10 ANOS 20 ANOS

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b) Para estabelecimentos que possuam “Serviço Próprio de Inspeção de


Equipamentos”, conforme citado no Anexo II:
CATEGORIA EXAME EXAME TESTE
VASO EXTERNO INTERNO HIDROSTÁTICO
I 3 ANOS 6 ANOS 12 ANOS
II 4 ANOS 8 ANOS 16 ANOS
III 5 ANOS 10 ANOS À CRITÉRIO
IV 6 ANOS 12 ANOS À CRITÉRIO
V 7 ANOS À CRITÉRIO À CRITÉRIO

13.10.3.1. Vasos de pressão que não possuam o exame interno por


impossibilidade física devem ser alternativamente submetidos a teste
hidrostático, considerando-se as limitações previstas no subitem 13.10.3.5.

13.10.3.2. Vasos com enchimento interno ou com catalisador podem ter a


periodicidade de exame interno ou de teste hidrostático ampliada, de forma a
coincidir com a época da substituição de enchimentos ou de catalisador, desde
que esta ampliação não ultrapasse 20% do prazo estabelecido no subitem
13.10.3 desta NR.
13.10.3.3. Vasos com revestimento interno higroscópico, devem ser testados
hidrostaticamente antes da aplicação do mesmo, sendo os teste subseqüentes
substituídos por técnicas alternativas.

13.10.3.4.
de Quando
Segurança” pelofor tecnicamente
“Profissional inviável ecitado
Habilitado”, mediante anotação
no subitem no “Registro
13.1.2, o teste
hidrostático pode ser substituído por outra técnica de ensaio não-destrutivo ou
inspeção que permita obter segurança equivalente.
13.10.3.5. Considerando-se como razões técnicas que inviabilizam o teste
hidrostático:
a) resistência estrutural da fundação ou da sustentação do vaso
incompatível com o peso da água que seria usada no teste;
b) efeito prejudicial do fluido de teste a elementos internos do vaso;
c) impossibilidade técnica de purga e secagem do sistema;
d)
e) existência de revestimento
influência prejudicial interno;
do teste sobre defeitos sub-críticos

13.10.3.6. Vasos com temperatura de operação inferior a 0° C e que operem


em condições nas quais a experiência mostra que não ocorre deterioração,
ficam dispensados do teste hidrostático periódico, sendo obrigatório exame
interno a cada 20 (vinte) anos e exame externo a cada 2 (dois) anos.
13.10.3.7. Quando não houver outra alternativa, o teste pneumático pode ser
executado, desde que supervisionado pelo “Profissional Habilitado”, citado no
subitem 13.1.2, e cercado de cuidados especiais, por tratar-se de atividade de
alto risco.

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13.10.4. As válvulas de segurança dos vasos de pressão devem ser


desmontadas, inspecionadas e recalibradas por ocasião do exame interno
periódico.
13.10.5. A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes
oportunidades:
a) sempre que o vaso for danificado por acidente ou outra ocorrência que
comprometa sua segurança;
b) quando o vaso for submetido a reparo ou alteração importantes, capazes
de alterar sua condição de segurança;
c) antes do vaso ser recolocado em funcionamento, quando permanecer
inativo por mais de 12 (doze) meses;
d) quando houver alteração de local de instalação do vaso.

13.10.6. A inspeção de segurança deve ser realizada por “Profissional


Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, ou por “Serviço Próprio de Inspeção de
Equipamentos”, conforme citado no Anexo II.
13.10.7. Após a inspeção do vaso deve ser emitido “Relatório de Inspeção”,
que passa a fazer parte da sua documentação.
13.10.8. O “Relatório de Inspeção” deve conter no mínimo:
a) identificação do vaso de pressão;
b) fluidos de serviços e categorias do vaso de pressão;
c) tipo
d) datadodevaso
iníciodee término
pressão;da inspeção;
e) tipo de inspeção executada;
f) descrição dos exames e testes executados;
g) resultados das inspeções e intervenções executadas;
h) conclusões;
i) recomendações e providências necessárias;
j) data prevista para a próxima inspeção;
k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do
“Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2 e nome legível e
assinatura de técnicos que participaram da inspeção.
13.10.9. Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos
dados da placa de identificação, a mesma deve ser atualizada.

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ANEXO I-A

CURRÍCULO MÍNIMO PARA “TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA


OPERAÇÃO DE CALDEIRAS”
1 - NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES
Carga horária: 4 horas
1.1 - Pressão
1.1.1 - Pressão atmosférica
1.1.2 - Pressão interna de um vaso
1.1.3 - Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta
1.1.4 - Unidades de pressão
1.2 - Calor e Temperatura
1.2.1 - Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura
1.2.2 - Modos de transferência de calor
1.2.3 - Calor específico e calor sensível
1.2.4 - Transferência de calor a temperatura constante
1.2.5 - Vapor saturado e vapor superaquecido
1.2.6 - Tabela de vapor saturado

2 - CALDEIRAS
Carga horária: 8 -horas
CONSIDERAÇÕES GERAIS

2.1 - Tipos de caldeiras e suas utilizações


2.2 - Partes de uma caldeira
2.2.1 - Caldeiras flamotubulares
2.2.2 - Caldeiras aquotubulares
2.2.3 - Caldeiras elétricas
2.2.4 - Caldeiras a combustíveis sólidos
2.2.5
2.2.6 -- Caldeiras
Caldeiras aa gás
combustíveis líquidos
2.2.7 - Queimadores
2.3 - Instrumentos e dispositivos de controle de caldeira
2.3.1 - Dispositivos de alimentação
2.3.2 - Visor de nível
2.3.3 - Sistema de controle de nível
2.3.4 - Indicadores de pressão
2.3.5 - Dispositivos de segurança
2.3.6 - Dispositivos auxiliares
2.3.7 - Válvulas e tubulações
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2.3.8 - Tiragem de fumaça


3 - OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
Carga horária: 12 horas
3.1 - Partida e parada
3.2 - Regulagem e controle
3.2.1 - de temperatura
3.2.2 - de pressão
3.2.3 - de fornecimento de energia
3.2.4 - do nível de água
3.2.5 - de poluentes
3.3 - Falhas de operação, causas e providências
3.4 - Roteiro de vistoria diária
3.5 - Operação de um sistema de várias caldeiras
3.6 - Procedimentos em situações de emergência
4 - TRATAMENTO DE ÁGUA E MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS
Carga horária: 8 horas
4.1 - Impurezas da água e suas conseqüências
4.2 - Tratamento de água
4.3 - Manutenção de caldeiras
5 - PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS
Carga horária: 4 horas
5.1 - Riscos gerais de acidentes e riscos à saúde
5.2 - Riscos de explosão
6 - LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO
Carga horária: 4 horas
6.1 - Normas Regulamentadoras
6.2 - Norma Regulamentadora 13 (NR-13)

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ANEXO I-B

CURRÍCULO MÍNIMO PARA “TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA


OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO”
1- NOÇÕES DE GRANDEZAS, FÍSICAS E UNIDADES
Carga horária: 4 horas
1.1 - Pressão
1.1.1 - Pressão atmosférica
1.1.2 - Pressão interna de um vaso
1.1.3 - Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta
1.1.4 - Unidade de pressão
1.2 - Calor e temperatura
1.2.1 - Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura
1.2.2 - Modos de transferência de calor
1.2.3 - Calor específico e calor sensível
1.2.4 - Transferência de calor a temperatura constante
1.2.5 - Vapor saturado e vapor superaquecido
2 - EQUIPAMENTOS DE PROCESSO
Carga horária:
mantendo estabelecida
um mínimo de por
de 4 horas acordo com aplicável.
item, onde a complexidade da unidade,

2.1 - Trocadores de calor


2.2 - Tubulação, válvulas e acessórios
2.3 - Bombas
2.4 - Turbinas e ejetores

2.5 - Compressores
2.6 - Torres, vasos, tanques e reatores
2.7 - Fornos
2.8 – Caldeiras
3 - ELETRICIDADE
Carga horária: 4 horas

4 - INSTRUMENTAÇÃO
Carga horária: 8 horas
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5 - OPERAÇÃO DA UNIDADE
Carga horária: estabelecida de acordo com a complexidade da unidade.
5.1 - Descrição do processo
5.2 - Partida e parada
5.3 - Procedimentos de emergência
5.4 - Descarte de produtos químicos e preservação do meio ambiente
5.5 - Avaliação e controle de riscos inerentes ao processo

5.6 - Prevenção contra deterioração, explosão e outros riscos


6 - PRIMEIROS SOCORROS
Carga horária: 8 horas
7 - LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO
Carga horária: 4 horas

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ANEXO II

REQUISITOS PARA CERTIFICAÇÃO DE “SERVIÇO PRÓPRIO DE


INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS”
Antes de colocar em prática os períodos especiais entre inspeções,
estabelecidos nos subitens 13.5.4 e 13.10.3 desta NR, os “Serviços Próprios
de Inspeção de Equipamentos” da empresa, organizados na forma de setor,
seção, departamento, divisão, ou outra, devem ser certificados pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO)
diretamente ou mediante “Organismos de Inspeção” por ele credenciados, que
verificarão o atendimento aos seguintes requisitos mínimos expressos nas
alíneas “a” a “g”. Esta certificação pode ser cancelada sempre que for
constatado o não atendimento a qualquer destes requisitos:
a) existência de pessoal próprio da empresa onde estão instalados caldeiras
ou vaso de pressão, com dedicação exclusiva a atividades de inspeção,
avaliação de integridade e vida residual, com formação, qualificação e
treinamento compatíveis com a atividade proposta de preservação da
segurança;
b) mão-de-obra contratada para ensaios não-destrutivos certificada segundo
regulamentação vigente e para outros serviços de caráter eventual,
selecionada eprópria;
mão-de-obra avaliada segundo critérios semelhantes ao utilizado para
c) serviço de inspeção de equipamentos proposto possuir um responsável
pelo seu gerenciamento formalmente designado para esta função;
d) existência de pelo menos um “Profissional Habilitado”, conforme definido
no subitem 13.1.2;
e) existência de condições para manutenção de arquivo técnico atualizado,
necessário ao atendimento desta NR, assim como mecanismos para
distribuição de informações quando requeridas;
f) existência de procedimentos escritos para as principais atividades
executadas;
g) propostas.
existência de aparelhagem condizente com a execução das atividades

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ANEXO III
1- Equipamentos aos quais devem ser aplicada a NR-13:
a) qualquer vaso cujo produto “P.V” seja superior a 8 (oito) onde “P” é a
máxima pressão de operação em kPa e “V” o seu volume geométrico
interno em m3 , incluindo:
- permutadores de calor, evaporadores e similares;
- vasos de pressão ou partes sujeitas a chama direta que não estejam
dentro de outras NRs, nem do item 13.1 desta NR;
- vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e reatores;
- autoclaves e caldeiras de fluido térmico que não o vaporizem.
b) vasos que contenham fluido da classe “A”, especificados no Anexo IV,
independente das dimensões e do produto “P.V”.
2- Esta NR não se aplica aos seguintes equipamentos:
a) cilindros transportáveis, vasos destinados ao transporte de produtos,
reservatórios portáteis de fluido comprimido e extintores de incêndio;
b) os destinados à ocupação humana;
c) câmara de combustão ou vasos que façam parte integrante de máquinas
rotativas ou alternativas, tais como bombas, compressores, turbinas,
geradores, motores, cilindros pneumáticos e hidráulico e que não possam
ser caracterizados
d) dutos e tubulações como equipamentos
para condução independentes;
de fluido;
e) serpentinas para troca térmica;
f) tanques e recipientes para armazenamento e estocagem de fluidos não
enquadrados em normas e códigos de projeto relativos a vasos de
pressão;
g) vasos com diâmetro interno inferior a 150 (cento e cinqüenta) mm para
fluidos da classe “B”, “C” e “D”, conforme especificado no Anexo IV.

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ANEXO IV
CLASSIFICAÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO
1- Para efeito desta NR os vasos de pressão são classificados em categorias
segundo o tipo de fluido e o potencial de risco.
1.1 - Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme
descrito a seguir:
CLASSE “A”:
Fluidos inflamáveis;
Combustíveis com temperaturas superior ou igual a 200° C;
Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm;
Hidrogênio;
Acetileno.
CLASSE “B”:
Combustíveis com temperatura inferior a 200° C;
Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm.
CLASSE “C”:
Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
CLASSE “D”:
Outro fluido.
1.2 - Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco
em função do produto “P.V”, onde “P” é a pressão máxima de operação em
Mpa e “V” o seu volume geométrico interno em m3, conforme segue:
GRUPO 1 - P.V > 100
GRUPO 2 - P.V < 100 E P.V > 30
GRUPO 3 - P.V < 30 E P.V > 2,5
GRUPO 4 - P.V < 2,5 E P.V > 1
GRUPO 5 - P.V < 1

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1.3 - A tabela a seguir classifica os vasos de pressão em categorias de acordo


com os grupos de potencial de risco e a classe de fluido contido.

CATEGORIAS DE VASOS DE PRESSÃO

GRUPO DE POTENCIAL DE RISCO


CLASSE 1 2 3 4 5
DE P.V < P.V < 30 P.V < 2,5
FLUIDO P.V > 100 e e P.V e P.V > P.V < 1
100 P.V > 30 > 2,5 1

CATEGORIAS
“A”
- Fluido inflamável;
-combustível com
temperatura igual ou I I II III III
superior a 200° C;
- Tóxico com limite de
tolerância ≤ 20 ppm;
- Hidrogênio;
- Acetileno
“B”
- Combustível com
tempera- tura menor I II III IV IV
que 200° C;
- Tóxico com limite de
tolerância > 20 ppm
“C”
- Vapor de água; I II III IV V
- Gases asfixiantes
simples;
- Ar comprimido
“D”
- Outro fluido II III IV V V

Notas:
a) Considerar Volume em m3 e Pressão em MPa.
b) Considerar 1 MPa correspondendo à 10,197 Kgf/cm2.

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ANEXO 4
NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES.

DEFINIÇÕES:
PRESSÃO : - pressão é a relação entre uma força e a superfície sobre a qual
ela atua.
P= F/A

PRESSÃO ATMOSFÉRICA : - pressão atmosférica é a pressão devido ao


peso de ar existente sobre uma área unitária ao nível do mar. ( pressão
barométrica )

PRESSÃO INTERNA DE UM VASO :


PRESSÃO MANOMÉTRICA ( RELATIVA ) : - pressão manométrica, relativa
ou efetiva é a medida da pressão em relação a pressão atmosférica local.
Pode ser positiva ou negativa.
P < P atm. ⇒ Vácuo ( pressão negativa )
PRESSÃO ABSOLUTA : - pressão absoluta, é a soma da pressão
manométrica com a pressão atmosférica local.

P (absoluta) = Pressão Relativa + Pressão Atmosférica.


PSIA = PSIG + PSI
PSI ⇒ Pounds Square Inch ( libras por polegada quadrada )
UNIDADES DE PRESSÃO:

SISTEMA DE UNIDADE FORÇA ÁREA PRESSÃO


C.G.S.( Cm / Grama / Segundo ) DINA cm² DINA/ cm² (Bar)
S.I.(SISTEMA NEWTON m² N/ m² (Pa)
INTERNACIONAL)
GRAVITACIONAL INGLÊS LIBRA FORÇA pe² Lbf/pol² (PSI)
GRAVITACIONAL MÉTRICO Kgf cm² Kgf/ cm²

CONVERSÃO DE UNIDADES:
1 atmosfera física = 1,0333 Kgf/ cm² = 1,01325. 10 5 N/ m² = 1,01325 Bar =
14,69 PSI
Em trabalhos técnicos é comum a referência a atmosfera métrica, também
conhecida como atmosfera técnica, cuja abreviatura é atm.
1 atm = 1 Kgf/ cm² = 1 Bar = 105 N/ m² = 14,22 PSI.

Pa ( Pascal )

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TABELAS E GRÁFICOS

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RENDIMENTO DA COMBUSTÃO

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TABELA DE VAPOR SATURADO


1 2 3 4 5 6 7
Pressão Pressão Tempe- Volume Calor Calor Calor
Relativa Absoluta ratura Específico Sensível Total Latente
Kgf/cm2 Kgf/cm2 °C m3/Kg Kcal/Kg Kcal/Kg Kcal/Kg
0,01 6,7 131,7 6,7 600,1 593,0
0,15 12,7 89,64 12,8 602,8 590,0
0,02 17,2 68,27 17,2 604,8 587,4
0,025 20,8 55,28 20,8 606,4 585,6
0,03 23,8 40,53 23,8 607,7 583,9
0,04 28,6 35,46 28,6 609,8 581,1
0,05 32,5 28,73 32,5 611,5 578,9
0,06 35,8 24,19 35,8 612,9 577,1
0,08 41,2 18,45 41,1 615,2 574,1
0,10 45,4 14,95 45,4 617,0 571,6
0,12 49,1 12,60 49,0 618,5 569,5
0,15 53,6 10,21 53,5 620,5 567,0
0,20 59,7 7,795 59,6 623,1 563,5
0,25 64,6 6,322 64,5 625,1 560,6
0,30 68,7 5,328 68,6 626,8 558,2
0,35 72,2 4,614 72,2 628,2 556,0
0,40 75,4 4,069 75,4 629,5 554,1
0,50 80,9 3,301 80,8 631,6 550,8
0,60 85,5 2,783 85,4 633,4 548,0
0,70 89,5 2,409 89,4 634,9 545,5
0,80 92,9 2,125 92,9 636,2 543,2
0,90 96,2 1,904 96,2 637,4 541,2
0 1,0 99,1 1,725 99,1 638,5 539,4
0,1 1,1 101,8 1,578 101,8 639,4 537,6
0,2 1,2 104,2 1,455 104,3 640,3 536,0
0,3 1,3 106,6 1,350 106,7 641,2 534,5
0,4 1,4 108,7 1,259 108,9 642,0 533,1
0,5 1,5 110,8 1,180 110,9 642,8 531,9
0,6 1,6 112,7 1,111 112,9 643,5 530,6
0,8 1,8 116,3 0,995 116,5 644,7 528,2
1,0 2,0 119,6 0,902 119,9 645,8 525,9
1,2 2,2 122,6 0,826 123,0 646,9 524,0
1,4 2,4 125,5 0,7616 125,8 648,0 522,1
1,6 2,6 128,1 0,7006 128,5 649,1 520,4
1,8
2,0 2,8
3,0 130,5
132,9 0,6592
0,6166 131,0
133,4 650,2
650,3 518,7
516,9
2,2 3,2 135,1 0,5817 135,7 651,0 515,8
2,4 3,4 137,2 0,5495 137,8 651,7 514,3
2,6 3,6 139,2 0,5208 139,9 652,4 512,8
2,8 3,8 141,1 0,4951 141,8 653,1 511,3
3,0 4,0 142,9 0,4706 143,6 653,4 509,8
3,5 4,5 147,2 0,4224 148,1 654,6 506,7
4,0 5,0 151,1 0,3816 152,1 655,8 503,7
4,5 5,5 154,7 0,3497 155,9 656,8 501,2
5,0 6,0 158,1 0,3213 159,3 657,8 498,5
5,5 6,5 161,2 0,2987 162,7 658,6 496,1
6,0 7,0 164,2 0,2778 165,6 659,4 493,8
6,5 7,5 167,0 0,2609 168,7 660,1 491,6
7,0 8,0 169,6 0,2448 171,3 660,3 489,5

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TABELA DE VAPOR SATURADO


1 2 3 4 5 6 7
Pressão Pressão Tempe- Volume Calor Calor Calor
Relativa Absoluta ratura Específico Sensível Total Latente
Kgf/cm2 Kgf/cm2 °C m3/Kg Kcal/Kg Kcal/Kg Kcal/Kg
7,5 8,5 172,1 0,2317 174,0 661,4 487,5
8,0 9,0 174,5 0,2189 176,4 662,0 485,6
8,5 9,5 176,8 0,2085 179,0 662,5 483,7
9 10 179,0 0,1981 181,2 663,0 481,8
10 11 183,2 0,1808 185,6 663,9 478,3
11 12 187,1 0,1864 189,7 664,7 475,0
12 13 190,7 0,1541 193,5 665,4 471,9
13 14 194,1 0,1435 197,1 666,0 468,9
14 15 197,4 0,1343 200,6 666,6 466,0
15 16 200,4 0,1262 203,9 667,1 463,2
16 17 203,4 0,1190 207,1 667,5 460,4
17 18 206,1 0,1126 210,1 667,9 457,8
18 19 208,8 0,1068 213,0 668,2 455,2
19 20 211,4 0,1016 215,8 668,5 452,7
21 22 216,2 0,0925 221,2 668,9 447,7
23 24 220,8 0,0849 226,1 669,1 443,2
25 26 225,0 0,0785 230,8 669,3 438,7
27 28 229,0 0,0729 235,2 669,6 434,4
29 30 232,8 0,06802 239,5 669,7 430,2
31 32 236,3 0,06375 243,6 669,7 426,1
33 34 239,8 0,05995 247,5 669,6 422,1
35
37 36
38 243,0
246,2 0,05858
0,05353 251,2
254,8 669,5
669,3 418,3
414,5
39 40 249,2 0,05078 268,2 669,0 410,8
41 42 252,1 0,04828 261,6 668,8 407,2
43 44 254,9 0,04601 264,9 668,4 403,5
45 46 257,6 0,04393 268,0 668,0 400,0
47 48 260,2 0,04201 271,2 667,7 396,5
49 50 262,7 0,04024 274,2 667,3 393,1
54 55 268,7 0,03606 281,4 666,2 384,8
59 60 274,3 0,03310 288,4 665,0 376,6
64 65 279,5 0,03033 284,8 663,6 368,8
69 70 284,5 0,02795 300,9 662,1 361,2
74 75 289,2 0,02587 307,0 660,5 353,5
79 80 293,6 0,02404 312,6 658,9 346,3
84 85 297,9 0,02241 318,2 657,0 338,8
89 90 301,9 0,02096 323,6 655,1 313,5
94 95 305,8 0,01964 328,8 653,2 324,4
99 100 309,5 0,01845 334,0 651,1 317,1
109 110 316,6 0,01637 344,0 646,7 302,7
119 120 323,2 0,01462 353,9 641,9 288,0
129 130 329,3 0,01312 353,9 636,6 273,6
139 140 335,1 0,01181 372,4 631,0 258,6
149 150 340,6 0,01065 381,7 624,9 243,2
159 160 345,7 0,00982 390,8 618,3 227,5
179 180 355,3 0,00781 410,2 602,5 192,3
199
219 200
220 364,1
373,6 0,00620
0,00394 431,5
478 582,3
532 150,8
54

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TABELA DE VISCOSIDADE DO ÓLEO COMBUSTÍVEL RESIDUAL


VERSUS TEMPERATURA DE AQUECIMENTO

VISCOSIDADE SAYBOLT FUROL/VISCOSIDADE SAYBOLT UNIVERSAL

Temperatura 50 60 70 80 90 100 110 120 130


°C
VISCO- 900 450 250 140 85 55 35 -/240 -/180
SIDADE 600 280 160 95 58 34 22 -/154 -/115
500 250 130 75 46/44 30/29 -/200 -/140 -/120
0 0
SAYBOLT 450 230 120 68 42/41 27/26 /190 /140 /100

FUROL 400 210 110 65 8


40/39 0
26/26 /175 /130 /95
0 0
350 180 95 58 36/35 /240 /165 /120 /90
0
A 50° C 300 150 78 50 31/31 /215 /150 /120 /86
0
250 130 70 44 28/28 /190 /135 /100 /82
0
200 100 60 37 /245 /165 /120 /93 /78
150 77 48 29 /200 /140 /110 /82 /70
100 60 36 /230 /150 /115 /88 /71 /62
95 55 34 /220 /145 /110 /86 /70 /60
90 52 32 /210 /140 /105 /84 /69 /58
85 50 31 /200 /140 /102 /82 /66 /56
80 48 30 /190 /135 /100 /80 /65 /55
75 45 28 /170 /125 /96 /78 /64 /54
70 41 26 /165 /120 /94 /75 /63 /52
65 38 /260 /160 /115 /90 /72 /61 /51
60 /360 /230 /150 /110 /86 /70 /59 /50
55 /330 /210 /145 /105 /84 /68 /58 /49
50 /300 /200 /135 /100 /78 /65 /56 /47
Se a viscosidade de nebulização requerida é de 90 segundos Saybolt
Universal, um óleo com viscosidade de 350 segundos Saybolt Furol a 50° C
tem de ser aquecido a 130° C.

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CARACTERIZAÇÃO DE ÓLEO – A1
PODER CALORÍFICO SUPERIOR 10.008 Kcal/Kg
PODER CALORÍFICO INFERIOR 9.500 Kcal/Kg
DENSIDADE RELATIVA A 20 / 4° C 0.960
PONTO DE FLUIDEZ 6° C

DADOS ACIMA CITADOS FORAM ANALISADOS EM LABORATÓRIO


TEMPERATURA DENSIDADE TEMPERATURA DENSIDADE
DE ÓLEO DE ÓLEO
90° C 0,9156 106° C 0,9058
91° C 0,9149 107° C 0,9052
92° C 0,9143 108° C 0,9045
93° C 0,9136 109° C 0,9039
94° C 0,9131 110° C 0,9034
95° C 0,9125 111° C 0,9027
96° C 0,9118 112° C 0,9021
97° C 0,9112 113° C 0,9015
98° C 0,9017 114° C 0,9010
99° C 0,9100 115° C 0,9003
100° C 0,9094 116° C 0,8997
101° C 0,9088 117° C 0,8991
102° C 0,9082 118° C 0,8986
103° C 0,9076 119° C 0,8979
104° C 0,9070 120° C 0,8973
105° C 0,9060

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INFORMAÇÕES SOBRE ÓLEO COMBUSTÍVEL TIPO A2


O óleo combustível do tipo A2 possui em sua composição menor
quantidade de diluente (óleo diesel), o que proporciona uma viscosidade mais
elevada, quando comparada com a viscosidade do óleo combustível tipo A1.
A 50° C, o A2 apresenta viscosidade em torno de 900 SSF e o A1,
viscosidade em torno de 600 SSF. Para outras temperaturas, o A2 apresenta,
aproximadamente, as seguintes viscosidades:

TEMPERATURA VISCOSIDADE
(°C) (SSF)
50 900
60
70 450
250
80 140
90 85
100 55
110 35

Poder calorífico superior


A2: 10.059 Kcal/Kg
A1: 10.008 Kcal/Kg
Temperatura de armazenamento
A2: 58°C
A1: 52°C

Viscosidade- Temperatura de Temperatura de


SSF Bombeamento Pulverização
a 50°C Mínimo Máximo Mínimo Máximo
A2 900 58°C 60°C 120°C 145°C

A1 600 52°C 55°C 110°C 135°C


A faixa de viscosidade requerida pela maioria dos queimadores está situada
entre 10 e 20 SSF (100 e 200 SSU).

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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO GN DE CAMPOS

1 - COMPOSIÇÃO VOLUMÉTRICA
COMPONENTES COMPOSIÇÃO
(%)
CO2 (dióxido de 0,8
carbono)
N2 (nitrogênio) 0,9
CH4 (metano) 70,3
C2H6 (etano) 15,2
C3H8 (propano) 8,4
C4
C4 H10
H10 (isobutano)
(butano) 1,3
2,0
C5H12 (isopentano) 0,5
C5H12 (pentano) 0,4
Outros hidrocarbonetos 0,2
(C5)

2 - CARACTERÍSTICAS DE COMBUSTÃO
2.1 - Poder Calorífico superior (CNTP):
12.634 Kcal/m3
12.370 Kcal/Kg
2.2 - Poder Calorífico Inferior (CNTP):
11.403 Kcal/m3
11.243 Kcal/Kg
2.3 - Densidade em relação ao ar: 0,798
2.4 - Índice de Wobbe: 14.148 Kcal/Nm3
2.5 - Cp = 0,456 BTU/lb °F
2.6 - Cv = 0,369 BTU/lb °F
2.7 - Pressão na rede geral: 5 - 10 Kgf/cm2
2.8 - Pressão na rede interna: 1 - 4 Kgf/cm 2

Fonte: CEG

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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO GN DISTRIBUÍDO PELA CEG

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VÁLVULA DE SEGURANÇA

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ÓLEO PONTO PONTO TEOR ÁGUA PODER


DE DE DE
ENXOFR E
SEDIMEN- VISCOSIDA- DENSIDADE CALORÍFIC
O
COMB. FULGOR FLUIDEZ E% TOS, % DE SSF 50°C RELATIVA, SUPERIOR,
°C °C PESO VOLUME 20/4 OC Kcal/Kg
TIPO TÍPICO TÍPICO MÁXIMO MÁXIMO MÁXIMO TÍPICO TÍPICO
A1 92 6 2.5 2.0 600 1.009 10.008
B1 74 8 1.0 2.0 600 0.957 10.388
A2 89 10 2.5 2.0 900 1.000 10.059
B2 74 3 1.0 2.0 900 0.959 10.386
3A 104 21 5.5 2.0 2400 1.017 9.891
3B - - 1.0 2.0 2400 - -
4A
4B >185
80 33
- 5.5
1.0 2.0 10000 1.030
0.980 9.860
10.276
5A - - 5.5 2.0 30000 - -
5B - - 1.0 2.0 30000 - -
6A 183 - 5.5 2.0 80000 1.020 9.930
6B - - 1.0 2.0 80000 - -
7A 238 80 5.5 2.0 300000 1.031 9.843
7B > 100 - 1.0 2.0 300000 1.001 10.212
8A - - 5.5 2.0 1000000 1.045 9.987
8B > 100 - 1.0 2.0 1000000 1.004 10.188
9A - - 5.5 2.0 sem limite - -
9B - - 1.0 2.0 sem limite - -

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PORTARIA ANP N.º 90 (29/04/99)


ÓLEOS COMBUSTÍVEIS - QUADRO DE ESPECIFICAÇÕES
Ponto de Teor de Água e VISCOSID
TIPOS Fulgor Enxofre Sedimentos Saybolt Cinemátic
Furol
°C % peso % volume a 50°C, s 37,8°C
ANTERIOR ATUAL MÍNIMO MÁXIMO MÁXIMO MÁXIMO - M
A (BPF) A1 66 2,5 2,0 (600) -
D (BTE) B1 66 1,0 2,0 (600) -
E A2 66 2,5 2,0 (900) -
F B2 66 1,0 2,0 (900) -
GD 3A 66 5,5 2,0 (2400) -
HD 3B 66 1,0 2,0 (2400) -
GK 4A 66 5,5 2,0 10.000 -
HK 4B 66 1,0 2,0 10.000 -
GM 5A 66 5,5 2,0 30.000 -
HM 5B 66 1,0 2,0 30.000 -
GN 6A 66 5,5 2,0 80.000 -
HN 6B 66 1,0 2,0 80.000 -
GP 7A 66 5,5 2,0 300.000 -
HP 7B 66 1,0 2,0 300.000 -
8A 66 5,5 2,0 1.000.000 -
8B 66 1,0 2,0 1.000.000 -
9A 66 5,5 2,0 sem limites -
9B 66 1,0 2,0 sem limites -
C (OC - 4) C 66 - 0,5 - 2,1/26,0

1- A quantidade de água por destilação, mais a de sedimentação por extraçãon, não de


volume. Uma dedução na quantidade deverá ser feita para toda a água e sedimento e

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Resolução CNP N° 03/86 (PONTO DE FLUIDEZ SUPERIOR)

Estados, Territórios Ponto de Fluidez superior, °C


Áreas Distrito Federal dezembro, abril, outubro maio,
janeiro, e novembro junho,
fevereiro e julho,
março agosto e
setembro
Primeira Acre, Amapá, F.
Noronha, Rondônia,
Roraima, Amazonas, 27 27 24
Pará, Maranhão, Piauíi,
Ceará, R.G.do Norte,
Paraíba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe e Bahia
Segund Espirito Santo, Rio de
a Janeiro, Goiás, D. 27 24 21
Federal e Minas Gerais
Terceira São Paulo e Mato Grosso 24 21 18
Quarta Paraná,Sta Catarina e 21 18 15
R.G.do Sul

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ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE ÓLEOS COMBUSTÍVEIS:


Alguns tipos de óleos combustível requerem temperaturas de armazenagem
e manuseio superiores a de vaporização da água na pressão atmosférica
padrão. Caso as informações e instruções aqui apresentadas sejam
negligenciadas, podem ocorrer fenômenos no interior destes produtos, quando
confinados, capazes de comprometer a segurança dos equipamentos, das
operações e dos usuários.
Estas instruções, resultantes de pesquisas e da experiência internacional do
Grupo Shell, são divulgadas com o objetivo de minimizar a ocorrência de
fenômenos desta natureza, em função da crescente utilização destes tipos de
combustível a nível industrial.

As instruções são específicas para óleos combustíveis ultra-viscosos, e


devem ser complementadas pelas Normas Brasileiras de números 98 e 216 da
ABNT e o Regulamento Técnico n° 09/82 - Rev.1 do CNP.
O quadro abaixo mostra as temperaturas operacionais seguras para
armazenamento e bombeamento de cada tipo de óleo combustível.

Tipo de Óleos Temperatura de


Combustíveis armazenamento e
bombeamento, °C
1A/1B
2A/2B 52
58
3A/3B 70
4A/4B 85
5A/5B 100
6A/6B 110
7A/7B 120
8A/8B 130

Pela tabela, fica evidente que estas instruções se aplicam aos óleos
combustíveis a partir dos tipos 5A/5B.

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TABELA DE TRANSFORMAÇÃO DE CONDUTIVIDADE PARA SÓLIDOS


DISSOLVIDOS

T=25°C
MICRO ppm NaCl
MHOS/cm
10.000 5.420
8.000 4.330
7.000 3.760
6.000 3.140
5.000 2.580
4.000 2.080
3.000
2.000 1.559
1.000
1.000 496
900 446
800 396
700 346
600 296
500 244,9
400 191,8
300 143,9
200 94,3
100
90 47,2
42,5
80 37,7
70 33,0
60 28,3
50 23,6
40 18,9
30 14,2
20 9,4
10 4,7
9 4,2
8 3,8
7 3,3
6 2,8
5 2,4
4 1,9
3 1,4
2 0,94
1 0,47

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