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LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS

Fiscalidade Empresarial
Ana Arromba Dinis
2023/2024
Fiscalidade,
Direito Fiscal e
Ciência fiscal

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Fiscalidade, Direito Fiscal e Ciência fiscal
• O termo Fiscalidade deriva do latim fiscu que significava o poder do Estado em tributar
os cidadão e recolher para os seus cofres as respetivas receitas “tributos”

• A fiscalidade é uma expressão de maior amplitude e que engloba os conceitos de


Direito Fiscal, Técnica Fiscal e Política
Fiscal

• O termo Fiscalidade distingue-se de Ciência Fiscal, na medida em que esta tem uma
visão mais abstrata e científica daquelas
matérias, ao passo que o termo fiscalidade indica um tratamento predominantemente
concreto e técnico e de efeito objetivo e
imediato.

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Fiscalidade, Direito Fiscal e Ciência fiscal

• Direito Fiscal: É o conjunto de normas que regulam as


relações que se estabelecem entre o Estado e os
outros entes públicos, por um lado e os cidadãos por
outro, por via do imposto. Essas normas regulam as
várias fases do imposto: Incidência, lançamento,
liquidação e cobrança.
• Técnica fiscal: É o modo (métodos e técnicas) como
as normas estabelecidas pelo Direito Fiscal são
aplicadas.
• Política Fiscal: Visa o estudo dos mecanismos fiscais
a utilizar pelo governo para atingir determinados
objetivos

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Sistemas fiscais
e princípios de
tributação

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Noção de sistema fiscal

◼ Noção clássica

◼ “o sistema fiscal é tradicionalmente usado para


designar o conjunto de impostos existentes num
certo espaço, reportando-se, sobretudo, ao
domínio normativo, ou seja, à legislação fiscal
existente”.

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Noção de sistema fiscal

◼ Noção dinâmica

◼ Um sistema fiscal pode ser definido como um


conjunto de unidades reciprocamente
relacionadas, que, tratando-se de um sistema
aberto, está em interacção com o meio envolvente
– influencia-o e é influenciado por ele.

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Noção de sistema fiscal

◼ Nesta concepção dinâmica, a noção de sistema


fiscal põe em relevo as relações dinâmicas que
se estabelecem entre as suas várias componentes e
entre o sistema fiscal e outros sistemas, em
especial, o económico e o socio-político.

◼ Domínios de análise de um sistema fiscal

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Noção de sistema fiscal

◼ Domínios de análise de um sistema fiscal

Normativo

Económico

Organizacional

Psicossociológico

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Noção de sistema fiscal

◼ Normativo é o conjunto da legislação que


regula as matérias relacionadas com o imposto.

◼ Económico estuda as relações entre o sistema


fiscal e o sistema económico. Os impostos são
influenciados pela realidade económica, mas são
também instrumento de intervenção sobre essa
mesma realidade.

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Noção de sistema fiscal

◼ Organizacional é constituído pelos serviços centrais ou


periféricos encarregados de administrar os impostos, que estão eles próprios
inseridos num sistema mais vasto – o da administração pública. E comporta tb
a análise da estrutura e funcionamento dos tribunais fiscais
• – sistema judicial.

◼ Psicossociológico aceitação do sistema fiscal pelos sujeitos


passivos, requisito da sua correcta aplicação

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Classificação dos sistemas fiscais

◼ A tipologia dos sistemas fiscais pode fazer-se de


acordo com vários critérios:

Critérios socio-políticos

Critérios socio-económicos

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Classificação dos sistemas fiscais

Critérios socio-políticos

liberais socializantes

“direita” “esquerda”

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Classificação dos sistemas fiscais
Este critério põe
Critérios socio-económicos em relevo a relação
entre o nível de
fiscalidade e o grau
de
desenvolvimento
económico

Sistemas fiscais dos Sistemas fiscais dos


países industrializados países em vias de
desenvolvimento

NOTA: Esta classificação é feita tendo em conta o nível de


fiscalidade, a estrutura fiscal e a complexidade técnica do
13
sistema
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Classificação dos sistemas fiscais

◼ SISTEMAS FISCAIS DOS PAÍSES


INDUSTRIALIZADOS

Nível de fiscalidade elevado (Receitas fiscais /


PIB), embora varie de acordo com o grau de intervenção
do Estado na economia;

O IRS tem um peso muito significativo na


estrutura fiscal;

Do ponto de vista técnico são sistemas fiscais com


um certo grau de sofisticação

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Classificação dos sistemas fiscais

◼ SISTEMAS FISCAIS DOS PAÍSES EM VIAS DE


DESENVOLVIMENTO

Nível de fiscalidade baixo (Receitas fiscais / PIB),

Os impostos indirectos têm um peso muito


significativo na estrutura fiscal;

Do ponto de vista técnico são sistemas fiscais com


uma organização incipiente e legislação inadequada.

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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ Desde sempre constituiu preocupação dos


economistas as regras que devem moldar um sistema
fiscal

◼ Para Adam Smith um “bom sistema fiscal” deveria


obedecer a quatro máximas:
Justiça; certeza; comodidade; e a economia

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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ Existe alguma semelhança entre estas regras e os


princípios que modernamente são assumidos
como devendo enquadrar um sistema fiscal, são
eles:
Equidade;
Eficiência;
Simplicidade e minimização dos
custos da tributação.

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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ Podem ainda acrescentar-se a estes princípios:

concorrência com sistemas fiscais


estrangeiros;

flexibilidade conjuntural;

responsabilização política.

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Princípios de tributação e sistema fiscal
Os impostos devem
ser estabelecidos de
uma forma justa
◼ EQUIDADE

Princípio da capacidade
Princípio do Benefício contributiva (ability to pay)
(equivalence)

Equidade horizontal Equidade vertical

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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ Equidade horizontal impõe que se tributem de forma


idêntica as pessoas que têm igual capacidade
contributiva. É nesta vertente que os principais
problemas de equidade se colocam hoje em dia e que
estão longe de estar resolvidos.

◼ Exemplo: o mesmo montante de rendimento é objectivo


de tributação muito diferenciada consoante a sua origem
ou natureza. (por exemplo, a tributação das mais valias)

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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ Equidade vertical exige que as pessoas que têm


diferente capacidade contributiva sejam tributadas de
forma desigual, sendo o grau razoável de desigualdade de
tributação uma das questões mais discutidas em
fiscalidade em todas as épocas.

◼ Existe, todavia, algum consenso no sentido de que a


capacidade contributiva aumenta a um ritmo maior que o
rendimento ou a riqueza, o que implica que os impostos
globalmente considerados devam ser progressivos.
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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ A justificação económica da progressividade


Argumentos

Económicos Sociológicos

Igualdade de Importância atribuída à


sacrifícios satisfação das
necessidades
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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ Igualdade de sacrifícios utilidade


marginal decrescente do rendimento.

◼ Grau de importância decrescente às


necessidades que são satisfeitas pelos indivíduos
com fatias sucessivas do seu rendimento
(indispensáveis, úteis, agradáveis, e supérfluas)

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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ O princípio da equidade tem sido considerado como


prioritário na hierarquia dos requisitos a satisfazer
pelos impostos. Daí que num grande número de
países mereça consagração constitucional.

◼ A consagração do principio da equidade permite a


redistribuição dos rendimentos, um objectivo
tradicionalmente cometido ao sistema fiscal.

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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ EFICIÊNCIA ECONÓMICA ≠ EFICÁCIA

◼ Um imposto pode influenciar de vários modos a eficiência


económica, nomeadamente quanto à oferta e procura de
trabalho, à poupança e sua utilização produtiva, à afectação
de recursos em geral.

◼ Um imposto é algo que se impõe aos agentes económicos e


pode, por isso, modificar os preços relativos das variáveis
económicas directa ou indirectamente relacionadas com a sua
incidência.

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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ Da modificação dos preços relativos pode resultar


ineficiência económica ou “carga excedentária”.

◼ O objectivo é assegurar que os impostos sejam o


menos discricionários possível, i.é, o mais neutros
possível.

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Princípios de tributação e sistema fiscal
Os impostos influenciam as escolhas
dos indivíduos

◼ Escolhas dos indivíduos:


◼ Consumo no presente ou poupança no futuro?
◼ Trabalho ou lazer?

◼ Escolhas das Empresas:


◼ Qual a forma jurídica a adotar?
◼ Organização empresarial?
◼ Uso de um factor de produção?
◼ Modo de financiamento?
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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ A análise da eficiência ou ineficiência do sistema fiscal não pode deixar de


tomar em consideração o papel do imposto ao serviço de uma política de
regulação conjuntural ou de uma política de desenvolvimento económico
em geral.

◼ Exemplo: as despesas públicas financiadas pelos impostos podem traduzir-se


em ganhos de eficiência que compensam os efeitos negativos dos impostos;
impostos ambientais e principio do poluidor pagador; NIC e NEC.

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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ SIMPLICIDADE e MINIMIZAÇÃO DOS CUSTOS DE


TRIBUTAÇÃO

◼ Condição essencial de qualquer sistema fiscal é o de ter


viabilidade administrativa, para o que deve ser simples.

◼ Importa assim confrontar receitas obtidas com os custos


administrativos de gestão do sistema, maximizando esta
diferença sem transferir para os contribuintes encargos
indirectos que acresçam ao próprio encargo do imposto.

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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ A simplicidade e a minimização dos custos é


fundamental

◼ Diminui a evasão e fraude fiscal

◼ Melhora a relação fisco – contribuinte

◼ Aumenta o cumprimento fiscal voluntário

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Princípios de tributação e sistema fiscal

◼ CONCORRÊNCIA COM SISTEMAS FISCAIS


ESTRANGEIROS

◼ Num espaço integrado e globalizado é cada vez mais


importante ter em conta as soluções fiscais adoptadas
noutros países.

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O sistema fiscal
português

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O sistema fiscal português
Art. 103º, CRP:

“1. O sistema fiscal visa as satisfações das necessidades financeiras do Estado e outras
entidades públicas e uma repartição justa dos rendimentos e da riqueza.

2. Os impostos são criados por lei , que determina a incidência, a taxa, os benefícios
fiscais e as garantias dos contribuintes.

3. Ninguém pode ser obrigado a pagar impostos que não hajam sido criados nos termos
da Constituição, que tenham natureza retroativa ou cuja liquidação e cobrança se não
façam nos termos da lei.”

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O sistema fiscal português

Finalidades da tributação (LGT art.º 5º e art. 7º)

• Satisfação das necessidades financeiras do EOEP;


• Promove a justiça social, a igualdade de oportunidades e a
correção das desigualdades na redistribuição da riqueza e do
rendimento;
• Favorece o emprego a formação do aforro;
• Promover a competitividade e a internacionalização da
economia portuguesa.

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O sistema fiscal português

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O sistema fiscal português
• Quanto ao sujeito ativo:
• Estaduais Classificação dos Impostos
• Não estaduais
• Quanto ao âmbito de aplicação territorial:
• Nacionais
• Continentais
• Local
• Quanto ao índice da capacidade económica:
• Diretos
• Indiretos
• Quanto ao carácter patrimonial ou pessoal do
imposto:
• Reais
• Pessoais
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O sistema fiscal português
Classificação dos Impostos
• Quanto à natureza permanente ou acidental dos factos:
• Periódicos
• Obrigação única
• Quanto à natureza das taxas:
• Prestação fixa
• Prestação variável Proporcional
• Prestação variável Progressiva
• Prestação variável Regressiva
• Quanto à autonomia:
• Principais
• Acessórios
• Quanto à periodicidade:
• Ordinários
• Extraordinários
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O sistema fiscal português

Classificação dos Impostos

• Quanto às formas de exteriorização da riqueza:

• Sobre o rendimento

• Sobre o património

• Sobre a despesa

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O sistema fiscal português
• Impostos Reais – atendem exclusivamente à
matéria
coletável, alheando-se da situação económica e
familiar do contribuinte. Classificação dos Impostos
Exemplo: IMI

• Impostos Pessoais – a pessoa do contribuinte é


decisiva para a determinação do imposto. Considera
o
somatório dos rendimentos, sujeitando a taxas mais
elevadas à medida que a matéria coletável vai
aumentando.
Exemplo: IRS
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O sistema fiscal português

Classificação dos Impostos


• Impostos Estaduais – aqueles em que a entidade
credora é o Estado. Abrangem todo o território nacional
e regiões autónomas.
• Impostos Locais – aqueles em que a entidade
credora é uma autarquia local – Câmara Municipal ou
Junta de Freguesia. Abrangem os factos tributários
ocorridos dentro da área da respetiva jurisdição
administrativa.
• Impostos Parafiscais – as entidades credoras são
pessoas de direito público e não órgãos do Estado ou
Autarquias. Exemplo: Seg. Social

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O sistema fiscal português

• Impostos Locais Classificação dos Impostos


• Impostos Municipais – a favor do município
• Impostos Paroquiais – a favor da freguesia
Derrama – Lei das Finanças Locais - Artigo 14º
1 – Os municípios podem deliberar lançar anualmente uma
derrama, até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro
tributável sujeito e não isento de imposto sobre o
rendimento das pessoas coletivas (IRC) que corresponda à
proporção do rendimento gerado na sua área geográfica
por sujeitos passivos residentes em território português que
exerçam, a título principal, uma atividade de natureza
comercial, industrial ou agrícola e não residentes com
estabelecimento estável nesse território.
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O sistema fiscal português

Classificação dos Impostos


• Impostos Periódicos – atingem situações que se
prolongam indefinidamente, dando lugar à renovação
das obrigações tributárias, com o decurso de um
determinado período de tempo (por exemplo 1 ano) – IRS e
IRC.

• Impostos de Obrigação Única – incidem sobre atos


ou factos que não apresentam carácter de periodicidade.
Mesmo que exista repetição das
situações, estas são consideradas per si, no momento
em que se verificam.

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O sistema fiscal português

Classificação dos Impostos


• Impostos Ordinários – o direito a imposto, por parte
do Estado, verifica-se por tempo ilimitado, isto é,
enquanto se verificarem as condições de sujeição a
imposto previstas na Lei .

• Impostos Extraordinários – são lançados para


ocorrer às despesas extraordinárias que as leis
orçamentais enumeram:
• Fomento económico;
• Defesa de ordem pública;
Por exemplo: Derramas Municipais

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O sistema fiscal português

Classificação dos Impostos

• Impostos Proporcionais – os que apresentam uma


taxa fixa. O imposto está em proporcionalidade direta
com a matéria coletável.

• Impostos Progressivos – o imposto é mais do que


proporcional face à matéria coletável.

• Impostos Regressivos – são aqueles que diminuem


à medida que a matéria coletável aumenta.

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O sistema fiscal português

Classificação dos Impostos

• Impostos Parcelares – recaem sobre


rendimentos
provindos de uma única fonte de rendimentos.
Exemplo: Contribuição industrial.

• Impostos Globais – incidem sobre o somatório


dos
rendimentos, provenientes de diversas fontes.
Exemplo: IRS e IRC.
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O sistema fiscal português

Classificação dos Impostos

• IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

• IMPOSTOS SOBRE O PATRIMÓNIO

• IMPOSTOS SOBRE O CONSUMO

• IMPOSTOS ESPECIAIS

(Classificação feita com base na fonte)


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O sistema fiscal português

Classificação dos Impostos


• IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
• Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas –
IRC
• Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares –
IRS

• IMPOSTOS SOBRE O PATRIMÓNIO


• Impostos sobre o património detido:
• Imposto Municipal sobre Imóveis – IMI
• Imposto Único de Circulação – IUC
• Impostos sobre o património transmitido:
• Imposto Municipal sobre Transmissões – IMT
• Imposto do Selo - sobre as transmissões, a título
gratuito, de bens móveis e imóveis
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O sistema fiscal português

Classificação dos Impostos

• IMPOSTOS SOBRE O CONSUMO


• Imposto sobre o Valor Acrescentado
• Imposto Automóvel (sobre veículos)

• IMPOSTOS ESPECIAIS SOBRE O CONSUMO


• Imposto sobre o Álcool e as Bebidas
Alcoólicas
• Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e
Energéticos
• Imposto sobre o Tabaco
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O sistema fiscal português
Relatório do Orçamento do Estado para 2024

50
O papel da
fiscalidade na
gestão
empresarial

51
O papel da fiscalidade na gestão empresarial

A escolha da forma jurídica é a primeira questão


que se coloca a uma empresa

O exercício de uma actividade económica pode efectuar-se


de diferentes formas: sociedade e não sociedade

Esta questão apenas se coloca para uma PME

52
O papel da fiscalidade na gestão empresarial

A escolha da forma jurídica

Factores não fiscais

Factores fiscais

53
O papel da fiscalidade na gestão empresarial
Factores não fiscais
* NÃO SOCIEDADES * SOCIEDADES

i) Responsabilidade ilimitada em relação ao i) Regra geral responsabilidade


património pessoal do empresário limitada dos sócios

ii) Dificuldades na transmissão da empresa


ii) Normalmente maior facilidade na
iii) Maior dificuldade em transmissão de partes sociais;
obter financiamentos bancários

iv) Capital mínimo exigido menos elevado


(não é requerido capital iii) A forma societária confere
mínimo) mais credibilidade e prestígio
v) Maior controlo pessoal da empresa
iv) Capital mínimo (?)
vi) Simplicidade de procedimentos
(regime contabilístico e fiscal e declarações
simplificadas)

54
O papel da fiscalidade na gestão empresarial
A forma de organização da actividade económica: algumas
diferenças de tratamento fiscal
Trabalhador por conta de Trabalhador por conta Sociedade (proprietário)
outrem própria, empresário
individual

Imposto pessoal Imposto pessoal Imposto societário sobre os


progressivo sobre os ordenados progressivo sobre os lucros pago pela sociedade
e salários rendimentos (salários, lucros,
mais valias, prediais)

Contribuições para a segurança Contribuições para a Segurança Imposto pessoal


social Social (Código Contributivo) progressivo sobre os dividendos
(empregador e recebidos pelos sócios (crédito
empregado) imposto na sociedade, sócios)

Contribuições para a Segurança


Social sobre os salários dos
empregados

55
O papel da fiscalidade na gestão empresarial

A forma de organização da actividade económica: algumas


diferenças de tratamento fiscal
A escolha da forma jurídica para uma PME e o exercício da
actividade económica coloca-se entre o exercício da
atividade por conta própria (não constituindo
sociedade) ou o exercício da atividade através de
sociedade.

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O papel da fiscalidade na gestão empresarial

A forma de organização da actividade económica: algumas


diferenças de tratamento fiscal
O sistema fiscal trata de forma diferente os lucros da
actividade económica empreendida através de forma
societária ou não societária.

A melhor forma de exercer a actividade económica é aquela


que conduz a uma menor quantia de imposto a pagar, a
qual depende das circunstância particulares do sujeito
passivo, do sistema fiscal (progressivo ou não) e da
estrutura do sistema fiscal.

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O papel da fiscalidade na gestão empresarial

Factores fiscais: análise genérica


Empresário em nome individual Sociedades

REGIME FISCAL REGRA REGIME FISCAL REGRA

Regime simplificado Regime contabilidade


organizada
Taxas de tributação Taxas de tributação
progressivas IRS proporcionais IRC
Distribuição dos lucros e
Pagamento do eliminação da dupla
imposto tributação económica (DTE)
Pagamento do
imposto

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O papel da fiscalidade na gestão empresarial
TAXAS GERAIS IRS - ART. 68.º

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59
O papel da fiscalidade na gestão empresarial
TAXAS IRC (art. 87.º)
Sujeitos passivos de IRC

Residentes Não residentes


17% / 21% PME e
Small Mid Cap 21% regime geral 21%
12,5% startups
Com
Exercem a título principal atividades de estabelecimento estável
natureza comercial, industrial ou
agrícola
25%/35%
21%
Sem
Não exercem a título principal atividades estabelecimento estável
60 de natureza comercial, industrial ou
agrícola

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O papel da fiscalidade na gestão empresarial

Estrutura empresarial em Portugal, de acordo com a forma jurídica

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O papel da fiscalidade na gestão empresarial

Estrutura empresarial em Portugal, de acordo com a dimensão

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Fiscalidade
Empresarial

Ana Arromba Dinis

adinis@ipca.pt

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