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Disciplina: Clínica Cirúrgica do Adulto I

Professora responsável: Clarissa Leite Turrer

Aluna: Gabriela Saliba Ribeiro

Exercício de introdução:

1) Conceitue cirurgia ambulatorial:

Cirurgia ambulatorial consiste em procedimentos cirúrgicos realizados sem a


necessidade de internação do paciente e o pós-operatório não demanda cuidados
especiais. São cirurgias que estão nos níveis I e II na estratificação de complexidade.

2) Existem critérios para estratificar o nível de complexidade de procedimentos


cirúrgicos baseados em cinco variáveis. Cite:

Pessoal, anestesia, material e equipamento, sala de operações e hospitalização.

3) Em qual nível está o atendimento em nossa disciplina?

Níveis I e II.

4) Definir e descrever porte cirúrgico

O porte cirúrgico vai depender do tipo de anestesia que será utilizada em cada
procedimento, sendo os procedimentos de pequeno porte aqueles onde o próprio
cirurgião irá aplicar anestesia local e os procedimentos de grande porte onde o paciente
será submetido a técnicas de anestesia que demandam a presença de um
anestesiologista. Nas cirurgias ambulatoriais de grande porte o paciente não será
internado, mas ficará em uma sala para recuperação pós-operatória por algumas horas
até que ele possa se recuperar dos efeitos anestésicos.

5) Quais pacientes são elegíveis para intervenções em nível ambulatorial?

Para procedimentos cirúrgicos ambulatoriais os pacientes devem passar por avaliação


psicológica e risco anestésico. Aqueles pacientes que se encaixarem nos níveis I (não
apresentam alterações orgânicas, fisiológicas, bioquímicas ou psiquiátricas) e II
(apresentam afecções sistêmicas pouco relevantes e facilmente corrigíveis) do escore da
American Society of Anesthesiology são candidatos para operações ambulatoriais.

6) Cite e descreva as instalações e organização das unidades de cirurgia ambulatorial

As instalações variam de acordo com o nível dos procedimentos realizados naquele


ambiente, por isso temos as seguintes divisões:

a) Unidade ambulatorial tipo I:


Consultório médico adaptado para procedimentos de pequeno porte (anestesia local)

b) Unidade ambulatorial tipo II:

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Disciplina: Clínica Cirúrgica do Adulto I

Professora responsável: Clarissa Leite Turrer

Aluna: Gabriela Saliba Ribeiro

Ambulatórios específicos, centros de saúde ou UBS onde haja uma sala em que seja
possível a realização de procedimentos ambulatoriais de pequeno (anestesia local)
ou grande (bloqueio locorregional) porte, e salas de acompanhamento pós-
operatório e recuperação dos efeitos anestésicos.

c) Unidade ambulatorial tipo III:


Estabelecimento de saúde anexado a um hospital geral que permite a realização de
procedimentos cirúrgicos ambulatoriais de grande porte, em salas cirúrgicas próprias
ou dentro de centro cirúrgico, mediante apoio de sua infraestrutura (serviço de
nutrição e dietética, centro de esterilização de material, lavanderia, rouparia,
almoxarifado, centrais de gases, de vácuo, de ar comprimido e de ar condicionado,
sistema de coleta e processamento de lixo etc.)

7) Cite as portarias que regulamentam a atividade cirurgia ambulatorial:

Resolução nº 1.363/93 do Conselho Federal de Medicina, devem apresentar condições


mínimas de segurança para as práticas cirúrgicas e anestésicas e garantia de suporte
hospitalar 24h, para assistência após a alta ou para complicações que demandem
internação, seja em estrutura própria ou por convênio com outra instituição.

RDC nº 050, de 21 de fevereiro de 2002, regulamentada pela ANVISA

8) Descreva as atribuições físico-funcionais do centro cirúrgico ambulatorial:

O centro ambulatorial deve ser capaz de receber e transferir pacientes, garantir


assistência alimentar do paciente e do acompanhante enquanto se encontram dentro da
instituição; controle ambiental de infecções; assegurar a execução dos procedimentos
cirúrgico-anestésicos que são mais bem indicados; dispor de anestesiologista para
procedimentos específicos; ser capaz de executar, em situações de emergência, os
procedimentos que são realizados de rotina; proporcionar cuidados pós-operatórios;
garantir o apoio ao diagnóstico; e retirar ou manter órgãos para transplante.

9) Qual a estrutura mínima para o funcionamento de uma unidade de cirurgia


ambulatorial?

A unidade ambulatorial deve contar com os seguintes itens para funcionamento:

 Acesso restrito de pessoal;


 Espaço físico vedado e não transitável;
 Área de recepção de paciente;
 Sala de guarda e preparo de substâncias controladas e anestésicas, com acesso de
pessoal limitado;
 Área de escovação;

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Aluna: Gabriela Saliba Ribeiro

 Uma ou mais salas destinadas especificamente para os procedimentos cirúrgicos,


cada uma com, no mínimo, 20 m 2, dimensão mínima de 3,5m e pé-direito mínimo
de 2,7m (cada sala poderá conter apenas uma mesa cirúrgica);
 Sala de utilidades;
 Banheiro com vestiário (no mínimo um);
 Depósito para equipamentos e materiais (com acessos interno e externo ao centro
cirúrgico independentes);
 Sala de preparo de equipamentos e materiais (quando o centro cirúrgico
ambulatorial não for anexo a bloco cirúrgico de hospital geral)
 Vias de circulação interna independentes para pessoal, suprimentos e resíduos.

10) Quais equipamentos e pessoal (recursos humanos) são necessários?

 Material completo necessário para ressuscitação cardiopulmonar, todo o


equipamento e medicação necessários devem estar acondicionados em mesa móvel,
monitor cardíaco, desfibrilador, marca-passo e eletrocardiógrafo.
 Material para assistência ventilatória (unidade ventilatória, laringoscópios, tubos
orotraqueais e cânulas de traqueostomia em diferentes numerações etc.); Material
para punção ou dissecção venosa (jelcos, agulhas, seringas, cateteres de acesso
venoso periférico ou central e instrumental cirúrgico delicado);
 Medicação apropriada (lidocaína, adrenalina, noradrenalina, atropina, dopa e
dobutamina, digital, morfina, bloqueador neuromuscular, benzodiazepínicos,
soluções hidroeletrolíticas nas diversas apresentações, bicarbonato de sódio etc.)
 Conjunto de instrumental para cirurgia nível I de superfície deve conter:
 Pinça de antissepsia tipo Foerster, de 20 cm;
 Duas ou mais pinças de campo tipo Backhaus de 8 cm (para procedimentos que
utilizem campos cirúrgicos avulsos ou que demandem o uso de caneta de
eletrocautério ou mangueira de silicone para aspirador a vácuo);
 Cabo de bisturi no 3 e lâminas descartáveis 15 e 11;
 Tesouras de Metzenbaum curva e de Mayo reta, de 14 cm. As melhores apresentam
a superfície cortante de carbeto de tungstênio (widia);
 Pinças de Adson e de dente-de-rato de 12 cm;
 Pinças hemostáticas de Halstead retas e curvas, tipo mosquito, de 12 cm (mínimo
dois pares);
 Porta-agulha de Derf, 12 cm, com mordentes de 3.600 dentes por polegada
quadrada, preferencialmente de carbeto de tungstênio (para fios com força tênsil
igual ou inferior a 5-0). Porta-agulha de Mayo-Hegar, de 15 cm, com mordentes de
2.500 dentes por polegada quadrada (para fios com força tênsil igual ou superior a
4-0);
 Um par de afastadores de Farabeuf estreitos, de 10 cm ou um par de afastadores de
Senn;

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Disciplina: Clínica Cirúrgica do Adulto I

Professora responsável: Clarissa Leite Turrer

Aluna: Gabriela Saliba Ribeiro

 Campo cirúrgico fenestrado de 80 × 80 cm 2 campos cirúrgicos avulsos de 60 × 60


cm2

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