Você está na página 1de 7

TRABALHO ENFERMAGEM CIRÚRGICA I

MÓDULO II VALOR = 20 PONTOS

Aluna: Géssica Agmar da Silva.

1) Descreva minuciosamente a história da enfermagem cirúrgica, quem foram


suas pioneiras, em qual época e a importância delas.
A história das civilizações conta como se iniciaram os procedimentos cirúrgicos e o
atendimento de enfermagem na “idade da pedra”, em que foram encontrados vários
relatos da época. O resultado das operações era que quase “100% dos pacientes
morriam”, pois desconheciam a técnica e os microorganismos. Na era primitiva os
pacientes que iriam submeter-se a procedimentos cirúrgicos eram atendidos de forma
brutal. Eram embebedados, ou davam-lhes pancadas na cabeça para que perdessem
os sentidos e para que pudesse realizar se a cirurgia. Outras vezes, perdiam a
consciência pela dor do procedimento, eram amarrados e amordaçados. Executavam-
se vários procedimentos cirúrgicos cujo objetivo era a expulsão dos demônios do corpo
do paciente. Com tudo o controle da dor só apareceu no século XX. O primeiro
anestésico consagrado foi o éter. Anos mais tarde, conseguiram controlar o
sangramento pela compressão digital, depois surgiu a cauterização e, após, o amarrio
(hemostasia). Em 1818, surgiu o célebre, Semmel Weis, pioneiro na prevenção da
infecção, que instituiu a lavagem das mãos como preventivo de infecção. Nessa época
a enfermagem era conhecida devido a FLORENCE NIGHIlNGALE, que foi uma
renovadora da enfermagem no século XVIII. A partir de Florence, houve difusão da
enfermagem no mundo inteiro: todos os países procuraram o desenvolvimento,
fundando escolas para enfermeiros, auxiliares e técnicos. No Brasil em 1890 é que se
iniciou a reforma da enfermagem, por ANA NÉRl Assim foi surgindo a história da
enfermagem no Brasil, com criação de escolas, pela necessidade de debelar as doenças
endêmicas da época.
2) Qual estrutura organizacional do centro cirúrgico, falando de estrutura física.
A estrutura física do Centro Cirúrgico é caracterizada por um conjunto de elementos
com finalidade determinada que, em conjunto, compõem uma unidade do
estabelecimento de saúde. Os principais elementos da estrutura física do Centro
Cirúrgico são: Vestiários: devem estar localizados na entrada do Centro Cirúrgico, de
modo que os profissionais, e outras pessoas que venham da área de circulação
externa, só possam ter acesso ao setor após a troca de roupa. Este consta de calça
comprida, túnica, gorro, pro – pés e máscaras. Os vestiários são barreiras físicas,
considerando que estas são definidas como “aqueles ambientes que minimizam a
entrada de microrganismos externos”.
3) Como são classificadas as áreas do centro cirúrgico de acordo com às áreas.
Sala administrativa: é o local destinado ao controle administrativo da Unidade.
Área de recepção do paciente: é a área reservada para recepcionar e transferir
pacientes da maca provenientes da Unidade de internação para a do Centro Cirúrgico
Sala de espera: área destinada aos familiares ou acompanhantes do paciente,
enquanto aguarda o término da cirurgia e a alta deste da Sala de Recuperação Pós
Anestésica (SRPA). Este ambiente deve ser provido de poltronas com assentos
confortáveis e sanitários anexos.
Área de escovação ou lavabo: prevê-se um lavabo com duas torneiras para cada sala
de cirurgia. As torneiras devem ser munidas de características especiais, que tornem
possível abri-las e fecha-las sem o uso das mãos. Os tanques devem se instalados
numa altura de mais ou menos 90 centímetros, para favorecer a mecânica corporal no
ato da escovação. Neste local devem ser colocados os recipientes para escova
esolução anti-séptica.
Sala de cirurgia ou operação: é a área destinada à realização de intervenções cirúrgicas
e endoscópicas. Segundo o Ministério da Saúde, o número de salas de cirurgia para a
Unidade de Centro Cirúrgico é quantificado com base na capacidade de leitos do
hospital. Preconizam-se 2 salas de cirurgia para cada 50 leitos.

4) Descreva os equipamentos básicos utilizados na sala de operação.


Os equipamentos básicos utilizados na sala de operação são classificados como sendo
fixos e móveis:
Equipamentos fixos: São aqueles adaptados á estrutura física da sala cirúrgica, tais
como: foco central, megatoscópio, sistema de canalização de ar e gases, prateleiras
Equipamentos móveis: São aqueles que podem ser deslocados de uma para outra sala
de operação, a fim de atender o planejamento do ato cirúrgico de acordo com a
especificidade da cirurgia, ou mesmo serem acrescidos durante o desenvolvimento da
cirurgia. São estes: mesa cirúrgica e acessórios (colchonete de espuma, perneiras
metálicas, suporte de ombros), aparelho de anestesia, contendo “kits” de cânulas
endotraqueais e de Geddel, laringoscópio, pinça de Magil e esfignomanômetro, mês
auxiliar para instrumental cirúrgico, e para pacotes de roupas estéreis, bisturi elétrico
ou termo cautério, aspirados de secreção, foco auxiliar, bando giratório, suporte de
braço, hamper, bacia e soro, escada de 2 degraus, carro para material de consumo e
soluções antissépticas, aparelhos monitores.
5) Quais são os materiais e medicamentos usados em uma sala de cirurgia.
O planejamento de materiais para uso na sala de cirurgia deve incluir aqueles
considerados básicos ao atendimento de uma cirurgia geral, e os específicos, de
acordo com o tipo de cirurgia que será realizada. Estes materiais são agrupados em:
esterilizados, soluções antissépticas e
Medicamentos: Materiais esterilizados:-pacote de aventais, -pacotes de campos
duplos e/ou simples, -pacote de compressas grades ou pequenas, -pacotes de gases
comuns e especiais, -pacote de impermeável, caixa de instrumentais, -pacote de
material para anti-sepsia, -pacote de cuba rim, -pacote de sondas e drenos, -pacotes’
de luvas de diferentes números, -pacote de cabo com borracha para aspirador, -caixa
de fios de sutura de diferentes tipos e números, -caixa ou pacote de cabo do bisturi
elétrico, -equipos de soro, seringas, agulhas, cateteres para punção venosa, cateter
para oxigênio, sonda de aspiração, nasogástrica e vesical, estojo de material cortante
contendo tesouras retas, curvas, cabo de bisturi e agulhas de sutura, -bandeja de
material de anestesia, contendo cânulas endotraqueais com guia, de Geddel,
laringoscópio e pinça de Magil.
Soluções glicosadas, fisiológicas, ringer, manitol, Bicarbonato de sódio, medicamentos
anestésicos, relaxantes musculares, neurolépticos, tranquilizantes, analgésicos,
colinérgicos e anticolinérgicos, eletrólitos, anticoagulantes, antibióticos, -pomadas:
xilocaína geléia.
Soluções Antissépticas: PVPI – álcool 70% - clorexidina
6) Relate quais são as equipes que atuam no centro cirúrgico.

- Equipe de Anestesia: é composta de médico anestesiologista, que tem como função


planejar e executar a anestesia, controlando as condições clinicas do paciente durante
o ato anestésico, cirúrgico e pós-cirúrgico.
- Equipe Cirúrgica: a equipe cirúrgica compõe-se de cirurgião, cirurgião assistente e
instrumentador cirúrgico, sendo que este último pode ser ou não médico.
- Equipe de Enfermagem: a equipe de enfermagem é composta de enfermeiro, técnico
e auxiliar de enfermagem.
- Atribuições do Técnico de Enfermagem: são atribuições do técnico de enfermagem.
- Auxiliar o enfermeiro sempre que necessário.

- Verificar o estado de conservação e funcionamento dos aparelhos e equipamentos,


solicitando conserto ou troca imediatos, controlar os estoques de material esterilizado
e as respectivas datas de esterilização, responsabilizar-se pala identificação e
encaminhamento das peças cirúrgicas aos laboratórios especializados, exercer as
atribuições de circulante de sala quando necessário.
- Atribuições do Auxiliar de Enfermagem: compete ao auxiliar de enfermagem
desempenhar a função de circulante de sala cirúrgica.
- Atribuições do Circulante de Sala: o circulante de sala deve está escalado
previamente pela enfermeira responsável pelo setor, preferencialmente anotado na
agenda diária do Centro Cirúrgico, para que todos tenham o conhecimento da pessoa
que será o “apoio”, a “referencia”, durante todo o ato cirúrgico.
7) Quais são as atribuições gerais do profissional de enfermagem, suas funções
gerais, e admissão do paciente, e na sala de cirurgia.
A equipe de enfermagem deverá entender os diversos aspectos ligados ao
procedimento cirúrgico, entre lês o psicológico, o fisiológico, o social, o legal e o
religioso, com a finalidade de atender ás necessidades imediatas do paciente, do
cirurgião e de seus assistentes durante o ato. O auxiliar ou técnico de enfermagem que
optar por atuar em um Centro Cirúrgico deve está preparado para assumir e
desempenhar seu papel, bem como, conhecer os efeitos das cirurgias, as necessidades
básicas dos pacientes e quais os cuidados devem ser prestados durante a cirurgia.
Lembrar também, que mesmo o profissional que não trabalhar dentro do Centro
Cirúrgico deve entender a respeito do assunto uma vez que o técnico ou auxiliar de
enfermagem desempenha um importante papel fora do Centro Cirúrgico nos
8) Relate sobre o método “cirurgia”, sobre o paciente cirúrgico, como são os
esclarecimentos da enfermagem neste procedimento.
Cirurgia é um método de tratamento de doenças, como lesão ou deformidade
externa ou interna, que requer preparo ambiente, pessoal e equipamentos
específicos para cada área do corpo, ou seja, para cada especialidade, requerendo
principalmente habilidade da equipe médica, do cirurgião, seus auxiliares e a
enfermagem. Um paciente se torna cirúrgico após avaliação pelo médico de sua
história dígnica, seus exames, seu diagnóstico inicial e suas condutas já realizadas.
Ao saber que seu caso se tornou cirúrgico, o paciente enfrenta uma série de
dúvidas sobre a cirurgia, devendo ser esclarecidas antes de ir para o Centro
Cirúrgico (C.C.).
9) Quais as funções exercidas pela enfermagem, conhecimentos sobre efeitos da
cirurgia e as necessidades básicas do paciente.
Os cuidados de enfermagem a serem planejados e realizados vão ser variáveis de
paciente para paciente, de acordo com a cirurgia proposta e realizada, bem como o
grau de dependência de cada um, visando às necessidades básicas afetadas de
cada indivíduo, como já vimos no item 2. Esses cuidados são preparados pela
enfermeira, e devem ser realizados e checados pelo auxiliar ou técnico responsável
pelo paciente. É importante lembrar que todo procedimento a ser realizado deve
ser esclarecido ao paciente, facilitando assim sua colaboração. Além dos cuidados
às necessidades afetadas, o paciente cirúrgico requer cuidados específicos de
acordo com a cirurgia que realizou. Chamamos essa assistência de enfermagem de
perioperatória, que é o conjunto de cuidados a serem prestados nas fases pré-
operatória, intra-operatória e pós-operatória. Qualquer que seja o profissional de
enfermagem, e a fase. Qualquer em que o paciente se encontra, a
responsabilidade da equipe consiste em proporcionar uma assistência de
enfermagem segura e eficiente. O preparo psicológico do paciente é de extrema
importância, pois qualquer acontecimento não esperado resultará em reação
emocional tanto para o paciente como para seus familiares, como, por exemplo, o
tempo de espera que pode haver para realização da cirurgia já com o paciente
dentro do Centro Cirúrgico, daí a necessidade de explicar tudo para o paciente
antes de sua internação, e esclarecer todas suas dúvidas quando internado, antes
da cirurgia.
10) De acordo com a classificação das cirurgias descreva as três categorias.
Cirurgia eletiva:
Tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar ocasião mais
propícia, ou seja, pode ser programado. Por exemplo: mamoplastia, gastrectomia.
- Cirurgia de urgência:
Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado dentro de 24
a 48 horas. Por exemplo: apendicectomia, brida intestinal.
- Cirurgia de emergência:
Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de uma situação
crítica. Por exemplo: Ferimento por arma de fogo em região precordial, hematoma
subdural.
As cirurgias podem ser classificadas de acordo com a finalidade do tratamento
cirúrgico:
- Cirurgia Curativa:
Tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa da doença, devolvendo a saúde ao
paciente. Para essa finalidade é necessário às vezes a retirada parcial ou total de
um órgão. Este tipo de cirurgia tem uma significação menos otimista quando se
trata de câncer, neste caso, a operação curativa é aquela que permite uma
sobrevida de alguns anos. Ex. Apendicectomia.
- Cirurgia Paliativa:
Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o mal, mas não
cura a doença. Ex. Gastrostomia.
- Cirurgia Diagnóstica:

Realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença.


Ex. laparotomia exploradora.
- Cirurgia Reparadora:
Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada por enfermidade ou
traumatismo. Ex. enxerto de pele em queimados.
- Cirurgia Reconstrutora / cosmética / plástica:
Realizada com objetivos estéticos ou reparadores, para fins de embelezamento. Ex.
Rinoplastia, mamoplastia, etc.
As cirurgias podem ainda ser classificadas quanto ao porte cirúrgico ou risco
cardiológico (pequeno, médio ou grande porte), ou seja, a probabilidade de perda
de fluidos e sangue durante sua realização.
- Grande porte: Com grande probabilidade de perda de fluido e sangue. Por
exemplo: cirurgias de emergência, vasculares arteriais.
- Médio Porte: Com média probabilidade de perda de fluido e sangue. Por
exemplo: cabeça e pescoço – ressecção de carcinoma espinocelular, ortopedia –
prótese de quadril.

- Pequeno porte:
Com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo: plástica
mamoplastia e endoscopia.
Quanto ao tempo de duração as cirurgias ainda podem ser classificadas quanto a:

- Porte I: com tempo de duração de até 2 horas. Por exemplo: rinoplastia.


- Porte II: cirurgias que duram de 2 a 4 horas. Por exemplo: colecistectomia,
gastrectomia.
- Porte III: de 4 a 6 horas de duração. Por exemplo: Craniotomia.
- Porte IV: com tempo de duração acima d 6 horas. Por exemplo: transplante de
fígado.
Quanto ao potencial de contaminação da cirurgia:
- Cirurgia limpa:
Eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não traumática.
Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de
processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias em que não ocorreram
penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Por exemplo:
mamoplastia.

- Cirurgia potencialmente contaminada:


Realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa ou em tecido de
difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com
falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta
enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo,
respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Por exemplo:
colecistectomia com colangiografia.
- Cirurgia contaminada:
Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados
por microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou impossível,
bem como todas aquelas em que tenha ocorrido falha técnica grosseira, na
ausência de supuração local; presença de inflamação aguda na incisão e
cicatrização de segunda intenção ou grande contaminação a partir do tubo
digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se inclui nesta categoria. Por
exemplo: hemicolectomia.
- Cirurgia infectada:
São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão em
presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos
estranhos e feridas de origem suja. Por exemplo: cirurgias de reto e ânus com
secreção purulenta.
Tem-se ainda a classificação de cirurgias conforma a tabela utilizada pelo sistema
de cobrança dos hospitais segundo a Associação Médica Brasileira (AMB) que
caracteriza de acordo com o procedimento anestésico. Varia do porte 0 a 8, sendo
o porte zero, um procedimento com anestesia local e por ordem crescente, cresce
a complexidade anestésica e consequentemente a cirúrgica.

BOA SORTE

Você também pode gostar