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Regulação Jurídica para

Desastres
Recuperação e compensação a desastres
• A PNPDEC abrange as ações de prevenção,
mitigação, preparação, resposta e recuperação
voltadas à proteção e defesa civil.
Período de Período de
Normalidade Anormalidade
Gestão do Risco de
Gestão de Desastres
Desastres
Prevenção Resposta
Mitigação Recuperação
Preparação
Gestão de Desastres:
compreende o planejamento, a coordenação e a
execução das ações de resposta e de recuperação.

Ações de recuperação: Medidas desenvolvidas após o


desastre para retornar à situação de normalidade,
que abrangem a reconstrução de infraestrutura
danificada ou destruída, e a reabilitação do meio
ambiente e da economia, visando o bem estar
social.”
A recuperação visa à recuperação da área afetada,
compreendendo esta a reconstrução plena dos
serviços públicos, da economia da área, do moral
social, do bem-estar da população afetada.
Esta etapa precisa ligar-se à de prevenção, ne
medida em que o modo de reconstrução procura
recuperar os ecossistemas, reduzir as
vulnerabilidades, racionalizar o uso do solo e do
espaço geográfico, realocar populações em áreas
de menor risco, modernizar as instalações e
reforçar as estruturas.
A fase da recuperação compreende a compensação
das vítimas, a reconstrução do capital construído e
o reestabelecimento dos serviços e da organização
social.
A compensação das vítimas é etapa imprescindível
da gestão dos desastres e que recebe um foco
especial do direito.
Devido a um histórico de baixa exposição a
desastres, atores privados brasileiros não
assimilaram a cultura de realização de seguro para
seus bens e estabelecimentos econômicos, o que
concentra o fardo das compensações sobre o poder
público. A ausência de seguros por empresas de
pequeno porte é também um fenômeno observado
no mundo como um todo, o que aumenta ainda
mais a vulnerabilidade a desastres.
Esta fase de compensação, geralmente toma forma
de seguro privado, assistência governamental ou
sistema de responsabilização civil via ação
jurisdicional.
Apesar de tratar-se de uma forma de atuação e de
estratégias pós desastre, esta fase apresenta função
de grande relevância no ciclo de defesa civil, ou
seja, pode mitigar as consequências negativas do
evento bem como prevenir eventos futuros.
Numa ótica temporal, esta fase detém profunda
relevância no Direito em sua capacidade de impor,
de maneira normativa, modelos de compensação às
vítimas, às propriedades e ao meio ambiente
afetados. Sob uma ótica de dimensão futura, o
direito deve exercer um papel de assegurar e
enaltecer a resiliência.
▪ Responsabilidade Civil por desastres ambientais
A responsabilidade civil é toda ação ou omissão que
gera violação de uma norma jurídica legal ou
contratual. Assim, nasce uma obrigação de reparar o
ato danoso.
A responsabilidade civil apresenta um papel sempre
relevante no estímulo a determinados
comportamentos sociais, estimulando ou inibindo
determinados padrões comportamentais.
▪ Elementos da responsabilidade civil
Art. 186.CC Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
1) Conduta humana
2) Dano
3) Nexo de causalidade
▪ Conduta positiva ou negativa
A conduta humana pode ser positiva (um fazer) e
negativa (uma omissão). Essa conduta deve ser
voluntária, o que não significa, necessariamente, a
vontade de causar prejuízo (culpa).

A voluntariedade é tão simplesmente ter consciência


da ação cometida. A voluntariedade do agente deve
existir tanto na responsabilidade subjetiva (baseada
na culpa), como na responsabilidade objetiva
(fundada na ideia de risco).
▪ Dano
O dano é requisito essencial para a existência da
responsabilidade em qualquer das espécies, seja
contratual ou extracontratual, seja subjetiva ou
objetiva. O dano é a lesão a um interesse jurídico,
patrimonial ou extrapatrimonial (direito
personalíssimo) que foi gerado pela ação ou omissão
de um indivíduo infrator.
Todo dano deve ser reparado, mesmo que não se
possa voltar ao estado em que as coisas
estavam (status quo ante), sempre será possível
fixar uma quantia pecuniária a título de
compensação.
▪ Nexo de causalidade
O nexo de causalidade, ou nexo causal, é o elo que
liga o dano à conduta do agente.
Quando tratamos de responsabilidade civil, é
essencial que o ato ilícito tenha uma relação de
causa e efeito com o prejuízo gerado pelo agente. O
nexo causal é a interligação entre a ofensa à norma
e o prejuízo sofrido.

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