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INTRODUÇÃO

A actividade bancária tem um enquadramento legal, especifico devido a sua exposição a


diferentes níveis de riscos e a natureza do produto que transacciona a moeda. A
regulamentação da actividade bancária vem para garantir a estabilidade e a solidez do sistema
financeiro, assegurando a eficiência do seu funcionamento, a segurança dos depósitos e dos
depositantes e a protecção dos consumidores de serviços financeiros.

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Com a globalização e a internacionalização das actividades das instituições bancárias e
sociedades financeiras foi aumentado cada vez o grau de exposição de risco e
consequentemente a vulnerabilidade face as crises financeiras internacionais.
A actividade bancária e as instituições financeiras são sujeitas a uma regulamentação
controlada e vigiada devido a exposição acentuada dos seus serviços ao risco.
Objectivos e âmbito da regulamentação prudencial
São diversas as normas produzidas pelo Banco Nacional de Angola para regulamentar o
exercício da actividade bancária em Angola.
Assim sendo passamos a descrever os principais objectivos da regulamentação prudencial:
 Estabilidade do sistema financeiro assegurando que as instituições de crédito
apresentam a todo tempo os seus níveis adequados de liquidez e solvabilidade;
 Protecção dos utilizadores do sistema (depositante e investidor);
 Orientação da actividade financeira para realização eficaz dos objectivos de política
económica em especial a política monetária.
Principais regras prudenciais
As principais regras prudenciais abrangem os seguintes domínios:
 Capita social;
 Fundos próprios regulamentares;
 Compatibilização dos fundos próprios com o grau de riscos dos activos;
 Constituição de provisões;
 Limites as participações financeiros;
 Controlo dos grandes accionistas;
 Limite a concentração de grandes riscos;
 Composição do património das instituições financeiras.
Capital social, fundos próprios regulamentares e critérios de autorização.
O aviso 4/07 do BNA publicado no diário da república serie 116 de 26 de Setembro de 2007
determina que as instituições financeiras bancárias autorizados a funcionar em Angola devem
ter o seu capital social integralmente em moeda nacional e manter como valor mínimo
600.000.000,00 KZ.
A absonância dos níveis mínimos e capital social e fundos próprios regulamentar, assim como
o rácio de solvabilidade regulamentar (RSR) é condição indispensável pra o funcionamento
das instituições financeiras autorizadas pelo BNA.

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O rácio de solvabilidade regulamentar corresponde a relação entre os fundos próprios
regulamentares (FPR) e o valor do património expostos aos riscos inerentes as operações
realizadas pelas instituições financeiras.
Compatibilização dos fundos próprios
Os fundos próprios devem ser compatibilizados com o grau de risco dos activos.
Constituição de provisões
A constituição de provisões resulta de um princípio da contabilidade geralmente aceite, o da
prudência que estabelece que as contas devem integrar um grau de precaução por estimativas
realizadas em condições de incerteza, não permitido contudo a criação de reservas ocultas ou
provisões excessivas, ou ainda a quantificação inadequada de activos e proveitos ou de
passivos e custos.
A constituição de provisões destina-se a fazer face as perdas inesperadas ou a cobertura de
riscos potenciais mas contudo elas devem estar dimensionadas aos valores em riscos.
O aviso 09/07 do BNA publicado no diário da república primeiro nº 116 de 26 de Setembro
de 2007 classifica os eréditos concedidos e as garantias prestada em ordem crescente de risco,
bem como o percentual das provisões a constituir mensalmente para fazer as perdas de crédito
bem como de garantias, não podendo entretanto ser inferior ao produto decorrente da
aplicação dos percentuais estabelecidos pelo valor contabilístico de cada crédito.

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CONCLUSÃO
Com o desenvolvimento das actividades das instituições bancárias e sociedades financeiras foi
aumentando cada vez o grau de exposição de risco, e a regulamentação prudencial vem para
garantir a estabilidade e a solidez do sistema financeiro, assegurando a eficiência do seu
funcionamento, a segurança dos depósitos e dos depositantes e a protecção dos consumidores
de serviços financeiros.

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BIBLIOGRAFIA

https://www.ucm.minfin.gov.ao › minfin951543

https://www.bfa.ao › media › lei-nº-12_2015-d...

http://www.ucm.minfin.gov.ao › minfin032522

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