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Nacionalismo, por definição vernacular, é uma ideologia que prescreve a necessária

coincidência entre as unidades políticas e as unidades nacionais, ou seja, que cada Nação deve
ter o seu próprio Estado. É importante politicamente e no nível acadêmico por possuir um
caráter interdisciplinar e se relaciona com a democracia, justiça e populismo. Tem um aspecto
polissêmico e age sobre o princípio da soberania popular, o qual designa o povo a uma nação
específica e autodeterminação. O nacionalismo, esteve presente no mundo moderno e
hodiernamente, com o ideal de Estados Nacionais que realiza a ideologia nacionalista de uma
nação una e autônoma, sublinha que a nação é a base natural e ideal para a organização
política, que ela deve se governar de maneira livre de interferências externas
(autodeterminação), e que ela configura a única fonte legítima de poder político (soberania
popular) em questão política. Dessa forma, o preconceito de considerar a sua nação melhor do
que as demais tem sua origem na ideia de que as divindades teriam escolhido um povo, uma
certa nação, como eleita, isto é, a nação como um conjunto de indivíduos que adoravam uma
certa divindade, sendo um povo especificamente eleito caracterizando a soberania.

O Estado Nacional e nacionalismos são fenômenos radicalmente atuais com ligação


modernista e histórica, e sua existência depende das estruturas sociais e econômicas. Nesta
vertente, as comunidades nacionais são construções sociais, chamadas também de
comunidades imaginadas que imbuir de sentido a ação coletiva de sociedades que romperam
com ordens sociais tradicionais. Assim, o nacionalismo ocupa a ideologia da organização social,
política e econômica com a função essencial de homogeneizar expectativas culturais e papéis
sociais, viabilizando o funcionamento de uma economia complexa e de larga escala,
solidificando noções de lealdade e dever que fundamentam a existência e a manutenção de
Forças Armadas permanentes e profissionais; Ele é uma ideologia moldada e controlada por
elites em um exercício permanente de construção nacional, considerado uma construção
cultural que molda a forma como as pessoas se veem em relação à sua nação e como se
relacionam com outras nações, está fundamentada na noção de pertencimento a uma nação e
pode desempenhar a criação de símbolos.

Dessa maneira, o nacionalismo geralmente está enraizado profundamente na sociedade, ele


se manifesta como uma ideologia que promove a lealdade, a identidade e o orgulho em
relação a uma nação específica, por conseguinte este fato se traduz em diversos campos e
pode ocasionar adversidade, como conflitos e desunião entre Estados e povos, o principal a se
destacar se desenvolveu na Alemanha com base na superioridade de uma suposta raça ariana,
germânica e pura que viria a redundar na tomada do Estado pelo Partido Nacional Socialista,
com terríveis consequências para o mundo e, em especial, para aqueles que considerava como
integrantes das raças inferiores, em especial os judeus, vítimas de uma política de eliminação
física, o Holocausto; Já nacionalismo nos países desenvolvidos, em especial nas Grandes
Potências, e sua pretensão de superioridade nacional redundou facilmente em políticas
expansionistas e agressivas, tanto no continente europeu como também na formação dos
impérios coloniais, com a noção explícita de inferioridade dos povos e das culturas locais e até,
eventualmente, a idéia de que seriam seres humanos distintos e inferiores. De forma análoga,
os usos políticos do nacionalismo são variados que buscam legitimar o governo e utilizam o
nacionalismo para consolidar o poder interno, unindo a população sob uma bandeira comum
ao promover a identidade nacional e o orgulho patriótico, os líderes podem fortalecer sua
posição política, em vista disso é uma ideologia que privilegia a intervenção estatal na
economia e que se opõe à globalização pois buscam a autonomia política e independência.

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