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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA AMAZÔNIA

NACIONALISMO E FASCISMO

ELISABETE ALVES FREIRE DA PAZ

NATASHA PEREIRA SOUSA

Professora: Cláudia Silvestre

BOA VISTA

2022
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo analisar os temas nacionalismo e fascismo,


para melhor compreendermos sua evolução no Brasil e no lugar de origem aonde algumas
dessas formas de governo foram implementadas e passaram por várias transformações,
necessitamos entender do que se trata o Nacionalismo, que tem como primeiro conceito
tratar a ideia sobre Nação, este encontra- se ligado a uma ideologia política ou corrente de
pensamento que junta e estimula a valorização e características que estão firmadas e
atribuídas a uma Nação. Procurou-se estabelecer o Nacionalismo no período à luz de teorias
já existentes.

Ao decorrer deste, vamos mecionar sua aceitaçao e a fusao do fascismo que antes
foi imposto de forma excessiva e visto de forma centralizada sem questionamentos
quaisquer que fossem feitos para contornar a situaçao de posiçao autoritária. Para origem do
fascismo no Brasil iniciou-se com o nacionalismo que foi executado de modo exacerbado,
na qual gerou um tipo de fascismo nos anos de 1930 com o início do governo provisório até
1945, ano de sua renúncia. As rupturas na sociedade existentes são de aspectos ilustres para
o desenvolvimento da sociedade atual, visto que para título de lembrança no regime de
governo fascista a sociedade não tem vez de expor suas opinioes e seus questionamentos
em desfavor ao governo que se estabelece desta forma, sendo comparada se assim fizer com
um rival e inimigo do governo atuante.

Centralizamos alguns pontos primordias para elucidação, contextualizaçao de forma


explicita do assunto que será abordado logo a seguir. Vamos entrar em um bom senso e
entender seus pontos negativos e positivos para o bem comum da sociedade e o ponto de
vista de olhar dentro da ciência politíca.
1.CONCEITO E CONTEXTO HISTÓRICO DO NACIONALISMO

Começaremos falando do surgimento e da ideia nacionalista como ideologia no século


XVIII, após a revolução Francesa, quando as monarquias absolutistas ainda tinham influência.
Portanto, logo após a conquista da grande parte da Europa iniciada por Napoleão Bonaparte,
sentiu-se a necessidade de fortalecer e criar características afins de que fossem próprias e
inigualáveis de cada País, como método de apropriação e de identificar um invasor no meio
da Nação. Foi considerado um movimento nacional por se direcionar contra as instituições
estrangeiras. Havendo na época resistência entre uma boa parte da população. Nele, tratamos
a ideia sobre Nação, ligando-o a uma ideologia política ou corrente de pensamento que junta e
estimula a valorização e características que estão firmadas e atribuídas a uma Nação. Uma das
maneiras que o Nacionalismo expressa é por meio do patriotismo através exibição dos
símbolos Nacionais, como a bandeira, o hino Nacional, a língua, a cultura entre outras coisas
afins que possa destacar o indivíduo e reconhecê-lo em seus status nacionalistas.

O nacionalismo e a ideia de nação que nele se funda, e por ele se orienta, não são
fenômenos puramente objetivos, que se processem a despeito da consciência dos
protagonistas e dependam, apenas, do curso objetivo da história. (JAGUARIBE
2013, p. 20)

Esse movimento ideológico tende a promover os interesses de uma nação particular,


ou seja, tem em visão esquematizada a noção e o objetivo de ganhar e manter o poder de uma
Nação. Levando em consideração a questão de que cada País deve se organizar e governar a si
próprio, sem interferências externas.

1.1 NACIONALISMO

Uma das características implantadas ao Nacionalismo era o de se tornar superior em


relação à Nação pertencente. Um dos exemplos em questão é a cultura de um País, com sua
identificação nacional única de cultura, também na etnia, religião, política, tradições e
crenças, gerando um sentido antagonista, ou seja, fortes oposições de ideias, sistemas, grupos
sociais, rivalidade e incompatibilidade. Ocasionando uma difusão, multiplicação e gerando
amplitude de diversos tipos de nacionalismo.

O autor Hobsbawm utiliza como hipótese inicial a nação como um corpo de indivíduos,
“suficientemente grande”, que se consideram membros desta nação (HOBSBAWM, 1990:17).
Ao apresentar o seu conceito de nacionalismo, define-o como um princípio que concebe a
unidade política e nacional como sendo congruentes (HOBSBAWM, 1990:18), desse modo, o
nacionalismo seria o reconhecimento de um dever político para com uma nação (está já
existente ou não) a qual o indivíduo enxerga-se como participante.

Além das condições históricas, a nação é determinada por condições sociais. Não
arbitrariamente, mas em virtude de determinadas transformações econômico-sociais
e para atender e salvaguardar interesses decorrentes dessas transformações é que se
constituem em nações comunidades que anteriormente se achavam organizadas em
forma diversa. E como as coletividades que se integram em nação, qualquer que
fosse a sua forma prévia de organização, viviam em determinado território, as
condições geográficas intervêm como terceiro fator objetivo condicionante da
formação das nacionalidades. Ter-se-á ocasião, mais adiante, de examinar as causas
que conduzem à formação de nações. (JAGUARIBE, 2013, P. 26)

A partir do início de concentração nacionalista as ideias que antes já foram implementadas e


advindas da França constrói-se as ideias Iluministas que passaram a ser analisadas pelas
forças políticas.

2. FASCISMO

O fascismo foi um movimento de regime totalitário que iniciou na Itália na década de


1910 e alcançou o poder desse país na década de 1920, amplamente no ano de 1922 até o ano
de 1943.

Outro fator relevante é que costumeiramente o regime fascista é apontado como o responsável
pela utilização das expressões “totalitário” e “totalitarismo”. (GAMBA, 2022, p. 206)

A crescente expansão do fascismo na Itália está diretamente relacionada com a crise


econômica que o país viveu. Além disso, tem relação com a frustração italiana com a Primeira
Guerra Mundial e como os cidadãos estavam temerosos e enfraquecidos da expansão do
socialismo no país. Com a deficiência econômica na qual a Itália se encontrava com a guerra,
o País acabou sofrendo com queda na produção industrial e queda na produção agrícola. Tudo
isso acabou gerando uma inflação. O fascismo foi liderado pelo italiano Benito Mussolini,
que vendo a situação frágil que a sociedade Europeia se encontrava, atribuída à forte crise
econômica. Foi neste momento histórico, que ele veio com discurso inflamado na frase.
Levante-se, orgulhe-se! ”A nação precisa de você, nós somos superiores”.

O Estado é criador exclusivo do direito e da moral; os homens não têm mais do que
o direito que o Estado lhes concede; o Estado é personificado no partido fascista, e
este não encontra limites morais ou materiais à sua autoridade; todos os cidadãos e
seus bens lhe pertencem; os opositores são considerados como traidores e sujeitos à
justiça que é controlada pelo órgão executivo. (NETO e MALUF, 2019, p. 173)
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO

A origem do Fascismo teve inicio no século XX sendo este um regime político


totalitário, sua ideologia é notada de forma, racial e nacionalista. É compreendido por
cientistas políticos e historiadores como a forma brusca e radical da visão direita
conservadora. Vale salientar que nem todo sistema político adotado pela direita conservadora
é extremista como o fascismo, e esse principio também vale para o para o sistema de
esquerda. O fascismo é um regime radical e nacionalista que se origina na Itália sob o
comando de Benito Mussolini.

O fascismo é um regime radical e nacionalista que se origina na Itália sob o


comando de Benito Mussolini. Ele se define tanto pelo que nega, como pelo que
apoia: é antimoderno, antirracional, antidemocrático e veementemente
anticomunista. É também antiliberal, já que nega a significação dos direitos
individuais, esperando que os cidadãos funcionem em uníssono, de maneira
corporativa, para a glória do Estado. (BONAVIDES, 2002, p.153)

Para Bonavides o Fascismo concentrava o poder em um único líder, e atuava de forma


violenta com quem fosse contra as suas ideias e imposições, já que alimentava a ideia de que
tudo era conforme o Estado ditava, não havendo opiniões ou questionamentos individuais.

Ele se define tanto pelo que nega, como pelo que apoia: é antimoderno,
antirracional, antidemocrático e veementemente anticomunista. É também
antiliberal, já que nega a significação dos direitos individuais, esperando que os
cidadãos funcionem em uníssono, de maneira corporativa, para a glória do Estado.
(BONAVIDES, 2002, p.153)

Para Gamba a compreensão a época para os Italianos a expressão tinha visão e sentido
positivo de total dedicação ao Fascismo e com a perspectiva de que seus programas
envolvidos nesse novo regime iriam produzir uma nova Itália, também uma nova civilização e
um novo tipo de humanidade.

Uma comunidade nacional organicamente unificada, expressa na crença da “força


por meio da união”. Segundo esta ideologia, o indivíduo, em sentido liberal, não é
nada: a identidade individual deve ser totalmente absorvida pela comunidade ou
pelo grupo social. O ideal fascista é o do “novo homem”, um herói motivado pelo
dever, pela honra e pela abnegação, pronto para dedicar a sua vida à glória de sua
nação ou da raça a que pertence e para obedecer de modo incondicional a um líder
supremo. (GAMBA, 2022, p. 206)

Para Benito Mussolini a ideia de organização era primordial e fundamental, a ponto de


anular qualquer individualidade. Há uma frase que atribui-se a ele: “Tudo dentro do Estado,
nada fora do Estado, nada contra o Estado”. Essa frase contém a expressão que tudo gira em
torno do Estado, para o Estado e pelo Estado. Havendo na pratica o exercício do poder, culto
ao líder, a existência de partido único, endeusamento do Estado e o abuso de métodos
repressivos pelo Estado, essas características são fundamentalistas do fascismo italiano
assumido a época.

2.3 CARACTERÍSTICAS DO FASCISMO

Não distante essa diversidade resultou da adaptação sistemática ao meio nacional,


apresentam tais Estados certas características invariáveis e comuns, quais sejam: O fascismo
clássico, forma como o fascismo italiano é conhecido entre os historiadores, possuía algumas
características: a) concentração de toda a autoridade nas mãos de um chefe supremo; b)
restrições às liberdades públicas e regime de censura, desprezo pelos valores liberais, nos
quais estão inclusas as liberdades individuais e a democracia representativa; c)
prevalecimento do interesse coletivo sobre o individual; d) partido único ou monopartidário,
no qual apenas o próprio partido fascista tinha direito à atuação no sistema político nacional;
e) dirigismo econômico; f) estatismo, nacionalismo ou racismo, como objetivo moral do
Estado; g) Mobilização das massas; h) Controle total do Estado fascista sobre assuntos
relacionados à economia, política e cultura; i) Desejo de expansão imperialista baseada na
ideia de domínio de povos mais fracos; j) Exaltação dos “valores tradicionais” em detrimento
de valores considerados “modernos”.

2.4 O ESTADO NOVO BRASILEIRO — GETULISMO

Há historiadores e analistas políticos que veem em et lio argas um aliado dos


regimes fascistas europeus, por sua aproximação das massas em meio crise
econômica global dos anos 1930 e suas políticas de controle social recorrendo
violência, além da aproximação inicial (e até colaborativa) que Vargas teve com o
nazismo – que a influência norte-americana pela entrada do Brasil na Segunda
Guerra Mundial tratou de afastar. (STEPHEN e JACKSON, 2016, p. 85)

O Brasil teve também o seu Estado Novo, imposto por um golpe de Estado do então
Presidente da República, Getúlio Vargas, com o apoio das forças armadas, fazia contribuição
ao Partido Integralista, que pregava uma doutrina totalitária e nacionalista e pugnava pelo
Estado forte, Getúlio Vargas elaborou e acordou ao País a Constituição de 10 de novembro de
1937, que fundamentava nos princípios básicos: fortalecimento do Executivo; competência
para expedir Decretos-leis; eliminação das lutas internas e dos dissídios partidários;
orientação e coordenação da economia nacional pelo Estado; limitação dos direitos
individuais pelo bem público; proteção efetiva ao trabalho; nacionalização de certas
atividades e fontes de riqueza etc.

Não havia partidos políticos. A função legislativa foi exercida exclusivamente pelo
Chefe do Governo. Os Estados componentes da federação perderam a sua
autonomia, sendo governados por interventores federais nomeados pelo ditador. Os
municípios foram administrados por prefeitos nomeados pelo interventor, sob a
supervisão de um departamento estadual. A imprensa escrita e falada foi submetida
a rigorosa censura. A ordem econômica foi controlada e policiada por agentes civis e
militares. (NETO e MALUF, 2019, p.186).

A situação que ocasionou repulsa foi a criação de instituição de uma justiça de


exceção, que estava encarregado da aplicação das leis de emergência, que definiam os
chamados crimes políticos, assim considerados os de abuso da liberdade de manifestação do
pensamento e os atos que atentavam contra a ordem política e econômica.

Foi uma organização estatal necessariamente forte para enfrentar a turbulência que a
crise internacional provocou e, ao mesmo tempo, para resolver os gravíssimos
problemas que vieram à tona e que ameaçavam subverter a paz e a segurança da
nação brasileira.
Em verdade, foi uma ditadura absorvente, usurpadora das tradições liberais do povo
brasileiro, mas teria sido um mal necessário. (NETO E MALUF, 2019, p. 187)

Embora enquadrado no modelo fascista pelo fato de serem fortes e autoritários,


idealizados para disciplinar o povo, compor os interesses, assegurar a unidade nacional,
repelir a ameaça comunista e firmar a paz interna manteve-se o Estado Novo brasileiro fiel ao
sentido humano da tradição nacional e aos princípios orientadores da nossa civilização cristã.

2.5. FASCISMO CONTEMPORANEO (OU NEOFASCISMO)

Atualmente, alguns grupos (geralmente ligados a movimentos nacionalistas, anti-


imigração ou ao populismo de extrema-direita). De fato, seria muito difícil que os regimes
totalitários que dominaram a Europa antes da Segunda Guerra Mundial retornassem sob a
mesma forma em condições históricas tão diversas. Assim, é impensável no contexto político
atual uma volta do fascismo exatamente como era na primeira metade do séc. XX. Entretanto,
consideramos mais adequado falarmos em neofascismo para nos referirmos e compararmos
grupos e políticos que hoje defendam ou realizem práticas similares aos dos regimes fascistas
do início do século XX.

Vale destacar, que os regimes autocráticos contemporâneos buscam apresentarem-se


como democráticos, notadamente revestindo suas práticas com o manto da legalidade. O
mesmo ocorre com líderes neofascistas, os quais buscam a todo o momento descredibilizar
instituições políticas e sociais que podem limitar seu discurso e poder, precisamente para que
eventual ilegalidade atribuída a seus atos seja confrontada com a falta de legitimidade da
instituição de controle.
RESUMO

NACIONALISMO

Entendemos por base no Nacionalismo que se remete e verificam na forma de enaltecer a


Nação e seus meios culturais, sociais, padrões abordados e correlacionados a estrutura
humana de pertencer aquele lugar, definindo então, como de grande importância na tomada de
consciência pela nação de sua existência, de sua personalidade e dos interesses de seus filhos.
É indiretamente um movimento de defesa do país contra inimigos externos. Através dele, os
cidadãos de uma nação se fazem verdadeiramente irmãos e tudo que vier atingir cada um,
passa a atingir a todos. Antes de tudo, ele torna mais perceptível, o sentimento de justiça para
com os demais habitantes do país, impondo a participação de todos na vida nacional e fazendo
crescer a consciência de igualdade entre eles. Consequentemente, todos passam a se sentirem
indivíduos da mesma pátria, com direito à mútua solidariedade e a certa igualdade
fundamental.

Salientamos que são absorvidos os pensamentos de que o excesso de Nacionalismo se acende


a fatos exagerados de ações, acarretando em meios coercitivos, isso não é um ideal que
buscamos no ponto de vista aqui citado.

Concluímos também que o nacionalismo teve suas concepções ligadas à identidade nacional,
definindo assim os laços culturais, a língua e a cultura considerando a formação de uma nação
como um estado independente; no entanto, impôs um sentimento de superioridade da própria
cultura e do próprio país em face de outros. Isso gerando grandes problemas de embates
interiores ao país, como racismo, xenofobia e discriminação com imigrantes, por exemplo.

FASCISMO

Abordamos o entendimento que mesmo levando-se em consideração esses aspectos percebe-


se que o Brasil foi marcado pelo autoritarismo, pela supressão das liberdades individuais e
pela forte intervenção estatal. Em síntese, o fascismo, foi um movimento ou regime que
tentou excluir a manifestação das ideias do povo, usando mecanismos de destituição
democrática e tendo como principal objetivo a eliminação do processo político.

Portanto, podendo ver a importância de uma figura centralizadora como Getúlio no


nacionalismo brasileiro assim como a simbologia do líder autoritário, no Brasil do período,
sem entrar no mérito de suas ações, ao apresentar-se como figura central, de fato, conseguiu
oferecer nova maneira de se criar o vínculo Estado e nação no Brasil. Dessa forma os
governos fascistas encorajaram a busca do lucro privado e ofereceram muitos benefícios para
as grandes empresas, mas exigiram em troca que toda atividade econômica servisse ao
interesse nacional. Usando-se como uma moeda de troca em beneficio de tudo para o
governo, privatizando as concentrações de ideias em uma sociedade aonde o fascismo
imperava e a democracia não tinha sequer vez de se expor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 ONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10. ed. São Paulo: Malheiros, 2002.

2 Gamba, João. Teoria Geral do Estado e Ciência Política 2. ed. – Barueri [SP]: Atlas,
2022.

3 HOBSBAWM, Eric J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade.


Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

4 Jaguaribe, Hélio. O Nacionalismo na Atualidade Brasileira Brasília: FUNAG, 2013.

5 Maluf, Sahid. Teoria geral do Estado / atualizador Miguel Alfredo Malufe Neto – 35. ed.
São Paulo: Saraiva Educação, 2019.

6 Tansey, Stephen, D. e Nigel Jackson. Política Coleção Homem, Cultura e Sociedade. 1.


Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2016.

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