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CONTROLE DE
CIRCUITOS
Prof. Roberto José da Silva
Roberto.silva@unialfa.com.br
Ementa:
Introdução a Instrumentação Industrial
Sensores e atuadores
Controladores de processos
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Sistema de instrumentação: Pressão
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Sistema de instrumentação: Pressão
A utilização de modelos de sistemas físicos é de grande
importância, pois permite que o projetista realize testes,
rápidos ou demorados, sem necessidade de ter a planta real à
sua disposição.
Com isso, podemos dizer que os testes realizados por meio de
simulação dos modelos físicos causam um impacto financeiro
muito pequeno se comparados aos gastos envolvidos nos
testes com os sistemas reais, ou mesmo com protótipos, além
de evitar a realização de testes experimentais com processos
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objetivo controlar.
Sistema de instrumentação: Pressão
Antesde iniciarmos o processo de modelagem, devemos estabelecer
algumas hipóteses a serem utilizadas, geralmente denominadas
hipóteses simplificadoras.
Elas têm o papel de tornar o equacionamento mais simples e de limitar a
utilização do modelo obtido, pois, caso queira-se calcular a saída do
modelo sob alguma condição que foge bastante ao escopo utilizado no
processo de seu equacionamento, é esperado que o resultado seja muito
divergente do real, ou seja, será um o modelo obtido não é aplicável em
tal circunstância e pode ser necessário realizar novamente o processo de
modelagem com o objetivo de abrangê-la. 14
Sistema de instrumentação: Pressão
A seguir, listamos algumas hipóteses simplificadoras para o
sistema em questão:
Fluido incompressível com massa específica constante.
Temperatura uniforme e constante.
Resistências fluídicas são constantes e lineares.
O tanque tem seção uniforme de área constante.
Pressão atmosférica é constante.
Resistências fluídicas localizadas e não há atrito em qualquer
outro local do sistema entre o fluido e as paredes.
Os efeitos de inércia do fluido são desprezíveis (inertância »
zero).
Variações das grandezas do sistema são relativamente
pequenas a fim de manter o comportamento do sistema
praticamente linear.
A vazão de entrada qin é sempre positiva (vai da torneira para
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o tanque) e ela tem valores que garantem que h seja sempre
positivo ( h > 0 ).
Sistema de instrumentação: Pressão
Para este modelo, podemos utilizar as
seguintes variáveis como variáveis de estado
do sistema:
altura
h , pressão P do fundo do tanque e
vazão volumétrica qout de saída.
Como supomos que a temperatura é constante
e uniforme, podemos aplicar apenas a Lei de
Conservação da Massa, como mostra a
Equação
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Sistema de instrumentação: Pressão
Onde:
ρ é a massa específica do fluido.
g é a aceleração da gravidade.
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Sistema de instrumentação: Pressão
Na prática, ao trabalharmos com processos mais complexos, como no caso
dos modelos físico-químicos de colunas de destilação e reatores, em que o
modelo do sistema pode ser tão complexo que obtê-lo talvez seja uma
tarefa impraticável.
Então,
para podermos lidar com tais processos, aplica-se a técnica
matemática de linearização que permite obter um modelo simplificado.
Com essa técnica, obtém-se um modelo simplificado, que é uma boa
aproximação para o sistema real em torno de um certo ponto de operação.
Ao realizar essa linearização em torno de vários pontos de operação,
podemos utilizar de interpolação para ter uma boa aproximação do
sistema real para uma amplitude maior de estados do sistema em 20
questão.
Sistema de instrumentação: Pressão
Outra forma de se obter um modelo do sistema real é por meio da identificação do
processo.
Nesta forma, o modelo é encarado como uma “caixa preta” não há a preocupação em se
equacionar assim como os fenômenos físico-químicos em questão.
Nos processos de identificação por “caixa preta”, utilizamos os dados de saída e
entrada do sistema dinâmico e, por meio de técnicas matemáticas, como modelos
regressivos, aproximamos a dinâmica do sistema às equações que os descrevam sem
envolver equacionamentos físico-químicos pertinentes ao sistema.
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Sistema de instrumentação: Pressão
Para se aplicar esse tipo de modelagem, realiza-se a
iteração dos seguintes passos:
planejamento e execução experimental.
seleção da estrutura do modelo (linear ou não linear, mas, no
nosso escopo, trabalharemos apenas com modelos lineares).
estimação dos parâmetros e validação do modelo.
Então,obtém-se um modelo local, ou seja, numericamente
útil em torno do ponto de operação previsto no
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planejamento da execução experimental.
Sistema de instrumentação: Pressão
Perceba que no processo de linearização, o modelo obtido
também é útil apenas em torno do ponto de operação
utilizado, porém, podemos ter um novo modelo em torno
de um novo ponto de operação aplicando as ferramentas
matemáticas de linearização.
Nocaso da “caixa preta”, para utilizarmos um novo
ponto de operação, é necessário que sejam realizadas
novamente iterações dos passos acima descritos. 23
Sistema de instrumentação: Pressão
Para uma planta industrial, geralmente
utiliza-se um modelo linear de primeira
ordem com tempo morto por apresentar
resultados satisfatórios, sendo de
grande auxílio para projetar
controladores na prática.
Sistemas lineares de primeira ordem
têm resposta muito específica e bem
conhecida.
A sua resposta padrão a uma entrada
degrau (do inglês, step) é mostrada na
Figura.
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Sistema de instrumentação: Pressão
Uma entrada degrau é aquela que se
inicia subitamente e avança muito
rapidamente de um valor a outro.
Sua variação de zero a um, quando
comparada à variação da resposta do
sistema, é tão rápida que, na escala
temporal mostrada, seu valor aparenta
variar instantaneamente.
Na prática, no caso do tanque, uma
abertura repentina da válvula de
entrada de fluido pode ser encarada
como uma entrada degrau, por exemplo.
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Sistema de instrumentação: Pressão
Adinâmica da resposta deste
sistema de primeira ordem a
esse tipo de entrada tem as
seguintes características:
No instante de início do degrau
de entrada, a resposta do sistema
já se inicia com uma derivada
maior que zero.
Após um certo tempo, o sistema
atinge um estado chamado de
regime permanente. 26
Sistema de instrumentação: Pressão
Juntamente com os sistemas de primeira ordem,
utiliza-se um fator de tempo morto, que é o atraso
na resposta do sistema à uma entrada aplicada ao
processo.
O tempo morto é um atraso que o sistema tem ao
responder ao sinal de entrada aplicado.
Suponhamos que um outro sistema tenha seu
modelo e, consequentemente, sua dinâmica, muito
próximos do sistema real, mas, após ser excitado
por alguma entrada, sua saída demore para
começar a variar ao invés de responder
imediatamente.
Por exemplo, o sensor de nível do tanque pode
estar um pouco acima de seu fundo, então o sensor
demora um tempo para perceber a variação do 27
nível de fluido no interior do tanque
Sistema de instrumentação: Pressão
Veja que a entrada degrau iniciou
em t0 = 0 , mas o sistema só
começou a responder em t1 =1.
Além disso, sua resposta chegou
bem próximo ao valor de regime
permanente aos 6 segundos,
enquanto a resposta do sistema sem
o tempo morto alcançou o mesmo
valor aos 5 segundos.
Neste caso, o tempo morto do
sistema equivale a 1 segundo. 28
Sistema de instrumentação: Pressão
Para controlarmos os sistemas, plantas e processos, existem vários
tipos de sistemas utilizados, muitas vezes em conjunto:
CLP: Controlador Lógico Programável (do inglês PLC - Programmable
Logic Controller).
SDCD: Sistema Digital de Controle Distribuído (do inglês DCS –
Distributed Control System).
SCADA: Controle Supervisório e Aquisição de Dados (do inglês
Supervisory control and data acquisition).
OsCLPs são sistemas utilizados para controlar e monitorar
atuadores ou plantas por meio de sinais analógicos ou digitais de
entrada e saída, a depender do fabricante do CLP. 29
Sistema de instrumentação: Pressão
Essessistemas são vastamente utilizados na indústria
por causa de sua alta confiabilidade e funcionamento de
modo dedicado.
Atualmente, existem CLP’s com IHM (interface homem-
máquina) e sua quantidade e entradas e saídas, embora
sejam fixas, podem ser expandidas via inserção de
cartuchos de expansão ou via uso de protocolos de
comunicação industriais, como é o caso do protocolo CAN
(Controller Area Network) 30
Sistema de instrumentação: Pressão
OsSDCDs são sistemas de controle distribuído que
podem, inclusive, englobar CLP’s. Esses sistemas são
dotados de vários sensores, atuadores, e possuem IHM
para que possam ser configurados e monitorados.
Elessão utilizados para controlar todo o processo de
indústrias farmacêuticas, petroquímicas, sistemas de
controle de meio ambiente, entre outros, assim como
outros CLPs. 31
Sistema de instrumentação: Pressão
Os SCADAs, assim como o SDCD, são sistemas de controle
supervisório e de aquisição de dados.
O que os diferencia é que o SCADA é uma tecnologia,
diferentemente do SDCD que está disponível (ou implementado)
apenas localmente, ou seja, no local da empresa ou indústria.
O SCADA permite que o monitoramento ou processamento de
dados sejam feitos a distância, possibilitando, por exemplo, a
integração de processos internacionalmente distribuídos.
Embora o SCADA abra um horizonte de possibilidades de
monitoramento, atuação e controle, se implementado com descuido,
pode trazer vulnerabilidades a ataques via internet, por exemplo.32
Sistema de instrumentação: Pressão
Tanto o SDCD quanto o SCADA facilitam a criação
de processos de intertravamento (travamento dos
sistemas interligados) dos atuadores dos sistemas
controlados a fim de garantir a segurança dos
trabalhadores no caso de ocorrência de algum
problema no processo produtivo
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Sistema de instrumentação: Pressão
Tanto o SDCD quanto o SCADA facilitam a criação
de processos de intertravamento (travamento dos
sistemas interligados) dos atuadores dos sistemas
controlados a fim de garantir a segurança dos
trabalhadores no caso de ocorrência de algum
problema no processo produtivo
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