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IEC - Instituto de Educação Continuada da PUC Minas

Engenharia de Refratários e Soluções

Módulo II - Engenharia de Processos e Solução de Problemas

Prof.: Evander Caires Damasceno , MSc.


E-MAIL: evanderc@uol.com.br

11 de Novembro de 2023
1
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

SUMÁRIO

• Relembrando alguns conceitos básicos no processo de solução de problemas


• Mapa de Raciocínio
• Mapa de Processo
• DOE (2k Completo e Fracionado) – Aspectos Práticos
• DOE no Minitab 18 – Versão em Português

2
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Conceitos básicos no processo de solução de problemas

Origem do Resultado
problema indesejado

CAUSAS PROBLEMA

MEIOS FINS SOCIEDADE

PRODUTOS PESSOAS
(MERCADOS)
PROCESSO SATISFAÇÃO E
SEGURANÇA DAS
PESSOAS DA SUA
EQUIPE

MEDIDAS META

Meios para Objetivo+


se alcançar Valor+
a meta Prazo
3
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Método de planejamento

3. ANÁLISE DO 2. ANÁLISE DO
CAUSAS
PROCESSO PROBLEMA
FENÔMENO

MEIOS FINS SOCIEDADE


1
2
3 PRODUTOS PESSOAS
(MERCADOS)
PLAN 4 PROCESSO SATISFAÇÃO E
SEGURANÇA DAS
PESSOAS DA SUA INÍCIO
EQUIPE

4. PLANOS DE
MEDIDAS
AÇÃO
META
1. META

4
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos no Desenvolvimento do Projeto
Mapa de Raciocínio
• Principais Objetivos
• Documentar toda a sequência de ideias até chegar à solução do problema;
• Mostrar o caminho percorrido desde a definição do problema ou meta até a padronização das
ações efetivas.

• Principais Características
• Sempre se inicia com a definição do problema ou meta do projeto;
• A sequência de ideias é colocada no formato de um fluxograma por meio de perguntas e respostas.
Os fatos e dados que justificam a resposta ficam em anexo.

• Principais Benefícios
• É uma ferramenta que auxilia o desenvolvimento do raciocínio na condução do projeto;
• Deixa registrado e disponibilizado para a empresa o conhecimento gerado para solução do
problema.

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Modelo de Mapa de Raciocínio


Identificação do Problema
Qual é o problema?

Descrever de forma clara e objetiva o problema


que será tratado. Utilizar palavras chaves como:
elevado, baixo, pequeno, aumento, redução etc.

Quais são as conseqüências deste


problema?

Listar principais conseqüências. Se julgar


conveniente criar um anexo com maiores
detalhes. Listar conseqüências mensuráveis e
não mensuráveis.

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Identificação do Problema
1

Qual o item de controle será utilizado para


mensurar o problema?

Definir o indicador a partir do qual o problema


será mensurado.

Existem dados históricos referentes a este


item de controle?

Identificar fontes de dados do item de controle e


período a ser considerado para a análise.

2 7
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Identificação do Problema
2

Os dados são confiáveis?

Apresentar argumentos convincentes sobre a


confiabilidade dos dados históricos do item de
controle.

Qual é o comportamento histórico do item


de controle?

Apresentar um gráfico e/ou texto que mostre de


forma clara como tem se apresentado o
problema.

3 8
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Identificação do Problema
3

Existe algum benchmark comparável?

Se houver um benchmark citar a(s) empresa(s)


e seus resultados.

Qual será a meta geral definida para o


projeto?

Objetivo + valor + prazo

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Identificação do Problema
4

Esta meta está ligada a alguma


diretriz/política da empresa?

Descrever qual diretriz/política está relacionada


ao trabalho

Quais são os ganhos esperados com o


alcance desta meta?

Listar os ganhos financeiros e não financeiros


estimados.

5 10
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Identificação do Problema
5

O problema está focado?

A resposta será sim se o problema já estiver


devidamente localizado e sabe-se como ocorre
o mesmo. Neste caso passaremos para a fase
ANÁLISE DO PROCESSO. Se houver dúvidas
quanto à possibilidade de haver fatores que
estejam contribuindo de forma diferenciada para
o problema e não foi feita uma análise de
variações de como ele tem ocorrido, então o
problema não será considerado focado e
passaremos para a fase ANÁLISE DO
FENÔMENO.

6 11
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Análise do Fenômeno
6

Quais fatores de estratificação devem ser


considerados?

Listar os possíveis fatores de estratificação. Se


possível, construir uma árvore de modo que
sejam listados os pontos onde ocorre problema
ou construir um pareto (Não as causas ainda!).

Existem dados históricos referentes a


estes fatores?

Identificar fontes de dados para o


desdobramento do item de controle e período a
ser considerado para a análise.
7 12
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Análise do Fenômeno
7

Os dados são confiáveis?

Apresentar argumentos convincentes sobre a


confiabilidade dos dados para o desdobramento
do item de controle.

Quais as conclusões obtidas a partir da


estratificação do problema?

Estabelecer conclusões sobre a estratificação.

8 13
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Análise do Fenômeno
8

Alguns dos fatores identificados


apresenta variação significativa?

Construir cartas de controle, gráficos


seqüenciais que permitam visualizar o
comportamento das variações.

É possível estabelecer metas específicas


sobre os focos identificados?

Sim/Não. Definir qual(is) é(são) a(s) meta(s)


específica(s) (objetivo, valor e prazo).

9 14
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Análise do Fenômeno
9

O alcance das metas específicas garante a


meta geral?

Apresentar cálculos/ argumentos que garantam


o alcance da meta geral caso as metas
específicas sejam alcançadas.

10 15
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Análise do Processo
10

O processo gerador do problema é bem


conhecido?

Sim/Não. Construir o fluxograma e/ou mapa do


processo associado ao problema.

Quais são as causas geradoras do


problema?

“Sim/Não. Descrever como será feita a


identificação e priorização das causas
fundamentais (aqui podem ser utilizadas
ferramentas como FTA, Brainstorm, etc.)

11 16
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Análise do Processo
11

Todas as causas geradoras do problema


foram identificadas?

Sim/Não. Justificar.

É necessário quantificar a influência de


cada causa?

Sim/Não. Justificar.

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Estabelecimento do Plano de Ação


12

Quais são as medidas necessárias para


bloquear as causas geradoras do
problema?

Criar o plano de ação (5W 1 H).

Alguma das medidas propostas pode


provocar efeitos correlatos indesejáveis?

Sim/Não. Justificar e, se necessário, alterar o


plano.

13 18
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Estabelecimento do Plano de Ação


13

As medidas são suficientes para atingir a


meta geral estabelecida?

Apresentar análises, cálculos ou argumentos


que garantam o alcance da meta geral a partir
da implantação das ações propostas.

14 19
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Execução do Plano de Ação


14

Todas as medidas propostas foram


implementadas conforme o cronograma?

Sim/Não. Mostrar cronograma de execução.

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Verificação dos Resultados


15

As metas específicas foram alcançadas?

Apresentar gráficos/informações que mostrem


os resultados alcançados em relação as metas
específicas.

A meta geral estabelecida foi alcançada?

Apresentar gráficos/informações que mostrem


os resultados alcançados em relação à meta
geral.

16 21
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Verificação dos Resultados


16

Quais foram os ganhos efetivamente


obtidos com o projeto?

Listar os ganhos financeiros e não financeiros


obtidos.

17 22
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Padronização / Ação Corretiva


17

Alguma norma ou procedimento foi criado


ou alterado?

Sim/Não. Relacionar normas e/ou


procedimentos.

O pessoal envolvido com essas normas


ou procedimentos foi treinado?

Apresentar evidências (lista de presença por


exemplo).

18 23
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Padronização / Ação Corretiva


18

Quais foram os pontos positivos e


negativos do projeto?

Descrever pontos positivos e negativos.

Há recomendações para trabalhos


futuros?

Sugerir outros projetos cuja necessidade tenha


sido identificada durante a análise.

FIM 24
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Modelo de Apresentação Resumida

TÍTULO DO PROJETO
Mês/ano

Coordenador
xxxx

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Equipe

Xxx Xxx

Xxxx Xxx

Xxxx Xxx

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Identificação do Problema
1. Problema e Consequências

– O problema a ser abordado é “xxx”.

– As principais consequências são:

• xxx

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Identificação do Problema
2. Histórico

– Apresentar histórico por meio de texto e/ou gráficos.

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Identificação do Problema
3. Benchmarking

– Apresentar benchmarking, se houver.

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Identificação do Problema
4. Meta

– Objetivo + Valor + Prazo

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Identificação do Problema
5. Ganhos Esperados

– Apresentar ganhos quantitativos e qualitativos.

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Análise do Fenômeno
6. Foco do Problema

– O problema está focado em xxxx...

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Análise do Processo
7. Causa(s) Principal(is) do Problema

– Apresentar qual é ou quais são as causas principais do problema.

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Plano de Ação
8. Estabelecimento do Plano de Ação

– Apresentar plano de ação para alcance da meta geral e


específica(s), se aplicável.

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Execução
9. Execução do Plano de Ação

– Apresentar cronograma do plano de ação ou outras evidências de


execução do plano.

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Verificação
10. Verificação dos Resultados

– Apresentar os resultados alcançados por meio de gráficos e/ou


textos.

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Ação
11. Ação a ser Tomada

– Apresentar quais serão os próximos passos.

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Ação
12. Conclusões e Recomendações

– Apresentar principais conclusões e Recomendações.

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo
• Principal Objetivo
É uma ferramenta que visa obter informações qualitativas sobre os fatores causais do problema, ou
seja, mapear o processo gerador do problema e também auxiliar na identificação de oportunidades de
melhorias nos processos.

• Principais Características
O mapa de processo reúne as características de três ferramentas:
• Fluxograma de processo;
• Brainstorming;
• Diagrama de causa-e-efeito.
• Identifica os inputs (itens de verificação) e outputs (itens de controle) de cada etapa de forma
simples e objetiva.
• Permite visualizar quais parâmetros são controláveis, quais são ruídos e quais são críticos.

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo (cont.)
• Quando Usar
Quando se deseja obter uma avaliação qualitativa, simples e objetiva do processo em estudo (por
exemplo para identificar fatores a considerar em um experimento fatorial).

• Como analisar
A análise consiste, basicamente, de uma avaliação técnica crítica sobre os parâmetros identificados e
listados no mapa de processo.

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo (cont.)
• Principais Vantagens
• Detalha bem o processo gerador do problema;
• Permite identificar em qual etapa do processo os fatores causais se encontram e onde podem ser
atacados, ou se eles atuam de maneira consistente ao longo das várias etapas;
• Permite expor o processo em sua forma atual e em um nível de detalhamento que propiciará, caso
necessário, uma maior assertividade na análise quantitativa.

• Principais Desvantagens
A qualidade do mapa de processo depende bastante do conhecimento técnico do processo da equipe
envolvida no trabalho.

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo (cont.)
• Etapas para construção do Mapa de Processo
1. Desenhar o fluxo do processo gerador do problema:
• Defina o início e o fim do processo a mapear;
• O início e o fim do mapa de processo são simbolizados por elipses e as etapas
intermediárias por caixas retangulares.

2. Identificar os “Produtos em Processo” e o “Produto Final”:


• Produto em processo (PP): produto gerado após cada etapa do processo antes de sofrer a
transformação em produto final;
• Produto final (PF): produto gerado após a última etapa do processo.

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo (cont.)
• Etapas para construção do Mapa de Processo
3. Identificar os “Parâmetros de Produto em Processo” e “Parâmetros de Produto Final” (Parâmetros
de Saída):
• Parâmetro de Produto em Processo (y): é o item de controle da referida etapa, isto é,
monitora o andamento daquela etapa do processo;
• Parâmetro de Produto Final (Y): é o item de controle do produto final, isto é, monitora as
características da qualidade do produto final.

4. Identificar os “Parâmetros de Processo” (Parâmetros de Entrada):


• Parâmetro de Processo (x): são os itens de verificação da referida etapa, isto é, são as
variáveis do processo que impactam nos parâmetros dos produtos em processo e final.

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo (cont.)
• Etapas para construção do Mapa de Processo
5. Classificar os “Parâmetros de Processo”:
• Parâmetros controláveis (C): são variáveis que podem ser ajustadas em um determinado
valor;
• Parâmetros de ruído (R): são variáveis conhecidas que não podem ser controladas ou não
há interesse gerencial em controlar;
• Parâmetros críticos (*): são aqueles (controláveis ou de ruídos) que exercem grande efeito
no produto em processo e, consequentemente, no produto final.

Após a identificação das variáveis de ruído consideradas críticas para o processo e/ou produto é
necessário fazer uma análise detalhada delas.

Uma ferramenta muito útil na realização desta análise é o MAPA DE RUÍDOS.

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo (cont.)
• Mapa de Ruídos
O objetivo do mapa de ruído é registrar todo o conhecimento sobre as variáveis de ruído:
• Onde elas se manifestam?
• Com base em qual conhecimento decidiu-se que tal variável de ruído é crítica?
• O que será feito para minimizar ou bloquear os efeitos das variáveis de ruído sobre o processo
e/ou produto? Qual o custo, restrições e tempo necessários?

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo (cont.)
• Mapa de Ruídos
• Exemplo:

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo (cont.)
• Observações Importantes para elaboração do Mapa de Processo:
• Primeiro, elabore um rascunho do mapa, depois se preocupe com os detalhes;

• Procure formar, se possível, uma equipe com diferentes competências: operação, mecânica, elétrica,
etc.

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo (cont.)
• Exemplo de um Mapa de Processo:
• Em função de mudanças implantadas na laminação nas etapas de resfriamento e stelmor, o volume
sucatado devido a problemas de modulação aumentou consideravelmente.

• Defeitos de modulação afetam principalmente o rendimento metálico da laminação, levando a


significativas perdas financeiras. Mas aumenta-se também o risco de acidente devido ao aumento de
manuseio de sucatas.

• Para identificar em cada etapa do processo quais eram os parâmetros que mais impactavam no
problema, foi construído um mapa de processo onde foi possível verificar quais eram os itens de
controle (parâmetros de produto e produto final) e os itens de verificação (parâmetros de processo),
sendo que esses últimos ainda foram avaliados como controláveis e de ruído. Com todas essas
informações foram selecionados os itens de verificação críticos, controláveis ou não, e propostas
ações para minimizar a ocorrência de defeitos de modulação.
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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo (cont.)
• Exemplo de um Mapa de Processo:

y: Bitola
y: Ovalização
y: Defeito superficial y: Temperatura do FM y: Formação da espira
y: Temperatura do tarugo

Aquecer Resfriar fio-


Laminar tarugo Formar espira 1
tarugo P.P.: Tarugo P.P.: Fio- máquina: Água P.P.: FM
aquecido máquina adequado p/ P.P.: Espira
decapagem formada
mecânica
xC: Vazão de GLP por zona xC: Fator de redução xC: Pressão de água *xC: Velocidade do laminador
xC: Pressão interna do forno xC: Luz das gaiolas xC: Vazão de água *xC: Temperatura no FS
xC: Quant. de ar de combustão xC: Tração xC: Quant. de tubos xC: Velocidade do FS
*xR: Tempo de permanência xC: Laço xC: Dimensão dos tubos xC: Luz do impulsionador
xC: Alinhamento dos discos no xC: Alinhamento dos tubos *xR: Altura da mesa do stelmor
acabador xC: Nivelamento dos tubos xC: Posição do flap central
xC: Dimensional dos canais xR: Desgaste dos tubos xC: Posição dos flaps laterais
dos discos *xR: Desgaste do tubo do FS
xC: Temperatura do material xR: Desgaste canais impulsionador
*xR: Habilidade do operador xR: Pressão ar do impulsionador
na correção de tração *xR: Grau de aço do material
xR: Desgaste dos discos
xR: Variação de tração
xR: Defeito no tarugo

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Mapa de Processo (cont.)
• Exemplo de um Mapa de Processo:
Y: Comprimento do rolo
Y: Diâmetro interno
Y: Diâmetro externo
Y: Posições das amarras
Y: Amarra frouxa
y: Temperatura do FM y: Formação do rolo de FM Y: Ocorrência de espiras esticadas
Resfriar fio- Compactar
1 Conformar espiras
máquina: Ar P.P.: FM mec. espiras
P.P.: FM em P.F.: FM em
adequado rolo rolo embalado

xC: Abertura dos damps xC: Centralização das espiras xC : Regulagem da mesa da compactadora
xC: Velocidade do stelmor – Corrente 1 *xC: Diâmetro da espira xC : Regulagem dos braços
xC: Velocidade do stelmor – Corrente 2 *xC: Ovalização da espira xC : Reprensagem do FM
xC: Vazão de ar do stelmor 1 *xC: Rotação do batedor de espiras xC : Pressão de prensagem do FM
*xR: Redução de corrente 1 xC: Velocidade de descida do ------------
*xR: Folga na corrente separador móvel *xc : Formação do rolo de FM
*xR: Desgaste da chaparia xC: Velocidade de descida da
plataforma auxiliar
xC: Velocidade do stelmor
*xR: Habilidade do operador
*xR: Ocorrência de falha mecânica
*xR: Ocorrência de falha elétrica

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Experimentos Fatoriais 2k Completos Sem Réplicas
• Principal Objetivo
Identificar quais são os fatores mais significativos em relação ao seu impacto sobre a(s) variável(is)
resposta.

• Principais Características
Cada ensaio ou condição experimental é realizada apenas uma vez.

• Quando Usar
Sempre que houver interesse em avaliar estatisticamente a influência de um ou mais fatores sobre uma
ou mais variáveis resposta de interesse e só é possível realizar cada condição experimental uma única
vez.

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Experimentos Fatoriais 2k Completos Sem Réplicas (cont.)
• Como analisar
A análise desse experimento é feita avaliando-se o gráfico de Pareto para os efeitos, os gráficos de
efeitos principais e efeitos de interação e ainda, se desejar, o gráfico “cube plot” .

• Principais Vantagens
Permite identificar quais são os fatores mais significativos sobre a variável resposta com um menor
número de ensaios.

• Principais Desvantagens
A precisão das estimativas é menor pois não há réplicas de cada condição experimental.

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Experimentos Fatoriais 2k Fracionados
• Principal Objetivo
Conduzir um estudo dos efeitos dos fatores sobre a variável resposta realizando apenas uma parte do
experimento fatorial completo, isto é, uma parte apenas do número de ensaios que se faria
considerando um experimento fatorial completo.

• Principais Características
• Realiza a metade ou menos do número de ensaios que se faria num experimento fatorial completo.
• Como não realiza todos os ensaios, os efeitos estimados ficam confundidos com outros efeitos.
.
• Quando Usar
Sempre que houver restrições quanto ao número de ensaios previstos para um fatorial 2k ou há o
interesse em fazer um estudo exploratório para identificar quais são os fatores mais significativos..

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Experimentos Fatoriais 2k Fracionados (cont.)
• Como analisar
A análise desse experimento é feita avaliando-se o gráfico de Pareto para os efeitos, os gráficos de
efeitos principais e efeitos de interação e ainda, se desejar, o gráfico “cube plot”

• Principais Vantagens
Permite identificar quais são os fatores mais significativos sobre a variável resposta com um menor
número de ensaios.

• Principais Desvantagens
Apresenta uma estrutura de “confundimento”, isto é, os efeitos dos fatores principais e de interações
estão misturados. Neste caso, sugere-se que busque uma resolução em que não haja fatores principais
confundidos com outros fatores principais, fatores principais confundidos com interações de segunda
ordem e interações de segunda ordem confundidas com outras interações de segunda ordem. Uma boa
opção seria ter experimentos com resolução maiores ou iguais a cinco.
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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Experimentos Fatoriais 2k Fracionados (cont.)

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo
Experimentos Fatoriais 2k Fracionados (cont.)

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Ferramentas para Melhoria Produtos e Processos


Aspectos Práticos na Análise do Processo

A seguir um exemplo de Planejamento para aplicação de um DOE.

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Estudo da influência xxxx

Coordenador
Mês / Ano

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Resumo

1. Objetivos
2. Procedimentos
3. Conclusões e Recomendações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

1. Objetivo

O principal objetivo do experimento é identificar e mensurar o impacto


das variáveis “x”, “y” e “z” na “variável resposta xxxx”.

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

2. Procedimentos

2.1 Definir fatores e respectivos níveis que serão testados


2.2 Definir variáveis respostas de interesse
2.3 Identificar variáveis ruído e elaborar mapa de ruído
2.4 Elaborar estruturas de experimentos
2.5 Planejar amostragem e ensaios
2.6 Identificar as condições para realização do experimento
2.7 Realizar os experimentos e a análise dos resultados

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

2. Procedimentos

2.1 Fatores e níveis


X1 N1 e N2
X2 N1 e N2
X3 N1 e N2

2.2 Variáveis respostas


Y1
Y2

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

2. Procedimentos

2.3 Ruídos

Relacionar aqui as variáveis de ruído que podem impactar em seus


resultados.

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

2. Procedimentos

2.4 Estrutura do experimento

Inserir aqui, a tabela / matriz com todas as combinações a serem


testadas!

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

2. Procedimentos

2.5 Amostragem e ensaios

Descrever como serão realizados os experimentos quanto à forma de


coleta e/ou obtenção dos dados!

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

2. Procedimentos

2.6 Condições para realização do experimento

Os testes serão realizados com os aços xxx no horário xx

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

2. Procedimentos

2.7 Análise dos Resultados

Apresentar análise (saída do Minitab) e interpretações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

3. Conclusões e Recomendações

Estabelecer conclusões e recomendações com base nos resultados.

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DOE no Minitab 18 /19.0 - Português

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