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Ao olhar para a minha trajetória durante a graduação, por vezes, me parece que

ainda estou no início do curso. Ainda são tantos medos, anseios, incertezas que me
resgatam a Djulie que entrou na faculdade em 2019. Mas, em momentos como o de
agora no qual eu preciso parar e refletir, acredito que posso falar que existe um antes e
depois do estágio básico, sendo, então, essa uma das experiências mais significativas
que vivi durante esse percurso.

O estágio básico é um misto de emoções. Na primeira aula me lembro de estar


confusa, depois fiquei com medo não sabendo como mexer no Unisinos Carreiras
achando que iriam cancelar o meu estágio por não ter assinado o termo logo no início.
Com a separação da turma, e o passar do tempo no estágio tudo foi se aprofundando.
As discussões em roda se tornaram um grande porto, as pessoas as quais compartilhei
e que compartilharam esse ano comigo foram muito importantes. A escuta presente na
sala, o olhar delicado das colegas e da professora eram muito importantes para seguir
no estágio – pois no meu local, tive pouquíssimo apoio da coordenadora local.

Entretanto, esse fator de estar mais “sozinha” durante esse percurso me mostrou
que na verdade eu não sou nenhum pouco como essa Djulie que havia recém entrando
no curso. Percebi que eu sei lidar e que entendo muito mais do que imaginava sobre o
fazer psi. Ter esse contato direto, essa observação é de suma importância para que
conseguimos nos colocar enquanto estudantes de psicologia, para ver o caminho que
trilhamos e quando nos deparamos com uma situação, exemplos que ouvimos falar em
aula, sabermos lidar com ela da melhor forma possível e por mais que pensemos algo
como “mas isso todo mundo saberia fazer”, a resposta é que não! Nem todo mundo
possui a capacidade – que ainda está em construção – de lidar com outro ser humano,
e ter essa prática me fez perceber isso.

Ademais, uma das outras experiências que me marcaram nesse caminho foram as
disciplinas que abordaram sobre psicanálise, psicologia da educação e muitas outras
nas quais foram aberto os espaços para debatermos sobre questões sociais com um
olhar mais atento.

A psicanálise mostrou-se como um novo mundo para mim. Acredito que existe olhar
a vida humana antes de descobrir o que é a psicanálise e após descobrir ela. Essa linha
da psicologia me fez querer saber mais, estudar mais, buscar entender mais, todo
semestre que tem cadeira focada em psicanálise passo a semana ansiosa, querendo
que chegue o dia logo para entender um pouquinho mais sobre esse mundo que me
fascina. Com as cadeiras de, por exemplo, processos de ensino e aprendizagem, não foi
diferente! Eu sou encantada pelo mundo da educação e entender um pouco sobre
como funciona a psicologia desse local foi fascinante. Ver mais sobre como funciona
adquirir conhecimento, ver filmes com a temática da educação, ver como esse mundo
é uma fase muito importante do desenvolvimento de pessoas me fez me encantar mais
ainda pela área da educação e de firmar os pés para qual caminho eu desejo seguir. E
por último, muitas cadeiras tivemos como debater o mundo atual e é muito bom pode
dividir o teu olhar sobre diversos assuntos com outras pessoas que também estudam
psicologia e conversar sobre isso.

Por fim, acredito que ainda haverá mais outros marcos até a conclusão do curso.
Hoje percebo que as ansiedades são algo comum a nós estudantes, o aprendizado é
constante, e o olhar para o curso vai mudando de acordo com aquilo que vamos
experenciando.

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