O texto tem um significado independente ou o significado é sempre criado pelo

leitor?

Visando uma forma concisa para definir as influencias de um texto, é justo afirmar
que o tanto o leitor quanto o autor sempre vão possuir visões diversas ao encarar
um mesma obra. Não apenas em virtudade de uma categorização predeterminada
das posições como transmissões e receptor de ambos os agentes, que
inegavelmente os separam em quadrantes por ambas funcoes, mas também pelo
simples motivo da complexidade humana; permite que cada um se difira por
natureza e experiência. Com com esse intuito, o autor se encarregara de influenciar
uma via de pensamento, de forma que o texto nunca esta completamente neutro.
Mesmo que, em uma percepção ampla, o significado não é construído do zero pelo
autor, é injusto afirmar que o mesmo não tenha influencia para a construção de
uma pesperctiva ou ate mesmo mensagem e reflexão, especialmente a principio. O
que é transmitido, inevitavelmente propõe uma linha de pensamento, logo é
comum a jornada narrativa do leitor ser guiada nessas bases.

Portanto, ao refletir sobre os mais diversos fenômenos da transmisssao e absorção

da informação pelo texto, é possível julgar que os objetivos de ambos os fatores
não se diferem tanto no fim do dia: eventualmente a visão do autor, por mais
contaditoria que seja em pontos específicos, ira encontrar certa coerência e
concordância no significado no final colaborativo com o leitor. Afinal, Como
humanos tendemos a encarar as informações transmitidas não de uma forma
critica, mas sim de uma forma limitada. O interesse de se aprofundar e refletir é
mais propicio de ser identificado quando aquilo convém com a visão de mundo
pessoal pre existente do sujeito, bem como influxo das vivencias passadas,
ideologias e morais amplos ou pessoais. Sendo assim, ao se entregar a uma
narrativa, nunca haverá uma disposição completa de encarar as informações como
entidades novas, não influentes e igualmente validas ao conhecimento e índole do
personagem. As pessoas tendem a recorrer e as narrativas que dizem o que
querem ouvir, afinal o orgulho humano procura sempre enaltecê-lo, nunca
contraria-lo, mesmo que de forma inconsciente.

Levando em conta que a influência do significado já se inicia no momento de

seleção da obra, de modo que a proposta e os objetivos do autor entram em
consenso silencioso com a interpretação e reflexão do publico alvo, em relação a
obra e sua critica ou mensagem. Portando é inevitável que exista um espelhamento
das individualidades, tanto na forma da obra ser encarada, quanto na forma que é
construída. Consequentemente, para sintetizar o processo de construção do
significado sera necessário uma reflexão mais profunda sobre o englobamento que
o mesmo propõe: pode sim ser possível traçar uma definição universal da obra
quando bem interpretada, o acordo no qual leitor e o autor entraram. Portando as
ramificações de cada significado se espalharam para alcançar o ego e
individualismo humano, criando um código único para decodificação daquela
faceta.

Em conclusão, o principio da dinâmica narrativa pode ser descrito por uma ideia
disposta pelo autor em sua obra, na qual deve ser encarada como uma base para
uma reflexão inevitável do leitor, que tornara o caracter da mensagem mais único e
pessoal; o significado que é final absorvido e digerido sempre sera uma mistura dos
aspectos experienciado, ideológicos, sociais, ambiciosos, identitários, observados
e naturais envolvidos. Se conclui em uma colaboração, indefinida e não finalizada,
tanto pela proposta guia do autor, demonstrado pela escrita no papel (ideia essa
sendo única) quanto pela decodificação do leitor (sendo completamente pessoal).
Pois assim, a obra é a síntese para um monólogo reflexivo, na qual a tese é o pré-
conhecimento ou o senso comum de tal assusto. Dessa forma um sujeito antítese
se revela pela a argumentação e comparação de ambas as propostas, voltadas ao
meio e ao ego. Portanto a maiêutica literária é inespressada, subconsciente,
subjetiva, e portanto, eterna.