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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM PSICOLOGIA

4oAno

Agnaldo Alves Engenheiro


Admira Nunes Amadeu
António Alfredo
Fátima Lopes
Gonçâlves Alberto Mataia
Jaime Januário
João Francisco Munaloua

Teorias éticas de estoicos e epicuristas

Quelimane

2023

1
Agnaldo Alves Engenheiro
Admira Nunes Amadeu
António Alfredo
Fátima Lopes
Goncalves Alberto Mataia
Jaime Januário
João Francisco Munaloua

Teorias éticas de estoicos e epicuristas

Trabalho de caracter avaliativo a ser entregue


na faculdade de educação e psicologia, na
cadeira de Etica e Deontologia Profissional,
orientado pelo docente:

dr. Mangachaia

Quelimane

2023

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índice
Introdução..............................................................................................................................4

Objectivos..............................................................................................................................4

A ética epicurista e estoica.....................................................................................................5

Teoria ética Epicurista............................................................................................................5

A gnosiologia epicurista.........................................................................................................6

A metafisica Epicurista..........................................................................................................6

A base Ética epicurista...........................................................................................................7

Divisão dos desejos segundo os epicuristas...........................................................................7

Jardim de Epicuro..................................................................................................................8

O poema epicurista de Filodemus..........................................................................................8

Teoria ética de Estoicos.........................................................................................................9

O Princípio Oikeiosis.............................................................................................................9

Princípio fundamental da ética estóica.................................................................................10

Fases do Estoicismo.............................................................................................................10

Os Principais Filósofos Estoicos..........................................................................................11

Diferença entre Estoicismo e Epicurismo............................................................................12

Conclusão.............................................................................................................................13

Referências bibliográficas....................................................................................................14

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Introdução
Quando se fala em Ética, não se pode deixar de fazer a associação à filosofia, sobretudo no
seu período Clássico, na Grécia antiga dos séculos V e VI a.C. Pensa-se logo em
Aristóteles, bem como em Platão. É de fato inegável a contribuição a cuja conclusão se
chega com essa associação. Entretanto, esses não foram os únicos filósofos a se
preocuparem com as questões éticas. Ao contrário, toda a História da Filosofia está repleta
de nomes de contribuidores diversos em graus e aspectos diferenciados da Ética. Ainda na
Grécia antiga, Por exemplo, vemos Epicuro e Zenão, com suas respectivas idéias,
seguidores, escolas.

Na filosofia do pórtico, existe uma grande preocupação com o aspecto ético moral dos
seres humanos, em sua doutrina ética, os estoicos nos exortam a viver de acordo com a
natureza, esse é o ponto máximo que alguém pode alcançar em termos de excelência
humana, para o estoicismo. Viver segunda a natureza implica, viver segundo nossa
natureza racional e a inteligência universal, precisamos conhecer de modo profundo todos
os aspectos de nossa condição humana, para podermos agir em acordo com nossa natureza
racional. Para os estoicos a essência humana é racional, desse modo o homem deve realizar
sua natureza através de uma vida guiada pela razão, e esse aspecto humano o coloca como
um ser capaz de escolher e assim decidir-se por uma determinada forma de agir, o que
torna as ações humanas racionais, éticas e morais.

Objectivos
Geral

 Conhecer os princípios éticos das escolas estoicas e epicuristas;

Específico

 Descrever as bases da ética epicurista e estoica;


 Identificar os principais representantes.

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A ética epicurista e estoica
Durante o período helenista, várias correntes éticas surgiram dando continuidade e
reformulando as idéias de Sócrates, Platão e Aristóteles. Dentre elas podemos destacar o
ceticismo, o cinismo, o epicurismo e o estoicismo, que apesar de não apresentarem grandes
contribuições metaéticas, direcionaram a ética para o domínio prático. O epicurismo e o
estoicismo são certamente as duas filosofias que se tornaram predominantes durante o
Imperário Romano e que ainda têm grande influência na modernidade.

Teoria ética Epicurista


Epicuro de Samos, nasceu provavelmente em 341 a.C., em Atenas, e viveu por 70 anos.
Filho de Néocles, a mãe praticava a magia. Cedo se dedicou à filosofia, sendo iniciado por
Nausífanes de Teo no sistema de Demócrito. O epicurismo foi introduzido no Império
Romano por Lucrécio, cuja obra De rerum natura (Sobre a Natureza das Coisas) possuiu
alto valor literário e filosófico.

Epicuro de Samos sistematizou e defendeu uma idéia corrente no pensamento moral grego,
a saber, a de que o prazer é o único bem intrinsecamente valioso e, portanto, o bem
supremo. O epicurismo, assim como o estoicismo, dividem a filosofia em lógica, física e
ética; também subordina a teoria à prática, a ciência à moral, para garantir ao homem o
bem supremo, a serenidade, a paz, a apatia. Epicuro seguiu as teses materialistas do
atomismo de Demócrito, mas ele também tentou mostrar que a ação humana é livre pela
existência de átomos da alma que de alguma forma se comportavam de maneira não
previsível. Desse modo, o determinismo era evitado e a ação livre é possível. O indivíduo
poderia voluntariamente buscar prazeres para alcançar uma vida boa. Uma condição
importante para compreendermos o epicurismo, e em alguma medida o próprio estoicismo,
é definir claramente “prazer”. Comumente, o prazer é identificado como um estado
positivo, basicamente vinculado a satisfação de um desejo ou de uma necessidade. O
prazer é, então, uma efetiva fruição de algo agradável aos sentidos. Raramente, todavia,
estados de indiferença (nem positivamente prazerosos nem doloridos) e muito menos
estados de simples ausência de dor ou sofrimento são vistos como prazerosos.

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Todavia, no epicurismo, o prazer também é simplesmente a ausência da dor. Temos que
manter isso presente para evitarmos atribuir a Epicuro um hedonismo vulgar tal como
expresso na máxima: Coma, beba e seja feliz!.

A gnosiologia epicurista
A gnosiologia (lógica, canônica) epicurista é rigorosamente sensista, diz que todo o nosso
conhecimento deriva da sensação, é uma complicação de sensações. Estas nos dão o ser,
indivíduo material, que constitui a realidade originária. O processo cognitivo da sensação é
explicado mediante os assim chamados fantasmas, que seriam imagens em miniatura das
coisas, arrancar-se-iam destas e chegariam até à alma imediatamente, através dos sentidos.
Dada tal gnosiologia coerentemente sensista, é natural que o critério fundamental e único
da verdade seja a sensação, a percepção sensível, que é imediata, intuitiva, evidente. Como
a sensação, a evidência sensível é o único critério de verdade no campo teorético, da
mesma forma o sentimento (prazer e dor) será o critério supremo de valor no campo
prático.

A metafisica Epicurista
Embora a gnosiologia epicurista é rigorosamente sensista, a metafísica epicurista é
rigorosamente materialista: quer dizer, resolve-se numa física. Epicuro, seguindo as
pegadas de Demócrito, concebe os elementos últimos constitutivos da realidade como
corpúsculos inúmeros, eternos, imutáveis, invisíveis, homogêneos, indivisíveis (átomos),
iguais qualitativamente e diversos quantitativamente - no tamanho, na figura, no peso.
Também segundo Epicuro, os átomos estão no espaço vazio, infinito, indispensável para
que seja possível o movimento e, consequentemente, a origem e a variedade das coisas. Os
átomos são animados de movimento necessário para baixo. Entretanto, no movimento
uniforme retilíneo para baixo introduz Epicuro desvios múltiplos, sem causa, espontâneos
(clinamen); daí derivam encontros e choques de átomos e, por consequência, os vórtices e
os mundos. Estes, de fato, não teriam explicações se os átomos caíssem todos com
movimentos uniformes e retilíneos para baixo - como pensava Demócrito. Mediante o
clinamen Epicuro justifica ainda o livre arbítrio, que é uma simples combinação da
contingência, do indeterminismo universal. O universo não é concebido como finito e uno,
mas infinito e resultante de mundos inúmeros divididos por intermundos, espalhados pelo
espaço infindo, sujeitos ao nascimento e à morte. Nesse mundo o homem, sem providência

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divina, sem alma imortal, deve adaptar-se para viver como melhor puder. Nisto estão toda
a sabedoria, a virtude, a moral epicuristas.

A base Ética epicurista


Segundo Antiseri (2007), diz que a moral epicurista é uma moral hedonista, e que o fim
supremo da vida é o prazer sensível, critério único de moralidade é o sentimento. O único
bem é o prazer, como o único mal é a dor; nenhum prazer deve ser recusado, a não ser por
causa de consequências dolorosas, e nenhum sofrimento deve ser aceito, a não ser em vista
de um prazer, ou de nenhum sofrimento menor. No epicurismo não se trata, portanto, do
prazer imediato, como é desejado pelo homem vulgar; trata-se do prazer imediato refletido,
avaliado pela razão, escolhido prudentemente, sabiamente e filosoficamente. É necessário
dominar os prazeres, e não se deixar por eles dominar; ter a faculdade de gozar e não a
necessidade de gozar.

A filosofia toda está nesta função prática. Este prazer imediato deveria ficar sempre
essencialmente sensível, mesmo quando Epicuro fala de prazeres espirituais, para os quais
não há lugar no seu sistema, e nada mais seriam que complicações de prazeres sensíveis. O
prazer espiritual diferenciar-se-ia do prazer sensível, porquanto o primeiro se estenderia
também ao passado e ao futuro e transcende o segundo, que é unicamente presente. Na
verdade, o Epicuro mira os prazeres estéticos e intelectuais, como os mais altos prazeres.
Aqui, porém, se ele faz uma afirmação profunda, está certamente em contradição com a
sua metafísica materialista.

Em que consiste, afinal, esse prazer imediato, refletido, racionado? Na satisfação de uma
necessidade, na remoção do sofrimento, que nasce de exigências não satisfeitas. O
verdadeiro prazer não é positivo, mas negativo, consistindo na ausência do sofrimento, na
quietude, na apatia, na insensibilidade, no sono, e na morte.

Divisão dos desejos segundo os epicuristas


Para Ribeiro, (2008) Epicuro, além disso, distingue tipos de desejos, a saber, os naturais,
que são saudáveis e moderados, por exemplo o instinto da reprodução, dos desejos
advindos de prazeres não-naturais tais como a luxúria, comer bem, beber bebidas refinadas
e vestir-se elegantemente. A vida boa consiste num controle moderado dos apetites, no
cultivo da vida intelectual, filosófica, em conversação com os amigos. A amizade é
fundamental para a vida boa. Tal ideal moral é atingido na ataraxia, a qual consiste de

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prazeres naturais e moderados. Essa é a vida feliz e não qualquer tipo de vida baseada
exclusivamente nos prazeres sensíveis.

Jardim de Epicuro
Em realidade, Epicuro, se ensina a renúncia, não tem a coragem de ensinar a renúncia aos
prazeres positivos espirituais, estéticos e intelectuais, a amizade genial, que representa o
ideal supremo na concepção grega da vida. E sustenta isto em contradição com a sua
ascética radical, bem como contradiz a sua metafísica materialista com a sua moral, que
encontra precisamente a mais perfeita realização nestes bens espirituais. O mundo e a vida
são um espetáculo: melhor é ser espectadores e atores, melhor é conhecer do que agir. No
entanto, o bem espiritual não consiste unicamente na contemplação (cf. a virtude
dianoética de Aristóteles), mas também na ação (cf. a virtude ética de Aristóteles), e
precisamente em uma vida curta e refinada, esteticamente, a maneira grega, no isolamento
do mundo, do vulgo, na unidade da amizade, na conversa arguta e delicada: numa palavra,
vivendo ocultamente.

É de fato, nos jardins de Epicuro, a vida se inspirava nos mais requintados costumes,
preenchida com as mais nobres ocupações - como na Academia e no Liceu. Almejava, no
entanto, dar uma unidade estética e racional à vida, mais do que ao mundo. O epicurismo,
portanto, considerado vulgarmente como propulsor de devassidão e sensualidade,
representa, inversamente, uma norma de vida ordinária e espiritual, até um verdadeiro
pessimismo e ascetismo, praticamente ateu.

A serenidade do sábio não é perturbada pelo medo da morte, pois todo mal e todo bem se
acham na sensação, e a morte é a ausência de sensibilidade, portanto, de sofrimento. Nunca
nos encontraremos com a morte, porque quando nós somos, ela não é, quando ela é nós
não somos mais, Epicuro, porém, não defende o suicídio que poderia justificar com maior
razão do que os estóicos. Dado este conceito da vida concebida como liberdade, paz e
contemplação, é natural que Epicuro seja hostil ao matrimônio e à família, aliás,
geralmente desvalorizado no mundo grego. Epicuro é também hostil à atividade pública, à
política considerando a família e a pátria como causas de agitações e inimigos da
autarquia.

O poema epicurista de Filodemus

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Para Epicuro, muitas coisas impedem a felicidade humana, mas a principal delas é uma
espécie de ansiedade e sua teoria ética é melhor compreendida se vista como uma proposta
de cura para males como a ansiedade, o temor, entre outros. Talvez uma boa forma de
resumirmos os principais ensinamentos éticos de Epicuro seja reproduzindo as quatro
etapas da cura, que podem ser sintetizadas a partir do poema de Filodemus:

Não temas os deuses;

Não temas a morte;

O bem pode ser alcançado;

O mal pode ser suportado.

Teoria ética de Estoicos


Cretella, (1976), afirma que, o Estoicismo ou Escola Estoica é uma doutrina filosófica
fundamentada nas leis da natureza, que surgiu na Grécia no século IV a.C. (por volta do
ano 300), durante o período denominado helenístico (III e II a.C.). Foi fundada pelo
filósofo grego Zênon de Cítio (333 a.C.- 263 a.C.), e vigorou durante séculos (até III d. C.)
tanto na Grécia, quanto em Roma. O termo “Estoicismo” surge da palavra grega “stoá”,
que significa pórtico, locais de ensinamentos filosóficos.O Estoicismo, baseado
numa ética rigorosa de acordo com as leis da natureza, assegurava que o universo era
governado por uma razão universal divina (Logos Divino). Dessa forma, para os estoicos, a
felicidade era encontrada na dominação do homem ante suas paixões (considerada um
vício da alma) em detrimento da razão. Para os estoicos, a perfeição humana estava
fundamentada na ideia de que os seres humanos estão ligados à natureza. Assim, devem
negar seus desejos para a realização de uma vontade guiada pela razão em conformidade
com essa natureza. Ou seja, uma corrente filosófica onde a "virtude" depende da vontade
subordinada à razão, sendo considerada a base para se atingir a felicidade.

O Princípio Oikeiosis
A escola estoica influenciou o desenvolvimento do Cristianismo a partir do conceito de
providência. Para ambos, há uma razão universal divina que regula tudo o que existe. O
início da vida ocorre após o nascimento, é neste momento que o animal toma consciência
de si e de suas partes e, pela percepção, aprende o seu funcionamento e, aos poucos,
apropria-se do seu corpo e, pela autopercepção, adere ao que lhe é próprio segundo sua

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natureza, repelindo tudo o que é prejudicial à constituição física de seu ser quanto aos
aspectos internos. Essa interação do ser consigo mesmo e com os objetos externos é o que
os estoicos chamam de princípio da oikeíosis, que é adquirido por esta relação que cada
animal mantém com consigo mesmo e os objetos. Esse processo de apropriação tende a
desenvolverse reforçando todos os aspectos próprios a este segundo sua natureza,
atribuindo-lhe uma identidade própria. A doutrina da oikeíosis, segundo a filosofia estoica,
é responsável pelo princípio de identidade dos seres, em que este princípio é o meio pelo
qual os animais tomam ciência de si a partir da interação consigo mesmos (autopercepção)
e com a percepção dos objetos externos (o mundo), MARTINS, (2000).

Princípio fundamental da ética estóica


A razão é um instrumento de controle das paixões, mas a razão usa a natureza como guia.
E assim chegamos a um princípio fundamental da ética estóica: viva em conformidade com
a natureza. Nas palavras do próprio Sêneca: “Nós devemos tomar a natureza como nosso
guia: ela é o que a razão consulta e atende. Assim, viver de forma feliz é o mesmo que
viver de acordo com a natureza. Esse pensamento mostra claramente que a ética estóica
não pode ser desvinculada da cosmologia estóica que infelizmente não podemos tratar de
forma detalhada aqui. Mas Sêneca, novamente elogiando Epicuro, recomenda que não nos
entreguemos a um hedonismo vulgar, achando que a natureza aprova uma vida de
excessos. Na verdade, pouco é necessário para satisfazer as necessidades naturais. A
moderação é uma virtude fundamental.

O princípio ético “viver conforme a natureza” tem que ser compreendido nesse contexto:
trata-se de um princípio racional de conduta, pois o logos governa o próprio universo. Para
compreendermos melhor, então, esse princípio da ética estóica, é necessário esclarecer o
que é a própria virtude. Para Sêneca, a virtude é adquirida pelo ensino e pela prática e, por
isso, possui, assim como a própria filosofia, uma parte especulativa e outra parte prática.
Uma pessoa deve primeiro apreender e depois praticar. Dito de outro modo, através da
ação a pessoa deve reforçar aquilo que apreendeu. O hábito é formador da virtude: é o
constante exercício do controle que leva à virtude do autocontrole. A aceitação dessa
providência, para os estoicos, fica a cargo da vontade orientada pela razão e a união do
indivíduo com a natureza. Já para a doutrina cristã, dependia a abdicação do pecado e de
uma vida devotada à fé e a ligação do indivíduo com Deus.

Fases do Estoicismo

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O estoicismo está dividido em três períodos, a saber:

Estoicismo Antigo (stoá antiga): período mais focado na doutrina ética. Os maiores
representantes do período foram os filósofos Zênon de Cítio, Cleantes de Assos e Crisipo
de Soli.

Estoicismo Helenístico Romano (stoá média): período mais eclético, donde se destacaram
os filósofos Panécio de Rodes, Posidônio de Apameia e Cícero.

Estoicismo Imperial Romano (stoá nova): de cunho mais religioso, sendo seus principais
representantes os filósofos Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio.

Os Principais Filósofos Estoicos


Os principais representantes do estoicismo foram:

Cleantes de Assos (330 a. C.-230 a. C.)

Discípulo do fundador da escola estoica Zênon, Cleantes nasceu em Assos, atual Turquia,
sendo sua principal obra “Hino a Zeus”. Importante no desenvolvimento do estoicismo e
da introdução do conceito de materialismo na escola.

Crisipo de Solis (280 a.C.-208 a.C.)

Um dos maiores representantes do estoicismo, esse filósofo grego, nascido em Solis, foi
discípulo de Cleante de Assos e teve um papel importante na disseminação e
sistematização dos conceitos estoicos.

Panécio de Rodes (185 a.C.-109 a.C.)

Filósofo grego nascido em Rodes, teve importante papel na difusão do Estoicismo entre os
romanos, durante o tempo em que morou em Roma. Foi considerado um dos maiores
representantes da fase médio estoica, sendo sua obra principal intitulada “Sobre os
Deveres”.

Posidónio de Apameia (135 a.C.-51 a.C.)

Filósofo, historiador astrônomo e geólogo grego nascido na cidade de Apameia, Posidónio


estudou em Atenas, local onde começa a se influenciar pelos ideais estoicos, sendo mais
tarde embaixador em Roma. Seu pensamento foi baseado no racionalismo e no empirismo.

Epiteto (55-135)

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Filósofo grego nascido na cidade de Hierapólis, atual Turquia. Viveu grande parte de sua
vida como um escravo romano e de sua obra destacam-se: “Manual de Epicteto” e
“Discursos”, editadas por seu discípulo Arriano de Nicomedia (86-175).

Sêneca (4 a.C-65)

Filósofo, orador, poeta e político, Lúcio Aneu Sêneca nasceu na cidade de Córdoba, atual
Espanha, sendo considerado um dos mais importantes intelectuais do Império Romano.

Importante representante da terceira fase estoica (nova), Sêneca focou nos conceitos sobre
ética, física e lógica para o desenvolvimento da Escola Estoica. De sua obra destacam-se:
os Diálogos, Cartas e Tragédias. Sêneca teve Nero, o imperador romano, como seu pupilo
e foi o principal conselheiro do Império Romano.

Marco Aurélio (121-180)

Imperador e filósofo romano, nascido em Roma foi um dos representantes da terceira fase
estoica (Imperial Romana). Seus estudos estiveram baseados principalmente nos temas
religiosos, em detrimento dos temas científicos. Para Marco Aurélio, a virtude é o bem
maior, a condição suficiente da felicidade.

Diferença entre Estoicismo e Epicurismo


Quando tratamos de observar essas duas correntes filosóficas, fica claro que elas se
diferem em alguns aspectos. O Estoicismo, baseado numa ética rigorosa de acordo com as
leis da natureza, assegurava que o universo era governado por uma razão universal divina
(Logos Divino). Dessa forma, para os estoicos, a felicidade era encontrada na dominação
do homem ante suas paixões (considerada um vício da alma) em detrimento da razão. Os
estoicos cultivavam a perfeição moral e intelectual inspirada no conceito de “Apathea”,
que significa a indiferença em relação a tudo que é extern o ao ser. Por sua vez, o
Epicurismo, fundado pelo filósofo grego Epicuro (341 a.C.-270 a.C.) possui uma vertente
relacionada ao Hedonismo, portanto à busca dos prazeres terrenos, desde a amizade, o
amor, o sexo e os bens materiais. Para os epicuristas, diferente dos estoicos, os homens
eram movidos por interesses individuais e o dever de cada um estava em buscar nos
prazeres a felicidade. Para os estoicos, a alma deveria ser cultivada, enquanto os epicuristas

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não acreditavam na reencarnação. Por fim, para os estoicos a virtude representava o único
bem do homem, o mais importante, enquanto o epicurismo estava apoiado nos prazeres.

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Conclusão
Chegando na parte final da pesquisa, concluiu-se que na filosofia do pórtico, existiu uma
grande preocupação com o aspecto ético moral dos seres humanos, em sua doutrina ética,
os estoicos nos exortam a viver de acordo com a natureza, esse é o ponto máximo que
alguém pode alcançar em termos de excelência humana, para o estoicismo. E para os
epicuristas, diziam que o indivíduo poderia voluntariamente buscar prazeres para alcançar
uma vida boa. Onde este prazer é identificado como um estado positivo, basicamente
vinculado na satisfação de um desejo ou de uma necessidade, e consideravam o prazer
como sendo também a ausência da dor.

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Referências bibliográficas
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4 ed. Martins Fontes.

CRETELLA Júnior, José, Novíssima história da filosofia. 3ª ed. ver. Rio de Janeiro, Ed.
Forense-Universidade, 1976.

MARTINS Filho, Ives Gandra da Silva. Manual esquemático de história da filosofia, 2ª ed.
ver. E ampl. – São Paulo, Ed. LTr, 2000.

PEDRO. Aquilino de. Dicionário de termos religiosos e afins. 10 ed. Santuário: São Paulo,
1999.

REALE, Giovanni, História da filosofia: Antiguidade e Idade Média / Giovanni Reale,


Dário Antiseri; São Paulo, Ed. Paulus, 1990 (coleção filosofia).

ANTISERI, Dario; REALE, Giovani. História da Filosofia: Filosofia Pagã Antiga. 3. ed.
São Paulo: Paulus, 2007.
DINUCCI, Aldo. Koinonia cósmica e antropológica em Epicteto. In: POMBALINA,
Coimbra University Press: Coimbra/Portugal, 2020.
GAZOLLA, Rachel. O ofício do filósofo estoico: o duplo registro da stoa. São Paulo:
Loyola, 1999.
LAÉRCIO, Diógenes. Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Tradução do grego,
introdução e notas de Mario da Gama Cury. Brasília: Editora Unb, 1988.
www.mundodosfilosofos.com.br

De <https://monografias.brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-etica-epicurista.htm>

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