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Junguiana

v.39-1, p.191-198

A busca do quaternio.
A instituição da quarta função

Maria Zelia de Alvarenga*

Resumo Palavras-chave
O texto inventaria a evolução dos pensamen- co e concorra para a forja de uma dinâmica de Regências
tos e das proposições teóricas da autora que a consciência que abarque tanto o relacionamento trinas, Busca
levaram à formulação do presente texto. O quar- individual quanto o coletivo, concorrendo para a da quarta
dinâmica de
to padrão de Inteligência, a questão do mito do implantação de um regime de encontro e con-
consciência,
pecado original e o mito prometeico de criação tinência do outro. ■ proposição
da criatura humana e as virtudes roubadas e as da quarta
cedidas por Zeus. Cristo e a proposição da quar- instância
ta dinâmica de consciência, como possibilidade governamental.
de salvação da humanidade. O texto constata
a condição de mantermos regências trinas em
muitas de nossas instâncias governamentais e a
necessidade de implantarmos um quarto poder
que traduza um verdadeiro regime democráti-

* Médica (FMUSP), psiquiatra (AMB), analista junguiana SBPA


(Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica), membro da
IAAP. Autora de: “Mitologia Simbólica” (em colaboração);
“O Graal. Arthur e seus Cavaleiros” (em português e inglês –
Editora Karnac); “Édipo, um Herói sem Proteção Divina”; “Uliss-
es: o Herói da Astúcia” (em colaboração com Sylvia Baptista –
Editora Casa do Psicólogo); “Por Que os Deuses Castigam?
(Editora Casa do Psicólogo); “Os Deuses Castigam?” (pub-
licação particular); “Anima/Animus de Todos os Tempos”
(Editora Escuta). Fundadora do Centro de Estudos Boitatá.
e-mail: <mza@boitata.org>

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Em 2018, apresentei, no VIII Congresso Lati- pertencente ao célebre texto Ética a Nicômeno:
no-Americano de Psicologia Junguiana, realiza- “Qualquer um pode zangar-se, isso é fácil. Mas
do em Bogotá, Colômbia, o trabalho: “As sete zangar-se com a pessoa certa, na medida certa,
dinâmicas de consciência” (ALVARENGA, 2018). na hora certa, pelo motivo certo e da maneira cer-
Nele propus a existência de outras três dinâmi- ta não é fácil” (p. 8). A frase tem a competência
cas além das quatro propostas pela Psicologia para explicar qual é a virtude da QE.
Analítica no Brasil e as qualifiquei da seguinte Dois anos após a proposição de Goleman
maneira: a primeira, como sendo Urobórica, sob (1997), surgiu o conceito fenomênico de Inteli-
a regência do arquétipo da deusa Natureza; a gência Espiritual (QS), proposto por Zohar e Mar-
segunda, Matriarcal, sob a regência do arquéti- shal (2016) e, no início de terceiro milênio, surge
po da Deusa Mãe, conforme proposição de Neu- também a proposição de Wigglesworth (2012).
mann (2012); a terceira como Patriarcal, sob a Segundo Zohar e Marshal, a QS é descrita “como
regência do arquétipo do deus Pai, também con- uma capacidade de bem escolher (e de) presen-
forme proposição de Neumann; a quarta como tear-nos com um senso moral, uma capacidade
do Encontro, sob a regência do arquétipo da Co- de amenizar normas rígidas com compreensão
niunctio; a quinta, da Comunicação, sob a regên- e compaixão” (2016, p. 23). A QS está ligada à
cia do arquétipo do Verbo Encarnado; a sexta da necessidade humana de a Vida ter um propósi-
Antevisão do Futuro, sob a regência do arquétipo to e um objetivo. A QS seria responsável, pois,
da Profecia; e a sétima, da Dinâmica da Compre- pelo significado da própria existência, pelo de-
ensão Universal, sob a regência do arquétipo da senvolvimento dos valores éticos e crenças que
Totalidade (ALVARENGA, 2018) norteiam as ações no cotidiano, ampliando os
Paralelamente, ocorreu-me a ideia de propor conceitos de QI e QE.
um quarto padrão de inteligência que denomi- A QS é descrita como uma competência expli-
nei Noética. Como é do conhecimento de todos, citada pela disponibilidade de, por opção, assu-
três são os padrões genéricos de inteligência. No mir a responsabilidade e resolver conflitos cujas
começo do século XX, emergiu o conceito de in- demandas não têm um caráter pessoal, mas di-
teligência cognitiva e todas as suas variantes no zem respeito ao coletivo. A QS capacita as pes-
sentido de avaliação das competências intelec- soas para, por opção, se ocuparem do outro e da
tivas (QI) das pessoas, de sua importância para solução de problemas e conflitos do coletivo, por
o processo educacional, da correlação para o se saberem e se sentirem partícipes e compo-
sucesso nos empreendimentos etc. Somente na nentes da comunidade e da demanda implícita
década de 1990, Daniel Goleman (1997) propôs de querer ser a solução dos problemas com os
o conceito esclarecedor de Inteligência Emocio- quais se depara (ZOHAR; MARSHAL, 2016, p. 33).
nal (QE) e esclareceu sua importância no suces- Esta competência, descrita como inerência
so de empreendimentos realizados por pessoas da inteligência espiritual, traduziria uma deman-
dotadas de QI normais, mas de alto QE, e os “fra- da por fazer a diferença, explicitada por carac-
cassos” de pessoas com altíssimos níveis de QI, terísticas de cunho heroico, por conta do agir
mas de QE insuficientes. Goleman, para explicar a visar, fundamentalmente, o bem-estar do outro,
importância da QE nas relações humanas, citou a quem quer que ele seja, no sentido objetivo.
frase conhecida como “O desafio de Aristóteles”, A QS implicaria ocupar-se do problema concreto

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que o outro ou o coletivo sofrem e encontrar uma essa competência vem sendo veiculada e exerci-
solução pertinente. da por grandes líderes como: Gandhi, Sri Aurobin-
Minhas reflexões me levaram a questionar do, Martin Luther King, Madre Teresa de Calcutá,
o conceito de QS por constatar que, apesar de Chico Xavier etc., ressoando sincronicamente e
esse referencial traduzir, sem dúvida, um apri- de forma sintônica em milhares de pessoas!
moramento do conceito de QE, ele não explicita, Essa concepção de inteligência, traduzindo
de forma suficiente, a condição de atender às uma condição de plenitude, implica a busca pre-
demandas requeridas para o desenvolvimento cípua do autoconhecimento, enquanto fala de
da humanidade no sentido de conseguimento Teresa d´Ávila (1981) em seu texto “As moradas
do processo de individuação, bem como não tra- do Castelo” ou a plenitude do caminhar para o
duz o escopo alcançado por algumas criaturas Self, enquanto fala de Jung.
magníficas tanto do passado como do presente. Há três anos, publiquei um livro, escrito com
Por ser o processo de individuação uma de- a colaboração de muitos, denominado “Ani-
manda imperiosa por se atingir o autoconheci- ma/Animus de todos os tempos” (ALVARENGA,
mento, meta maior da humanização, essa con- 2017), no qual formulei a proposição de sermos
dição implicaria assumir inteira e intensamente continentes de ambas as realidades arquetípi-
a realidade de se saber e de ocupar-se com o cas anima e animus, concordando com o pres-
Outro, em si mesmo. Esse Outro subjetivo, mui- suposto de Hillman (1995), mas acrescentando
tas vezes depositário de projeções, as mais som- a condição de que, em todos os seres humanos
brias, necessita ser conhecido e reconhecido a anima reflete a inspiração e o animus reflete
como instância da própria pessoa, em seu mais a realização, ou seja, a anima cria, idealiza e o
profundo processo reflexivo, para que possa se animus faz, executa.
ocupar realmente do outro concreto. Todavia, para que o fazer anímico se realize e
Assim, o próximo passo para traduzir uma ex- traduza a demanda não só da pessoa, mas tam-
pressão transformadora do desenvolvimento do bém do coletivo, a configuração do quaternio,
padrão de consciência para atingir-se a plenitude expresso na quarta dinâmica de consciência,
da condição humana implicaria alcançar um quo- dinâmica da Coniunctio, determina a imperiosi-
ciente de inteligência que traduzisse a síntese da dade da integração anímica. A trindade masculi-
condição intelectiva, com a emocional e a espiri- na, regente da dinâmica do deus Pai, haverá de
tual, e expressasse o ser em sua plenitude maior, transformar-se no quaternio anímico como núcleo
ou seja, ocupado com a redenção do outro con- fundante da quarta dinâmica de consciência.
creto, depois de se ocupar com o outro subjetivo. Esta condição estruturante da quarta dinâ-
Somente conseguiremos realmente nos ocu- mica de consciência, expressa como demanda
par com a redenção do outro quando esse outro anunciada há muitos séculos, senão milênios,
deixar de ser palco de depositações de nossas vivida integral e intensamente pelos grandes
próprias sombras. Enquanto nos ocuparmos com avatares, anteriormente citados como expres-
o outro concreto sem antes nos ocuparmos com sões da inteligência Noética, pede, convida, in-
o outro em nós mesmos, em última instância, ao tima que o coletivo incorpore e se estruture pela
nos ocuparmos do outro concreto estaremos nos condição anímica.
ocupando, simbolicamente, de nós mesmos. Na mítica de Prometeu, conforme exposto
A essa natureza de inteligência propus de- por Protágoras, no texto socrático, também cha-
signar como Noética, cuja expressão se fez atu- mado Protágoras (PLATÃO, 1970), existe o relato
alizada, no passado, em grandes avatares como: de que, após Prometeu presentear as criaturas,
Buda, Jesus Cristo, Francisco de Assis, Teresa por ele criadas, com os dois atributos do fogo
d´Ávila e tantos outros e, nestes últimos tempos, e da techné (roubados de Hefesto e de Atená),

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a emergência de comportamentos competitivos A proposição da mítica helênica concorreu


destrutivos, de violência para com os outros, para dirimir questões minhas, antigas, sobre o
aconteceu de forma assustadora. “pecado original”, descrito no texto Gênesis e a
Zeus, manifestação da sabedoria maior e, proposição também bíblica de Jesus Cristo como
nesse momento, mítico considerado, simboli- enviado divino salvador da humanidade.
camente, como expressão do Self, chama Her- Minhas reflexões me levaram a uma leitura
mes para um trabalho inédito. Entrega ao divino simbólica sobre as razões da proibição de se co-
dos pés alados duas virtudes fenomenais, com mer o “fruto da árvore da Ciência do Bem e do
a incumbência de distribuí-las a todos os hu- Mal” (Gênesis 2:9; 2:16-17; 3:1-24), como sendo
manos, em iguais quantidades para todos. As a expressão da mais profunda sabedoria univer-
virtudes enviadas foram diké e aidós, atributos sal, quando, então, a divindade apresentou-se
esses que conferiam aos humanos competên- como o protetor diante de seus filhos, propon-
cia para estabelecer a regência da justiça (diké) do: não comam desta árvore, porque vocês ainda
entre todos e para todos, e a demanda imperio- não estão prontos, ainda não têm competência
sa de fazer para o outro o melhor de si (aidós) para bem usar o conhecimento dela decorrente.
(ALVARENGA, 2011). E as criaturas criadas desobedeceram e come-
O texto Protágoras traduz assim, simbolica- ram o fruto da árvore do conhecimento, com o
mente, a imperiosidade da integração de duas que, segundo o texto bíblico, foram “expulsos”
virtudes que entendo como expressões aními- do Paraíso.
cas, ou seja, para que exista justiça para com E, de forma similar à mítica helênica, por não
o outro, ou melhor, para que a justiça seja para terem ainda incorporado ou atualizado as duas
com o coletivo, é fundamental fazer para o outro virtudes enviadas por Zeus, ou seja, dikè (justiça
o melhor de si. As instâncias diké e aidós com- para com o outro) e aidós (fazer para o outro o
põem um quaternio com as virtudes do fogo e da melhor de si) tornaram-se, como antevisto no re-
techné, dotação conferida por Prometeu, com o lato platônico, extremamente competitivos, des-
que a Ética se estrutura, se realiza e se atualiza. truindo-se uns aos outros, acumulando bens,
O texto Protágoras, proposto por Platão há somente para si, em detrimento da maioria,
2400 anos, explicitando as virtudes aos hu- usurpando, corrompendo etc. A proposição da
manos conferidas por Zeus, como de funda- mítica helênica, quando anuncia Zeus enviando,
mental importância para que a convivência se pelo mensageiro Hermes, as duas virtudes, dikè
tornasse saudável, harmônica, pois alicerçada e aidós, para todas as criaturas e igualmente dis-
na condição maior de cada um ocupar-se do tribuídas para todos, implica a proposição de um
outro, fazendo para o outro o que tem de me- padrão de consciência condizente com a quarta
lhor, retrata, a todos nós, inegavelmente como dinâmica, ou seja, da Coniunctio, do Encontro,
seres privilegiados. do Fraterno. Esta proposição explícita não está
Assim, quer me parecer que o amor ao próxi- presente na mítica judaica. Todavia, a mítica ju-
mo pede passagem para a composição do qua- daica anuncia a vinda de um Salvador.
ternio na quarta dinâmica de consciência. O salvador anunciado emerge na figura do
Mas, para que assim se dê, é fundamental avatar Jesus Cristo, que anuncia, fundamental-
que cada um escolha se exercer conforme os atri- mente, a proposição de uma dinâmica de cons-
butos dessas virtudes. Dessa forma, poderemos ciência condizente com as proposituras de Zeus,
forjar um futuro possível, diferente do provável! ou seja, que nos façamos regidos pelas virtudes
(BRADEN, 2017). E, para que o processo assim de dikè e aidós. Assim, somente pelo exercício
aconteça, é imprescindível escolher assumir a da quarta dinâmica de consciência, ou seja,
responsabilidade pelo bem-estar do outro. somente quando atualizarmos e incorporarmos

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a condição do fraterno, poderemos nos salvar. Podemos pensar a instância jurídica como
Enquanto nos mantivermos regidos pelo fogo da expressão da função sentimento; a instância
consciência e pelo exercício da techné, seremos do legislativo como expressão do pensamen-
competitivos, invasores, destrutivos para com os to; a instância do executivo como expressão da
outros. Sem aidós e sem dikè, o outro será sem- sensação. A quarta instância, evidentemente de
pre o inimigo a ser derrotado, a ameaça a ser caráter feminino, será expressão da intuição, da
combatida, o invasor a ser destruído, o concor- antevisão do futuro e do aqui-agora, bem como
rente a ser submetido etc. das necessidades imediatas do coletivo. Nomeio
E o avatar dos novos tempos foi crucificado! esta instância como Solidária ou Comunal.
Mas a demanda continua! Assim se dando, a condição crística se torna-
Como sabemos, na mítica da busca do Gra- rá realidade, aidós e dikè estarão em exercício
al, o quaternio não se realizou e o Cálice perma- pleno. Dessa forma, nos faremos competentes
neceu alijado do campo da consciência. Arthur, para nos tornarmos a quinta dinâmica de cons-
simbolicamente, morreu em combate às suas ciência, cuja batalha maior será incorporar o sa-
próprias sombras, Lancelot enlouqueceu, a Ter- crifício das demandas pessoais para sermos e
ra se fez devastada, Guenívere refugiou-se num realizarmos a redenção do coletivo.
eremitério, o filho do tempo novo não pode ser A demanda pela instauração do quaternio
concebido e o Graal restou sendo velado, mas como pressuposto fundamental de uma dinâmi-
não integrado (ALVARENGA, 2008). ca relacional que privilegie o bem-estar do outro,
A integração do Graal, expressão do vaso conti- quando conseguida, representará, simbólica e
nente do acolhimento, configura realidade impres- concretamente, um crescimento tão fenomenal
cindível para a composição do quaternio, deman- da sociedade, como realidade nunca dantes con-
dando estruturar-se na psique do coletivo como quistada. O conseguimento do quaternio, viabili-
expressão simbólica do feminino continente. zado pela incorporação de uma instância que se
Nos tempos de hoje, a sociedade mantém-se ocupe, real e profundamente, com o bem-estar
regida pela trindade dos três poderes: Executivo, do outro, representará a concretização plena das
Legislativo, Judiciário e, como toda trindade ca- virtudes relacionais humanizantes diké e aidós! ■
rente da quarta instância, expressão simbólica
do feminino continente. Recebido em 17/03/2021 Revisão em 31/05/2021

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Abstract
The search of quaternio. The institution of the fourth function
The text would invent the evolution of the au- The text confirms the condition of maintaining
thor’s thoughts and theoretical propositions that triune regencies in many of our governmental
led her to the formulation of the present text. The bodies and the realization of the need to stablish
fourth pattern of Intelligence, the question of the a fourth power that translates a true democratic
myth of original sin and the Promethean myth of regime and contributes to the forge of a dynam-
creation of the human creature and the virtues ic of conscience that embraces both individual
stolen and those ceded by Zeus. Christ and the and collective relationships, contributing to the
proposition of the fourth dynamic of conscience, establishment of a regime of encounter and con-
as a possibility for the salvation of humanity. tinence of the other. ■

Keywords: Triune Rulerships, Search for the fourth dynamics of consciousness, Proposition of the fourth
governmental instance.

Resumen
La búsqueda del cuaternión. La institución de la cuarta función
El texto inventaría la evolución del pens- texto establece la condición de mantener regen-
amiento y las proposiciones teóricas de la auto- cias trinitarias en muchas de nuestras instancias
ra que la llevaron a la formulación de este texto. gubernamentales y la realización de la necesi-
El cuarto patrón de Inteligencia, la cuestión del dad de implantar un cuarto poder que traduzca
mito del pecado original y el mito prometeico de un verdadero régimen democrático y contribuya
la creación de la criatura humana y las virtudes a forjar una dinámica de conciencia que abarque
robadas y cedidas por Zeus. Cristo y la propues- tanto al individuo como al colectivo, contribuyen-
ta de la cuarta dinámica de la conciencia, como do a la implantación de un régimen de encuentro
posibilidad para la salvación de la humanidad. El y continencia del otro. ■

Palabras clave: Gobiernos trinos, Búsqueda de la cuarta dinámica de la conciencia, propuesta de la cuarta
instancia gubernamental.

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Referências
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BRADEN, G. O efeito Isaias: decodificando a ciência perdida
da prece e da profecia. São Paulo, SP: Cultrix, 2017. ZOHAR, D.; MARSHALL, I. A inteligência espiritual. Rio de
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D´ÁVILA, T. As moradas do castelo interior. São Paulo, SP:
Paulus, 1981.

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