Você está na página 1de 53

GESTÃO

ESTRATÉGICA
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA

AULA 2
Conceito de estratégia e as 10 escolas do pensamento estratégico
3
O INÍCIO...
“A competição existe muito antes da estratégia”,
desde o aparecimento da própria vida,
caracterizada da seguinte forma:
◦abundância;
◦variedade;
◦competidores;
◦seleção natural;
◦adaptação;
◦sobrevivência.

4
AS ORIGENS…
A palavra vem do grego antigo stratègós:
stratos - "exército“; ago - "liderança" ou
"comando“.
Andrews e Christensen – Pioneiros. Década de
60 (Harvard Business Scholl).
Década de 80 - disciplina gerencial plena.

5
CONCEITOS
O conceito de estratégia pode ser confuso, pois
o termo é comumente utilizado para expressar
diferentes sentidos:
Uma atividade importante:
“Uma de nossas estratégias consiste em
implementar um novo sistema de gestão de
relacionamento com os clientes”

6
CONCEITOS
Um resultado futuro:
“Nossa estratégia tem por objetivo o ingresso no
mercado internacional”

Algo muito importante:


“Estou trabalhando em um projeto estratégico para
o presidente do conselho de administração”

7
CONCEITOS

8
CONCEITOS
Para Mckean (2009), estratégia é:

“Definição do melhor futuro para sua equipe ou


empresa, mapeamento da rota para alcançá-lo e
sua clara comunicação.”

9
CONCEITOS
Estratégia é a busca deliberada de um
planejamento seguido de um plano de ação
para desenvolver e ajustar a vantagem
competitiva de uma pessoa ou de uma
empresa.

10
PARA QUE UTILIZÁ-LA, ENTÃO???

Para planejar a evolução de uma


pessoa ou de uma empresa

11
DEFINIÇÕES
As estratégias podem ser definidas em “5 Ps”:
P1 – Plano;
P2 – Pretexto;
P3 – Padrão;
P4 – Posição;
P5 – Perspectiva.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC

12
P1 – PLANO
Estratégia é...
...um plano (conscientemente pretendido)…
...ou algo equivalente…
...ou uma direção...
...ou um guia...
...ou um curso de ação para o futuro... Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC

...ou um caminho para ir daqui até ali...


13
P2 – PRETEXTO
Estratégia é...
… uma manobra específica para superar um
oponente ou concorrente...
Pretexto para superar rivais em uma situação
competitiva ou de barganha...

14
P3 – PADRÃO
Estratégia é...
…uma coerência em comportamento ao longo do tempo...
... consistência no comportamento, pretendido ou não...
Podem ser:
✓Deliberadas – “plenamente realizadas” ou “não
realizadas”;
✓Emergentes – o “padrão realizado não era”
expressamente pretendido.

15
P3 – PADRÃO

16
P4 – POSIÇÃO
Estratégia é...
... Combinação entre organização e ambiente (interno
x externo)...
... Nicho; local que gera renda; domínio de produto-
mercado; local onde os recursos estão
concentrados...

17
P5 – PERSPECTIVA
Estratégia é...
... a maneira fundamental de uma organização fazer as
coisas...
... a maneira fixa de uma organização olhar o mundo...
... o caráter; comprometimentos distintos e integrados
com maneiras de agir e responder...
... a cultura da organização...

18
ATIVIDADE 2A
Assista o filme “Fome de poder” e
destaque estratégias utilizadas
pelos personagens para alcançar
seus objetivos, uma para cada um
dos “5 Ps”.
Trabalho individual!
Entrega até a próxima aula.

19
LEITURA...

Vamos ler o texto da fábula “Os cegos e o


elefante”, que está disponível no Moodle...

Tempo = 10min

20
CONCEITOS
MINTZBERG, AHLSTRAND e
LAMPEL, no livro “SAFÁRI DE
ESTRATÉGIA: Um Roteiro Pela
Selva do Planejamento
Estratégico”, propuseram dez
escolas de pensamento sobre
formulação de estratégia.

21
ESCOLAS DE PENSAMENTO
ESCOLA DO ESCOLA DO ESCOLA DO ESCOLA
DESIGN PLANEJAMENTO POSICIONAMENTO EMPREENDEDORA

ESCOLA ESCOLA DO
ESCOLA DE PODER ESCOLA CULTURAL
COGNITIVA APRENDIZADO

ESCOLA ESCOLA DE
AMBIENTAL CONFIGURAÇÃO

22
1 - ESCOLA DO DESIGN
A formação da estratégia é realizada pela
gerência sênior em um processo deliberado de
pensamento consciente, nem formalmente
analítico nem informalmente intuitivo, de forma
que todos possam implementar a estratégia.

23
1 - ESCOLA DO DESIGN
Nessa escola, a
formulação da
estratégia é definida
como um processo de
concepção, ou seja, o
gerente sênior cria
mentalmente
estratégias deliberadas.

24
2 - ESCOLA DO PLANEJAMENTO
Iniciada por Ansoff e Andrews, reflete a maior
parte das ideias da escola de design,
acrescentando a concepção de que o processo
estratégico não é apenas cerebral, mas também
formal.

25
2 - ESCOLA DO PLANEJAMENTO
A formalidade significa que o processo
estratégico pode ser decomposto em passos
distintos, delineados por listas de verificações e
sustentado por técnicas como orçamentação,
programas e planos operacionais.

26
2 - ESCOLA DO PLANEJAMENTO
A estratégia e sua formação nessa escola são
definidas como um processo formal.
Nessa escola está incluída a técnica de
planejamento estratégico.

27
3 - ESCOLA DO POSICIONAMENTO
Principalmente impulsionada por Porter, que
adota a visão de que a estratégia se reduz a
posições genéricas selecionadas por meio de
análises formalizadas das situações da indústria,
tais como as avaliações feitas através do modelo
das cinco forças competitivas de Porter.

28
3 - ESCOLA DO POSICIONAMENTO

29
3 - ESCOLA DO POSICIONAMENTO
Nessa escola, a formulação da estratégia deve
ser precedida de exame profundo da indústria e
de uma minuciosa análise do ambiente externo
e interno da empresa.

30
3 - ESCOLA DO POSICIONAMENTO
As "ameaças e oportunidades" do ambiente e
as "forças e fraquezas" da organização devem
ser avaliadas conforme o modelo genérico de
estratégia a ser adotado pela empresa.
A ideia central de estratégia e formulação
resume-se a um processo analítico.

31
3 - ESCOLA DO POSICIONAMENTO

32
4 – ESCOLA EMPREENDEDORA
Essa escola, embora contenha alguns traços de
prescrição, como centrar o processo estratégico
no presidente da empresa, contrariou as escolas
anteriores ao basear o processo nos mistérios
da intuição.

33
4 – ESCOLA EMPREENDEDORA
Assim, a estratégia e sua formulação passam de
projetos, planos e posições precisas para visões
vagas ou perspectivas amplas, as quais são
vistas por meio de metáforas.

34
4 – ESCOLA EMPREENDEDORA
Nessa concepção estratégica, o líder mantém o
controle sobre a implementação de sua visão
formulada, sendo o detentor de todo o
processo estratégico.
A estratégia estaria resumida a um processo
visionário do líder.

35
5 – ESCOLA COGNITIVA
Busca a origem das estratégias ao estudar os
processos mentais de sua criação.
Essa escola estuda as estratégias que se
desenvolvem nas mentes das pessoas, a fim de
categorizar os processos mentais em estruturas,
modelos, mapas, conceitos e esquemas.

36
5 – ESCOLA COGNITIVA
Assim, a pesquisa é dirigida ao modo como a
mente humana processa a informação, mapeia
a estrutura do conhecimento e obtém a
formação de conceitos, focalizando, portanto, a
cognição na criação da estratégia.

37
5 – ESCOLA COGNITIVA
Outra corrente dessa escola estratégica
direciona sua pesquisa para o modo como a
cognição é usada para construir estratégias por
intermédio de interpretações e não
simplesmente para mapear a realidade de uma
forma mais ou menos objetiva e distorcida.

38
5 – ESCOLA COGNITIVA

A escola pretende desvelar o processo mental


de criação das estratégias ao analisar a sua
formação na cabeça do estrategista.

39
6 – ESCOLA DO APRENDIZADO

A escola de aprendizado busca entender a


estratégia como um processo emergente que se
origina em toda a organização através de seus
membros individualmente ou coletivamente.

40
6 – ESCOLA DO APRENDIZADO
Assim, as estratégias surgiriam dos padrões
comportamentais praticados pela organização,
inexistindo a cisão entre formulação e
implementação da estratégia.
As estratégias seriam o aprendizado da
organização que emerge por intermédio do
fluxo das ações organizacionais.

41
7 – ESCOLA DE PODER
É a escola que focaliza a formação da estratégia
como um processo de negociação, que é dividido
em duas dimensões.
A primeira chama-se de micropoder e enxerga o
desenvolvimento da estratégia dentro das
organizações como um fenômeno essencialmente
político de modo que o processo de formulação
envolve barganha, persuasão e confrontação entre
os atores que dividem o poder na empresa.

42
7 – ESCOLA DE PODER
A segunda divisão dessa escola é designada de
macropoder, que visualiza a organização como
uma entidade que usa seu poder sobre os
outros e seus parceiros de alianças, realizando
joint-ventures e outras redes de relacionamento
para negociar estratégias "coletivas" de seu
interesse.

43
8 – ESCOLA CULTURAL
Contrária a escola do poder, entende a
estratégia como um processo social baseado em
cultura organizacional.
Enquanto o poder concentra-se em interesse
próprio e fragmentação, a cultura volta-se para
os interesses comuns e integração dentro da
organização.

44
8 – ESCOLA CULTURAL
A cultura organizacional está ligada à ideia de cognição
coletiva caracterizada pela "mente da organização"
expressada em crenças comuns que se refletem nas
tradições, nos hábitos e nas manifestações mais
tangíveis relacionadas à história, aos símbolos e até
mesmo aos edifícios e produtos da empresa.
Logo, a cultura seria responsável pela formação da
estratégia e uma desencorajadora das mudanças
estratégicas.

45
9 – ESCOLA AMBIENTAL

Essa escola, coloca a estratégia como um


processo reativo ao ambiente em que está
inserida, ou seja, a organização é considerada
um ente passivo que consome seu tempo
reagindo a um ambiente que estabelece a
ordem a ser seguida.

46
9 – ESCOLA AMBIENTAL

O ambiente determinaria as estratégias em


função de seu grau de estabilidade ou
instabilidade, além de estabelecer as pressões
institucionais de cunho político e ideológico
sofridas pela empresa.

47
10 - ESCOLA DE CONFIGURAÇÃO
Essa escola entende a estratégia como um
processo de transformação. Assim, as
organizações são percebidas como
configurações, ou seja, agrupamentos coerentes
de características e comportamentos.

48
10 - ESCOLA DE CONFIGURAÇÃO

A fim de transformar uma organização, ela teria


de saltar de uma configuração para outra, sendo
que nesse instante ocorreria uma mudança
estratégica.

49
10 - ESCOLA DE CONFIGURAÇÃO
Além disso, cada uma das configurações
descritas por esta escola suportaria um modo
diferente de estratégia a ser seguida.
Portanto o entendimento da configuração
organizacional seria o ponto de partida para a
formulação da estratégia corporativa.

50
CONCLUSÃO
“Somos os cegos e a formulação de estratégia é
o nosso elefante”...

51
ATIVIDADE 2B
A partir da leitura da fábula “Os cegos e o
elefante”, que está disponível no Moodle,
participe do Fórum disponível no tópico desta
aula, expressando sua opinião a respeito do
atual contexto no qual vivemos, onde “TODOS
são donos da verdade”.

52
Até a próxima aula!

53

Você também pode gostar