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ARTIGO
A auação
esraégica de
mulheres negras
no combate às
brechas digitais
de gênero e raça
Palavras-chave Resumo
iberativismo negro O presente artigo explora as principais barrei-
Brechas digitais ras encontradas para produção e circulação do
ulheres egras conhecimento - no contexto de mundo globa-
Internet lizado - quando produzido por pessoas negras
em geral e, particularmente, por mulheres ne-
gras. partir disso, discute-se como brechas
digitais de gênero e raça imputam às mulheres
negras formas de atuação que driblam as ma-
zelas que assolam grupos historicamente mar-
ginalizados, dentro e fora do ambiente digital.
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Keywords Abstract
lack cyberactivism his article explores the main barriers in the
igital gaps production and circulation o knowledge - in
lack omen the context of a globalized world - when pro-
Internet duced by black people, particularly black
women. From this, it is discussed how digi-
tal gender and race gaps impute black women
ways of acting that circumvent the ills that
plague historically marginalized groups, inside
and outside the digital environment.
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demarcadas ainda no período colonial: 1 e desigualdades” e que não descolam desta luta
oméstica/mucama, quando recaía sobre as as violências especícas que atingem “as comu-
mulheres negras “a tarefa de manter, em todos nidades quilombolas, a intolerância religiosa, o
os níveis, o bom andamento da casa-grande: extermínio da juventude negra, a LGBTfobia, o
lavar, passar, cozinhar, ar, tecer, costurar, ama- feminicídio de mulheres negras e a ditadura da
mentar as crianças nascidas do ventre “livre” beleza eurocentrada”. omes, 2017, p. 74.
das sinhazinhas” p. 53; 2 ãe-preta, “aquela ma das expoentes do ovimento de
que efetivamente, ao menos em termos de pri- ulheres egras brasileiras, ueli arneiro
meira inância, cuidou e educou os lhos de 2003, explica que na medida em que avan-
seus senhores” p. 53, 54; e 3 ulata, posição çavam os “processos relacionados à globaliza-
“exercida por jovens negras que, num processo ção e à nova ordem mundial” p. 125, mulhe-
extremo de alienação imposto pelo sistema, res negras foram conscientizando-se de que
submetem-se à exposição de seus corpos [...] aquele cenário exigiria novas formas de atua-
para o deleite do voyeurismo dos turistas e dos ção. esse sentido, elas apropriaram-se de tec-
representantes da burguesia nacional” p. 59. nologias de informação e comunicação para
ssa estrutura racializada é extremamente viabilizar representações positivas da popula-
sosticada na mérica atina, pois o poder à ção negra, bem como para visibilizar mobiliza-
branquitude é assegurado sob o mito da supe- ções e lutas contra o racismo, sexismo e outras
rioridade branca que se utiliza da ideologia do opressões interligadas. estaca-se, sobretudo, o
branqueamento para manter negros e indíge- uso da ferramenta Internet enquanto recurso
nas na condição de segmentos subordinados no para potencializar o fazer revolucionário e ati-
interior das classes mais exploradas onzalez, vista de mulheres negras no ciberespaço.
2020, p. 131. o rasil, a leitura sobre a história
e cultura do negro ainda tem sido pautada am-
plamente pela sociedade “via racismo ambíguo 2. Brechas digitais de
e mito da democracia racial. sta visão tem sido gênero e raça
disseminada nos diferentes espaços estruturais
do poder e marca de forma diferenciada a his-
tória da negra e do negro” omes, 2017, p. 95. pesar das limitações estruturais já menciona-
s mulheres negras, em particular, com- das, que se reetem na desigualdade de acesso
põem o maior grupo social do rasil, sendo à Internet, por exemplo, “o espaço virtual tem
aproximadamente 28% da população, mas per- sido um espaço de disputas de narrativas, pes-
manecem na base da pirâmide social, com os soas de grupos historicamente discriminados
estigmas assentados no período colonial ainda encontraram aí um lugar de existir.” (Ribeiro,
relegando-as às condições sociais mais desa- 2017, p. 86. ongurando-se como espaço de
voráveis, desumanizantes e subalternizantes. disputa de narrativa, o contexto permitiu à
as, o não assujeitamento e o azer revolucio- mulheres negras tornarem-se “produtoras cul-
nário são características destas mulheres, como turais, podendo assim disputar com o poder
se pode destacar na atuação do ovimento de dominante (nesse caso, as mídias hegemôni-
ulheres egras MMN em denunciar as “lacu- cas as narrativas sobre o grupo” ilva, hais,
nas existentes nas políticas públicas para mu- 2019, p. 493. ntretanto, uma vez inseridas no
lheres, igualdade racial e de saúde que ainda ciberespaço, outros desaos apareceram. om
contemplam de forma muito incipiente a in- o avanço da nternet em escala global no m
ter-relação entre racismo, machismo, sexismo dos anos 1990, entusiastas vislumbravam esta
0.
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pistemicídio, como nos ensina a lósoa leis que incidem no combate ao epistemicídio,
ueli arneiro 2005, se constitui “num dos ins- com a produção e circulação do conhecimento
trumentos mais ecazes e duradouros da domi- quando produzido por aodescendentes, são
nação étnica/racial, pela negação que empreende elas as eis 10.639/03, alterada para lei 11.645/08,
da legitimidade das formas de conhecimento, do que inclui no currículo ocial da ede de
conhecimento produzido pelos grupos domina- nsino a obrigatoriedade da temática istória
dos e, consequentemente, de seus membros en- e ultura ndígena e o-rasileira, e a ei
quanto sujeitos de conhecimento” p. 96. 12.711/12 que instituiu o sistema de ações ar-
Se a história que contam é propositalmente mativas em universidades e institutos federais.
estruturada para o imaginário coletivo acredi- sta última permitiu que sujeitos discrimina-
tar que o negro é, por natureza, inferior, o apa- dos saíssem da posição de objetos de pesquisa,
gamento da contribuição aodiaspórica e ai- para se tornar agentes ativos na construção de
cana nas ciências e tecnologias inheiro, 2019 saberes acadêmicos sobre si e seus territórios.
é fundamental para este projeto. Importante sse cenário é reetido também na terceira
situar que “as lacunas também se apresentam brecha digital “detectada seguindo astaño
nos recortes de pesquisa que raramente se de- [quando] se observa o lugar das mulheres na
bruçam sobre a intersecção entre raça, gênero produção, desenho e governança da tecno-
e tecnologia” ima e liveira, ano, p. 9. logia digital, isto é, em postos de comando
combativa atuação do ovimento egro athanson, 2013, p.170”. ausência de mu-
na década de 1970 em alertar a sociedade e o lheres, em geral, e mulheres negras, em parti-
stado sobre a complexa imbricação entre as cular, dentre os pers daqueles que trabalham
desigualdades socais e raciais impactou de tal com tecnologia no Brasil é percebida na pes-
modo que tais temáticas passaram a serem in- quisa #QUEMCODABR, que identicou, não
corporadas as análises sociológicas, sendo im- surpreendentemente, que o perl nestes cargos
prescindível para se pensar de forma mais é de homens 68%, brancos 58,3% e jovens de
prounda e ecaz os enômenos sociais. lém 18 a 34 anos 77%, que começaram as suas tra-
disso, contribuiu para a promulgação de duas jetórias nos centros formais de ensino.
m 2017 a labi - organização sem ns lu- Os dados coletados revelaram que apesar das
crativos com foco em democratizar tecnologias brechas digitais de gênero e raça, mulheres ne-
- realizou a retaab, uma pesquisa que mapeou gras têm se apropriado das tecnologias e atra-
onde estão as mulheres negras na tecnologia. vés das suas múltiplas experiências, desen-
e orma inovadora, para além das áreas de tec- volvem um potencial extraordinário, seja nas
nologia convencionais, que “engloba eletrônica, áreas de inovação 29,1%, transormação social
robótica e inteligência articial, mas também - 14,6% ou 3,2% “com paixão conessa por tec-
e talvez principalmente - a experimentação com nologia” retaab, 2017, p.54.
fazeres outros que podem ser tradicionais e ana-
lógicos” retaab, 2017, p. 7, o mapeamento
teve o objetivo de estimular a inserção e perma- 3. Ciberativismo de
nência de meninas e mulheres negras e indíge- mulheres negras
nas no universo das novas tecnologias.
pesquisa da labi contou com 570 respon-
dentes, todas mulheres, 96% eram negras e 4% Pesquisadoras brasileiras têm se debruçado em
indígenas, de todos os estados brasileiros, in- pesquisar e compreender como os feminis-
cluindo o istrito ederal e teve dois objetivos mos latino-americanos utilizaram estrategi-
principais: “mostrar como a alta de representati- camente as novas ecnologias da normação
vidade é um problema não só para o ecossistema e omunicação para gerar visibilidade às suas
de tecnologia e inovação, mas para os direitos lutas arros. . 2009; athansohn, 2013; ima,
humanos e a liberdade de expressão” e “estimu- 2017; arros. . 2020. e acordo ima 2017,
lar referências positivas na busca que mais meni- os discursos dos feminismos contemporâneos
nas e mulheres negras enxerguem as inovações, são marcados “pela horizontalidade [...], práti-
a tecnologia, as ciências como campos possíveis cas plurais e heterogêneas, articulação com se-
e interessantes de atuação” retaab, 2017. tores diversos da sociedade civil e o uso das
Silvana Bahia, diretora de projetos do Olabi TIC” p. 4 e 5.
e coordenadora do retaab, chamou atenção archa de ulheres egras 2015, por
para os imbricamentos entre acesso e falta de exemplo, é “possivelmente o primeiro grande
referência, fatores que impactam na ausência levante de mulheres negras no Brasil que arti-
de mulheres negras e indígenas nos espaços culou estratégias de comunicação e mobiliza-
voltados para área de tecnologia e inovação: ção “sustentadas nos conhecimentos antigos do
correio nagô e as tecnologias digitais de comu-
Quase tudo relacionado a esse campo é caro, nicação” arros, . 2020, p. 206. euniram-se
em inglês e são raras as políticas (públicas cerca de 50 mil mulheres negras das cinco re-
ou privadas destinadas ao nosso ingresso giões do rasil para marchar contra o racismo,
e permanência nesses espaços. alta de a violência e pelo bem viver, em Brasília (DF,
reerência é outro ator determinante: no dia 18 de novembro de 2015.
se ser uma mulher nas tecnologias já é o ocumento nalítico e eclaração da
um desao, imagina para nós, negras. archa 2015 o coletivo de mulheres denuncia
ausência de reerências positivas sobre “o capitalismo racista patriarcal excludente, que
mulheres negras e indígenas é uma questão nos engessa em espaços sociais de exploração
social que perpassa não apenas o mundo das [...] e que associa qualidade de vida a consumo”.
tecnologias, mas os mais variados campos estaca-se ainda a crítica às propostas desenvol-
prossionais e de poder. ahia, 2017. vimentistas brasileiras, executadas a partir da
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A Safernet5, através do serviço Hotline - re- que 81% das vítimas de discurso depreciativo
cebimento de denúncias anônimas de crimes e vio- nas redes sociais são mulheres negras, na faixa
lações de Direitos Humanos na Internet - identifcou etária de 20 e 35 anos. oi identicado tam-
que no período entre 2006 e 2020, o racismo foi o bém que 65% dos usuários que disseminam
crime de ódio mais denunciado no Brasil, com cerca os discursos de ódio são homens, com idade
de 600 mil casos reportados, valor correspondente entre 20 e 25 anos.
a 23% dos crimes de ódio recebidos pela plataforma s desaos se tornam ainda mais comple-
dentre as sete categorias de denúncia estabelecidas, xos quando analisamos a materialidade dos
fcando atrás apenas da categoria de apologia e inci- modos pelos quais o racismo se imbrica na
tação a crimes contra a vida, consoante com o grá- inaestrutura ou na interace das tecnolo-
fco abaixo: gias digitais, como no reconhecimento facial
e processamento de imagens ou na recomen-
dação de conteúdo, recursos automatizados di-
cilmente identicáveis pelos usuários SILVA,
2020. esse sentido, pesquisadores do rasil
e do mundo se esforçam para desvendar as ori-
gens e profundidades de temas como Racismo
lgorítmico ilva, arcízio. 2019; ilva, arcízio.
2020; ilva, arcízio. 2020. apitalismo de
igilância ubo, 2019 e olonialismo de
ados oldry e ejias, 2019.
e acordo com ilva, arcízio 2020, “ma-
niestações algorítmicas de racismo são mi-
croagressões equentes de diversos tipos, que
[Gráfco 2] ráco produzido pela aeret, podem afetar os usuários de plataformas de
que ilustra o total de denúncias de discurso orma individual ou vicária” p. 136. o exem-
de ódio entre e . aeret, plicar o racismo algorítmico, o autor apre-
senta notícias como “ecanismos de busca de
bancos de imagens inviabilizam famílias de
or denição, discurso de ódio segundo pessoas negras”7 e “pp que transorma seles
a aerab6 são «maniestações que atacam e in- equipara beleza à brancura”8. este mesmo
citam ódio contra determinados grupos sociais percalço, a pesquisadora hiane arros 2020
baseadas em raça, etnia, gênero, orientação se- analisa que
xual, religiosa ou origem nacional”, sendo os
principais alvos destes discursos LGBTs, pes- em Dark matters: on the surveillance of blackness
soas negras, mulheres e outras minorias sociais. a pesquisadora estadunidense Simone Browne, ao
m estudo realizado por rindade 2018, escrever sobre as tecnologias de biometria, que
identicou que mulheres negras são as princi- criam padrões de rosto, por exemplo, afrma que
pais vítimas de discurso de ódio no acebook. existe uma “alsa ideia de que certas tecnologias
autor analisou mais de 109 páginas de de vigilância e sua aplicação é neutra em relação
acebook e 16 mil pers de usuário, além de à raça, gênero, defciência e outras categorias de
224 artigos jornalísticos que citam casos de determinação e suas intersecções” (p. 128) e que os
racismo nas redes sociais brasileiras entre os corpos de mulheres negras são 9 vezes mais vigiados
anos de 2012 e 2016, e chegou à conclusão de em câmeras de aeroportos. (Barros, T. 2020, p. 209)
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4. Conclusão
odrigues da ilva, . ., & de rito ias, . SILVA, hais. Construções identitárias e TICs:
. s tecnologias derivadas da o caso do blog “logueiras egras”.
matriz aicana no rasil: um estudo evista xtraprensa, [S. l.], v. 12,
exploratório. Linhas Críticas, 26, e28089. p. 488-504, 2019. DOI: ./
isponível em: <https://periodicos.unb.br/ extraprensa.. isponível em:
index.php/linhascriticas/article/view/28089>. <https://www.revistas.usp.br/extraprensa/article/
cesso em: junho de . view/>. cesso em: de dezembro de
SAFERLAB REPORT <http://saerlab.org.br/o-que-e- 2020.
discurso-de-odio/index.html>. cesso em de SHOSHANA, ubo. ig ther: capitalismo de
maio de 2021. vigilância e perspectivas para uma civilização
SILVA, Sivaldo Pereira da. Políticas de acesso à informacional. n.: BRUNO, Fernanda
nternet no rasil: indicadores, características et al. ecnopolíticas da vigilância –
e obstáculos. adernos denauer xvi, nº perspectivas da margem. São Paulo,
nternet e sociedade io de aneiro: 2019.
undação onrad denauer, . ________________ Um capitalismo de
isponível em: <http://ctpol.unb.br/wp- vigilância. e onde iplomatique, .
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nternet.pd>. cesso em: de maio de . um-capitalismo-de-vigilancia/>. cesso
SILVA, arcízio. Racismo Algorítmico em em: de evereiro de .
Plataformas Digitais: microagressões SOARES, . . . ediatização na méica
e discriminação em código. n: SILVA, Ladina: ciberativismo de mulheres negras
arcízio org.. omunidades, brasileiras no início do séc. XXI. Faculdade
lgoritmos e tivismo igitais: olhares de omunicação. UFBA. 2020.
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2020, p. 127-146. handle/ri/>. cesso em de maio de .
_______________ VISÃO COMPUTACIONAL TRINDADE, uiz alerio . ídias ociais
e RACISMO ALGORÍTMICO: e a aturalização de iscursos acistas
BRANQUITUDE e OPACIDADE NO no Brasil. In SILVA, arcizio org..
APRENDIZADO DE MÁQUINA. Revista Comunidades, algoritmos e ativismos digitais.
da ssociação rasileira de esquisadores/as lhares aodiaspóricos. SP: iteraua,
egros/as (ABPN), [S.l.], v. 12, n. 31, fev. 2020, p.27-44.
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<https://abpnrevista.org.br/index.php/site/article/ funny. Critical analysis of racial ideologies
view/744>. embedded in racialized humour discourses
___________________ Teoria Racial Crítica on social media in razil. h hesis,
e omunicação igital: conexões contra University of Southampton. Socioloy,
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micronarrativas ao big data. ão aulo:
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www.researchgate.net/publication/338127347_
eoria_Racial_ritica_e_a_omunicacao_
igital_conexoes_contra_a_dupla_opacidade>.
12
V. 3 ⁄ N. ⁄ DEZEMBRO DE A ATUAÇÃO ESTRATÉGICA DE MULHERES NEGRAS GLENDA DANTAS CARDOO
PÁGINAS 5 A 19 NO COMBATE ÀS BRECHAS DIGITAIS DE GÊNERO E RAÇA