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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas

Produção de fitoterápico a base de Aloé Vera (Aloe barbadensis) para o tratamento


da pitiriase versicolor (micose da pele): Bairro Matundo (Nhamatica) na Cidade de
Tete (2023-2025)

Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química

Projecto de Pesquisa

Angelina Bernaldo Manuel

Tete

Setembro de 2023
Angelina Bernaldo Manuel

Produção de fitoterápico a base de Aloé Vera (Aloe barbadensis) para o tratamento


da pitiriase versicolor (micose da pele): Bairro Matundo (Nhamatica) na Cidade de
Tete (2023-2025)

Projecto a ser apresentado no Departamento de


ciências agrárias e biológicas, na Universidade
Púnguè – Extensão de Tete, como requisito de
participação nas jornadas cientificas.
Supervisor: Beldimiro Chiposse

Tete

Setembro de 2023
3

Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO................................................................................................5

1.1. Contextualização................................................................................................................5

1.2. Delimitação do tema..........................................................................................................7

1.3. Problematização.................................................................................................................7

1.4. Justificativa e Relevância.................................................................................................8

1.5. Objectivos...........................................................................................................................9

1.5.1. Objectivo Geral...............................................................................................................9

1.5.2. Objectivos Específicos...................................................................................................9

CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA...................................................................10

2.1. Conceitos básicos............................................................................................................10

2.1.1. Pele................................................................................................................................10

2.1.2. Aloé Vera......................................................................................................................11

2.1.3. Micose...........................................................................................................................13

2.2. Uso do gel de aloe vera em fitocosméticos...................................................................13

2.3. Ação anti-inflamatória....................................................................................................14

2.4. Energética e nutritiva......................................................................................................15

2.5. Tipos da micose...............................................................................................................15

2.5.1. Prevenção da micose....................................................................................................15

2.5.2. Causas da Micose.........................................................................................................16

2.5.3. Os sintomas da Micose................................................................................................16

2.5.4. Tratamento....................................................................................................................16

2.6. Método de obtenção do gel a partir da folha inteira.....................................................17

2.6. Composição química da babosa.....................................................................................17

CAPITULO III: METODOLOGIA.......................................................................................19

3.1.Tipo de pesquisa...............................................................................................................19

3.1.1. Quanto a abordagem.....................................................................................................19


4

3.1.2. Quanto aos objectivos..................................................................................................19

3.1.3. Quanto a Natureza........................................................................................................20

3.1.4. Quanto aos procedimentos técnicos............................................................................20

3.2. Técnicas e Instrumentos de recolha de dados...............................................................21

3.2.1. Entrevista......................................................................................................................21

3.2.2. Observação....................................................................................................................21

3.2.2.1. Procedimentos laboratoriais.....................................................................................21

3.3. Universo e tipo de amostragem......................................................................................23

3.3.1. População e amostra.....................................................................................................23

4. Cronograma.........................................................................................................................24

5. Orçamento...........................................................................................................................24

5. Referências Bibliográficas.................................................................................................25
5

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
A Pitiríase Versicolor é uma infeção fúngica superficial causada por fungos
leveduriformes, dimórficos e lipofílicos do género Malassezia, sendo a maioria dos
casos causados pela espécie Malassezia furfur. Este fungo faz parte da flora normal da
pele humana. Reside dentro do estrato córneo e de folículos pilosos, e desenvolve-se nas
zonas do corpo onde há maior produção de sebo. (Oliveira, Mazocco e Steiner, 2002;
Morais, Cunha eFrota 2010)

A Pitiríase Versicolor surge em resultado da passagem das leveduras na situação de


comensalismo para a de parasitismo devido a certos fatores predisponentes que podem
desencadear o crescimento exagerado do fungo e contribuir para o desenvolvimento da
doença. Estes fatores são classificados em exógenos (altas temperaturas, exposição ao
sol, humidade e pele obstruída por roupas ou cosméticos) ou endógenos (pele oleosa,
transpiração excessiva, desnutrição, alterações hormonais e sistema imunológico
enfraquecido). (Oliveira et al., 2002)

As plantas são utilizadas pelo homem desde o início de sua história para o tratamento de
diversas doenças Actualmente a utilização de substâncias de origem vegetal ou animal
para fins medicinais, continua sendo um hábito frequente nas culturas dos mais
diferentes povos do planeta.
Esta afirmação é comprovada quando observar – se várias pesquisas que relatam que
apesar do desenvolvimento de fármacos sintéticos, as plantas medicinais continuam
sendo uma alternativa no tratamento de diversas doenças em várias partes do mundo.
Ressalta-se ainda que nas últimas décadas sua utilização vem sendo muito valorizada
(Nicoletti, 2012).
Who (1993), afirma que a organização Mundial de Saúde estima que aproximadamente
80% da população de países em desenvolvimento utiliza plantas medicinais para o
tratamento de algumas doenças. E explica que isso ocorre devido a dois motivos, a
tradição e o difícil acesso aos serviços de saúde, e nos países mais ricos devido o
modismo de consumir produtos naturais.

Segundo (Dat, 2012) a Aloe barbadensis é uma planta de origem africana, pertencente à
família das Liliáceas, parecida com um cacto, suculenta que cresce em climas tropicais.
Há mais de 300 espécies de Aloe catalogadas, porém como a maioria é venenosa
6

somente quatro espécies são seguras para serem usadas em seres humanos, merecendo
destaque Aloe arborensis e Aloe barbadensis. Sendo este último de maior concentração
de nutrientes na sua goma ou gel e devido a isso o mais utilizado na medicina curativa e
comumente chamado no mundo de Aloe vera.

A Ação terapêutica da Aloe vera, é citada em vários trabalhos experimentais, e tem sido
utilizada na medicina tradicional na cura de diversos males, dentre eles 3 lesões da pele
como queimaduras, danos por irradiação, úlceras venosas e isquêmica.

No entanto, esta pesquisa que se propõe desenvolver poderá servir de um impulso na


cura das pessoas com micose da pele, e fazendo acreditar assim que as plantas ou seja
especificamente a Aloe vera constitui um impacto positivo na nossa saúde.

É de salientar que o uso terapêutico a base da Aloé Vera começou a milhares de anos,
desde os povos antigos, como gregos, judeus, egípcios, árabes, africanos, europeus e,
mais recentemente povos do continente americano (HEDENDAL, 2001). A literatura é
vasta e com afirmações contundentes sobre o poder curativo da aloé Vera e suas
aplicações na cosmética, daí o porquê, de sua importância econômica, pois suas
propriedades vão ao encontro de dois fatores fundamentais do ser humano, e sua
qualidade de vida; a saúde e a estética (vaidade). Mas somente no século XXI é que
essas propriedades e muitas outras tiveram comprovação assegurada por centenas de
pesquisas científicas nas áreas farmacológicas, fitoquímicas, clínicas e toxicológicas.
Fruto destas pesquisas, inúmeras indústrias espalhadas em vários países, incluindo o
Brasil deram origem a um mercado bilionário de processamento da planta, que é hoje
utilizada em produtos farmacêuticos, cosméticos e alimentícios é crescente, pois é uma
planta de diversos benefícios. Se por um lado os brasileiros não estão familiarizados
com o uso da babosa, além das tradicionais receitas caseiras para uso capilar; por outro,
os europeus, os japoneses, os russos, os mexicanos e americanos, além de outros povos,
usam a babosa corriqueiramente, inclusive como saladas, no Japão e no México. Nesses
mesmos países, vários cientistas têm dedicado seu tempo na busca de descobertas ou
confirmações dos poderes de cura da babosa para muitas enfermidades, principalmente
aquelas de origem degenerativa, como é o caso do câncer, psoríase, leucemia, lúpus.
(STEVENS, 1999)
7

1.2. Delimitação do tema


O Presente trabalho de pesquisa, tem como tema: Produzir fitoterápico a base de Aloé
Vera (Aloe barbadensis) para o tratamento da pitiriase versicolor (micose da pele)
causado pelo fungo Malassezia furfur. Será realizado na Província de Tete; Distrito de
Cidade de Tete no Bairro Matundo. Em termos temporais, decorrerá entre Agosto de
2023 á Novembro do ano 2025.

1.3. Problematização
A nível mundial, os estudos epidemiológicos revelam que a micose da pele é mais
prevalente em regiões tropicais e subtropicais devido à elevada humidade e temperatura.
Atinge ambos os sexos, todas as raças e apresenta um aumento significativo em adultos
jovens com peles mais seborreicas, devido às alterações hormonais que aumentam a
produção de óleo na pele e permitem um ambiente rico em lípidos, que favorecem o
crescimento do fungo. Os extremos etários são os menos atingidos pela doença uma vez
que há diminuição da atividade sebácea. Os fatores como a exposição solar, sudorese
excessiva, prática de atividades físicas, uso de óleos ou hidratantes.

A pitiríase versicolor é uma infecção causada pelo fungo malassezia furfur.


A micose da pele provoca muitas placas escamosas de cor escura, marrom, rosa ou
branca no tronco, pescoço, abdômen e, ocasionalmente, no rosto.

As placas podem se juntar e formar placas maiores. As placas não ficam bronzeadas,
então, no verão, quando a pele ao redor fica bronzeada, as placas ficam evidentes porque
estes fungos impedem a produção da melanina (melanina é um pigmento responsável por
dar cor à pele e pelos, bem como conferir proteção contra os raios ultravioleta). As
pessoas com pele escura natural podem notar placas mais claras. As pessoas com pele
clara natura podem notar placas mais escuras ou mais claras.

Domansky e Borges (2012), a pele é o maior órgão do corpo humano, representando


16% do seu peso, formada por uma camada de tecido responsável pelo revestimento e
proteção de todas as estruturas internas fazendo assim a interação do nosso organismo
com o meio externo. Sendo assim, uma vez lesada a pele exigirá um complexo
mecanismo de funções celulares que agem em sincronia para a reparação da lesão.
Para Khan (2013), vários relatos afirmam que Aloe vera tem uma influência benéfica na
cicatrização de feridas em ratos normais e diabéticos. Devido exercer um efeito
estimulante imunológico, ativando os macrófagos.
8

O principal problema que levou a autora para a realização do presente trabalho de


pesquisa é pelo facto de ter observado que, a maior parte da população no bairro
Matundo, distrito de Tete e província de Tete, padecem da micose da pele. Portanto, a
micose da pele é uma discrepância cutânea provocada pelo fungo Malassezia furfur que
desqualifica a saúde da pele.

Mediante a problematização supracitada, levanta-se a seguinte questão:

Até que ponto, a produção fitoterápico a base de Aloé Vera (Aloe barbadensis) pode
influenciar no tratamento da pitiriase versicolor (micose da pele) causado pelo fungo
Malassezia furfur no Bairro Matundo (Nhamatica)?

1.4. Justificativa e Relevância


As plantas têm um grande potencial para tratar e cicatrizar feridas. Sendo utilizada em
vários países para tratamento de lesões de várias etiologias actualmente, estudos
experimentais utilizando plantas medicinais e outros elementos que atuam na
cicatrização estão sendo desenvolvidos, porém ainda existem poucos estudos clínicos
realizados em humanos. Contudo já existem no mercado alguns produtos derivados de
plantas para fins medicinais caso do Biocure.

Dentre essas plantas medicinais utilizadas na cicatrização de feridas foi escolhida para
este estudo a Aloe barbadensis, conhecido popularmente no Brasil por babosa devido o
mesmo já ser utilizado na cultura popular no tratamento de vários tipos de lesões
cutâneas.

No entanto, a escolha do tema em estudo, prende - se pelo o facto da autora ter


identificado, um elevado índice de ocorrência da micose da pele, na província de Tete,
distrito de Tete Bairro Matundo - Nhamatica. Portanto a micose da pele é uma
discrepância cutânea provocada pelo fungo Malassezia furfur.
As micoses são doenças produzidas por fungos, podendo ser superficiais ou profundas.
Nas superficiais, a pele, unhas e cabelos são agredidos, dando origem a enfermidades
conhecidas como dermatofitose, pitiríase versicolor, candidíase cutânea e outras. Nas
micoses profundas são os órgãos internos que são atingidos primordialmente (Somenzi;
Ribeiro; Meneses; 2006, p.107)

Considerando a relevância que as plantas prestam na sociedade, principalmente a planta


escolhida para o estudo possuem um alto poder curativo para o tratamento de várias
9

doenças, surge uma necessidade da autora fazer um experimento do gênero com o intuito
de poder minimizar este problema ou resolver este problema na sociedade, visto que, o
problema tem afetado a saúde pública. Porém, a Aloe vera surge como a planta ideal na
cura da micose da pele. Contudo, este projeto ajudará a sociedade a combater a micose
da pele usando fitoterápico, a base de Aloé Vera e será uma valia em termos da cura da
doença que os assola, e assim ajudando aqueles que não possuem condições financeiras
para adquirir pomadas nas farmácias.

Oliveira (2010), a ação terapêutica da Aloe vera, é citada em vários trabalhos


experimentais, e tem sido utilizada na medicina tradicional na cura de diversos males,
dentre eles 3 lesões da pele como queimaduras, danos por irradiação, úlceras venosas e
isquêmicas. A Aloe vera apresenta ação cicatrizante, anti-inflamatória, protetora da pele,
sendo muito utilizada nas lesões de pele, devido, fundamentalmente, ao seu poder
emoliente e suavizante. Além de conter as vitaminas C, E, do complexo B e ácido fólico,
contém também minerais, aminoácidos essenciais e polissacarídeos que estimulam o
crescimento dos tecidos e a regeneração celular.

1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo Geral
 Produzir fitoterápico a base de Aloé Vera (Aloe barbadensis) para o tratamento da
pitiriase versicolor (micose da pele) causado pelo fungo Malassezia furfur no Bairro
Matundo (Nhamatica) na Cidade de Tete.

1.5.2. Objectivos Específicos


 Descrever o conhecimento dos moradores do bairro matundo sobre o uso da Aloé
Vera no tratamento da (micose da pele) causado pelo fungo malassezia furfur no
bairro matundo (nhamatica)na cidade de Tete;
 Produzir fitoterapicos a base da aloé Vera para tratamento da micose da pele;
 Identificar as propriedades específicas do Aloe vera (Aloe barbadensis) para o
tratamento da micose da pele;
 Analisar as propriedades especificas do fitoterapico que concorrem para o tratamento
da micose da pele.
10

CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA


2.1. Conceitos básicos
2.1.1. Pele
Dealey (2008), a pele é formada por duas camadas, conhecidas como epiderme e a
derme, ela constitui o maior e um dos mais ativos órgãos do corpo humano. Em sua
estrutura a epiderme forma superfície mais externa do corpo, já a derme forma a camada
mais profunda da pele.

Para Jorge & Dantas (2007), pele tem por função a proteção, actuando como barreira
física contra microrganismos e minimizando a perda excessiva de líquidos; a
sensibilidade, permitindo as sensações de dor, pressão, calor e frio através das
terminações nervosas; a termo regulação mediante a sudorese, vasodilatação e
vasoconstrição; a excreção de eletrólitos e água; o metabolismo, através da síntese de
vitamina D, que ativa o metabolismo de cálcio e fosfato e a caracterização étnica,
relacionada a diferenças quantitativas de melanina e melanóide.
Malagutti & Kakihara (2011), a espessura da pele varia de acordo com a idade, etnia,
região anatômica e sexo. Os pelos são anexos do tegumento, possuem crescimento
cíclico e existem em grande extensão na pele, exceto nas regiões palmar, plantar e parte
dos genitais externos. Os demais anexos são glândulas sudoríparas, que colaboram na
regulação térmica do corpo e as glândulas sebáceas, cujo produto de excreção
impermeabiliza e protege a camada córnea e o óstio folicular. As unhas são formadas
por células ceratinizadas e constituídas da mesma camada da epiderme exceto a
granulosa.

Junqueira & Carneiro (2008), a epiderme apresenta várias camadas sendo a mais
profunda o estrato basal que é responsável pela produção de novas células por divisão
celular. As três camadas superiores da epiderme são o estrato granulosos, o estrato
lúcido e o estrato córneo. A epiderme ainda possui células chamadas melanócitos que
contem melanina que irá determinar a cor da pele de acordo com sua concentração. A
derme é formada por tecido conjuntivo, sua espessura apresenta-se variável de acordo
com a região observada atingindo o máximo de 3mm da planta do pé. Sendo constituída
por duas camadas, a papilar que é mais superficial e a reticular mais profunda. O tecido
conjuntivo é composto por inúmeras fibras colágenas e, em menor número, fibras
elásticas e reticulares. Os feixes colágenos são compostos por fibras e entre eles
11

encontramos fibroblastos. A derme oferece suporte, resistência, sangue e oxigênio à


pele.

2.1.2. Aloé Vera


Thakur (2011), as plantas têm um grande potencial para tratar e cicatrizar feridas. Sendo
utilizada em vários países para tratamento de lesões de várias etiologias. Actualmente,
estudos experimentais utilizando plantas medicinais e outros elementos que atuam na
cicatrização estão sendo desenvolvidos, porém ainda existem poucos estudos clínicos
realizados em humanos. Contudo já existem no mercado alguns produtos derivados de
plantas para fins medicinais caso do Biocure.
Dentre essas plantas medicinais utilizadas no tratamento de micose foi escolhido para
este estudo a Aloe barbadensis, conhecido popularmente no Brasil por babosa devido o
mesmo já ser utilizado na cultura popular no tratamento de vários tipos de lesões
cutâneas.

Dat (2012), a Aloe barbadensis é uma planta de origem africana, pertencente à família
das Liliáceas, parecida com um cacto, suculenta que cresce em climas tropicais. Há mais
de 300 espécies de Aloe catalogadas, porém como a maioria é venenosa somente quatro
espécies são seguras para serem usadas em seres humanos, merecendo destaque Aloe
arborensis e Aloe barbadensis. Sendo este último de maior concentração de nutrientes na
sua goma ou gel e devido a isso o mais utilizado na medicina curativa e comumente
chamado no mundo de Aloe vera.

Oliveira (2010), Ação terapêutica da Aloe vera, é citada em vários trabalhos


experimentais, e tem sido utilizada na medicina tradicional na cura de diversos males,
dentre eles lesões da pele como queimaduras, danos por irradiação, úlceras venosas e
isquêmicas.
A Aloe vera apresenta ação cicatrizante, anti-inflamatória, protetora da pele, sendo
muito utilizada nas lesões de pele, devido, fundamentalmente, ao seu poder emoliente e
suavizante. Além de conter as vitaminas C, E, do complexo B e ácido fólico, contém
também minerais, aminoácidos essenciais e polissacarídeos que estimulam o
crescimento dos tecidos e a regeneração celular.

Domansky e Borges (2012), pele é o maior órgão do corpo humano, representando 16%
do seu peso, formada por uma camada de tecido responsável pelo revestimento e
12

proteção de todas as estruturas internas fazendo assim a interação do nosso organismo


com o meio externo.
Sendo assim, uma vez lesada a pele exigirá um complexo mecanismo de funções
celulares que agem em sincronia para a reparação da lesão.

Vários relatos afirmam que Aloe vera tem uma influência benéfica na cicatrização de
feridas em ratos normais e diabéticos. Devido exercer um efeito estimulante
imunológico, ativando os macrófagos

O processo de cicatrização ou reparação pode ser dividido em três estágios distintos


mais sobrepostos. A fase inflamatória, que pode ser intensa ou duradora dependendo do
grau de lesão tecidual, sendo que nesta fase ocorre o recrutamento e a proliferação dos
fibroblastos. O segundo estágio, chamado de fase proliferativa caracteriza-se pela
deposição do colágeno, da angiogênese, para formar o tecido cicatricial. O terceiro e
último estágio, é a remodelação, no qual o colágeno extracelular é remodelado e
dispostos em feixes paralelos sendo diferente dos produzidos na derme saudável pois a
certos componentes da pele que depois de lesados não é possível sua recuperação como
os folículos pilosos e as glândulas sudoríparas.

De Paula & Pimentel (2011), afirmam que o uso tópico da Aloe vera possui o papel de
fornecer mais oxigênio, aumentando a vascularização e a quantidade de colágeno para
que o processo de cicatrização aconteça. Com seu uso o tecido é desinflamado ocorrendo
a multiplicação das células epiteliais.
Um estudo de revisão publicado em 2012 sobre a utilização da Aloe vera no tratamento
de feridas agudas e crônicas concluiu que apesar da existência de muitos ensaios clínicos
que objetivam comprovar a eficácia da Aloe vera no tratamento de feridas agudas e
crônicas os mesmos apresentam baixa qualidade.

Há 3600 anos a Aloe vera é usada como alimento ou cosmético em sistemas tradicionais
de saúde. O papiro de Ebers, do Antigo Egito, datado de aproximadamente 1550 a.C.,
relatou a fabricação de elixires de longa vida contendo o suco de A. vera. Desenhos de
Aloe também foram encontrados em tumbas de faraós. Conta-se que a rainha de Sabá, no
século X a.C., usava azeite balsâmico com suco de A. vera nos cuidados da pele e
cabelos, prática também supostamente realizada por Cleópatra (69 – 30 a.C.).

Dentre as principais actividades biológicas evidenciadas nesta planta destacam-se:


conservante de alimentos, clareamento da pele, antimicrobiana, imunomoduladora,
13

antitumoral, hepatoprotetora, nefroprotetora, hipoglicemiante, anti-inflamatória,


antioxidante, cicatrizante de feridas e de queimaduras.
O sumo das folhas com alta concentração de antraquinonas tem sido utilizado como
laxante, enquanto que o suco purificado mais claro, obtido praticamente do gel (sem a
casca) com baixa concentração de antraquinonas, atua como calmante do estômago e
alivia a indigestão ocasional.A atividade hepatoprotetora atribuída ao gel pode estar
relacionada a preservação de enzimas do metabolismo hepático por sua atividade
antioxidante. Em um estudo de toxicidade crônica, o suco purificado.

2.1.3. Micose
São infecções provocadas pelo crescimento excessivo de fungos e que podem afetar a
pele, o couro cabeludo, as unhas e áreas mais úmidas do corpo. Os fungos estão
presentes em todas as pessoas, mas o desenvolvimento das micoses está ligado a fatores
como, sistema imunológico enfraquecido, consumo excessivo de açúcar ou alergias.

As micoses são doenças produzidas por fungos, podendo ser superficiais ou profundas.
Nas superficiais, a pele, unhas e cabelos são agredidos, dando origem a enfermidades
conhecidas como dermatofitose, pitiríase versicolor, candidíase cutânea e outras. Nas
micoses profundas são os órgãos internos que são atingidos primordialmente (Somenzi;
Ribeiro; Meneses; 2006, p.107)

2.2. Uso do gel de aloe vera em fitocosméticos


O uso da A. vera em cosméticos justifica-se devido a algumas atividades biológicas
citadas anteriormente, com destaque para as propriedades hidratante, antioxidante, anti-
inflamatória, cicatrizante e antimicrobiana. A actividade antioxidante está relacionada à
presença de betacarotenos, além de outros componentes, como enzimas e compostos
fenólicos. Foi observada grande propriedade antioxidante da A. vera com três anos de
idade, quando comparadas com plantas de dois e de quatro anos.
Muitas substâncias foram identificadas no gel de A. vera, o qual apresenta
aproximadamente 99,5% de água. As substâncias incluem uma combinação de
polissacarídeos e derivados acetilados de polissacarídeos, glicoproteínas, antraquinonas,
flavonoides, taninos, esteroides, aminoácidos, enzimas, saponinas, proteínas, vitaminas,
minerais como ferro, potássio, manganês e sódio. Um novo glicosídeo triglicosilado do
naftaleno foi identificado por Yang e colaboradores. Acredita-se que os polissacarídeos
desempenham um papel importante nas atividades biológicas observadas no gel. Esses
14

podem apresentar dois tipos de polímeros: o acemanano, polissacarídeo de estoque rico


em manose, e outros polissacarídeos que compõe a parede celular.37,38 Além dos
polissacarídeos, admite-se que o sinergismo entre esses e demais compostos presentes na
planta, como as glicoproteínas, seja responsável pelos efeitos medicinais atribuídos à
Aloé. vera. No exsudato amarelo, novos derivados naftalenos foram identificados por
Yang e colaboradores.
A actividade anti-inflamatória do gel de A. vera está relacionada à indução da síntese de
prostaglandinas e infiltração de leucócitos. O efeito antimicrobiano sobre bactérias
Gram--positivas e Gram-negativas foi evidenciado por diferentes métodos, bem como
sobre o fungo Candida albicans. A ação cicatrizante do gel ocorre pela manutenção da
umidade da ferida, estímulo da migração celular e proliferação de fibroblastos,
maturação mais rápida do colágeno e redução do processo inflamatório. Sobre a
atividade hidratante do gel A. vera, um estudo sobre formulação de cosméticos mostrou
que altas concentrações do gel liofilizado (0,25% e 0,5% ) aumentou a hidratação do
estrato córneo da pele com apenas uma aplicação, indicando que o gel apresenta
compostos que melhoram a hidratação da pele, por meio de atividade umectante. Em
decorrência das atividades evidenciadas no gel de Aloe vera, esse produto é incorporado
a várias formulações com fins medicinais, e entre elas, cosméticos e nutracêutico.

2.3. Ação anti-inflamatória


A Aloe Vera tem uma ação similar a dos esteroides, como a Cortisona, mas sem seus
efeitos colaterais, por isso é útil em problemas como bursites, artrites, lesões, golpes,
mordida de insetos e outros. E é um ótimo produto para combater infecções crônicas da
bexiga.
Aloe vera auxilia o restabelecimento do equilíbrio fisiológico, com ação regeneradora,
tônica e emoliente, age diretamente nas diferentes camadas da pele. Devido à sua ação
enzimática, proporciona grande poder de penetração, nutrição, ideal para o crescimento
e reprodução celular, auxiliando o organismo no constante processo de desintoxicação.
Através desta ação, o processo de penetração nas células aumenta, contribuindo para a
remoção de células mortas. Consequentemente, os poros ficam limpos, permitindo uma
absorção maior de oxigênio vital à regeneração celular.
Trabalhos divulgados recentemente apresentam o extrato de Aloe vera 5:1 como
potencializador da absorção da vitamina C pela pele, melhorando assim sua
biodisponibilidade e concentração nas camadas mais profundas, com melhores
15

resultados terapêuticos.
Aloe vera estimula a circulação sanguínea, aumentando a tonicidade da pele. Os
nutrientes contribuem para manter a elasticidade dos músculos, produzindo
flexibilidade, tonificação, hidratação e proteção à pele. Sua ação adstringente torna a
pele firme, mantém a umidade natural, pH balanceado e melhor tonicidade.

2.4. Energética e nutritiva


Uma das propriedades mais importância da Aloe vera é que contém 19 aminoácidos
essenciais, necessários para a formação e estruturação das proteínas que são à base das
células e tecidos, e também minerais como cálcio, fósforo, cobre, ferro, manganês,
magnésio, potássio e sódio, todos os elementos indispensáveis para o metabolismo e
atividade celular. Em estudo realizado com Aloe vera. A acemanana, Polissacarídeos
presentes na Aloe vera nas concentrações de 2 até 16mg/mL, aumentou de maneira
significativa a proliferação de fibroblastos gengivais e estimulou a secreção do fator de
crescimento de queratinócitos e do fator de crescimento vascular endotelial, além de
colágeno do tipo I. Todas essas substâncias estão diretamente ligadas com a cicatrização,
uma vez que desempenham papeis importantes, como re-epitelização tecidual, formação
de vasos sanguíneos e formação de tecido conjuntivo.

2.5. Tipos da micose


 Candidíase: micose transmitida pelo fungo Cândida albicans. A candidíase pode
ocorrer na região oral, vaginal, peniana, intestinal;
 Tinha: micose caracterizada por manchas vermelhas de superfície escamosa, bordas
bem nítidas e que coçam. As tinhas aparecem em qualquer lugar do corpo, sendo
mais comum as dos pés, como “pé-de-atleta” ou “frieira”. Nas crianças, é comum
que apareçam no couro cabeludo, formando uma placa com crostas, com coceira
intensa, parecendo que o cabelo foi cortado naquela região. A tinha do couro
cabeludo pode passar de uma criança para outra;
 Pitiríase versicolor: micose muito frequente caracterizada por manchas pequenas
como confete. Podem estar agrupadas ou isoladas, e normalmente aparecem na parte
superior dos braços, tronco, pescoço e rosto. Sua superfície tem uma descamação
fina, com a tonalidade variando entre o branco, rosado ou castanho, e pode coçar. A
pitiríase versicolor é mais comum em adolescentes e jovens, sendo que pessoas de
pele oleosa estão mais suscetíveis a apresentar este tipo de micos;
16

 Onicomicose: micose das unhas, tanto dos pés quanto das mãos. Caracteriza-se por
alterações na cor da unha, descolamento, fragilidade, quebra, fendas, deformações.

2.5.1. Prevenção da micose


 Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele como as
axilas, as virilhas e os dedos dos pés;
 Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo;
 Evite o contato prolongado com água e sabão;
 Não use objetos pessoais (roupas, calçados, pentes, toalhas, bonés) de outras
pessoas;
 Não ande descalço em pisos constantemente úmidos (lava pés, vestiários, saunas);
 Observe a pele e o pêlo de seus animais de estimação (cães e gatos). Qualquer
alteração como descamação ou falhas no pêlo procure o veterinário;
 Evite mexer com terra sem usar luvas;
 Use somente o seu material de manicure;
 Evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e
ventilados;
 Evite roupas quentes e justas. Evite os tecidos sintéticos, principalmente nas roupas
íntimas;
 Prefira sempre tecidos leves como o algodão.

2.5.2. Causas da Micose


As micoses são causadas pela proliferação de fungos na pele. Que podem A condição
pode ser decorrente de baixa imunidade, calor e umidade, calçados apertados, passar
muito tempo com roupa de banho molhada, andar descalço em locais úmidos, obesidade
e ansiedade.

2.5.3. Os sintomas da Micose


Os sintomas das micoses dependem de seu tipo. Os sintomas em comum são: coceira,
inflamação da pele, manchas brancas, vermelhidão, rachaduras entre os dedos e
deformação nas unhas. É importante salientar que alguns tipos de micose são
contagiosos.

2.5.4. Tratamento
O tratamento vai depender do tipo de micose e deve ser determinado por um médico
dermatologista. Podem ser usadas medicações locais sob a forma de cremes, loções e
17

talcos ou medicações via oral, dependendo da intensidade do quadro. O tratamento das


micoses é sempre prolongado, variando de cerca de 30 a 60 dias. Não o interrompa
assim que terminarem os sintomas, pois o fungo nas camadas mais profundas pode
resistir. Continue o uso da medicação pelo tempo indicado pelo seu médico.
As micoses das unhas são as de mais difícil tratamento e também de maior duração,
podendo ser necessário manter a medicação por mais de doze meses. A persistência é
fundamental para se obter sucesso nesses casos.

2.6. Método de obtenção do gel a partir da folha inteira


Vinson (2005), geralmente, os extratos da folha inteira para consumo são preparados
após esterilização e homogeneização por trituração da folha inteira e então remoção da
aloína por filtração com carvão.
Ramachandra e Rao (2008), outro modo de processamento da folha inteira, que é
empregado na manufaturarão do sumo e o seu procedimento é feito inteiramente a frio
com dissolução da epiderme através da trituração e homogeneização e a remoção de
partículas grosseiras, além da aloína através da passagem por uma série de filtros. A
primeira parte do procedimento inicia com a remoção da base e da ponta e corte da folha
em secções. O material é colocado numa trituradora, e após trituração é tratado com
produtos químicos especiais que quebram a estrutura do filete libertando os
constituintes. Esse líquido é então bombeado para grandes tanques de aço inoxidável
previamente limpos e higienizados. Uma vez cheio, o tanque é conectado a um extrator
para a remoção de peças grandes de polpa e folha resultantes do processo de trituração.
O resultado é a separação da fracção líquida e da polpa. A segunda fase do
processamento consiste na passagem do líquido por uma série de filtros que removam a
aloína, aloe-emodina e outros vestígios de folhas, areia e outras partículas. A seguir é
utilizado um filtro de placas revestidas a carbono que absorvem a aloína e aloe-emodina.
O líquido é passado continuamente pelo filtro até a remoção de 99% de aloína e aloe-
emodina. O produto filtrado é colocado num tanque ao qual é ligado outro filtro. E o
líquido passa por esse filtro até a remoção de todo o tipo de resíduos. O processamento
com filtração a frio é feito como último procedimento de purificação antes do líquido
estar pronto para a estabilização. Esse processamento, quando bem efetuado, pode
assegurar a eficiência máxima e produzir um sumo rico em constituintes (rico em
polissacarídeos), que deve ser livre de antraquinonas.
18

2.6. Composição química da babosa


Araújo e Moon (1999), a composição química entre os aloés é em geral bastante
semelhante, ocorrendo em algumas espécies compostos em maior concentração que
outros, assim como uma pequena variação dos compostos existentes. Geralmente, os
compostos majoritários presentes no parênquima de reserva são principalmente os
polissacarídeos, enquanto em menor concentração estão presentes as enzimas, vitaminas
A, C, D, do complexo B, saponinas, ácido salicílico e esteroides.

Femenia (2003), no caso específico da Aloe barbadensis Miller, o parênquima de reserva


(gel) é constituído substancialmente por 98,5% de água e mais de 200 compostos
distribuídos entre polissacarídeos, taninos, enzimas, lipídios, aminoácidos e vitaminas.
Dentre eles, os polissacarídeos compõem mais de 60% da fração sólida do gel, no qual
os monômeros manos e glicose constituem aproximadamente 70% da porção
polissacarídeos.
Os polissacarídeos representam 63% da fração constituída pelo parênquima de reserva,
onde, cerca de 15% é constituída por proteínas. O teor de cinzas representa
aproximadamente 10% desta fração e a percentagem de lignina não ultrapassa 3%,
indicando a ausência de parede celular secundária no tecido de reserva da Aloé
barbadensis Miller.

A composição de açúcares encontrados nos polissacarídeos extraídos a partir do


parênquima de reserva das folhas revela a existência de oito monossacarídeos.
19

CAPITULO III: METODOLOGIA


Metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca do
conhecimento (Andrade, 1999, pag.111).

3.1.Tipo de pesquisa
3.1.1. Quanto a abordagem
Será usada a pesquisa qualitativa.
De acordo com Gil (1999), a pesquisa qualitativa estabelece uma relação dinâmica entre
o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a
subjectividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. Portanto, segundo
Trivinos (1987), a abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados buscando seu
significado, tendo como base a percepção do fenômeno dentro do seu contexto. O uso da
descrição qualitativa procura captar não só a aparência do fenômeno como também suas
essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças, e tentando intuir as
consequências.

A mesma auxiliará no confronto directo que autora terá, com os moradores que padecem
da micose no Bairro Matundo. Entretanto, ajudará na obtenção de dados subjectivas
fiáveis, sobre a influência da produção do fitoterápico a base da aloé Vera para o
tratamento da Micose causado pelo fungo Malassezia furfur.

3.1.2. Quanto aos objectivos


Subponto de vista dos objectivos da pesquisa, trata-se de uma pesquisa explicativa.
Segundo Gil (1999), a pesquisa explicativa tem como objetivo básico a identificação dos
fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de um fenômeno. É o tipo
de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois tenta explicar a razão
e as relações de causa e efeito dos fenômenos.
20

Para Lakatos & Marconi (2001), este tipo de pesquisa visa estabelecer relações de causa-
efeito por meio da manipulação direta das variáveis relativas ao objeto de estudo,
buscando identificar as causas do fenômeno. Normalmente, é mais realizada em
laboratório do que em campo. A pesquisa causal (explicativa) baseia-se, muitas vezes,
em experimentos, envolvendo hipóteses especulativas, definindo relações causais. Como
os requisitos para a prova de causalidade são muito exigentes, as questões de pesquisa e
as hipóteses relevantes têm que ser muito específicas.

Contudo, a partir do uso da pesquisa explicativa será possível esclarecer ao grupo alvo, a
essência da produção do fitoterápico a base da aloé Vera para o tratamento da Micose
que os assola. Isto, na medida em que a autora irá explanar a grande dimensão, que esta
produção de fitoterápico a base da aloé vera, pode oferecer no tratamento da micose nas
suas vidas.

3.1.3. Quanto a Natureza


É uma pesquisa aplicada. Pelo o facto da pesquisa estar dedicada à geração de
conhecimento para solução de problemas específicos, pois, é uma pesquisa dirigida à
busca da verdade para determinada aplicação ou prática em situação particular de
interesse, no caso da produção do fitoterápico a base da Aloé Vera no laboratório para
comunidade em estudo.

Segundo Barros (2014), a pesquisa aplicada, o pesquisador busca orientação prática à


solução imediata de problemas concretos do cotidiano. A pesquisa prática também
chamada de pesquisa aplicada visa encontrar soluções as necessidades apresentadas na
realidade, ou seja, estabelecer ordem e controle na natureza.

A pesquisa aplicada concentra-se em torno dos problemas presentes nas atividades das
instituições, organizações, grupos ou atores sociais. Ela está empenhada na elaboração
de diagnósticos, identificação de problemas e busca de soluções. Responde a uma
demanda formulada por “clientes, atores sociais ou instituições” (Thiollent, 2009, p.36).

3.1.4. Quanto aos procedimentos técnicos


É pesquisa, experimental e do campo.
Gil (2008), Estudo de Campo procura o aprofundamento de uma realidade específica. É
basicamente realizada por meio do questionário das actividades do grupo estudado e de
entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do ocorrem
naquela realidade.
21

É estudo do campo porque, desde a identificação do problema até a e o termino do


trabalho envolve e envolverá o campo.

Para Gil (2007), a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo,


selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle
e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto . Já segundo Fonseca (2002,
p. 38): A pesquisa experimental seleciona grupos de assuntos coincidentes, submete-os a
tratamentos diferentes, verificando as variáveis estranhas e checando se as diferenças
observadas nas respostas são estatisticamente significantes. Os efeitos observados são
relacionados com as variações nos estímulos, pois o propósito da pesquisa experimental
é apreender as relações de causa e efeito ao eliminar explicações conflitantes das
descobertas realizadas.

A pesquisa experimental pode ser desenvolvida em laboratório (onde o meio ambiente


criado é artificial) ou no campo (onde são criadas as condições de manipulação dos
sujeitos nas próprias organizações, comunidades ou grupos).

Usar-se à o experimento após a produção e conversação com o grupo alvo. Onde de uma
forma aleatória, a autora irá escolher alguns animais que possuem o mesmo patógeno
para realizar o experimento do produto produzido no laboratório.

3.2. Técnicas e Instrumentos de recolha de dados


3.2.1. Entrevista
De acordo com GIL (1989), define entrevista como sendo uma técnica que entrevistador
se apresenta frente ao entrevistado e lhe formula perguntas com objectivo de obtenção
de dados que interessa a investigação. Com base nisto, os dados serão obtidos durante o
processo de interação e experimento com o grupo alvo.

3.2.2. Observação
Para este trabalho será usada observação laboratorial, pois a autora usará esta técnica
para identificar as propriedades antifúngica da aloé Vera,e avaliar estas propriedades
antifúngicas

Marconi & Lakatos (1996) a observação em laboratório tem caráter artificial, mas é
importante para isolar o objeto de pesquisa de influências externas e descobrir os
mecanismos de funcionamento interno do objeto.
22

3.2.2.1. Procedimentos laboratoriais


Como serão colhidas as plantas?

As plantas ou as folhas da aloé Vera serão colhidas mediantes os seguintes processos:

O cultivo de Aloe vera tem por objetivo obter o máximo volume possível de folhas, as
quais podem ser cortadas em sua base quando alcançam um peso mínimo determinado.
Tanto em condições de irrigação como de sequeiro, cada folha não deve ser inferior aos
pesos de 450 g e 375 g, respectivamente. Para colher as folhas da aloé vera (folhas) terá
que atender umas normas de qualidade em seu aspecto e forma, tais como: isenta de
doenças, apresentar bom aspecto em relação a sua cor e vigor, ausência de manchas e
sem danos físicos. E ao cortar as folhas de um da planta do Aloé Vera, deverá deixar na
planta um mínimo de quatro a seis folhas centrais para a emissão posterior de novas O
momento do corte poderá ser influenciado pelas condições climáticas predominantes, o
estado agronômico da plantação.

Em seguida, as folhas colhidas devem ser tratadas com muito cuidado para evitar danos
e reduzir sua qualidade por uma incorreta manipulação da matéria prima, ou seja, uma
vez cortadas, as folhas devem ser colocadas em caixas de plástico ou madeira de forma
que a parte côncava das folhas fique virada no sentido vertical ascendente.

Como serão transportadas

As folhas da aloé Vera depois de serem colhidas e colocadas em sacos plásticos ou


Cestos serão transportadas por um carro ou táxi mota até ao laboratório da universidade
Púngúe, para posteriormente produzir o fitoterápico, a base da aloé vera.

Como será produzido o fitoterápico, a base da Aloé Vera.

para produção do fitoterápico, a base da aloé Vera, que será usado para o tratamento da
micose da pele, será produzido no laboratório, obedecendo os seguintes passos:

1. Lavar mãos: a higienização é importante para desinfetar as mãos, assim como, os


instrumentos a serem usados para a produção do gel, evitando assim, possíveis
alterações do produto.

2.Cortar uma das folhas externas de uma planta de Aloe Vera: visto que, elas são
mais propensas a estarem maduras e conterão uma boa quantidade de gel fresco e
saudável ,com ajuda a uma faca afiada cortará a base da folha e a ponta da folha,
23

3.Depois deixará 10 minutos; as folhas de pé num copo para que a resina amarela
escorra. Ela contém látex, que pode ser um pouco irritante para a pele. É melhor deixar
que ela escorra para que não vá parar no gel.

4.Descasque as folha: use um descascador de vegetais para retirar com cuidado a parte
verde das folhas. Corte através da camada branca interna para chegar ao gel abaixo dela.
Retire toda a casca de um lado de cada folha, deixando uma metade em forma de canoa
cheia de gel. Se as folhas forem grandes, pode ser melhor cortá-las em pedaços menores
antes de descascar. Tirará o gel depois de descascar com ajuda de uma colher ou
qualquer outro instrumento que facilitará este processo ,e colocará no pote de vidro de
preferência para a melhor conservação.

As propriedades da Aloe Vera a serem avaliadas.

Propriedades físicas

A planta da Aloe Vera e constituída de folhas verdes túrgidas, com formato de roseta.
Cada folha é composta de duas partes distintas, sendo uma casca verde externa
denominada pele e interiormente composta por uma polpa clara denominado gel e os
estudos demonstram varias

Propriedades químicas
Propriedades terapêuticas atribuídas a Aloe vera, dentre as mais importantes temos:

 Ações antibacterianas;
 Purificantes;
 Purgantes;
 Anticancerígeno;
 Antifúngico;
 Antioxidante.

3.3. Universo e tipo de amostragem


3.3.1. População e amostra
A População ou Universo da pesquisa é a totalidade de indivíduos, que possuem as mesmas
características definidas para um determinado estudo, enquanto a amostra é uma parte da
população ou do universo, selecionada de acordo com uma regra ou plano, (Gil, 2002, p. 20).

De acordo com a intenção da pesquisa é para colher dados fiáveis e abrangentes, o universo
populacional envolvera toda a população que se encontra padecendo da micose do bairro
24

matundo nhamatica. Portanto, o Universo é 500 pessoas e a amostra por ser uma pesquisa
experimental, usar-se-á uma amostragem de 20 pessoas.
25

4. Cronograma
Período
Actividades 2023 2024 2025
Elaboração do projecto X
X
Revisão bibliográfica X
Organização do material X
para a recolha de dados
Recolha de dados no X
campo
Elaboração de síntese X
Redação e correção X
Interpretação de dados X
Final X

5. Orçamento
Designação Quantidade Valor monetário Valor total
Cadernos de sebentas 3 80 240
Internet 5 GB 200 1000
Folha A4 300 2 600
Frascos para colocar 40 50 2000
Gel de aloe Vera
Esferográfica 10 10 100
Impressão 20 3 60
Encadernação 4 35 140
Valor Total: 4080mts
26

5. Referências Bibliográficas
Bach, D. B.; lopes, M. A. (2007). Estudo da viabilidade econômica do cultivo da
babosa (Aloe vera L.). Ciência e Agrotec, Lavras, v.31, n.4, p.1136-1144, jul./ago.,
2007.

Bach, D. B.; Lopes, M. A. Estudo da viabilidade econômica do cultivo da babosa (Aloe


vera L.). Ciência e Agrotec, Lavras, v.31, n.4, p.1136-1144, jul./ago

Dat, A.D.; poon, F.; PHAM, K.B.T.; DOUST, J. (2012). Aloe vera for treating acute
and chonic wounds. Cochrane database of sistematic Reviews, 32Pgs

De Paula, R. A.; Pimentel, L. C. (2011). Ação da Babosa no reparo tecidual e


cicatrização/Effectiveness of Aloe vera on the tissue repair and healing process.
Brazilian Journal of Health, v. 2, n. 1, p. 40-8.

FONSECA, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC.


Apostila.

GIL, Antonio Carlos. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas.

KHAN, A. W.; KOTTA, S.; ANSARI, S. H.; SHARMA, R. K.; KUMAR, A.; ALI, J.
Formulation development, optimization and evaluation of aloe vera gel for wound
healing. Pharmacognosy Magazine, v.9, n.1, p. S6-S10, 2013.

Oliveira S. H. S.; Soares, M. J. G. O.; Rocha, R. S. (2010). Uso de Cobertura com


Colágeno e Aloe Vera no Tratamento de Ferida Isquêmica: Estudo de caso. Rev. Esc.
Enferm, v. 44, n. 2, p: 346-51.

Teske, M.; Trentini, A. M. Herbarium.(1997). Compêndio de Fitoterapia. 3.ed. Curitiba:


Herbarium Laboratório Botânico. 317p.

Thakur, R. J. N.; Pathak, R. (2013). Practices in Wound Healing Studies of Plants.


Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. doi:10.1155/2011/438056.

Thiollent, M. (2009). Metodologia de Pesquisa-ação. São Paulo: Saraiva. Thiollent, M.


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TRIVIÑOS, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa


qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.

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