Você está na página 1de 30

HISTÓRIA DE PERNAMBUCO

PROF: SD. GALVÃO


Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com
Cotidiano/ Resistência/ Herança Afro
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Cotidiano e formas de resistências escrava


Cotidiano

Iremos dividir em três partes esse nosso assunto. Primeiro vamos falar do
cotidiano, segundo iremos falar sobre as formas de resistências e por
terceiro e ultimo vamos falar das Heranças afrodescendente aqui no
estado de Pernambuco.

A lavoura e a mineração, precisavam de mão de obra escrava para se


manter em alto rendimento por séculos. Para suprir essa necessidade da
lavoura aqui em Pernambuco, a maioria dos escravos comprados e
negociados, eram Homens e tinham em média 15 a 30 anos. Isso não quer
dizer que as mulheres não eram trazidas, pelo contrario, os senhores de
engenho até tinham uma preferencia na hora da compra por ESCRAVAS
visando os abusos e a questão sexual, sendo mal tratada tanto pelo
senhor de engenho, como pela sua senhora, motivada por ciúmes.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Cotidiano e formas de resistências escrava


Um dos Problemas mais gritantes que os escravos recém chegados
enfrentavam, era a questão do DIALETO, por não entenderem a língua
sofriam para atender as ordens dos seus senhores, que logo traziam
denominações para esses escravos. Os escravos que não entendiam nada
eram chamados de BOÇAIS, os que já entendiam algumas coisas era
chamados de LADINOS e havia aqueles que já nasciam aqui e estavam
introduzidos tanto no dialeto como na cultura, os CRIOULOS.

Outro detalhe muito importante no cotidiano dos escravos, era que


quando introduzidos ne seio da sociedade escravista Brasileira, SEUS
NOMES DE ORIGEM ERAM APAGADOS, eles não poderiam utilizar o seu
nome de batismo, teria que usar um nome PORTUGUÊS como: João,
Maria, José e outros tão populares que conhecemos. ERAM BATIZADOS
SEGUNDO A FÉ CATÓLICA.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Cotidiano e formas de resistências escrava


Eram proibidos de praticar AS SUAS TRADIÇÕES como dança, língua,
luta, música, entre outros, mas algo interessante foi a difusão da sua
CULINÁRIA.

Os escravos eram tratados como um só povo, como uma só “mercadoria”,


sendo submetidos a tratamentos desumanos e vivendo em situações
precárias, trabalhando de forma abusiva e quando não agradavam, eram
punidos rigorosamente com violência e prisão.

Como forma de sobreviver muitos, “aparentemente”, aceitavam a cultura


brasileira imposta a eles, inclusive alguns deles, uma minoria,
conseguiam a liberdade e tinham seus PROPRIOS ESCRAVOS. Outros
escravos tinham mais liberdade por conta da função que empenhavam,
negociantes, vendedores e comerciantes(escravos de ganho) gozavam de
mais liberdade para poder exercer sua função, facilitando as vezes a sua
fuga.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Cotidiano e formas de resistências escrava


Resistências

A forma de resistência mais famosa entre os escravos é sem duvidas os


QUILOMBOS. Mas antes de vermos a questão dos quilombos vamos ver
outras formas de resistências que aconteciam no meio dos escravos.
Por não aceitar a situação e a vida que lhes eram imposta, muitos
escravos SUICIDAVAM-SE, NÃO CUMPRIAM AS ORDENS,
ASSASSINAVAM OS FEITORES E SEUS SENHORES, REBELAVAM-SE, AS
MULHERES FAZIAM ABORTO e FUGAS constantes para os quilombos
ou até saiam da província procurando lugares cada vez mais distantes
dos seus senhores. Sem falar nas sabotagens que faziam nas produções
de açúcar, lançando fagulhas e provocando incêndios no canavial, ou até
quebrando as ferramentas que ajudavam no campo. Também existia a
questão da depressão profunda chamada de BANZO.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Cotidiano e formas de resistências escrava


Resistências Quilombos

A tradição aqui no Brasil dava o nome de QUILOMBOS ou MOCAMBOS


para esses lugares onde os escravos reuniam-se e se organizavam. Os
seus integrantes eram chamados de QUILOMBOLA, MOCAMBEIROS e
CALHAMBOLA. A resistência quilombola foi, desde o sec. XVII até os
últimos anos da escravidão, uma das formas de resistência que mais
preocuparam as autoridades das Províncias por toda sua organização.
Eles se organizavam e a vida no quilombo era baseado na agricultura,
onde eles plantavam MILHO, FEIJÃO, MANDIOCA E AÇUCAR... Também
viviam da caça e criação de gado. Quando falamos de quilombos o
primeiro que vem a nossa mente é o QUILOMBO DOS PALMARES, situado
na serra da barriga, atual estado de alagoas e que era território
PERNAMBUCANO na época do seu auge.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Cotidiano e formas de resistências escrava


Resistências Quilombos

O quilombo de Palmares foi alvo de vário ataques de expedições militares


que tentaram destrui-lo, mas com cerca de 20 mil habitantes, resistiu por
muito tempo. Era o “calcanhar de Aquiles” dos senhores de engenho e
das autoridades, pois demonstravam que era possível a vida em liberdade
dos escravo. O primeiro Líder do quilombo foi, GANGAZUMBA, ele fez um
acordo com as autoridades da capitania de Pernambuco, um acordo de
paz que previa liberdade para OS NEGROS NASCIDOS EM PALMARES, em
troca seriam devolvidos aos seus senhores, os escravos recém chegados
ao quilombo. Seu sobrinho, ZUMBI DOS PALMARES, liderou o grupo que
não aceitavam esse acordo, GANGAZUMBA foi destituído e assassinado
fazendo com que ZUMBI ficasse no seu lugar comandando a luta contra
vários ataques.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Cotidiano e formas de resistências escrava


Resistências Quilombos

Em 1687 o Bandeirante Domingos Jorge


Velho, chega a Pernambuco, juntamente
com seus comandados contratados pelo
governo e senhores de engenho, para
destruir palmares. Entre 1687 a 1695
tiveram vários combates entre os
bandeirantes e os quilombolas, quando
após muitos anos de resistência, os
bandeirantes conseguiram dominar o
quilombo ateando fogo em toda estrutura
e zumbi tenta fugir, porem é capturado e
executado em 1695 onde sua cabeça foi
colocada em praça publica no Recife.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Cotidiano e formas de resistências escrava


Resistências Quilombos

Outro quilombo muito Famoso em Pernambuco foi o QUILOMBO DO


CATUCÁ(1817 – 1825). Situado na floresta do cutucá que serpenteava a
área mais populosa da Província, a ZONA DA MATA SECA, ao norte do
Recife. Cortada Por muitas estradas, ela começava nos limites de Beberibe,
antigo subúrbio do Recife, passava pelo sitio dos macacos e por São
Lourenço, mais a oeste da Capital, Lançando-se entre os engenhos
costeiros e a serra a oeste do Recife em direção ao Norte. Passava pelos
rios e mangues da região não chegando muito longe da costa em Paratibe e
daí a pasmado, perto da ILHA DE ITAMARACÁ até o povoado de
tejucupapo, Próximo a vila de Goiana já quase na fronteira da província da
Paraíba.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Cotidiano e formas de resistências escrava


Resistências Quilombos

Os escravos que viviam no


quilombo do catucá viviam com os
mesmos modos de resistências que
o quilombo dos palmares, só que
com menos organização e seus
integrantes tinham como o
principal maior meio de economia
baseado na PILHAGEM DE
PRODUTOS(saques/roubo) que
passavam pela região, já que era
uma principal região de estradas
que levavam para as principais vilas
da região.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Cotidiano e formas de resistências escrava


Pernambuco
1. Quilombo do Ibura
2. Quilombo de Nazareth
3. Quilombo de Catucá (extensão do Cova
da Onça)
4. Quilombo do Pau Picado
5. Quilombo do Malunguinho
6. Quilombo de Terra Dura
7. Quilombo do Japomim
8. Quilombos de Buenos Aires
9. Quilombo do Palmar
10. Quilombos de Olinda
11. Quilombo do subúrbio do engenho
Camorim
12. Quilombo de Goiana
13. Quilombo de Iguaraçu
HISTÓRIA DE PERNAMBUCO

PROF: SD. GALVÃO


Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Herança Afro em Pernambuco


Herança

Vamos iniciar falando sobre a religião e entender um pouco a semelhança


entre as religiões trazidas pelos europeus e a religião afro. O catolicismo
implantado aqui pelos colonizadores através dos Jesuítas, mostrou a
necessidade do Homem em se devotar a um “santo” para pedir algo,
agradecer e exercer a sua fé, com a religião afro também não foi diferente,
sempre demonstrando a necessidade dos escravos em pedi, agradecer e
exercer a sua fé diante dos orixás e deidades. Vale Lembrar que no
período colonial foi proibido e houve a condenação da religião africana
que era classificada como “A arte do Diabo” por se utilizar de vários
elementos que causavam estranheza aos católicos. E curiosamente
durante o império foi considerada com desordem Pública.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Herança Afro em Pernambuco


Herança

Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião


afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo
o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião
sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o
espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Herança Afro em Pernambuco


Berimbau
Herança

Na música a cultura africana contribuiu com os Agogô


ritmos que são a base de boa parte da música
popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de
influência africana, como o lundu, terminaram dando Afoxé
origem à base rítmica do maxixe, samba, choro,
bossa-nova e outros gêneros musicais atuais.
Também há alguns instrumentos musicais
brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que
são de origem africana. O berimbau é o instrumento
utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos
da CAPOEIRA que traz a fusão de dança utilizada nos
ritos e cultos e arte marcial(luta) forma de defesa de
Muitos escravos durante o período de escravidão.

Capoeira
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Herança Afro em Pernambuco


Herança

Ainda falando em dança, não podemos esquecer do MARACATÚ. A


dança de origem africana surgiu em meados do século XVIII, no estado
de Pernambuco. Durante todo o ano, acontecem apresentações da dança
nas cidades, sobretudo, em Nazaré da Mata, conhecida como a “Terra do
maracatu” Não existe um registro específico sobre o início do maracatu,
mas especula-se que tenha surgido no ano de 1711, em Pernambuco. O
maracatu elefante é um dos mais antigos, fundado em Recife no ano de
1800.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Herança Afro em Pernambuco


Herança

A agremiação criada pelo escravo Manuel Santiago recebeu esse nome


como uma forma de homenagear o animal que, para os adeptos do
candomblé, é protegido por Oxalá, um orixá associado à criação do mundo
e da espécie humana. Até os dias de hoje a dança respeita a tradição de ser
conduzida por três calungas. Elas são bonecas negras, feitas em madeiras,
com vestimentas bem elaboradas e são carregadas pelas baianas. No
maracatu elefante, as bonecas recebem o nome de Dona Leopoldina, Dom
Luís e Dona Emília, representando respectivamente Iansã, Xangô e Oxum.
Atualmente, o maracatu é dividido em dois tipos: o maracatu nação e
o maracatu rural, tido como o mais tradicional pelos dançarinos. Ambos
possuem cortejos (desfiles) ricos e cheios de significados, além de um
forte apelo pela religião do candomblé.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Herança Afro em Pernambuco


Herança

A influência da cultura africana é


também evidente na culinária
regional, especialmente na Bahia,
onde foi introduzido o dendezeiro, Feijoada Caruru
uma palmeira africana da qual se
extrai o azeite-de-dendê. Este
azeite é utilizado em vários pratos
de influência africana como o
vatapá, o caruru e o acarajé.

Vatapá Acarajé
Cotidiano/Resistência/Herança

VAMOS PARA A QUESTÃO.


Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

(PMPE-2016) Texto I “A cultura Afrodescendente tem sido muitas vezes reificada, apresentada como
um repertório inerte de tradições, como se não estivesse enraizada em processos culturais dinâmicos
e em ambientes sociais desiguais...”. LIMA, I. M. de F.; GUILLEN, I. C. M. Cultura afro-descendente no
Recife: maracatus, valentes e catimbós. Recife: Bagaço, 2007. p. 39.
Texto II “A cultura e o folclore são meus / Mas os livros foi você quem escreveu... / Perseguidos sem
direito nem escolas / Como podiam registrar as suas glórias / Nossa memória foi contada por vocês /
E é julgada verdadeira como a própria lei / Por isso, temos registrado em toda a história / Uma mísera
parte de nossas vitórias / Por isso, não temos sopa na colher / E sim, anjinhos para dizer que o lado
mau é o Candomblé...”.
Texto III “O preconceito racial a que são submetidos não só os maracatuzeiros e maracatuzeiras mas
toda a população negra desta cidade está oculto nas falas, nos procedimentos, nos gestos...”. LIMA, I.
M. de F.; GUILLEN, I. C. M. Cultura afrodescendente no Recife: maracatus, valentes e catimbós. Recife:
Bagaço, 2007. p. 11.

Com base nos textos, analise aspectos das manifestações culturais Afro-Brasileiras em Pernambuco e
assinale a alternativa CORRETA.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

A) O livre exercício dos cultos religiosos bem como a proteção dos locais onde são realizados,
garantidos pela Constituição de 1988, foram decisivos para que não houvesse, nos últimos anos,
casos de intolerância religiosa em Pernambuco.
B) A permanência da cultura Afro-brasileira em Pernambuco demonstra que os afrodescendentes,
após a abolição da escravatura, tiveram suas condições sociais alteradas, sendo reconhecidos e
respeitados pelo Estado brasileiro bem como por sua sociedade.
C) Embora muito praticada em Pernambuco nos tempos de hoje, a capoeira só chegou a esse Estado
graças ao desenvolvimento da capoeira regional e capoeira de angola na Bahia.
D) A permanência da herança cultural afrodescendente no estado de Pernambuco só foi possível
devido às táticas estabelecidas pelos sujeitos históricos, que partilhavam e partilham esses
códigos culturais, constituindo-se em uma atitude de resistência em defesa da identidade e do
respeito à diversidade cultural.
E) A herança cultural afrodescendente em Pernambuco, como o maracatu, são verdadeiras
reproduções dos costumes africanos. No caso, o maracatu era a antiga coroação dos reis e rainhas
do congo.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

(PMPE-2016) Durante os três séculos, nos quais vigorou a escravidão no Brasil, a resistência de
escravos tanto de origem africana quanto de origem indígena foi constante e tomou as mais diversas
formas. No século XIX, quando a escravidão brasileira viveu seu apogeu com o maior afluxo de
escravos africanos, o crescimento das cidades fez multiplicar nelas não apenas o número de escravos
mas também as formas de resistência, que se diversificavam cada vez mais. E, se as fugas sempre
foram as mais famosas e emblemáticas dessas formas de resistência, nunca foram as únicas.
Sobre elas, diz o historiador Marcus Carvalho: “Nunca faltaram fugas de escravos no Recife. Alguns se
aproveitavam dos cortes que o Capibaribe fazia entre os bairros para se evadirem dentro da própria
cidade em busca de dias melhores. Existem ainda casos mostrando o outro lado da história: fugas do
Recife para o interior, ou até para fora da Província, buscando a distância do senhor ou a proximidade
de parentes, amores, amigos e pessoas da mesma etnia ou nação.”
(CARVALHO, M. J. M. Liberdade: Rotinas e Rupturas do Escravismo no Recife, 1822-1850. Recife: Ed.
Universitária da UFPE, 2010. P. 176)

Tendo em vista esse cenário, assinale a alternativa INCORRETA.


Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

A) O quilombo do Catucá, situado nas margens do Recife, na primeira metade do século XIX,
caracterizou-se por ser um espaço de resistência contra a escravidão, que cresceu beneficiando-se dos
muitos conflitos internos das próprias elites escravistas, principalmente nas chamadas insurreições
liberais.
B) O quilombo do Catucá, situado nas margens do Recife, na primeira metade do século XIX, cresceu
associado a esse centro urbano, beneficiado das fugas de escravos do Recife e canaviais da região,
chegando também a se expandir sobre toda a região antes dominada por seu predecessor, o
quilombo de Palmares.
C) Com o crescimento da escravidão urbana no Recife do século XIX, começaram a se desenvolver
novas formas de fugas, como as chamadas „fugas de portas a dentro‟, quando um escravo urbano
fugia de seu dono, mas permanecia na mesma cidade, agora servindo a um novo senhor com o qual
havia estabelecido um processo de negociação.
D) Construções culturais, como a capoeira, o maracatu, e mesmo o culto a determinados santos
católicos, como São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, foram importantes formas de resistência
cotidiana, elaboradas por escravos e ex escravos nas margens da sociedade escravista e mesmo em
suas instituições mais importantes, como a Igreja Católica.
E) O trabalho escravo nos canaviais também gerava resistência, fosse na forma de revoltas e
assassinatos de feitores, fosse na forma de sabotagens da produção.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

(PMPE-2018) Segundo a historiadora Isabel Guillen ao se caminhar “...pelas ruas do Recife lembramos
que a cidade foi palco de mais de trezentos anos de escravidão de populações africanas e seus
descendentes... [Mas], parece que a história da escravidão e da cultura negra, herança da diáspora,
permanece invisibilizada na cidade. Qualquer pessoa que transita pela cidade, seja um jovem
estudante ou turista, encontrará parcas referências à história da escravidão e da cultura negra na
região metropolitana do Recife: o busto de Zumbi na praça do Carmo, a estátua de Solano Lopes no
Pátio de São Pedro; Dona Santa na praça defronte à rua Vidal de Negreiros, a Igreja de Nossa Senhora
do Rosários dos Homens Pretos, alguns baobás plantados em praças na cidade... E pouco nada mais
do que isso.”
(http://www.encontro2018.historiaoral.org.br/resources/anais/8/1524268689_ARQUIVO_Lugaresde
memoriadaculturanegraguillen.pdf)

Em relação às manifestações culturais afrodescendentes do Recife, assinale a alternativa CORRETA.

A) As práticas religiosas que foram elaboradas e (re)elaboradas pelos africanos escravizados e


libertos e pelos seus descendentes ficaram conhecidas pela designação de religiões afro-
brasileiras. Em Pernambuco, de uma maneira geral, essas práticas receberam o nome de xangô.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

B) O maracatu, segundo os historiadores, surgiu na capitania de Pernambuco, ainda no século XVI,


como uma forma de dança ritual na qual os homens definiam suas futuras esposas.

C) Ao contrário de outras manifestações culturais, o maracatu, graças à atuação da liga carnavalesca e


de alguns folcloristas, pôde conservar sua forma de expressão. Assim, os atuais grupos de maracatus
são praticamente idênticos aos que existiram ao longo do século XIX.

D) A capoeira, apesar de ter surgido na África, teve, no Brasil, uma grande disseminação entre os
escravos, que a praticavam como forma de luta. Após seus primeiros registros terem sido feitos na
Bahia, chegou ao estado de Pernambuco possivelmente em finais do século XIX.

E) As religiões africanas, introduzidas pelos escravos em Pernambuco, tiveram relativa liberdade, o


que justifica, em certa medida, a sua existência até os dias de hoje.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

(PMPE-2018) “Embora não tivessem sido as únicas formas de resistência coletiva sob a escravidão, a
revolta e a formação de quilombos foram das mais importantes. Apesar de muitos quilombos terem
se formado aos poucos, através da adesão de fugitivos individuais ou agrupados, outros tantos
resultaram de fugas coletivas iniciadas em revoltas. Tal parece ter sido, por exemplo, o caso de
Palmares.” (REIS, João José. Quilombos e revoltas escravas no Brasil.) Certamente o quilombo do
Palmares foi e ainda é considerado um marco da resistência escrava em Pernambuco, por todo
significado e simbologia que existe em relação a ele. Todavia, ele não foi a única forma de resistência
que os escravos africanos desenvolveram em solo pernambucano.

Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que

A) as atividades atribuídas a alguns escravos acabavam por facilitar uma possível fuga. Um escravo
que trabalhava vendendo mercadorias precisava de maior mobilidade e flexibilidade em relação
ao horário, possuindo maiores chances de se distanciar, antes que o dono soubesse o que, de
fato, havia acontecido.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

B) o quilombo do Catucá, que se localizava nas proximidades das cidades do Recife e Olinda, foi um
dos maiores problemas para as autoridades provinciais durante quase toda a segunda metade do
século XIX.

C) apesar de a capoeira ser vista hoje como uma luta, ela não era praticada pelos escravos como
forma de resistência. Nessa época, estava muito mais ligada ao lado lúdico e de diversão.

D) o processo de catequese pelos quais passavam os escravos africanos permitiu que a religião
africana praticamente desaparecesse do Brasil, no período imperial. Poucos eram os escravos que
resistiam e continuavam a homenagear os orixás.

E) ao contrário do medo existente entre os habitantes da Bahia e do Rio de Janeiro, a população de


Pernambuco não estava assombrada por um grande levante de escravos, aos moldes do que ocorreu
no Haiti. Isso se justificava pela enorme repressão exercida contra os escravos rebeldes na capitania
de Pernambuco.
Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Cotidiano/Resistência/Herança
Resposta 01: D

Resposta 02: B

Resposta 03: A

Resposta 04: A
HISTÓRIA DE PERNAMBUCO

PROF: SD. GALVÃO


Licenciado para - Caio Juan Rodrigues Vergete - 14384068433 - Protegido por Eduzz.com

Você também pode gostar