Aula 1 – Psicoeducação: Aprendendo sobre o modelo cognitivo e sua influência
em nosso dia-a-dia
A psicoeducação é uma intervenção muito falada e fundamental no contexto da
terapia cognitivo-comportamental (TCC), no entanto toda ação que se propõe à promoção da conscientização sobre os transtornos mentais e o funcionamento cognitivo pode ser considerada psicoeducação. Na TCC, ela é feita ensinando ao paciente sobre o funcionamento cognitivo, levando em consideração os três princípios fundamentais dessa abordagem: - A forma como pensamos e interpretamos os acontecimentos influencia como nos comportamos; - Essa atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada; - O comportamento desejado pode ser influenciado mediante a mudança cognitiva.
O modelo básico de TCC é propositalmente simplificado para voltar a atenção para
as relações entre pensamentos, emoções e comportamentos e para orientar as intervenções de tratamento Exemplo:
paciente com fobia social
Para identificar as crenças e esquemas em que “funcionamos”, o primeiro passo é
identificar os pensamentos automáticos. São cognições que passam rapidamente por nossas mentes quando estamos em meio a situações (ou relembrando acontecimentos). Embora possamos estar subliminarmente conscientes da presença de pensamentos automáticos, normalmente essas cognições não estão sujeitas à análise racional cuidadosa, ou seja, acontecem de forma automática. Exemplo: Esses pensamentos estão relacionados com nossos sistemas de crenças (nucleares e intermediárias) e, na maioria das vezes possuem uma série de erros cognitivos, não atuando de forma coerente com a lógica, mas coerente com a crença. São nossos “óculos pessoais de realidade”. Quando os tornamos conscientes e os questionamos, seguimos um caminho de modo a identificarmos as crenças a que pertencem podemos, assim, enfraquecê-los e reestruturá-los com respostas alternativas funcionais.
Exemplo: Exemplo 2
Exemplo 3
O que a Bíblia diz sobre isso?
(Leitura de Salmos 77, Pv 15:13, Fp 4:8) Conclusão A forma como nos sentimos em determinadas situações, não estão diretamente ligadas a elas, mas a forma como nós interpretamos essas situações. Uma das mensagens da TCC é de que os pensamentos, atitudes e crenças que você guarda consigo têm um efeito imenso sobre a sua forma de interpretar o mundo que o cerca e a maneira como você se sente. Dessa forma, se você está se sentindo muito mal, são maiores as chances de você estar pensando de forma negativa - ou, ao menos, distorcida. Claro que você provavelmente não tem a intenção de pensar de forma distorcida e, sem dúvida, você não tem noção de que está agindo assim. Os pensamentos distorcidos o levam a tomar direções não recomendadas, tirar conclusões precipitadas e supor o pior. Os pensamentos distorcidos desviam do caminho adequado ou induzem à distorção dos fatos. No entanto, você tem a capacidade de parar, olhar para trás, e reavaliar a maneira como você tem pensado, e achar seu ponto de equilíbrio. Bibliografia Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado / Jesse H. Wright, Monica R Basco, Michael E. Thase ; tradução Mônica Giglio Armando. Porto Alegre: Artmed, 2008 Terapia cognitivo-comportamental para leigos / por Rob Wilson e Rhena Branch; tradutora Lia Gabriele. - Rio de Janeiro :Alta Books, 2011