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Por: Thiago Braz Outros resumos em: https://linktr.

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Licenciado para - José Gabriel Ramos - 10890433410 - Protegido por Eduzz.com

S5P2: Visão
-O revestimento médio da córnea é formado por fibras
Objetivos colágenas e fibroblastos e sua face interna é um epité-
• Estudar a anatomia e histologia dos órgãos relaciona- lio pavimentoso simples;
das com a visão;
• Compreender a fisiologia da visão. -Uma vez que a parte central da córnea recebe oxigê-
nio do ar atmosférico, as lentes de contato que são uti-
lizadas por períodos longos devem ser permeáveis
→Bulbo do olho para que o oxigênio passe através delas.
• O bulbo do olho adulto mede cerca de 2,5 cm de diâ-
metro e, de sua superfície total, apenas o 1/6 anterior • Esclera:
é exposto. -Camada de tecido conjuntivo denso, composto prin-
cipalmente por fibras colágenas e fibroblastos;
• Anatomicamente, possui 3 camadas:
-Cobre todo o bulbo do olho, exceto a córnea
1. Túnica fibrosa;
2. Túnica vascular;
-Responsável pelo formato do bulbo do olho, torna-o
3. Túnica interna/retina.
mais rígido;

-Protege as partes internas do bulbo do olho e age


como um local de fixação para os músculos extrínse-
cos do bulbo do olho;

-Seio venoso da esclera/canal de Schlemm: abertura


na junção entre a esclera e a córnea esclera, responsá-
vel por drenar o humor aquoso.

→Túnica vascular
• Camada média do bulbo do olho.

• Composta por 3 partes:


-Corioide;
-Corpo ciliar;
-Íris.

→Túnica fibrosa • Corioide:


-Parte posterior da túnica vascular;
• Camada superficial do olho.
-Reveste a maior parte da face interna da esclera;
• Componentes:
-Córnea: anterior;
-Altamente vascularizada: nutrientes para a face pos-
-Esclera: posterior
terior da retina;
• Córnea: -Possui coloração marrom-escura devido à melanina
-Revestimento transparente que cobre a íris colorida; produzida por seus melanócitos;
-Devido à sua natureza curva, ajuda a focar a luz na -A melanina também absorve os raios solares disper-
retina; sos, evitando a reflexão e a dispersão de luz dentro do
bulbo do olho e permitindo que a imagem que chega à
-Sua face externa é formada por epitélio pavimentoso retina seja nítida e clara.
estratificado não queratinizado;
• Corpo ciliar:
-Na parte anterior da túnica vascular, a corioide se
torna o corpo ciliar;
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-Ele se estende desde a ora serrata, a margem ante- esfíncter da pupila da íris → diminuição no tamanho
rior denteada da retina, até um ponto imediatamente da pupila (constrição = miose);
posterior à junção da esclera com a córnea;
-Quando uma luz fraca estimula os olhos: neurônios
-Tem aparência marrom-escura por conter melanóci- simpáticos estimulam as fibras radiais do músculo di-
tos que produzem melanina; latador da pupila da íris a se contraírem → aumento
no tamanho da pupila (dilatação = midríase).
-Além disso, o corpo ciliar é formado pelos processos
ciliares e pelos músculos ciliares;

-Processos ciliares: são protrusões ou pregas na face


interna do corpo ciliar, que contêm capilares sanguí-
neos que secretam o humor aquoso;

-Fibras zonulares/ligamentos suspensores: fibrilas


finas e ocas que lembram fibras do tecido conjuntivo
elástico, as quais se ligam à lente;

-O músculo ciliar é uma banda circular de músculo


liso. A contração ou o relaxamento do músculo ciliar
modifica a tensão das fibras zonulares, alterando o for-
mato da lente e adaptando-a para a visão de perto ou
de longe. →Retina
• Terceira camada do bulbo do olho, sendo a mais in-
• Íris: terna.
-É a parte colorida do bulbo do olho, com formato de
rosca achatada; • Reveste os três quartos posteriores do bulbo do olho e
é o início da via visual.
-Se encontra suspensa entre a córnea e a lente e se liga
em sua margem externa aos processos ciliares;
• Fundoscopia:
-Formada por melanócitos e por fibras musculares li- -Exame realizado com o uso de um oftalmoscópio,
sas circulares e radiais; instrumento que ilumina o olho e amplifica a retina,
seus vasos e o nervo óptico;
-A quantidade de melanina na íris determina a cor do
olho. Os olhos são entre marrom e preto quando a íris -A superfície da retina é o único local do corpo em que
contém grandes quantidades de melanina, azuis os vasos sanguíneos podem ser observados direta-
quando sua concentração de melanina é muito baixa e mente e avaliados buscando mudanças patológicas,
verdes quando a concentração de melanina é mode- como as que ocorrem com hipertensão, diabetes me-
rada; lito, catarata e com doenças maculares relacionadas
com o envelhecimento;
-Pupila: orifício de diâmetro regulável, situado entre
a córnea e o cristalino, no centro da íris, que permite a -Vários pontos de referência são visíveis através de
passagem de luz. um oftalmoscópio;

• Regulação da entrada de luz pela pupila: -Disco óptico: local em que o nervo óptico (II) deixa
-Uma função principal da íris é a regulação da quanti- o bulbo do olho;
dade de luz que entra no bulbo do olho através da pu-
pila; -Artéria central da retina, um ramo da artéria oftál-
mica, que nutre a face anterior da retina;
-Reflexos autônomos regulam o diâmetro da pupila
em resposta aos níveis de luminosidade; -Veia central da retina, que drena o sangue da retina
através do disco do nervo óptico.
-Quando uma luz brilhante estimula os olhos: fibras
parassimpáticas do nervo oculomotor (NC III) estimu- -Também são visíveis a mácula lútea e a fóvea central.
lam a contração das fibras circulares do músculo

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-A melanina no estrato pigmentoso da retina, assim


como na corioide, também absorve os raios de luz dis-
persos.

• Estrato nervoso (sensorial):


-É uma parte do encéfalo com múltiplas camadas que
processa substancialmente os dados visuais antes de
enviar impulsos nervosos para os axônios que formam
o nervo óptico;

-Possui 3 camadas distintas de neurônios:


• A retina é formada por um estrato pigmentoso e por 1.Camada fotorreceptora;
um estrato nervoso. 2. Camada de células bipolares;
3. Camada de células ganglionares.

-Essas 3 camadas são separadas por duas zonas, as ca-


madas sinápticas interna e externa, onde os contatos
sinápticos são realizados

-Dois outros tipos celulares presentes na camada celu-


lar bipolar da retina são as células horizontais e as
células amácrinas. Essas células formam circuitos
neurais direcionados lateralmente que modificam os
sinais transmitidos ao longo da via a partir dos fotor-
receptores até as células bipolares e as células gangli-
onares.

• Células fotorreceptoras:
-Células especializadas na camada fotorreceptora que
começam o processo pelo qual os raios de luz são con-
vertidos em impulsos nervosos;

-Existem dois tipos de fotorreceptores: os bastonetes e


os cones;

-Bastonetes:
-Cada retina possui cerca de 120 milhões de basto-
netes;

-Permitem enxergar em ambientes de pouca luz,


como à luz da lua;

-Como os bastonetes não fornecem visão colorida,


em ambientes com pouca luz nós podemos enxergar
apenas preto, branco e todos os tons de cinza inter-
mediários.

-Cones:
-Cada retina possui cerca de 6 milhões de cones;

-A luz mais forte estimula os cones, que produzem a


visão colorida;

• Estrato pigmentoso: -Três tipos de cones estão presentes na retina: (1) co-
-Lâmina de células epiteliais contendo melanina loca- nes azuis, que são sensíveis à luz azul, (2) cones ver-
lizadas entre a corioide e a parte neural da retina; des, que são sensíveis à luz verde e (3) cones verme-
lhos, que são sensíveis à luz vermelha;
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-A visão colorida é resultado do estímulo de várias • Ele é envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo
combinações desses três tipos de cones. e mantido em posição pelas fibras zonulares que o cer-
cam, que, por sua vez, se ligam aos processos ciliares.
• Trajeto de formação da imagem:
-Fotorreceptores → camada sináptica externa → célu- • A lente ajuda a focar imagens na retina para facilitar a
las bipolares → camada sináptica interna → células formação de uma visão nítida.
ganglionares;

-Os axônios das células ganglionares se estendem pos- →Interior do bulbo do olho
teriormente ao disco do nervo óptico e deixam o bulbo • A lente divide o bulbo do olho em duas cavidades:
do olho como nervo óptico (II). -Cavidade do segmento anterior;
-Cavidade do segmento posterior.
-O disco do nervo óptico também é chamado de ponto
cego. Como ele não contém cones ou bastonetes, não • Cavidade do segmento anterior:
é possível ver imagens que alcancem o ponto cego. -Corresponde ao espaço anterior a lente;

• Mácula lútea: centro exato da parte posterior da re- -Formada por 2 câmaras: uma anterior e outra poste-
tina, no eixo visual do olho. rior;

• Fóvea central: -Camada anterior: se encontra entre a córnea e à íris;


-Pequena depressão no centro da mácula lútea, contém
apenas cones; -Câmara posterior: se encontra posteriormente à íris
e anteriormente às fibras zonulares e a lente;
-As camadas de células bipolares e ganglionares, que
espalham uma certa quantidade de luz, não recobrem -Ambas as câmaras da cavidade do segmento anterior
os cones da fóvea central; são preenchidas por humor aquoso, um líquido
aquoso transparente que nutre a lente e a córnea.
-Como resultado, a fóvea central é a área de maior
acuidade visual ou resolução; • Trajeto do humor aquoso:
-Ele é filtrado continuamente para fora dos capilares
-O principal motivo pelo qual movemos a cabeça e seu sanguíneos nos processos ciliares do corpo ciliar e en-
solhos enquanto vemos algo é para colocar as imagens tra na câmara posterior;
de interesse na fóvea central.
-Então, ele flui para frente entre a íris e a lente, através
da pupila e para a câmara anterior;
→Lente/cristalino
• Encontra-se dentro da cavidade do bulbo do olho, -A partir da câmara anterior, o humor aquoso é dre-
atrás da pupila e da íris. nado para o seio venoso da esclera (canal de Sch-
lemm) e, então, para o sangue;

-Normalmente, o humor aquoso é completamente re-


posto a cada 90 min.

• Cavidade do segmento posterior:


-Consiste na câmara vítrea postrema, que é maior
e se encontra entre a lente e a retina;

-Dentro da câmara vítrea, encontra-se o humor ví-


treo, uma substância transparente semelhante a uma
geleia que mantém a retina pressionada contra a co-
rioide, dando à retina uma superfície nivelada para a
recepção de imagens clara;
• Nas células da lente, proteínas chamadas de cristali-
nas, organizadas como camadas de uma cebola, com- -Ao contrário do humor aquoso, o humor vítreo não
põem o meio refrativo da lente, que normalmente é
é constantemente reposto. Ele é formado durante a
perfeitamente transparente e não possui vasos sanguí-
vida embrionária e consiste principalmente em água,
neos.
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além de fibras colágenas e ácido hialurônico. O hu- -Espalham as secreções lubrificantes pelos bulbos dos
mor vítreo também contém células fagocíticas que olhos.
removem fragmentos, mantendo essa parte do olho
límpida para uma visão sem obstruções. • A pálpebra superior é mais móvel do que a inferior e
contém em sua região superior o músculo levantador
• Pressão intraocular: da pálpebra superior.
-Pressão no interior do olho;
-Produzida principalmente pelo humor aquoso e par- • Fissura pálpebra:
cialmente pelo humor vítreo; -É o espaço entre as pálpebras superior e inferior, que
expõe o bulbo do olho;
-Normalmente mede cerca de 16 mmHg;
-Seus ângulos são conhecidos como comissura late-
-Mantém o formato do bulbo do olho e evita que ele ral, que é mais estreita e próxima ao temporal; e co-
colapse; missura medial, que é mais larga e mais próxima ao
osso nasal;
-Feridas perfurantes no bulbo do olho podem causar a
perda de humor aquoso e de humor vítreo. Isso, por -Na comissura medial encontra-se uma elevação pe-
sua vez, causa uma diminuição na pressão intraocular, quena e avermelhada, a carúncula lacrimal, a qual
descolamento da retina e, em alguns casos, cegueira. contém glândulas sebáceas (oleosas) e glândulas su-
doríferas (de suor). O material esbranquiçado que al-
gumas vezes se acumula na comissura medial surge a
→Estruturas acessórias do partir dessas glândulas.

olho • Camadas da pálpebra:


-Pele: epiderme, derme e tela subcutânea;
• As estruturas acessórias dos olhos incluem:
-Pálpebras; -Fibras do músculo orbicular do olho;
-Cílios;
-Sobrancelhas; -Tarso: prega espessa de tecido conjuntivo que dá
-Aparelho lacrimal; forma e sustentação às pálpebras;
-Músculos extrínsecos do bulbo do olho.
-Glândulas tarsais/glândulas de Meibomio: fileira
de glândulas sebáceas alongadas modificadas em cada
tarso, que secretam um líquido que ajuda a manter as
pálpebras aderidas uma à outra;

-Túnica conjuntiva:
-É uma túnica mucosa protetora fina composta por
epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado
sustentada por tecido conjuntivo areolar e com nu-
merosas células caliciformes;

-A túnica conjuntiva da pálpebra reveste a face in-


terna das pálpebras;

-A túnica conjuntiva do bulbo passa das pálpebras


para a superfície do bulbo do olho, onde ela cobre a
esclera (a “parte branca” do olho), mas não a córnea.

→Pálprebas
• Funções das pálpebras:
-Cobrem os olhos durante o sono;

-Protegem os olhos da luz excessiva e de objetos es-


tranhos;
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• Líquido lacrimal/lágrima:
-Consiste em uma solução aquosa contendo sais, um
pouco de muco e lisozima (enzima bactericida prote-
tora);

-Funções: protege, limpa, lubrifica e umedece o bulbo


do olho.

• Trajeto do líquido lacrimal/lágrimas:


-Após ser secretado pela glândula lacrimal, o líquido
→Cílicos e sobrancelhas
lacrimal é espalhado medialmente pela superfície do
• Cílios: se projetam a partir da margem de cada pálpe- bulbo do olho pelo piscamento das pálpebras;
bra.
-O líquido lacrimal é drenado em 6 a 12 dúctulos ex-
• Sobrancelhas: atravessam transversamente e em for- cretores, que removem as lágrimas para a superfície
mato de arco a parte superior das pálpebras. da conjuntiva da pálpebra superior;

• Ambos ajudam a proteger o bulbo do olho de objetos ↳ A partir dali, as lágrimas passam medialmente sobre
estranhos, da transpiração e da incidência direta dos a face anterior do bulbo do olho e entram em duas
raios solares. aberturas pequenas chamadas de pontos lacrimais;

• Glândulas sebáceas na base dos folículos pilosos dos ↳ As lágrimas passam então em dois ductos, os cana-
cílios, chamadas de glândulas ciliares sebáceas, libe- lículos lacrimais superior e inferior →, saco lacri-
ram um líquido lubrificante para os folículos. mal (dentro da fossa lacrimal) → ducto lacrimona-
sal;
Terçol: infecção nessas glândulas, em geral causada por bactéria,
causa um inchaço doloroso e repleto de pus.
↳ O ducto lacrimonasal conduz o líquido lacrimal para
a cavidade nasal inferiormente à concha nasal inferior,
→Aparelho lacrimal onde ele se mistura com o muco.
• O aparelho lacrimal é um grupo de estruturas que pro-
duzem e drenam o líquido lacrimal/lágrimas em um • Lacrimejamento protetor:
processo chamado de lacrimação. -Normalmente, as lágrimas são removidas tão rapida-
mente quanto são produzidas, seja por evaporação ou
• Glândulas lacrimais: condução para os canais lacrimais e, dali, para a cavi-
-Possuem tamanho e formato aproximados de uma dade nasal;
amêndoa;
-Se uma substância irritante entra em contato com a
-Secretam o líquido lacrimal; conjuntiva, as glândulas lacrimais são estimuladas a
secretarem excessivamente e as lágrimas se acumulam
-Cada glândula produz cerca de 1 mℓ de líquido lacri- (olhos lacrimejantes) → função protetora, uma vez
mal por dia; que as lágrimas diluem e lavam a substância irritante;

-São inervadas por fibras parassimpáticas dos nervos -Inflamação da mucosa do nariz (ex: resfriado): obs-
faciais (VII). trução dos ductos lacrimonasais e bloqueio da drena-
gem das lágrimas → lacrimejamento.

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• Choro: outro meio transparente que possua densidade dife-


-Apenas seres humanos expressam emoções, tanto fe- rente.
licidade quanto tristeza, através do choro;
• Refração no olho:
-Em resposta a um estímulo parassimpático, as glân- -Conforme os raios de luz entram no olho, eles são re-
dulas lacrimais produzem líquido lacrimal excessivo fratados nas faces anterior e posterior da córnea →
que pode transbordar pelos limites das pálpebras e, até 75% da refração total;
mesmo, preencher a cavidade nasal com líquido (gera
coriza). -Ambas as faces da lente refratam ainda mais os raios
de luz de modo que eles cheguem com o foco exato na
→Músculos extrínsecos do bulbo do retina → 25% da refração total.

olho
• Órbitas:
-Depressões ósseas do crânio nas quais os olhos se en-
contram;

-Ajudam a proteger os olhos, estabilizam-nos no es-


paço tridimensional, ancorando-os aos músculos que
produzem seus movimentos essenciais.

• Os músculos extrínsecos do bulbo do olho se esten-


dem das paredes da órbita até a esclera ocular e são
circundados na órbita por volume significativo de gor-
dura do corpo adiposo da órbita.
• Anormalidades da refração:
• São 6 músculos extrínsecos em cada olho:
1. Reto superior: elevação dos olhos → nervo oculo-
motor (III); -Olho emetrope: olho normal, que pode refratar raios
de luz provenientes de um objeto a 6 m de distância de
2. Reto inferior: abaixamento dos olhos → nervo ocu- modo que uma imagem clara seja focada na retina;
lomotor (III);
-Miopia:
3. Reto lateral: abdução dos olhos (olhar em direção à -Ocorre quando (1) o bulbo do olho é muito longo
orelha) → nervo abducente (VI); em relação à capacidade de foco da córnea e da lente
ou quando (2) a lente é mais espessa do que o nor-
4. Reto medial: adução dos olhos (olhar em direção ao mal, de modo que a imagem converge na frente da
nariz) → nervo oculomotor (III); retina;

5. Oblíquo superior: abaixamento diagonal dos olhos -Indivíduos míopes podem enxergar objetos próxi-
→ nervo troclear (IV); mos adequadamente, mas não os objetos distantes.

6. Oblíquo inferior: elevação diagonal dos olhos → -Hipermetropia:


nervo oculomotor (III). -Ocorre quando (1) o comprimento do bulbo do olho
é curto em relação à capacidade de foco da córnea e
da lente ou quando (2) a lente é mais fina do que o
→Formação de imagens normal, de modo que a imagem converge atrás da
• A formação das imagens na retina depende de 3 even- retina;
tos:
1. Refração da luz sobre a retina; -Indivíduos hipermetropes podem observar objetos
2. Acomodação visual do cristalino; distantes com clareza, mas não os objetos próximos.
3. Regulação da entrada de luz pela pupila.
-Astigmatismo:
Ocorre quando a córnea ou a lente possuem uma cur-
→Refração da luz vatura irregular;
• Refração: fenômeno em que os raios de luz sofrem
um desvio ao passar de um meio transparente para o
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-Como resultado, partes da imagem ficam fora de →Regulação da entrada de luz


foco e a visão se apresenta distorcida ou “borrada”.
• As fibras musculares circulares da íris também desem-
penham um papel na formação de imagens claras na
retina.

• A constrição da pupila é uma diminuição no diâmetro


da circunferência através da qual a luz entra no olho e
que é causada pela contração dos músculos circulares
da íris.

• Esse reflexo autônomo ocorre simultaneamente com a


acomodação e evita que os raios de luz entrem no olho
através da periferia da lente.

• Os raios de luz que entrariam pela periferia não seriam


focados na retina, o que poderia resultar em uma visão
borrada.

• A pupila também sofre constrição em uma luz forte.

→Fisiologia da visão
→Fotorreceptores e fotopigmentos
• Fotorreceptores: células que captam os estímulos lu-
minosos; nomeados pela aparência dos seus segmen-
→Acomodação visual tos externos:
• Quando o olho está focando um objeto próximo, a -Cones: segmentos externos achatados ou em formato
lente fica mais curva, causando uma refração maior de cone. Membrana se dobra para frente e para trás
dos raios de luz. formando pregas;

• Esse aumento na curvatura da lente para a visão pró- -Bastonetes: segmentos externos cilíndricos, contendo
xima é chamado de acomodação. pilhas com vários discos empilhados (como moedas).

• O segmento externo é a parte responsável pela trans-


• As fibras parassimpáticas do nervo oculomotor (III) dução do sinal luminoso em potencial receptor.
inervam o músculo ciliar do corpo ciliar e, portanto,
controlam o processo de acomodação. • Segmento interno: contém o núcleo celular, o com-
plexo de Golgi e muitas mitocôndrias.
• Ponto próximo de visão: distância mínima do olho a
partir da qual um objeto pode ser focalizado, com ni- • Fotopigmentos:
tidez, com acomodação máxima → cerca de 10 cm em -Proteínas integrais localizadas na membrana plasmá-
um adulto jovem. tica do segmento externo;
• Mecanismo da acomodação:
-Observação de objetos distantes: músculo ciliar do -São coloridos e sofrem mudanças estruturais quando
corpo ciliar está relaxado → contração das fibras zo- absorvem luz, iniciando o processo de transdução;
nulares → achatamento da lente → ↓ capacidade de
convergência dos raios de luz; -O único pigmento dos bastonetes é a rodopsina, res-
ponsável pela diferenciação de tons claro-escuro;
-Observação de objetos próximos: músculo ciliar do
corpo ciliar se contrai → relaxamento das fibras zonu- -Existem 3 tipos de cones, cada um possui um tipo de
lares → lente se torna mais esférica → ↑ capacidade pigmento, que são ativados seletivamente e formam a
de convergência dos raios de luz. visão em cores: cianopsina (azul), cloropsina (verde),
eritropsina (vermelho);

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-Os pigmentos associados à visão possuem 2 partes:


glicoproteína chamada de opsina + derivado de vita-
mina A chamado de retinal (formado a partir do caro-
teno).

• Etapas da transdução visual:


1. No escuro, o retinal apresenta um formato dobrado
chamado de cis-retinal, que se encaixa confortavel-
mente na parte opsina do fotopigmento. Quando o
cis-retinal absorve um fóton de luz, ele muda de
conformação, ficando reto e passando para um es-
tado chamado de trans-retinal. Essa conversão de
cis para trans é chamada de isomerização e é o pri-
meiro passo da transdução visual. Após a isomeri-
zação do retinal, vários intermediários químicos
instáveis são formados e desaparecem. Essas mu-
danças químicas levam à produção de um potencial
receptor;

2. Em cerca de um minuto, o trans-retinal se separa


completamente da opsina. O produto final é inco-
lor, de modo que essa parte do ciclo é chamada de
clareamento do fotopigmento.

3. Uma enzima chamada de retinal isomerase con-


verte o trans-retinal em cis-retinal.

4. O cis-retinal então pode se ligar à opsina, restau-


rando o fotopigmento funcional. Essa parte do ci-
clo – a reposição de um fotopigmento – é chamada
de regeneração.

O estrato pigmentoso da retina, adjacente aos fotorreceptores, arma-


zena muita vitamina A e contribui para o processo de regeneração
dos bastonetes. O grau de regeneração da rodopsina diminui drasti-
camente se a retina se solta do estrato pigmentoso. Os fotopigmen-
tos dos cones se regeneram muito mais rapidamente do que a rodop-
sina nos bastonetes e são menos dependentes do estrato pigmentoso.
Após o clareamento completo, a regeneração de metade da rodop-
sina demora cerca de cinco minutos; metade dos fotopigmentos dos
→ Liberação de neurotransmissores pelos
cones se regenera em apenas 90 s. A regeneração completa da ro- fotorreceptores
dopsina clareada leva de 30 a 40 min.
• No escuro, os íons sódio (Na+) fluem para dentro do
segmento externo do fotorreceptor através de canais
→Adaptações à luz e ao escuro de Na+ sensíveis a ligantes e o K+ flui do segmento
• As mudanças de ambientes com diferentes claridades interno para o meio externo por canais seletores de
promovem a adaptação visual. K+.

• A diferença nas taxas de clareamento e de regeneração • O ligante que mantém esses canais de Na+ abertos é o
dos fotopigmentos nos bastonetes e nos cones contri- monofosfato cíclico de guanosina (GMP cíclico ou
buem para algumas (mas não todas) mudanças de sen- cGMP).
sibilidade que ocorrem nas adaptações à luz e ao es-
curo. • O influxo de Na+, chamado de “corrente escura”, des-
polariza parcialmente o fotorreceptor. Como resul-
• Em ambientes muito claros, a sensibilidade visual é tado, no escuro, o potencial de membrana de um fo-
reduzida, enquanto que nos ambientes muito escuros, torreceptor é de cerca de –30 mV. Isso é muito mais
ela é aumentada. próximo do zero do que o potencial de membrana em

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repouso de um neurônio típico, que é de cerca de –70 glutamato; luzes mais fortes disparam potenciais re-
mV. ceptores maiores e mais longos que interrompem com-
pletamente a liberação de neurotransmissor. Desse
• A despolarização parcial no escuro dispara a liberação modo, a luz excita células bipolares que formam si-
contínua de neurotransmissor nos terminais sinápti- napses com os bastonetes por causa da diminuição da
cos. liberação de um neurotransmissor inibitório.

• O neurotransmissor nos bastonetes, e talvez nos cones,


é o aminoácido glutamato (ácido glutâmico). Em si-
napses entre bastonetes e algumas células bipolares, o
glutamato é um neurotransmissor inibitório: ele dis-
para potenciais pós-sinápticos inibitórios (PPSI) que
hiperpolarizam as células bipolares, evitando que elas
transmitam sinais para as células ganglionares.

• Quando a luz alcança a retina e o cis-retinal sofre iso-


merização, são ativadas enzimas que clivam o cGMP.
Como resultado, alguns canais de Na+ sensíveis a
• As células bipolares excitadas estimulam subsequen-
cGMP se fecham, o influxo de Na+ diminui e o poten-
temente as células ganglionares a formarem potenciais
cial de membrana se torna mais negativo, chegando a
de ação em seus axônios.
–70 mV, pois o K+ continua a sair livremente da cé-
lula pelo segmento interno.
→Via visual
• Essa sequência de eventos produz um potencial recep- →Processamento das informações visu-
tor hiperpolarizante que diminui a liberação de gluta-
mato. ais na retina
• No estrato nervoso da retina, determinadas caracterís-
ticas da informação visual são potencializadas, en-
quanto outras características podem ser descartadas.

• Informações provenientes de várias células podem


convergir para uma pequena quantidade de neurônios
pós-sinápticos (convergência) ou divergir para uma
grande quantidade (divergência). De modo geral, a
convergência predomina: existem apenas um milhão
de células ganglionares, porém existem 126 milhões
de fotorreceptores no olho humano.

• Sinapses dos bastonetes:


-Entre 6 e 600 bastonetes formam sinapses com uma
única célula bipolar na camada sináptica externa da
retina

-A convergência de muitos bastonetes em uma única


célula bipolar aumenta a sensibilidade à luz da visão
dos bastonetes, porém desfoca levemente a imagem
que é percebida;

-A estimulação dos bastonetes pela luz excita as célu-


las bipolares.

• Sinapses dos cones:


-Um cone frequentemente forma sinapse com uma
única célula bipolar;
• Luzes fracas causam potenciais receptores pequenos e
curtos que diminuem parcialmente a liberação de
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Por: Thiago Braz Outros resumos em: https://linktr.ee/thibraz_
Licenciado para - José Gabriel Ramos - 10890433410 - Protegido por Eduzz.com

-A visão dos cones, embora menos sensível, é mais ní- -As células amácrinas, que são excitadas pelas células
tida por causa dessa proporção de um para um das si- bipolares, formam sinapses com células ganglionares
napses entre cones e células bipolares; e transmitem informações para elas, sinalizando uma
modificação no nível de iluminação da retina;
-As células bipolares dos cones podem ser excitadas
ou inibidas quando surge uma luz. -Quando células bipolares ou amácrinas transmitem
sinais excitatórios para as células ganglionares, essas
• Sinapse das células horizontais: células ganglionares se despolarizam e disparam im-
-As células horizontais transmitem sinais inibitórios pulsos nervosos.
para as células bipolares nas áreas laterais aos cones e
bastonetes excitados; →Via encefálica e campos visuais
• Campo visual:
-Essa inibição lateral aumenta o contraste da cena vi-
-Corresponde ao espaço que pode ser visto com um
sual entre áreas da retina que são estimuladas forte-
olho;
mente e áreas adjacentes que são estimuladas mais fra-
camente;
-Os campos visuais de ambos os olhos se sobrepõem
consideravelmente → campo de visão binocular;
-Elas também ajudam a diferenciar várias cores.
-O campo visual de cada olho é dividido em 2 regiões:
• Sinapse das células amácrinas:
retina nasal/central e retina temporal/periférica.

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• Trajeto da via visual:


-Os raios de luz provenientes de um objeto na metade
nasal do campo visual são direcionados para a metade
temporal da retina e vice-versa;

↳ Os axônios de todas as células ganglionares da retina


em um olho deixam o bulbo do olho no disco do
nervo óptico e formam o nervo óptico naquele lado;

↳ Os axônios do nervo óptico (II) passam através do


quiasma óptico, um ponto de cruzamento dos nervos
ópticos em formato de X;

↳ No quiasma óptico, os axônios da metade temporal


de cada retina não cruzam e continuam diretamente
para o núcleo do corpo geniculado lateral do tálamo
naquele mesmo lado;

↳ Ao contrário, os axônios da metade nasal de cada


retina cruzam o quiasma óptico e continuam para o tá-
lamo do lado oposto;

↳ Os axônios, cruzados e não cruzados, após o qui-


asma óptico e formam o trato óptico;

↳ No tálamo, os axônios do trato óptico formam sinap-


ses com neurônios cujos axônios formam as radiações
ópticas, que se projetam para as áreas visuais primá-
rias nos lobos occipitais do córtex cerebral (área 17);

↳ Uma parte das fibras do trato óptico termina no co-


lículo superior do mesencéfalo, que controla os mús-
culos extrínsecos do bulbo do olho, e nos núcleos pré-
tectais do mesencéfalo, que controlam os reflexos de
acomodação e pupilar;

↳ Ainda, algumas fibras se estendem para o núcleo


supraquiasmático do hipotálamo, que estabelece os
padrões de sono e outras atividades que ocorrem de
modo circadiano ou diário em resposta aos intervalos
entre a claridade e a escuridão.

• Acredita-se que os sinais visuais sejam processados


por pelo menos três sistemas separados no córtex ce-
rebral e cada um deles com sua função própria:
1. Processamento relacionado com o formato dos ob-
jetos;

2. Processamento relacionado com a cor dos objetos;

3. Processamento relacionado com o movimento, a lo-


calização e a organização espacial do objeto.

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