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O desenvolvimento cognitivo
De acordo com este autor, o desenvolvimento consiste numa reorganização das estruturas
cognitivas construídas através da ação do sujeito, ao longo de uma sequência de estádios.
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O desenvolvimento cognitivo
O autor considera que os processos de pensamento mudam ao longo do desenvolvimento, de forma a que se
possa atribuir sentido ao que nos rodeia.
Este modelo descreve o modo como as pessoas atribuem sentido ao mundo, reunindo e organizando
informações.
Através do método clínico e da observação naturalista Piaget procurou descobrir como é que o conhecimento se
organiza e estrutura.
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O desenvolvimento cognitivo
O sujeito dispõe ao nascer de um património genético que lhe permite interagir com as
experiências, mas são as experiências que, ao serem assimiladas através das estruturas mentais,
permitem o desenvolvimento mental.
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O desenvolvimento cognitivo
Assimilação: atribuição de sentido aos acontecimentos, através da utilização dos esquemas existentes.
Encaixar novas informações em esquemas já existentes. Permite a integração do meio nas estruturas
mentais que o sujeito dispõe.
Sujeito Meio
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O desenvolvimento cognitivo
Acomodação: processo de alteração dos esquemas de que o indivíduo dispõe ou criação de novos
esquemas de modo a incorporar novas informações. Se as informações não encaixam nos esquemas
Sujeito Meio
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O desenvolvimento cognitivo
Para manter o equilíbrio, assimilamos continuamente novas informações, usando os esquemas existentes, e
acomodamos o pensamento sempre que as tentativas de assimilar produzem desequilíbrio.
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O desenvolvimento cognitivo
1. Crescimento orgânico e maturação biológica: mudanças biológicas geneticamente programadas em cada ser
humano (sequência desenvolvimental que se processa da mesma forma). Ainda que a maturação dependa
fundamentalmente de fatores genéticos, a estimulação de meio pode acelerar ou retardar o processo de
maturação.
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2. Experiência adquirida no contacto com os objetos: através da interação com o ambiente, a criança
explora, testa, observa, organiza informações e aprende, alterando os processos de pensamento.
Uma criança inibida de manipular objetos poderá ter o seu desenvolvimento comprometido.
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através do qual uma nova aquisição se deve equilibrar com as anteriormente adquiridas.
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O desenvolvimento cognitivo
Piaget distingue quatro estádios de desenvolvimento, sendo cada um qualitativamente diferente dos outros, pois
novas aquisições permitem uma nova compreensão do mundo e uma nova relação com este.
•Ordem constante (imutável): no entanto, os sujeitos podem passar por longos períodos de transição entre os
estádios, podendo demonstrar caraterísticas de um estádio numa situação e caraterísticas de outro superior ou
inferior, noutras situações
•Construção progressiva das estruturas e sua integração hierárquica: novas aquisições são integradas na estrutura
anterior, organizando-se uma nova estrutura hierarquicamente superior
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•Estrutura de conjunto (explica toda uma série de comportamentos que o sujeito consegue realizar)
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O desenvolvimento cognitivo
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O desenvolvimento cognitivo
Evolução do conteúdo do pensamento
Operatório concreto: o pensamento incide sobre o real observável e verificável. As operações são concretas,
reagindo diretamente sobre os objetos e situações atuais, não sendo a criança ainda capaz de raciocinar sobre
situações hipotéticas.
Operatório formal: o pensamento incide sobre dados hipotéticos, virtuais e possíveis ou prováveis e não
obrigatoriamente reais (ex. hipótese)
O pensamento formal vai para além da realidade, atingindo a noção de possibilidade.
A realidade pode sofrer alterações, não é estática.
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Período Sensório-motor: dos 0-2 anos (as idades são meras referências teóricas)
https://www.youtube.com/watch?v=xscJbx6T7E8&t=5s
Desenvolvimento dos reflexos iniciais, da exploração visual e dos movimentos e deslocamentos no sentido de
uma descentração progressiva do próprio corpo. O pensamento da criança envolve ver, ouvir, mover-se, tocar,
provar, …
Os bebés passam de seres que respondem principalmente por reflexos e comportamentos aleatórios para
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O desenvolvimento cognitivo
https://www.youtube.com/watch?v=pCwiYCQr3xs
Aquisição importante: permanência do objeto, ou seja, a criança começa a procurar o objeto, pois é capaz de
conservar a sua existência apesar do seu desaparecimento de campo percetivo. Crença de que os objetos
coexistem como entidades físicas distintas e independentes num meio espacio-temporal comum.
A noção de objeto não é inata, mas sim adquirida através da experiência, seguindo uma sequência universal e
invariante.
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Até busca ativa do objeto desaparecido após consideração dos deslocamentos invisíveis (18-24 meses)
• A criança utiliza a evidência visual como base para imaginar ou representar o itinerário do objeto por diversos
locais
• A criança representa mentalmente o objeto durante os seus deslocamentos invisíveis e percebe-o como uma
entidade externa que existe e se move, independentemente do contacto percetivo e motor que possa ter com
esse objeto (sabe que o objeto existe e procura-o).
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O bebé possui uma bagagem reflexa que constitui a forma mais remota de desenvolvimento
intelectual
Exercita os reflexos e ganha algum controlo sobre os mesmos. Não coordena a informação recebida
através dos sentidos. Não agarra um objeto para o qual está a olhar.
À medida que o recém-nascido exercita os seus reflexos inatos, adquire algum controlo sobre os
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Esquemas primários: constituem-se a partir dos esquemas reflexos, através de um mecanismo de repetição –
reação circular primária
Ocorre uma evolução dos esquemas sensório-motores – reações circulares primárias – a criança centra-se no
próprio corpo
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oAudição-visão
oPreensão-sução
oVisão-preensão
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A ação passa a estar centrada nos objetos do meio (interesse em manipular objetos)
Início da diferenciação entre a finalidade e o meio utlizado. Porém a ação ainda não é iniciada em
Reação circular secundária: ação intencional, repetida, não apenas para proveito próprio, mas para
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Exploração ativa, tentativa e erro, das potencialidades e propriedades dos objetos – procura de formas novas de
A reprodução dos esquemas é diferenciada em função da procura da novidade (faz variar uma ação para ver o
que acontece)
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A resolução de problemas práticos passa a fazer-se mais rapidamente quase sem recurso à tentativa e
A experimentação deixa de ser feita exclusivamente através da ação para passar a ser mental
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A denominação deste estádio relaciona-se com o facto das crianças ainda não dominarem as
operações mentais, mas estarem na emergência desta aquisição.
As crianças tornam-se mais sofisticadas no uso do pensamento simbólico, mas ainda não são capazes
de usar a lógica.
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Função simbólica
Capacidade de representar objetos ou ações por símbolos (linguagem, gesto, imagem, objeto). A
inteligência passa a ser representativa baseada em esquemas de ação internos e simbólicos
mediante os quais a criança manipula a realidade não ainda diretamente, mas através de signos,
símbolos, imagens, conceitos, etc.
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O desenvolvimento cognitivo
Função simbólica
Ao longo do 2.º ano de vida emerge um conjunto de comportamentos que supõem a existência da diferenciação entre significantes e
significados:
1. Imitação diferida:
• Gesto imitativo
• Ênfase na acomodação
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O desenvolvimento cognitivo
Função simbólica
2. Jogo simbólico:
• As crianças fazem com que um objeto seja/simbolize outra coisa (ex. boneca - criança)
• Utilização de esquemas simbólicos – são a primeira forma de jogo simbólico e consistem em esquemas
sensório-motores que são utilizados fora do seu contexto habitual (faz de conta)
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O desenvolvimento cognitivo
Função simbólica
2. Jogo simbólico:
• Inclusão de parceiros, adultos, pares, imaginários (passagem do jogo individual ao jogo social)
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Função simbólica
• Traçado
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Função simbólica
• Vocalização, palavra
• As primeiras palavras não correspondem a uma atividade simbólica na medida em que surgem na presença do referente
• Ênfase na acomodação
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O desenvolvimento cognitivo
Função simbólica
Quando imita um modelo, a criança procura fazê-lo da forma mais fiel possível.
Nesta situação está perante a função de acomodação: há um esforço de cópia da realidade, que implica
uma alteração dos seus esquemas em função da realidade.
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O desenvolvimento cognitivo
A criança ainda está muito próxima das ações e da sua perceção imediata – intuição
A criança é pouco flexível: está centrada nos acontecimentos estáticos, nos resultados (indícios
percetivos) e não nas transformações
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A criança torna-se capaz de explicar o que se passa à sua volta, na natureza (lua, sol, nuvens, etc)
e no mundo dos objetos (como constroi a realidade).
A criança torna-se capaz de falar acerca dos seus pensamentos e acerca dos seus sonhos e
exprimir os seus raciocínios (lógica intuitiva).
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Principais Caraterísticas
A realidade é construída pela criança. A criança não tem consciência da sua subjetividade e por
isso coloca todo o real num plano único, devido à confusão das atribuições externas e internas.
A criança materializa as suas fantasias (ex. se sonhou que o lobo está no corredor, pode ter
medo de sair da sala).
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Principais Caraterísticas
3. Finalismo
A causalidade que a criança atribui aos objetos é de natureza finalista, ou seja, tudo é orientado para um fim.
Necessidade da existência de uma resposta causal e final. Exemplo: os rios existem para se poder pescar, tomar
banho ou passear de barco.
4. Artificialismo
As coisas são consideradas o resultado do fabrico humano. Ocorre uma explicação dos fenómenos naturais como
se fossem produzidos pelos seres humanos para lhes servir.
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Principais Caraterísticas
5. Animismo
6. Centração/dificuldade em se descentrar
A criança focaliza-se num dos aspetos da situação e negligencia os outros (deformação do raciocínio)
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O desenvolvimento cognitivo
Principais Caraterísticas
A criança apresenta configurações percetivas estáticas e centra-se nos estados dos objetos e não nas
transformações, dependendo dos indícios percetivos.
8. Irreversibilidade
A criança não relaciona os estados iniciais e finais dos processos de transformação e não estabelece
compensações (não há reciprocidade)
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Principais Caraterísticas
Reflete cerca de um terço da linguagem espontânea da criança – opõe-se a uma linguagem socializada (ex. ecolálias,
monólogos, monólogos coletivos)
Existe uma heteronomia moral, em que existe um respeito mítico e unilateral sobre a regra (preocupação se o outro
cumpre); opõe-se a uma autonomia moral, que implica cooperação e reciprocidade
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•A criança adquire uma certa descentração cognitiva (focalizar-se em mais do que um aspeto ao
mesmo tempo), que lhe permite solucionar alguns problemas e efetuar aprendizagens.
•O pensamento está submetido aos dados percetivos, intuitivamente captados, sem a criança
compreender a diferença entre as transformações reais e aparentes (as perceções incidem
diretamente na inteligência)
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O desenvolvimento cognitivo
3.º Regulações semi-reversíveis: passagem da intuição ao conceito e à operação
Intuição: ação interiorizada (representação), mas ainda isolada (as novas representações não
se integram nas anteriores), dependente dos indícios percetivos (estático) e irreversível
(equilíbrio instável, pendor subjetivo e pouco coerente)
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O desenvolvimento cognitivo
“Com uma porção de plasticina, divide-se a mesma ao meio com uma faca.
Com as duas porções de plasticina, faz-se duas bolas iguais. Mostra-se que as duas
contêm a mesma quantidade de plasticina. Diante da criança, enrolasse uma das
bolas de plasticina, transformando-a em salsicha. Pergunta-se à criança: Onde há
mais plasticina, na bola ou na salsicha?”
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Intuição Operação
•Salsicha é maior do que a bola •Salsicha é igual à bola porque é mais comprida,
porque é mais comprida mas também é mais estreita, ou ainda há pouco
era uma bola igual à outra e pode tornar a sê-lo
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O desenvolvimento cognitivo
Reversibilidade
Uma ação reversível é aquela que comporta a coordenação de um ponto de partida, com
um ponto de chegada.
A uma transformação do estado A em estado B, corresponde sempre a transformação
inversa do estado B em estado A.
A B
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O desenvolvimento cognitivo
Tipos de operações estudadas no período Operatório Concreto
https://www.youtube.com/watch?v=j4lvQfhuNmg
1. Operações físicas (conservação)
Quantidades contínuas e descontínuas
2. Operações logico-matemáticas
Classificação; Seriação; Enumeração
3. Operações espacio-temporais
Espaço; Tempo
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O desenvolvimento cognitivo
Operações físicas
Conservação: A quantidade permanece a mesma, apesar das mudanças percetivas, se nada for
acrescentado ou subtraído.
A existência desta invariante (algo se conserva apesar de certas transformações) é uma consequência
direta do caráter integrador e sistemático das operações, graças ao qual a criança pode combinar as ações
e não ser vítima de ações isoladas como antes: as coisas conservam-se.
A conservação é, para Piaget, um dos indícios mais claros do agrupamento das ações em sistemas
organizados, ou seja, um dos indícios mais claros da passagem da intuição à operação.
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As quantidades são contínuas quando não possibilitam a especificação da sua unidade, nem a sua
quantificação numérica (água, areia, massa...). Exemplo da plasticina.
As quantidades discretas possibilitam a especificação das suas unidades e a sua quantificação numérica
(grãos de feijão).
“Com um copo, uma taça e grãos de feijão, o adulto, usando as duas mãos, coloca, simultaneamente, um
grão no copo e outro na taça. Diante da criança, repete este procedimento sucessivamente. Entretanto,
interrompe a tarefa e pergunta: Onde há mais grãos?”
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Conservação do peso: a criança compreende que as alterações da forma e/ou posição do objeto não são,
necessariamente, acompanhadas de consequentes alterações de peso. Muitas vezes, as respostas das
crianças variam de acordo com o material utilizado (provavelmente, pela familiaridade com esse
material).
“Mostram-se dois biscoitos à criança, sendo ambos da mesma forma. Usando a balança de dois braços,
mostra-se à criança que os biscoitos têm o mesmo peso, colocando um em cada braço da balança.
Retiram-se os biscoitos da balança e divide-se um deles em seis pedaços. Pergunta-se à criança: Achas que
o biscoito inteiro pesa o mesmo que o biscoito partido?”
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“Utilizam-se dois copos iguais, com a mesma quantidade de água e duas bolas iguais de plasticina.
Colocam-se as bolas no copo com água, para que a criança perceba como sobe o nível da água.
Transforma-se uma das bolas num biscoito alongado. Pergunta-se à criança: agora, se puseres o “biscoito”
no copo com água, o nível da água vai aumentar a mesma quantidade que aumentará se puseres a bola?
Porquê?”
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O desenvolvimento cognitivo
A criança pode servir-se de argumentos para justificar a sua resposta: identidade, reversibilidade e
compensação (indicadores do pensamento reversível). Exemplo de água em recipientes diferentes (largo
e estreito).
Reversibilidade: é a mesma água porque, se se voltasse a deitar no copo pequeno, ficava como antes
Reciprocidade ou Compensação: é a mesma água porque este copo é mais alto mas também é mais
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Operações lógico-matemáticas
Seriação: consiste na ordenação de elementos segundo uma quantidade variável (A<B<C<...). A seriação
requer a coordenação de relações entre objetos/acontecimentos.
Classificação: consiste em agrupar elementos em coleções (classes) que se encaixam umas nas outras, de
acordo com uma qualidade comum (valorização das semelhanças e desvalorização das diferenças).
Enumeração: funde as semelhanças e as diferenças pela operação de igualização das diferenças e seriação
das equivalências.
Síntese entre seriação e classificação
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O desenvolvimento cognitivo
Estádio das operações formais (11-16 anos)
https://www.youtube.com/watch?v=D9BoAn9lRqE
Este estádio carateriza-se por um pensamento abstrato e pelo exercício de raciocínios hipotético-
dedutivos.
O adolescente desprende-se do real, sem precisar de se apoiar em factos ou objetos concretos, deduz
mentalmente sobre várias hipóteses que se colocam, pensa sobre o pensamento, resolvendo problemas
através de enunciados verbais.
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Caraterísticas do pensamento formal
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Com a capacidade para pensar de forma abstrata, o adolescente é capaz de fazer reflexões pessoais sobre
objetos e acontecimentos e definir conceitos e valores para si.
Esta atitude reflete o egocentrismo intelectual ou cognitivo que se manifesta na convicção de que o
pensamento está apto a resolver todos os problemas:
•As suas ideias são indubitavelmente as melhores;
• Os outros e o mundo organizam-se em função dos seus pontos de vista.
Progressivamente o jovem vai sendo capaz de se colocar na perspetiva do outro (tomada de perspetiva
social).
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O desenvolvimento cognitivo
Pensamento formal
• Pensamento universal.
• Uniforme e homogéneo (sistema de conjunto).
• A complexidade das relações lógicas, e não de conteúdo, determina a realização das tarefas. Tarefas
com a mesma estrutura lógica e conteúdos diferentes supõem a mesma dificuldade.
• Similar ao do adulto. As estruturas da inteligência estão formadas, segundo Piaget, no fim da
adolescência. Na idade adulta, estas estruturas adquirem mobilidade e maleabilidade, devido à
diversidade de experiências com que o ser humano se vai confrontando.
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Esquemas operatórios formais
1. Operações combinatórias
2. Proporções
3. Coordenação de dois sistemas de referência
4. Noção de probabilidade
5. Noção de correlação
6. Compensações multiplicativas
7. Formas de conservação que ultrapassam a experiência (dedução – ex. inércia)
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