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Módulo 1: RAÍZES MEDITERRÂNICAS DA CIVILIZAÇÃO EUROPEIA – CIDADE, CIDADANIA E IMPÉRIO NA ANTIGUIDADE

CLÁSSICA
3. O espaço civilizacional greco-latino à beira da mudança
3.1. O Império universal romano-cristão. A Igreja e a transmissão do legado político-cultural clássico

A Terra Santa no tempo do Novo Testamento

In http://scriptures.lds.org/pt/biblemaps/11

Professora Alexandra Godinho


O CRISTIANISMO NO IMPÉRIO ROMANO

Unidade política do império


Rápida difusão da
mensagem cristã, universal e
Vias de comunicação unindo todas as revolucionária
regiões do império

As autoridades romanas viam os cristãos


como uma «seita perigosa», porque:
- defendiam a igualdade, o que punha em
Os Cristãos foram acusados de causa a organização social romana;
ser responsáveis pelo incêndio - condenavam hábitos enraízados, como os
de Roma (provavelmente espectáculos de gladiadores;
ordenado por Nero). - se recusavam a prestar culto aos
imperadores e aos deuses tradicionais.

VIOLENTAS
PERSEGUIÇÕES AOS
CRISTÃOS

Apesar da repressão, os cristãos realizavam as suas cerimónias em catacumbas e o número


de crentes continuou a aumentar.

DO FIM DAS PERSEGUIÇÕES AO TRIUNFO DO CRISTIANISMO

313 – Edito de Milão (Imperador Constantino): foi decretada a liberdade religiosa no


Império Romano; os bens confiscados aos cristãos foram-lhes restituídos, passaram a ocupar
altos cargos no império, recebem ofertas e isenções fiscais; são construídas igrejas
imponentes..
325 - Concílio de Niceia: reunião, convocada pelo Imperador Constantino, dos bispos
cristãos, para definição das verdades doutrinais.
392 – Edito de Tessalónica (Imperador Teodósio): o Cristianismo foi decretado a religião
oficial do Estado romano e ordena a conversão de todos os habitantes do império.

ALIANÇA ENTRE O ESTADO ROMANO, PERSONIFICADO PELO IMPERADOR, E O CRISTIANISMO

Professora Alexandra Godinho



A TRANSMISSÃO DO LEGADO POLÍTICO-CULTURAL CLÁSSICO

Nascido no seio da civilização romana, o cristianismo assimilou a sua cultura, transmitindo-a às gerações
futuras.
Nos primeiros séculos, os cristãos encontravam-se, sobretudo, nas cidades, onde os apóstolos exerceram a sua
ação. Nas cidades, centros de cultura romana, o cristianismo foi atraindo grupos sociais cada vez mais elevados
e, por isso, também mais cultos. Quando o próprio imperador se converteu, as elites romanas aderiram, em
massa, à nova religião ao serviço da qual puseram a cultura greco-latina.
Assim, os elementos culturais clássicos constituíram o suporte da cultura cristã:
- a RETÓRICA serviu aos bispos nas suas pregações;
- os métodos e conceitos da FILOSOFIA foram utilizados pelos teólogos para fundamentar a nova fé;
- o DIREITO ROMANO esteve na base do Direito canónico, que regula as questões administrativas e disciplinares
no seio da Igreja;
- a ARQUITETURA religiosa tomou como modelo as construções romanas;
- os FRESCOS, MOSAICOS, ESTÁTUAS e RELEVOS inspiraram-se nos modelos romanos.

Para além destes aspetos culturais, a Igreja preservou também o legado político do Império Romano. A ideia
de um poder forte, centralizado numa só pessoa (o imperador), manteve-se viva mesmo quando, nos tempos
medievais, a autoridade dos reis se esbateu face ao poder dos grandes senhores. Mais tarde, cerca do século
XIII, quando os reis iniciam o processo de centralização do poder, é nos escritos religiosos que fundamentam as
suas pretensões, afirmando-se – tal como os últimos imperadores romanos – mandatados por Deus para, na
Terra, governarem em seu lugar. Na verdade, o próprio Papa servia de modelo a esse ideal político, exercendo
sobre os crentes uma autoridade suprema, símbolo da unidade do mundo cristão ocidental.

In COUTO, C e ROSAS, M. A. (2013). Um novo Tempo da História, Parte 1-História A-10º ano , Porto: Porto Editora (adaptado)

Professora Alexandra Godinho

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