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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIAS - UEG

A TEORIA CRÍTICA DO DIREITO E A CONSTRUÇÃO DO PÓS-POSITIVISMO

MORRINHOS

2024
WASSILLYS FERNANDES SILVA

A TEORIA CRÍTICA DO DIREITO E A CONSTRUÇÃO DO PÓS-POSITIVISMO

Trabalho apresentado à disciplina de teoria crítica do direito da


universidade estadual de Goiás, como trabalho da N1, sob
orientação do Professor Gustavo Vettorato.

Morrinhos

2024
SUMÁRIO
DESENVOLVIMENTO ..............................................................................................................4

CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 6
O texto começa falando sobre uma tendência, que vai de Neumann até Habermas,
tendencia está de identificação das falhas, contradições e omissões que a construção positivista
que o direito representa para a realidade jurídica. Uma tendência que projeta, segundo o autor,
em síntese, uma postura antipositivista.
Após o autor diz, que a teoria crítica foi feita para questionar a teoria e a prática, mas ao
analisar os problemas sociais teoricamente, busca retratá-los em forma de diagnostico, para poder
dar reais possibilidades de transformações. Em resumo a teoria realiza o diagnóstico da realidade
e identifica na própria realidade os elementos que impedem a realização da plena de suas
potencialidades e, sobretudo, de emancipação. Deixa claro também que o objetivo da teoria crítica
é apontar e analisar os obstáculos necessários para sua superação, porém essa superação e
emancipação, só ocorre com a prática.
A Matriz da teoria crítica foi a análise do capitalismo feita por Karl Marx, para ele, a teoria
crítica tinha como tarefa a compreensão e natureza do mercado capitalista, ou seja, compreender
de que maneira se estruturava o mercado e de que maneira a sociedade se organizava a partir
dessa estrutura, entendendo assim, em consequência, como se distribuía o poder político e a
riqueza, a forma de Estado, o papel da religião e da família.
Fala também que com o desenvolvimento do capitalismo, o trabalho humano tornou-se
um tipo de mercadoria de troca.
Segundo Marx o capitalismo aprofunda as desigualdades sociais.
O autor nos diz que primeira tarefa da teoria crítica é de apresentar as coisas como são
através de uma análise do tempo presente, baseado nas tendências estruturais do modelo de
organização social que está em vigência. Assim sendo possível apontar os problemas a serem
superados.
Segundo Wolkmer, a escola que melhor desenvolveu formulações acerca de uma teoria
crítica foi a de Frankfurt, pois nela “encontra toda sua inspiração teórica na tradição racionalista
que remonta ao criticismo kantiano, passando pela dialética ideal hegeliana, pelo subjetivismo
psicanalítico freudiano e culminando na reinterpretação do materialismo histórico marxista”. A
primeira e segunda geração desta escola tinham como objeto de estudo a crítica ao positivismo.
Pode-se falar que Habermas tenha se inspirado no ‘círculo externo’ dos teóricos críticos,
porém, sem abrir mão, dos princípios fundamentais e norteadores que fomentaram os objetivos
iniciais da Teoria Crítica, entre outros, a concepção de uma racionalidade firmada historicamente,
a ideia de emancipação e a crítica ao positivismo.
Falando um pouco agora da escola de Frankfurt que foi fundada em 1923, na cidade de
Frankfurt, ela foi decorrência do Instituto de Pesquisa Social criado com o objetivo de realizar
um trabalho coletivo interdisciplinar com a reunião de estudiosos de diversas áreas do
conhecimento, como economia, direito, ciências políticas, psicologia e filosofia, visando o
aprofundamento do pensamento no âmbito das ciências humanas, tendo como ponto comum a
vinculação à tradição marxista. Porém os estudos da teoria crítica não se limitam somente a esta
escola, temos várias outras q abordam essa temática também. Mas foi nesta escola que a teoria
crítica atingiu seu ápice.
O autor explica também que a dialética do esclarecimento tinha por objetivo principal a
investigação da razão humana e as formas sociais da racionalidade.
Habermas, formulou um novo conceito, a racionalidade comunicativa, orientada para o
entendimento, opondo-se à racionalidade instrumental implicada na manipulação de objetos e de
pessoas. Ela encontra-se inscrita na realidade das relações sociais contemporâneas e segundo ele
dela não podemos prescindir.
Ainda sobre Habermas, ele diz que a ação comunicativa pode-se caracterizar pelas
seguintes condições: que haja assimetria de poder, dinheiro ou posição social entre os sujeitos
que pretendem se entender; que os sujeitos só se deixem convencer pelo melhor argumento; ou
que não exista distúrbios psicológicos que atrapalhem a comunicação. E para se ter uma
comunicação plena, estas condições devem ser antecipadas em situações reais de ação.
O autor fala também que se faz necessário um diagnostico que permita a produção de
prognósticos sobre o rumo de desenvolvimento da sociedade, e as mudanças necessárias para um
melhor desenvolvimento.
Habermas defende uma ideia de direito mais adequado a nossa realidade, ao real estágio
de desenvolvimento da sociedade. O autor ainda diz que a sociedade é a única fonte legitimadora
de direitos.
O autor nos dá uma ideia interessante, de que, “uma sociedade nove necessita de um novo
direito, cuja normatividade responda os anseios de uma sociedade na busca por justiça”. Essa
frase do autor, na minha visão, é em parte utópica, pois apesar de que em algumas regiões as
normas atendam verdadeiramente os seus anseios de sua sociedade numa maioria ou totalidade,
na maioria dos países, essas normas só atendem os anseios de uma parte minoritária da sociedade,
ocasionando assim à repressão da maior parte, que só o que podem fazer é seguir a normas
ditatoriais impostas por quem emana o poder.
Falando agora do pós-positivismo, ele surgiu na busca de um equilíbrio entre uma filosofia
moral e política, se apresenta aqui como uma terceira via entre as concepções positivista e jus
naturalista: não abandona a clareza, a certeza e a objetividade da norma positiva, mas não a
concebe desconectada de uma filosofia moral e política. Esta nova concepção contesta o
postulado positivista de separação entre direito, moral e política.
O autor nós dizemos que o pós-positivismo se volta para a busca dos princípios na
interpretação legislativa, com o fim de aplicar ao caso concreto o melhor resultado possível de
acordo com as concepções morais da sociedade. Apesar da concepção do pós-positivismo não ser
unanime.
Ainda nós traz um objetivo do pós-positivismo que é sustentar a busca de parâmetros de
justiça ou equidade quando da aplicação concreta do direito, através da abertura valorativa do
sistema, uma nova corrente que altera a forma de inserção dos valores no sistema normativo,
tanto no momento da confecção da norma como na sua aplicação. E estes valores sociais se
concretizam através de princípios norteadores da criação e aplicação de uma norma.
E por fim o ator nos fala que estes paradigmas do direito pós-positivista ainda estão em
construção e que cabe a nós a nossa emancipação da alienação.
Podemos resumir disto tudo que “uma sociedade amadurecida politicamente e
amplamente comunicativa tem maiores chances de alcançar a emancipação”.

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