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8
A ESCOLA ATIVA
E OS
TRABALHOS MANUAIS
BIBLIOTECA DE EDUCAÇÃO
ORGANIZADA PEDO PROFESSOR LOTTRERÇO FiLHO
V O L .
A E S C O L A AT I VA
E OS
TRABALHOS MANUAIS
Impresso nos oficinas gráficos da
I' E I. <í
cni Calrirnn.
P R O F. CORINTO DA FONSECA
2.» EDIÇÃO
I
DO MESMO AUTOR:
O Coito da Bandeira, conferência.
8MPRESSÃO EXPRESSÃO
VISÀO. .. . -— bOca —
Grito-Depois palavra
T A T O ariiculada
formidável que "p "esimal, relat?! dínamos, Pig, 1 — Gráfico demonstrativo dos fundamentos íísio-psíquicos dos
pelo raio roteador e^d''''f a ^ massá trabalhos manuais l')
lento e sutil, que <tnH''''ml»-ante quer Num primeiro estágio da primeira infância, os
. Admitida, assim ""Pente áe escoar órgãos da expressão, a boca e os membros, só se
ogia, consideremos ' ® ^'eio gue manifestam pelo grito inarticulado e pelos gestos,
transformador.''""^ " ^er jmUicaO,^ a ana- enérgicos e repetidos. Nos gritos do infante, há pro
dfgãt"te"S" ^Plenas d ' testos, desejos, exigências, revoltas, ordens, súpli
cas, esboços de dores e de alegrias, enfim, todas
as modalidades do drama limnano, ainda informemen-
te vocalizado. Nos seus gestos, há um fatalismo
iiicoercível, a necessidade de impulsionar as molas
O w fa S ou, do movimento, dar-lhes plasticidade e vigor. E' a
determina mn começa *í^e é ^"^Pí"®ssao. primeira lição da ginástica sueca que o nascituro re
^odemas correnit ^ reL/ ^^^eber n cebe da natureza, sua primeira professora de edu
^d o trabalho umÍ J . - P®^colosf^ «rgan^' cação física.
indivíduo
inriJiT
^ençào .
? Prónríl'®"'^-
^8ia. n IVTnp
Consideremos, com atenção, um recém-nascido.
Melhor do que muitos tratados de pedagogia, êle
^mosqu'"t^„«pJs?mp
A°
ea«.n,oSprSfaeT"""""
s do s^Sna^^'^^'■ansl
e pe^o"'i"*"'a-ve-
(1) Os transformadores, como se sabe. agem por mdução eletro-mas-
néticía. de modo que as duas correntes nao se tocam diretamente. ITuito
menos poderiam correr por um fio está na figura, o que seria
uma heresia elotro-técnica. Mas o transformador, aquí está empregado no
seu sentido literal e para dizer bem a do -^"tor. a corrente tinha
' «ele á? diversos de correr continuamente por um m«mo fio, em espiral, desde a entrada (Im-
pressão) até ã saída (Exprcfsao). E isto 6 que está mais conforme à teoria
aqui esboçada. (Nota do Autor).
®xaminadas.
IG * Escola ativa e oií t
trabalhos
» * - n u » MANLAIS
.MANUAIS
CAPITULO T 17
ProíesforÒs'
""'' ^So muito™'"®®
dos no" ' Melhor
• BÔCA Expressão oral —
Linguagem falada
s:rft? r«5 ftS- .l' riff. 2 — GrAfico demonstrativo dos fundamentos íísio-psíquicos doa
traballioa manuais °
cola? o professor dessa arcaica es- pois durante muito tempo e ainda agora, em muitíssi
mos' casos, esse desenho é ensinado por via da geo-
ldas
antes íb espratoefdade sedS "f'°'f
impressões recebidas de exlerionzação
metrização das formas naturais, isto e, ainda por
via de uma abstração. , j l i
Só depois é que se abriu a poria de entrada paia
neirados, para fazerem'gestos ama- o deseiilio cspontrmeo, o desenho como outra forma
deiras abstrações das realirln i simbólicos, verda-
cheia. Vendoc' ousas, Sendo de expressividade tradulora das impressões recebi
das isto é o único desenho compatível com a fi
sas, a pobre criança contm • ^^P^^ssões das cou-
ural que a leva a raMscar P™''"'' nalidade qne se lhe deve pedir, nessa fase. Ainda
figuras e paisagens do rmi= . ® paredes, com assim mesmo, essa espécie de desenho talha ao ritmo
gada a figurá-las pelo ,ueio SífL, « ohri- da elaboração, que vai das impressões recebidas as
expressões a transmitir.
Soros,as'as
^leletras
f ®"e'°do
"'hrados de™s
alfabeto. omrsímbolos
® P^l^^ras,
abs- O desenho a traço é estudo, analise da forma e
a primeira impressão das cousas e aspectos é da
LMPRESSàf^ inassa A impressão da côr e da massa vem antes do
que a linha, o traço. Daí, a conveniência de dar
EXPRESS^ ã criança, antes do lapis de desenho, o pincel de aqua
O
• <
o .
"f?" ' ®*Pres5ao
■•'"auagem falada oral rela ou pelo menos o lapis de cor. Há uma certa pro-
U
i n
+~Or2<
('.edéncia ]iedagógica nesses cadernos em que figuram
f t
O
allahéllca animais e cenas tracejadas para as crianças colori
iíüxt' 2
Q
rem. Não fosse aquele tracejado de eontòmo, correto,
certinho... • . j
'"balhe, Dêm-se às crianças um pincel e tintas de aqua
rela, ou lapis de côr e papel branco, e assim lhes
. « i T ~ , facilitaremos a expressividade, na ordern das im
pressões recebidas. O traço fica para depois, quando
melhor estiver desenvolvido, na criança, o senso, o
e.ritério do exame, da análise das formas.
Deienhâmo-nos um pouco agora, a ver como
ficou o nosso gráfico. .
O bome da impressão continuou inalterado. São
, Infelizmente a bn. •
nad°o "ZrZVZ
l' ' aí os sentidos, que não variaram nos seus recursos or
gânicos fundamentais. i j ,
Diversamente aconteceu do lado do bome da
Expressão. O grito disciplinou-so em palavra arti-
^ííPressividade,
A escola ativa e cs trabalhos manuais 21
capítulo 1
CAPÍTULO II
Purgrande,
falta dos
de program^f'.;
tempo nos Esta obscr\mçao serve
com uma lou-
também de advertência para as idéias novas,
yuvel boa -vontade recept^ {ncluirani os trabalhos
^rçaram os horários e nem^ no curriculum.
d^dnuais como matéria nova,
26 AESCOLAATIVAEQsTRABALHOSMANUAIS
• ww» Urtlo 27
CAPÍTULO II
ao evoluirmesmn
p-^tieorn c,:'""-
f ^°dos?
dl . demora oop para entrar no
tlagrantomento. São as ^ grro de seus
firmando o acerto ou .y é dado pelo
criadores. A nota, o giuu mei p^atidão ou me-
'nieute esStip^'^'^^' ^ civ?rnecessária j u l g a m e i i t o d o p r o f e s s o r, n ^ a s í h e l a ,
xatidão dos objetos ^ons ti I
deP enquanto que que fecunda hção moral, iu , a que
mos e7 dis^o ^iná- Aí temos, experiência, que nos faz
chainamos uma liçuo cia Si^^dos de idealizações,
sofrer ou gozar com os resu perspectivas
eomo Heron ,' Heron por se- bem ou mal formuladas, eo _ ^ gp^so das
®°'ípila, da mff conf^''' girar ^'exandria, certas, conformes ou desconfoimes
comotiva np?J® realidades. , efeitos salutares dos
e "^obarcrr^,
Peri^ô "^^dlcia'célebre
"''igicamente, Eis aí um dos ^^'Jl^uados da realidade, rea-
(1) Video , ^^por, Pa3^^ nem a lo- trabalhos manuais: os ^ar e disciplinar os ex-
diante de gindo eficazmente pura i -^gc^dgações desorientadas,
'CQÇujj ^ cesses e demasias de equívocos possíveis.
de E. Durk- Nada de notas de f^^ xO ou o grau O,
por parte do professor. b
30 A ESCOLAATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS 31
CAPÍTULO 111
Um exempo
l díferenca
i dor das duas escoa
ls
Sc nos recordarmos traçada,
dito ale aqui, poderemos ver, nU damen J
a linha diferencial das duas e^^^las a e^. ^
niie poderemos chamar a EscoU ' ,,.v\nlo ao seu
que lão liem foi chamada por Fernere. quanio
luélodo, do Escola Ativa (^)- . , , , qj. sis-
No iirimoiro caso, o q discente
tema de fornecimento de mformaço^ , l discutir, na
passivamente aceita, sem examinai caso,
te da infalibilidade da catedra. IN • q orienta
a cátedra 6 menos infalível, e ,^pgnio, das
^ discente para a conquista, po'"
verdades a adquirir. . , i-anacidade
üa primeira, sai um •^..ijviduais, qua-
de açào própria, para as iniciativas ^ confor-
sempre realizando uma vida _me jjpreu-
uiisla, porque nenhum dos conhecimeii
deu na escola ó produto da feitas,
torço independente, mas efeito das noç
que lhe deu o professor. ,,„+ínr» Ernesto
, E' ainda o grande pedagogo arg , q^al
t^elson que caratcriza esse tipo de dis
~ . /, Lei
Ad l-ernôre.
r Vi^e o(Nota
vol. desta Biblioteca — A Escola e
da Editora).
32 ^ e s c o l a AT i V â »
33
^OS
- « "trabalhos
A B A L n O S 5fANUAIS
MANUAIS
CAPÍTULO III
nada é próprio: — .,.p
erro do professor». ° do aluno é o A Escola Ativa, a escola ,J||tria Sui
cenle em contado' con^dn ''' « ^is-
jgqrj _ luefria às realidades da vida onde a S ' ^ ^
de sorte que, em vez de uma^ma^^^
To m e i realidades da põe fora, depois f resolver mil c um pro-
scr uma auxiliar eficaz paia re»oi rocvoio —
maS?° de'Si/tantf«"inho, cora a
te 6 às ®-^®niplog possível as afir-
blenum da vida, nicmo os da
hora essa mais importaute do que j
Por ™- aula, para se airacnder muda cousa e da cjual,
duas E^f be ^ incidente, ocor- tretanto, tão pouco partido se evoluir, iio
Infelizmente, temos começar pela
sistia a umeu Va n- ^ diferença das tocante ao ensino da materna ^ > ^ subdivisão
uiédio e do de inteligenf Governador e as- sua desintegração, que se ^ ^
os quais desenh^° do curso em três matérias separadas e sc p^meiitar, prima
'^^do caraoo? arek primária, da geometria -alítica do ensmo
a um deles: ^"°"^P®udo.]bL ^I'inquedo cha-
^ Que figuj,. . ^ tarefa, pergmiíei no e secundário, e relegaçao ^ precon-
. gi e esta o fim do curso, como materia « valente e bem
ceito didático desapareceu ^goi, pre-
m a l
u™5e'«f
^as que jj,,| , ^ ^^^'^etricamenie
armada investida do ^.,,ptriá euclidiana, ao
cipitando a decadência th) 8^ movimento ven-
~ j®' irm caracof í menos como processo didático. Alemanha
é o nom^'lf - ie^ fautor. ceu, na Inglaterra, nos Estímos desembarcou
e veio até à América do ' p^r nós...
em Buenos Aires. Passou de j^j-^tigo.
O geométrcia!'° oo"*® ^aX,®-é"ome. Caraura
outro... col No entanto, êsso de um livrinho,
Com efeito, data de 1876, ' j gg igyj^ o
- Ah'rEW® ntto "abe^o''^^' intitulado Geometria .?„' geométricas por si
aluno a concluir as veraa as demons-
«U Ti mesmo, em vez J^^^^^,.^\Qíxáos mariscos do cas-
■' um n 'e m ' E- traçôes dos compêndios,
JU contei verdade I CO velho da didática ^^^/^gdagogo, professor, para
E não é preciso sei ge seja inte-
compreendê-lo, de " 'aceitos e idéias feitas.
Primária», hgente e desprendido d P aquele garoto da his-
Basta que se seja, ^
^Q C.oda, Foiiseca
A t i v a -e
A Escola
o s T Airva
rabalhos Manuais.
3D
34 A E S C O L A AT I VA E O S T R A Ü A L H O S M A N U A I S CAPÍTCl-O 111
sabfur^sr':ird:^efedf;s-
t,i- do ponto de referência de outra verdLe como
Mas teremos ' trabalhos manuais, ao
se do curricuhim.
ensino das demais m lembrar que as me-
No que
nbecida, ou de um fato evidente. Estou certo de
í/uft o seu profo.s.sor euclidiano não saberá o que rcspoita à matomatica, dimensões, necessários
ibe: responder satisfatoriamente ou, então, lhe dirá didas, cálculos de -^jog exercícios, conslilucin
para a execução malemálicas.
o que me disse um dos meus professores de geo- unia aplicação ^ |„q.,vi.'i sem trazer mais uniu
j7ietria; Nm. aairei ' poVU UU HCU OUMÍIU), Psl.j
F.' iiin aillftciu d(3 foíiíjttuçâo.
prova de ipie o os| , Oeoniclria hicculiva de
(J rpí^iiílííílo (lís.so Ó (jlie em face dn uma ver longe do ser K „,.inu!e filósofo Herbert Spen-
dade que jtrecisa de um ariificío para evidenciar-se, William Spencer, pai tu ^
eu só acreditei nela sob palavra, na fé do profes .!• lAi-iut Ivqiiiii'-'ilas, (k> Kai;urd 1'ou. iia culi-viio
sor, embora com todas as reservas e descoiiíum- (1) Vide o livro ja Kclitoial.
» Biblioteca da Adolesceac
ças...
.>al'
37
36 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS CAPÍTULO IV
tica, para não citar dois nomeTir""°r T T' Técnica didática dos trabalhos manuais
entre nós, Laisant e ClaS ° conhecidos
A esses nomes nnQcr.
,lá sabemos qne os Irabalbos
Philips and Fisher nrnfot ^^^^^centar a obra de constituir uma matéria a mais nos pio^iamas
Yale, com o seu cur^ dp de
ensina concretamente nnr no espaço, que , ^orrnir mip ôlos constitiumi, aii-
\onficanios a . = j'j ensino de cada mã
verdades teoremáticas em «realização» das es uma '"^'todologia . aphcar
^ Não passarei adbntp materiais.
ductory Algebra ou fern ainda, a Intro- ^''-^atl
i i .ís^^^e^i
i t a s c nC^ol
Oííssar
1 poe di
scente
rm i t a ucn.
m a atgun.a
opor-
sr- Í?t' "^"i^tematico
Walsh. e n fnorte-americano
professor introdução à Ál- cousa que se lhe faculdades eminente-
A matemática é iimr. i ínmt :x:l'utivriscotbida a construção a fazer,
mai^em
q u a l q oferecem parrL
t r a f\^^^^rias
b a l h o quo maior
e depoi; de conhecei^ de Je-
uer Em va-hi a caho, ^ ^.[sta. Cada minúcia do tra-
Sictri^-I' do sortf a to- soes, em fat e dos ^ matéria prima, càs ferrameii-
um modo gerar^íiual «gebra""» ""T"® "tio balho, uo qne concome a ma auxiliares, c molivo
Ias de execução e aos maiw^
de unia liçao.^ recebidas de alma inteiramente
Estas dçoes - porque todas sc ligam inie-
aberta, pelo ^ q^e tem de constmir e que,
^ campo de mhn - diatameiite ao aite^ ^ '
no momento,
ProgrfmafcÓróvfiífmVs"'^' ^®^^^ manuais que o o rbamnno «cenu^ \ /
' Ue qualquer . 1.. o vtil "If't'i O't'PC'ti' O" •••■litro» t(>i ■jjf.-ntitNO
U) vidii a ,
tia ftflOüZíi, do AbutT ilu Jl"""'-
88 A, ESCOLA ATIVA E 05 TRABALHOS MANUAIS CAPÍTULO IV
39
Para esse hm geral, é vasta a relação dos ob- tivessem esse ponto de referência concreto, e resul-
etos a construir. Por mais simples cpie seja, cada
tassem, conjugadamente, do exercício de sua ati
mimentór'' ^ fonte preciosa de cnsi- vidade molora e de sua atividade mental, embora
aplicada aquela à simples feitura de uma simples
"^^O'nplo, de uma simples o sobrecarta. , , j
sor 2 Vai feninH "" Po-fo ''nr ao iirotes- A mora apresentação de uma ferramenta pode
siisVun s servir do centro irradimite do informações utms.
n inn,.! -L, '® ensinamentos prálicos. Vou dar disso um exemplo, eni torno do um
ensejo a'uma lição Vtetenti'"■ «ofn'oonrla dá outro objeto igualmente comiiin: uma faca, a faca
material. A goma usadii, T® fnhricação dêsse
pretêstopara'queosaUmos "E.''Li™ >».», "" """'""
posição e os motivos deÜf'"'®"?'',", ®°'"'
Saindo do terreno nv.f^^ i adesiva,
da fnnção da reparticãn entramos no estudo
'•"u, r,:»";«. «v.,.;,» -M-*—st
peloria escolar, para se tratar mannVis
sêlo, mostrando a utilidnda do liso do balhos de costura, modelagem, traba hos manuais
jiropric/mcffU cUfos, sloyd a faca, , i a
sequentemente, a justificaUv.
gamos também para o on^t '• ?? ""npostos que pa- Pelo 'l"0,i^lenbo cxpo^^e —^
viço. O professor pode imporlaiitc ser-
permitir o grau de desenS® adiante, se o
dar o aspecto moral da aue-t- rJasse, e abor-
simples sobrecarta, com um tn í "'"^fraudo como uma üyilm
O lhos >""""^V'
veremos ™'irVsrconcei
^1'-^'^' ,i„,,if].,nienteto, os trabalhoso
compreendidos
seryir
Um es,de meio
como de comZc^^
instrumento dTil^®-" pessoas
selo. pode
dis- manuais^
n a o d a r mio
a o , foran
p o r 't resultados
a n t o , a s esperados,
Min, ge-
■■ ^ Quo
rao t-rabalhos
esses, mai ' do
diferentes ^ tecelagem cm pa-
coi -i F-irn?
pel ^ generalizado,
Sr:'";.?. '«ra,*!-7 »t—,»
mental. t'^'^balho material umn p^*" ^o'^recaria,
A
A sobrecarta,
A s o b r e c a n . na, íeci
enlre n'ro verdadeiro conceito ped^ógico dos ira-
pnia sua função de <i,e,u T
' ^®-'-'l'nlade
poderoso sugeslor dt^ n "Ueré^^V
iíoeSo Dr. Fábio díi lATrito. que éle logo solicitou a miolm inter-
»..S IrjSt .g;Sb7oi7^ >la Liga clc I'rofcssorod *'„i,er Sclilcmmer, de Nova York, para a aqui-
mediação jimto da casa Hamma para o sloyd a faca. Destj
sição de algumas coleçoes rocordaçào, uuuia quarta via da coute
mtcrfcròücia eu gnurdo a in.ns . jq A.utor).
^ Píira isso, quo que foi tirada ciu lucu t
40 A ESCOLAATIVA E QS TRABALHOS MANUAIS 41
CAPÍTULO IV
^ Agora
liçao de fispassemos
.ca o duplaolâmi
planno
a ein
comecemos
clinado queporcons-
uma
titue o gume, fazendo notar que não é pelo fato só colas, também, para a fabricação em série, como
^odiistria. A revista leader dos trabalhos manuais,
de sei a faca de metal, que ela corta. Mostremos olí, Manual Traming Magazine, reproduz constante-
como ate uma aresta de papel, uma serpentina de cat nicnto fotografias de carteiras, mesas, armarios, ig c
navX pode cortar e muitas vezes nos tentcortado zinhos, fabricados às centenas, pelas escolas de tm-
Façamos notar a peouena mrvníMr ^orraao. i^alhos manuais. Nem so trata, sequer, de escolas
extremo das costas da lâmina mostrando Tu induslriais onde isso, aliás, fmnbcm nao s»
tinada ao polegar da mão esquerdk n-, í om hipótese alguma, conforme pro\aiei,
guiar e regular os pequenos golpes '
A matéria prima da faca nnri/:^ nieiite, cm tempo oportuno. . ..akt.o n
Como remate a estas
magnífica lição sôbro o ferro o aro técnica didática dos Iraliallios manuais, ..«..l.rAntnr
O lustro que cobre o cabo da fTr ^
tema para runa lição sobre o fim o as quei as direlrizcs do professor, devo
do envemizamento. vantagens quo todos os trabalhos executados
Pouco a pouco, iremos mostnnriA , xar do obedecer a três elementos esseiicia . 1
to, tão pouco imporlante, na aparêLia® eauicução o. disserlarão professor
SI um conjnnlo de nmnerosas'^liçSeré nT T Escolhido o assunto c ^
que tudo, que não é mais um ''avará conversa com os seus 'duuos, • aprovei-
nimado e insignificante, mas mn-i ina-
teligência, de pensamento, de estudo"'^^'"^'^ j:ur-ilies a finalidadepara
undo a oportunidade do*'1^
todos os efei-
^ ^ utilidade,
de esforço, uma vitória, uma grande víiá?® tos possíveis, iião só quanto . \tos novos que
rioridade humana. ^ da supe-
Retroajamos iim pouquinho, para juas tmnhém (pianto aos 1 com o tra-
^55 alunos possam recebei, lela ^ nrovoilo, do cx-
não é caso para desanimar, se ainda a cxecnUir, Ij™"''»' 'J^ppptividade da classe,
mos integralmente no penWmemo o nribrilt^r oelenl.e momento critico de «centro de
didatica dos trabalhos manuais. ^mlidade
Numa das mais importimtes escolas ur^r,^ • y que èsso trabalho se . j. dêssc precioso ele-
brasileiras, por exemplo, dã-se o nott tíTEtabrò' iatortsseT'o Todo7 sahom o valor dèsso prec.oso
manuais a muitos objetos de fabricação enl séri/ J U eion didático.
ío didático. quanto possivei.
Essa parle
Essa parleda liçao
da bçao cic aluno, afim
registados até sob uma marca industrial — Gaté
Mas há ainda mais. Nos Estados Unidos'^^im dialogada, ora com uin, ow _ reflexões, o jul-
*^0 Dies despertar a 'atividade, essa alivi-
nosso modelo que, em pedagogia, seria preferívtd
nos caldeássemos um pouco, com o figurino alemHn gí^niento, ponclo-os .lo' sistema arcaico em
os trabalhos manuais já degeneraram em muitas e ^u-de salutar tão diferen ^
que só o professei" tem ^ j]-^e oindu. A classe
pura que èsto preste con u para se
ueixa, então, do ser um
44 A ESCOLA ATIVA E OS TRARALHOS MANUAIS
45
C A P Í T1 U L O
U A fi * I V*
sfinesTa
SI mesma, sob osr''™/
esümulosorientar-sc
do proressor. por Será preferível que ús dois phuio»
Nesse momento, cada o i
fazer, sabe porque râi faz»,- ^ ® ™ vidro, mas iimleni ser também de carlao to •
ficantes minúciL ao mSnín Aberto o livro assim feito, do modo
propósito do traballio a realizar üm Plmio fique porpemliculai- uo ^ o plano
informações lileis. Após essa hrTr ™ numero de jelo sobre uma fòllia de papel po»U . --m
em conseqüência dela, passa-L m Imrizonial. Obtém-se, assim, a o
ser originariameiite fornecido ndo nÍT" ' «eguida faz-so o mesmo sobre o
grande, para toda a classe no aindr ' 1'°"'" obtém-se a vista de horizon-
grandes folhas de papel Nessa ^ erceiro plano, ligado a um dos lados d P^
serão convidados a iiiti-oduzir mnrVr^'^®' í^luaos lal e por sua vez perpeudiculai a í ^
decorações, conforme seja o cíln
subordinado à finalidade iiráfíf^i' porém, Procedeiido-so da mesma maneira, • plano
f a z e r. l ^ ' ^ a t i c a d a c o n s t n i ç ã o a lakn-al ou elevação do objeto. A este tercei
uu CXCVUA,!.».^ - í
^0 dád o
á nome
r v l ide
f t pln
ano
l a iai
iu
o xilu
aiai .i ^^^
xili'-U'. o„,,.
trodifziL^qiLdra'
pois casos há em que^Srr'hár-^^"^^
não - i-
^r., i permita, Eteixaiido, depois, caírem plano, ve^
felho de modo a que fiquem n .«j-eseiitado exa-
modificações. Oaluno
c obter que cada fim dinojado Í tais
se cnm lição, í^ificain os alunos que o objeto eb cima, de
executar, tendo dela perfeita í^^efa á tamonte ein três das suas faces. (Figs- 6 © 7).
As suas faculdades da írente e de lado, todas num mesn ^ di-
mento fonun postas em « de planeja- Üma série de exercícios alunos não só
o projeto a todos os determ'ÍS°' f"'°«liuando se rígidos e orientados, dos trabalhos a
a prepararem a projeção forem apresentados,
construir, como a lu s certos Hn^tes de
contanto que não cxced.-^ ^ tp.ie essas tres
S f f Simplicidade, não exigindo
ria um meio práticn ru
representações do objeto- críti©© dos projetos
suficientemente, para -iq n essn • -
como devera ser as dos trSío^' ®®® mais sSs' Seguir-se-á a isto o f^po com certo grau
convém ev,tarem-se acabamentòs om qué IfaçadoB, exame queevitando-se
^ov®"' ^-igenda sêcadesam-
das inv
meio e um chedro utilizado por Ln^^P^-^dos. Esse fie liberalidade, que
Consta ele de dois plan^, da Vinci Perfeições ou erros e as -
ao ontro, por uma liralio
' panr^u"'°'^'dos um niem. . j-a os erros cometi-
encadernação. Chamar-se-â a aluno os reconheça
■los,
® achedepor
modo a qu®a aneira de corrigi-los.
si mesnw
46 * trabalhos manoa.s
CAPITULO IV 47
G
PLANO HORIZONTAL
Visla de C>ma
c«^'
^omor~ficam
^ mesmo aiarellio
reproduzidas aberto
num mesmoe pUuo. a
do ul)jeto a representar em projcça
cução.
^sta, pois, a clfLSisa ^
proata ui,...
m
T
Ju-/, ,se tratou
7 . , , H" 1 co
' ' e• ço am? e' ç aa r e x o -
^fínoi-1
m
Jti-
fiima
p
tratou
r i m a emprega
da '■
a empregar clo chi^i
llios ® metodologia, ''conVletainente
das ferramentat „! df o®
das ferramentas Podo ® '• fins educativos. Com
dis, indicaiido-se a 1 ° '^"idado,.
f oci .1 • I ^ efeito conjimto e em cor-
Ção e sua foima '^«"■eta utii; "'® descri- cesn^' exercitaram-se ai, em fimdmneu-
V l t J
oquilibrada, a de plaiie-
C o n c l ou trahniK
Concluído ido o f""- jaart 7° a do dêsse raciocínio,
®®®Plefiva, a da ^^a-se a
® üwü! dentro das diretrizes
fi n a l e
nnalmente a da reahzaçao, outras.
®isament6 estabelecidas pe educativo
Paw que se compreenda bem
48 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS CAPÍTULO V 49
adi-mravel do sr. Omer Buyse, Méthoães Américaines Cada qual trará ao patrimônio coiniun dos co
( Education Générale et Technique. E' dessa obra nhecimentos de todos, sua obseiração, sua sugestão.
que reproduzo a casa da boneca (Eig. S). Muitos vezes, ainda, o professor poderá aban
donar os «centros de interesse» formais da vida atual,
e ir buscá-los no próprio mundo das crianças, entre
os sens brinquedos favoritos. Os jogos da hora do re
creio aí estão para fornecer oportunidades magnífi
cas. Basta lembrar o traçado das «amarelas» oii
do «paraíso», o do «caracol», aquela espiral quo
citei em capítulo anterior, cuja idenlidade geométrica
o pequeno não conseguiu reconhecer por si mosino e
isso ao dia seguinte àquele ein que a professora dera
uma excelente lição sobro espiral. E' que esse, como
a maioria dos estudantes, ainda na fase «nós somos
estudantes do palavras» tão bem definida por Emer
son, estabelecia luna separação nítida de cousas in-
conumlcáveis, entre a lição sobro a e.spiral, na aula
e o «caracol» traçado u hora do recreio, a separação,
enfim, entre a escola o a vida.
Daí, elo não se lembrar do que espiral e «ca-
]'acol» eram, como formas, duas cousas semelbantcs.
Daí, ainda, êle riscar o seu «caracol» no chão.
P i g . 8 — A casa da boneca curvado sobre uni pedação do pau ou uma lasca de
Eis aí um empolgante e atrawitn, i bambu, embora tendo aprendido, em classe, como
interesse», que pode motivar um sem nWm se tiuça mna espiral. A matemática, para ele só
hçoes uteis, a eomeçar pela construção à mmí nn,l existia dentro dos compêndios, nas lições e na hora
prestar-se algumas caixas servidas, de paSo Vem da aula. Cá fora, no momento mesmo, em cpie essa
a seguir a questão da decoração das paredes opor- matemática lhe serviria para demonstrai* a sua ra
timidade excelente para a educação do gòsto aidist cn zão de ser, a sua utilidade na vida prática, êíe re
A feitura do mobiliário fornecerá margem a utilis' caia imediatamente no cinpirisino do traçado -i
simas oliservações. Finalmente, o professor terá oca dar de roda, sobre o terreno, curvado sobro'o seii ivin"
sião de interessar os alunos em tômo dêsse precioso sulcando o solo. E jurava que aquela figui-a er»
tema, o lar, versando sobre deveres, direitos e obri somente um «caraco ». deslembraclo completanienle
gaçoes da vida do família. da espiral da geometria. ^ cuimenie
Assim se perdia e se perde uma excelente ocasião
A E S C O L A AT I VA E O S T R A B A L H O S M A N U A I S CAPITULO V
de se aplicarem as regras, leis e cálculos da matemá papapaios, muito facilmente, nesse momento crítico do
tica, cuja utilidade se lhe firmíiria então, proíunda- interôsse discente, o professor poderá inculcar-Ihes os
mente, no espírito, porque lhe servia eficazmente mais preciosos eiisinameníos acèrca de aeroplanos. As
nessa cousa tão séria, para ele, o seu brinquedo. escolas norle-nmericanas costumam organizar brilhan
Numa escola tudo é ensino, tudo é educação, tíssimos concursos iiiier-cscolares, de papagaios, na
a própria hora do recreio. Essa hora é talvez mais época dos grandes ventos. Há, até, um livro sôhre o
importante do que muitas horas de classe. Na classe, assunto, sob o título TJie construction and flying
os alunos estão quasi sempre constrangidos, eiiquíui- of l'ifes{'-).
lo que, no recreio, se sentem na mais comi)leta liber- Como exercícios fixatives ainda, do ensiao de fí
dade na plena expansão de sua individualidade. sica, eis aqui uma coleção de aparelhos de física exe
Vem a propósito notar aqui, o problema impor cutados por alunos de uma escola elementar (Fig. 9).
tante que representa a escolha do inspetor de alu-
OS aluuos, durante as
fOrço cuidados? de''sdeção°'tL''™ de
alnnns n<= pQis^ i^qS llispotoreá de
colaboradores c u? d™??™
ou omissão u ira lolr concon-nm, poi
dos professores (') "n contrariar a obra
iMas vnliando aü nosso „
lendo m<»slriir O o quo ou pi;«-
com vantagem, de expeloni,
U p r o f o s s n i ; p o r i n t e r e s s e > '■
Tdanos o das várias l,.n i 'r- ' ^''-dnr do aero-
, ointeresse,
de u t r o t r a bdo
a l hque
o o oar^-. - como ceiiii'O
tão do agrado das nossas S? brmquedo
, . Alem do nmito quo
bilidado c destreza, uo gosto,
parar o no emniiiar os
Fig. Í1 — Aparelhos tie dcmoustraç-io do física, executadoA
por alvmos, de uma. oscola cloinoatar americana
(lue permiUom á classe conhecer ? manuais, preendam bem, não por leitura ou por ouvirem
costumes da vida aborígene do Rrn?i 1°''' ® dizer êsse iiniiortanto problema higiênico, mas pela
para fazè-Ios compreendei melhor f ' olira de suas próprias mãos. Não ó preciso acentuar
bitantes da nossa pátria. Eis aí lodon
' m c' apitSio o tirando partido a tirar dêsse oporliuiíssimo centro
de interesse, por meio do qual, muito eficientemente,
a escola poderá auxiliar a obra do saneamento rural
iyy te t»AyA-fer do Brasil, pelo caminho mais seguro o eficaz, a
D| I ) i 0
"WRWR 4 f A W {.ducação higiênica do povo. Tive ocasião de ver
í
'í ésse modelo realizado, no excelente j\Iuseu de Hi
1r ç giene Popular, do ilustre professor François Norbert.
0 i
•
y 9
-«-ui Êsse museu é um conjunto admirável de lições de
I-IS. 10 - 0™am.nt.,ão sôbre O.con^itvr~;r~ c-oiisas sobre higiene de que, a meu ver, deveria
da história do Brasil a estudar, da nnn..í figurar uma reprodução em cada escola do Brasil.
Outra construção, ainda, a fazer, é pouco co-
concreta e palpável. i^inciia mais
iihecida acpií no Brasil e que muito eu desejaria ver
Alguns exemplos, ainda, de orientação, para Prl, praticada nas escolas.
caçao eslehca nos vemos no aproveitam^tò de 1 " A gaiola de passarMo ó do^ uso corrente quasi
mas mais simples para o desenho decorativo .-nn'
íomic mostram as figuras 10 e 11 con- ein todas as casas brasileiras. Já houvo, até, quem
Uma sugestão ainda, de toda a oportunidade lembrasse a confecção de gaiolas, nas nossas escolas
paranos.Trata-sedeumaconstruçãoukltism
i apara primárias. Neste assunto, porém, parece-me que há
alguma cousa do prefeiível a fazer. Quero me referir
56 A ESCOLA ATIVA E 05 TRABALHOS MANUAIS CAPITULO V a í
pássaros, que podem assumir as ças, quo jmde ser bem aproveitado pelos profes
pJac; A diferença existente entre s o r e s .
■• " i i n r i a
Eles aí che^aiTi
^ P^i-i matarem
prisões ^-í ^^'^zendo n« aeostumando-se
ZfT '""h"®- Não são
" """" .'&.«.«"!. ,„,i,.», F i í T. 1 3 — U m i n t e r e s s a n t e m o d e l o d e c a s a d o - , .
nm bangalô.As medidas e3t.âo indicadns ^"polega^^'
"caçao moral para as crian-
58 A E S C O L A AT I VA E O S T R A B A L H O S M A N U A I S CAPITULO V 59
tes dedicam-se a êsse gênero de tra))allio manual, manuais, orientação que se resiune em substituir
havendo até concursos anuais entre èles, com prê cada vez mais «o ensino inoiio das palavras, pela
mios aos que apresentem casinlias mais bem cons lição viva das cousas».
truídas.
No ensino, principalmente, das ciências, os tra
balhos manuais são da mais relevmiie utilidade. Em
vez de informações, apenas, dos fenômenos e leis,
a sua verificação e, mais ainda, a criação de foimas
em (lue cies se demonstram. Isso ainda é preferível,
mesmo, ao próprio uso exclusivo dos aparelhos de
laboratório.
A sua perfeição de acabiunento, as suas a.jus-
iagens levam ao espírito das crianças a idéia de que
um artifício é que determina os resultados previstos
nas leis, vindas, todavia, da observação direta dos
fenômenos. ^ ,
Parece lhes que os fenômenos inostiudos nos
aparelhos' são por assim dizer conseciuèmoia cie sua
forma de seu acabamento e nao fatos do dia a dia
corrente da natureza. ciência, assim, longe de
aparecer aos ollios das criaiiças como o resiüfndo
de mn conjunto de fatos naturais, apresenta-se-llies
como mna fada misteriosa e mag.ca, dentro do seu la
boratório 6 só para os efeitos de seus aparelhos
Ti= ~-n cabalísticos. . , ...
(I 11 O ensino de ciência por meio de cxperieiicms
'" i i>
" u . em tais aparelhos, apresenta amda outro mcoiive-
i!k_—J iiifMite Procedendo a luna oxperiencia, o professor
pstá a distâncias desiguais dos alunos sendo con-
spfiuentemente desiguais as possibilidades de mna
FÍB, 11 - Outro moac-lo do ca.a do i^ssaros. a tiao so rcíoro o Cap. V íierccucão Clara e completa da experiência, o que ó
isscncial para o êxito da demonstração. Assim sendo,
Eis aí mn conjimto de sugestões que se me ilffuns percebem-na completamente, outros perdem
afiguram capazes de esclarecer os srs. professores ítlffuns detalhes o outios, finalmente, nada ou quasi
sobre a onentação a seguir, na prática dos trabalhos nada conseguem apanhar. Mas como sabem (jue, no
fim, o professor há do chegar a unia conclusão e
60 A E S C O L A AT I VA E O S T R A B A L H O S M A N U A I S CAPÍTULO VI d l
i
A ESCOLA ATIVA E OS THABALHOS MANUAIS
CAPÍTULO VI 63
VÍCIOS dessa metodologia eivada da- Juiz — Mal suspeitas, Bacharel, que há um fe
• nv^ grande pedagogo e sociólogo norte- nômeno de gravidade quando a bengala te cai da mão.
Charles Ham chamou «esteticisrao cieii-
Bacharel — Mas esta sua física, sr. juiz, é
uma física de terceira classe. A minlia é a Física
de Ganot, é a Física Nobre, é a Física de res
peito dos laboratórios, com todos aqueles instrumentos
de ver T'clMs^^lin ^h"i'í "^"1? impor modos c-oniplirados, bonitos e brilhantes.»
Estudando as tendôncias dessa didática, fiz al
lidade. Transcrevo aqui ?reoho 'rí '' gumas especificações assim expostas no referido re
blicado dessa conferê^iaTm Ôní un ?
no banco dos réus, paia se" ,\Z!° , ° s u m o :
«No estudo da história natural, fecham-se as
pacidade. Julgado pela sua mca- janelas para o mundo exterior, o, do que há lá
erros! ■'BfchTrefK^'tiaprr
com a uniformidade do Lratameuto
fora, se dão ao aliuio noticias e informações, em
vez da realidade viva. De quando em qiumdo, abre-se
um annário cheirando a cânfora e pasma o estu-
parar um trecho com idélTp^^ria' tlanle peranio a natureza empalhada. Visila-nos um
BcicJkitcI — Mas os rmTwAHrtx-.^ ' estrangeiro ilustre e o Bacharel que o acompanlia,
bém não o sabem, Sr, Juiz' Sou ene liacharel o acadêmico, não sabe dizer ao Ausitante
uma redação sõbre o amor da escrever o nome da mais comiun das nossas ár\'-ores...»
pôr do sol, juntando pedacinhos da Aniol™ w" Vem a propósito citar aqui dois cnsos caraLe-
oonaJ. live grau dez ni exame de port™. rísticQs excmpliíicadores da inalforinação do nosso
vendo mn passeio ao Corcovado La o,!u imsino secundário.
pus os pés. ' " orido miiica Todos se lembram da visila que nos fez o Ana-
Juiz - Tivoste plemuneute em matemática Ba tole France. Logo ao desembarcar, cheio daquela
oharel, e nao suspeitas que há mn problema d^ IrT sua ciu-iosidade céptica pelo resto do inuado que
gonometna no vigamento do teu telhado.
não era o seu mundo, Anatole France quis saber o
nome de uma das árvores que viu plantadas mo
Bacharel — A culpa não é minha, senhor iuiz nossas ruas.
Conheci, na ponta da língua, o Serrascpieiro e o Ti O acadêmico quo lhe fazia as honras di
móteo; e nmica me constou que a trigonometria an cepçao era ura dos nossos mais claros e hrilbt f
ílasse a sujar-se nos telhados. E' verdade que hoie
nao sei mais nada, mas é que me esqueci, sr iuiz espíritos. Todavia, atrapalhou-se todo com a .
pois nunca mais ouvi falar no quadrado da hipote^ e, sem atinar com uma resposta certa
toda sua cultura, dentro de um rnentalisma
dor, passando indiferente, ao lado dos fatao
^«■tos reais e
64 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS
CAPITULO VI G')
ção única do exame, do diploma, desiludidos, afinal, do sibaritas do intelecto, nimia fase toda objeti-
pela lição contundente do desastre econômico. vista, como a da primeira e segunda infâncias, quando
E já não se vê a reação que se está esboçando? no ensino superior, momento em que o espírito está
Muitos pais conheço, sobretudo entre a gente mais capaz para as abstrações, nós somos forçados
culta, que estão preferindo matricular seus filhos a ensinar a ciência experimental, na medicina e na
e filhas nos cursos comerciais. A estatística desta engenharia, principalmente? Como será possível en
espécie dc^ matrículas aumenta todos os dias. cadear a marcha do espírito elaborado por imi ensino
Ora, é extraordinário que se conceba ser um secimdário, com a de um ensino superior de realiza
curso secundário, inferior a um curso comercial re ções c de experimentalismo?
duzido a uma especialidade, quando o fmi do curso Da falta desse elo de ligação resultou até a
pcundário é dargeral
um salutaríssirao e indispensável instiUiição de uma prática obrigatória o consagrada
lastro de cultura que, bem propinada, pode ser na legislação do ensino, que representa, por si mesma,
aplicada em todos os sentidos, tanto para o hiício o próprio reconhecimento oficial da iucfic-iêiicia do
dos estudos superiores, como para quaisquer ativi ensino secundário. E' a exigência do exame ves
dades, quer comerciais, quer industriais t i b u l a r.
Com efeito, o curso secundário não ensina ma Com efeito, a exigência de um exame novo, de
temática? Não ensina física? Não ensina química*? uma nova prova de certos conhecimentos já aprendi
história natural? geografia?... dos no curso secundário, para a matrícula em certas
E não são estas matérias, bem aprendidas o escolas superiores, estabelece automaticamente lun
fundamento, a essência, a matéria prima, fundamental critério diferencial, com relação a essas matérias,
para quaisquer atividades, também do comércio e dentro do próprio consenso oficial.
da indústria, que modernamente são, cada vez mais O exiune final dessas matérias aprendidas no
ciência aplicada? ' curso secundário, pode seivir como atestado deco
Dir-se-á que, na escola secundária, se deve en rativo, mas sem o único efeito afirmativo de co
sinar ciência pura, ciência abstrata, ciência do no nhecimento que ulo devera ter. No momento eni que
ções... Mas eu não sei, não quero saber de umn êle tem do servir com esse caráter, como base de
ciência pura, de luna ciência abstrata que não ra início do estudos superiores, a própria lei do ensino
correlacione com a sua única o máxima razão dp o repudia, exigindo a nova prova do exame vesti
isto é, uma fernmenta de construir, na civilizmlfe b u l a r.
imi meio de melhorar as condições Ha ^ Se prosseguirmos, ainda, na nossa análise dentro
bem-estar humano, em todos í "'"' do próprio corpo de regulamentação do ensino secun
que eu, deve querer saber isso, um nnn^ dário, nós vamos encontrar um outro elemento de
riga entre os dez o os dezoito ano^ negatividade veemente. Há tá, e tá tem permanecido
E agora pergunto: Que contrassenso a - i um dispositivo que permite ao discente o direito dé
ensinar ciência pura, estudo de gabinl^A
g^^oinete, do estetas, prestar exame só süt.ire a matéria dada, quiuuto acoii
C8 A ESCOLA AT I VA E OS fl U B A L U O S MANUAIS
CAPITULO VI 89
teco OS professores não esgotarem os programas. lhos manuais, afim de que èles treinassem as mãos
Reconhece-se, portanto, a possibilidade de se pres para as novas tarefas que se lhes exigiam. Criou ofici
tar exame final de qualquer matéria, som que ela nas de trabalhar madeira e metal, anexas às aulas,
lenha sido lecionada completamente, conforme o pro nas quais os alunos à razão de duas horas por sema
grama. na, uma vez aprendido o manejo das ferramentas,
Os próprios governos, sofrendo a pressão do conslniiam aparelhos de demonstração o objetos de
clamor geral, tèm se visto na necessidade de tentar uso corrente, nos quais se verificava a aplicação
várias reformas do ensino secundário sem que, entre dos princípios e leis aprendidas em classe. Esses exer
tanto, apareçam resultados satisfatórios. E' 'que a cícios representam o cimiprimento da finalidade da
reforma a fazer ainda nâo foi tentada, pois não basta chave da realização, que está iio diagrama da fi
alterar a seriaçào das matérias, dispondo-as desta
ou daquela maneira. gura 4, do capítulo primeiro deste livro.
A reforma a fazer é nos métodos de ensino
substituindo a escola das noções, das abstrações das
informações, pela escola experimental. '
Ora, os trabalhos manuais constituem o meio
hábil, o mstrumento necessário, para que se possa
realizar essa orientação metodológica. Só êles per
mitem a intervenção executiva e criadora dos alu
nos, para a verificação experimental das noções aurr^n
didas em classe. ^
Não se trata aqui de uma afirmação mas de
imia cone usao da propria experiência, comi se node
verificar dos moüvos que levaram o nrnfp«crr.n r i •
Woodward a introduzir os trabalhos Fíg. 15 — Flano íaclinado
r--x'tí
gados O engenheiros. Desculpem a minha franqueza: não existe pois, na frase, o que identifica muitas
às vezes mesmo entre professores.
Alem disso, todo o bom trabalho manual, de bom palavras ou, mellior, o que as classifica, não é o
seu aspecto anatômico, mas a sua fimção. As catego
quilate, exige do seu manufatureiro o relatório da rias de palavras que só têm uma função sempre e
obra feita, mão só tecnicamente, como sob o ponto
de vista de sua finalidade e de sua utilidade. portanto uma única identidade gramatical, podem e
Pude realizar isto, também, na «Escola Sousa (levem ser aprendidas no estudo gramatical da ta-
xeonomia. Quando muito, neste caso, um estudo de
Aguiar ».
Quando o ensino de português estiver assim cor classificação de palavras soltas, sem o nome formal
relacionado com os trabalhos manuais, a língua por do miálise e fora do conjunto da fraseologia.
No meu fraco conceito, portanto, só uma análise
tuguesa não será mais essa esfinge tão difícil de
decifrar que ainda é hoje. é legítima, a análise sintática ou cUiáliso, muito
Há quem ache outras línguas ainda peores. Aqui simplesmente, com a qual se estudam a um tempo a
vai um caso ilustrativo. Fui muito amigo e admirador anatomia individual e as funções de relaçao das pala
desse formoso espírito que foi o sr. Gottschalck, côn vras, das quais, na maioria dos casos, a nominação
sul geral dos Estados Unidos, no Brasil, morto es- anatômica é conseqüência. Todavia, a insistência com
tupidamente a bordo de lun navio torpedeado por que se fazem os exercícios de análise, dá a impressão
ocasião da grande guerra. Pois bem. Várias vezes, de que ela seja considerada essencial, no estudo da
conversando comigo, ele mo repetia sempre: nossa língua. O êrro dessa insistência evidencia-se
— «Todos os dias eu dou graças a Deus por ter por si mesmo, se considerarmos que o que essencial
nascido em ten-a onde se fala inglês. mente se deve ensinar, aí, é a compor expressões de
— Porcfue, meu amigo? sentimentos c afirmações de fatos, de redizações,
— Porque não tive que estudar e aprender estii do movimentos. O essencial, aí, ò. habituar o es
língua danada!» tudante a submeter ao ritmo de imia expressão cor
Observemos um pouco como em geral se ensina reta, clara e compreensível, aquilo que (juer fazer
português. sentir ou compreender.
Em primeiro logar, a aplicação excessiva dos Ora a análise, antes de treinar a compor expres
exercícios de análise, dá a impressão de que se está sões próprias, insiste no contrário, no exame da com
a estudar uma língua morta e não um instnunento posição de expressões alheias. E que expressões, meu
vivo de expressão. E nesse erro de metodologia Deus do céu! Expressões fora do seu tempo, do seu
ainda se arranjou jeito de cometer-se um sub-êrro ambiente, da sua linguagem moeda corrente. Fazem-no
a discriminação diferencial muito insistente, de uma analisar Camões, o o Camões dos Lusíadas, frequen-
análise gramatical e uma análise lógica.
temenío impossível de ser analisado por principimites,
^Ora, na
dinâmica língua,
e não em sua
estática, essaúnica finalidade
diferencial que
quasi é
que do metro ora rude, ora frouxo, com locações e versos
inteiros de mn baiuüisnío rovulsivo, com erros o im-
propriedades, semeados de rimas ajeitadas a martelo
CAPÍTULO VII 77
7 6 A ESCOLA AT I VA V. OS TRABALHOS MA.N'UAIS
de cada uma das categorias gramaticais isoladamen força de qualificação, donde o surto do advérbio que
te, cogitando-se só muito depois, das suas correla pode ser reforçado ou atenuado por outro advérbio.
ções de função, no discurso, as relações sintálir.as. Mais duas figuras foram acrescidas ao gráfi
Pretendia obter, uma vez conhecida uma categoria co, tendo cada uma o assinalamonto da abrevia
gramatical, que os alunos aprendessem, ao mesmo tura Adv. e pastas e ligadas de tal forma que
tempo, o seu funcionamento na máquina do período. essas relações ficassem evidentes pela direção das
Era ainda uma modalidade da Escola Ativa, e linhas seteadas.
foi tentando realizar uma aplicação da Escola Ativa, Diante do substantivo devidamente vestido, pas
((uo imaginei uma forma concreta, capaz de fazer sei a considerar que, na vida de relação, êle pre
sentir concvelamenle o idioma em ação. cisa de outro elemento que lhe exprima estado ou
Para êsse fim, lembrei-me, então, da grafo-es- ação, donde o siuto do verbo, que pode ser modi
tática, dêsse desenho do movimento, graças às di ficado por um advérbio, por sua vez modificável por
reções das linhas seteadas. Darei aqui uma expli outro advérbio. Novas linhas com setas expressi
cação sumária do processo. vas das correlações e dependências. Ai temos o
Comecei fazendo ver aos alunos, ora a um, ora sujeito e o verbo com os seus niodificadores.
a outro, qne o substantivo era a única palavra Acontece, porém, que o substantivo tem que
independente, capaz de subsistir por si só. usar, às vezes, de uma espécie de 'promrador, o
E risquei no quadro negro, uma figura rpial- pronome e aí temos, na figura do substantivo, um
qner, assinalada por um S. pequeno P para indicar os casos da procuração.
Assim, porém, era como um cavalheiro despido, Isto justificou o traçado de uma outra figura ligada
sem cores distintivas, nem outras caraterísticas que convenientemente à que representava o substantivo.
o individualizassem. Para exprimir um pensamento, às vezes basta isso,
Ora, essa espécie de substantivo não chegava quando o verbo se basta a si próprio para cumprir
para as nossas necessidades de individualização. Mos as ordens do substantivo sujeito ou do seu procurador,
trei, então, como a sua situação, as cores e demais o iironome. E' o caso do verbo de predicação com
qualidades caraterísticas. eram necessárias, tal como pleta.
as vestimentas dèsse homem gramaticalmente nu. Outras vezes, porém, o verbo precisa de comple
Daí, fiz surgir necessariamente o adjetivo, que tai a sua predicação o êsse complemento se faz com
outro substantivo ou pronome, arniaiido-se aí, do
passou ao quadro negro sob a forma de outra fi novo, o conjunto já armado, do outro lado. A seta
gura assinalada pela abreviatura Adj., ligada à que indica essa nova relação; nos casos de objeto di
representa o substantivo por uma linha soteada, de
sorte a indicar a ação daquele sobre este. reto, em hnha reta, do verbo ao complemento, mas,
nos casos de objeto indireto, essa linha faz lun an
Depois, fiz sentir que, quando qualificativo, o
gulo para uma estação intermediária, a preposição,
adjetivo pode ser aumentado ou diminuído, na sua de ondo segue para o objeto.
Ii C'. <].t — A R.icoUi Atitu c os Trohallio.i Manuais.
I
CAPITULO VIII 83
82 A ESCOLA AT I VA E OS TRABALHOS A Í A N TA I S
A
CAPÍTULO tX 87
dável postulado que abrange todo o yrohlema {social, sões, vendo, assim, apenas, o hábito externo da ques
em todas as suas projeções: tão. A prova é que ela ainda não foi posta em exe
«Nós estamos nos esforçando, nos presentes dias, cução, embora concorra, por seu lado, um pouco,
em separar o trabalho intelectual do trabalho manual. para a dificuldade executiva, a sua letra demasiada
Queremos que um homem esteja sempre só pensando mente restritiva. Diante dessa paisagem psicológica
e que o outro esteja só trabalhando materialmente. e uma vez aceita a utilidade, a vantagem, a necessi
Aquele chamamos um «cavalheiro» e a êste um dade dos trabalhos manuais, desde logo se estabele
«operário». No entanto, o operário devia estar tam ceu a diferença entre trabalhos manuais e ensino de
bém pensando e o cavalheiro também trabalhando. E ofícios.
ambos seriam «cavalheiros» no melhor sentido. Por E porque?
falta disto, é que a Humanidade se compõe de pensa Os trabalhos manuais eram uma tarefa limitada
dores mórbidos e trabalhadores miseráveis.» a exercícios referentes às matérias aprendidas em
De um modo geral, de resto, pode-se dizer que classe. Do ensino de ofícios a concepção devia ser
ainda é esta a causa última do conflito social, mesmo lotalmente outra. Sendo o ensino de ofícios propi
na atualidade corrente. Ora, no que toca a proces nado para formar operários, o conceito que dele
sos de fonnação educativa, a Inglaterra o os Estados têm os que estabelecem tão nítida e quasi antagô
Unidos evoluiram, padronando-se dentro de uma fór nica diferenciação, é o de uma oficina industrial,
mula de que ú uma síntese gráfica expressiva, a em quo os alunos são aprendizes auxiliando o tra
figura 4 do primeiro capítulo deste livro. balho dos operários já feitos, ocupados no acaba
Nada mais razoável, portanto, do que esperar mento dos trabalhos industriais e assim, a pouco e
que soframos o benefício de uma evolução semelhante
tanto mais quanto Já são patentes os sintomas de' pouco, assenhoreaiido-sc dos segredos e práticas dos
ofícios escolhidos.
que ela já começou a processar-se.
Entre outras provas, vem a pêlo citiir a última E' o conceito mediavel do ensino profissional,
refonna do ensino levada a efeito na Capital da contemporâneo da época dos contratos de aprendiza
Piepública, pelo professor Fernando Azevedo. gem. Mas esse conceito não pode subsistir, depois
Outro esforço no mesmo sentido, foi também a dos progressos da indústria, sobretudo no campo da
lei Fidelis Reis, pela qual tão denodadamente se mecanização. Operações feitas manualmente, tornan
bateu o esforçado representante mineiro, que lhe do indispensável anos e anos de aprendizagem pelo
deu o nome, durante a travessia difícil dos de processo empírico da adaptação imilativa, passaram
bates parlamentares. Essa lei, todavia, não renre* a ser executadas por máquinas, com muito mais ra-
senta ainda um sincero pensamento das nossas difp.^ jiidez do que pelo esforço do trabalho manual.
às quais amda repugna aceitar que um advogado um Declarou-so a crise que desfecharia na miséria
engenhei
ferramentrao,sim
demédi co,para
precio
sem
êxitodedesaber
suasniprof
aAer- dessp grandes coletividades vencidas, na concor
oficina, e rência, pela máquina, se não se tivessem empreendido
esforços para debelar a catástrofe. E aquilo que se
CAPÍTULO IX 01
ÜO A E S C O L A AT I VA E O S T R A B A L H O S M A N U A I S
prenunciou como um desastre resultou num bem, por aprendiz, ao ponto de ser glosada pela ironia da
que o opersirio teve de aumentar a sua cultura inte musa popular francesa. Mas ao aprendiz de boa von
lectual o científica para dominar a máquina, em vez tade, cabia ainda um esforço maior. E' que aquilo
de ser vencido por ela. Para isso foi preciso abando que hoje são processos manuais vulgarmente conhe
nar os departamentos estreitos o limitados pelas pe cidos, constituía, para o operário feito, o que ficou
quenas tarefas de especializaçcão e propinar aos fu depois consagrado com o nome de «segredos do
turos operários um conjunto de conhecimentos com ofício ».
que pudessem abranger o conjunto de pequenos ofí Eram certos e determinados jeitos maneiros de
cios e operações que constituem o todo de grandes executar certas operações, que se escondiam aos lei
indústrias. gos e só a muito custo se transigia em transmitir aos
O operário precisou, assim, de se transformar aprendizes, como uma alta e relevante prova de con
num técnico. Foi dessa emergência que nasceu o sideração o estima. Esses segredos de ofício foram
ensino profissional, estudado tão completamente na uma das bases mais consideráveis das célebres cor
obra de Asüer et Cuminal, L'cnseignement profcs- porações de ofícios e concorreram até mesmo, em
aionnel. Foi essa uma das mais importantes revo grande parte, para a formação da maçonaria ein suas
luções realizadas no mundo econômico c industrial. origens. O cabalismo dos segredos da grande insti-
Ela devia interessar, como interessou, no ter íuição teve como primeira origem modesta os «segre
reno educativo. Com efeito, até então, o que se dos do ofício» das corporações de operários da Idade
poderia chamar de ensino profissional, era feito ao l\Iédia. Foi preciso, pois, que se submetessem as
sabor do trabalho das oficinas, sem unia ordem
de seriação. Os contratos de aprendizagem, embora operações de cada ofício a um regime de seriação
deixassem ao cuidado dos mestres o adestramento dos didática, único caminho pelo qual a aprendizagem
de ofícios pôde chegar a ser, realmente, ensino de
aprendizes num determinado ofício, não lhes con ofícios, no sentido pedagógico que esta expressão
feriam, nem isso era possível, qualidades de pro não pode deixar de ter.
fessor. O aprendiz entrava como uma espécie de ser
vente, começando pelas tarefas mínimas, até ir pouco Antes de prosseguir, deteniiámo-nos um momento
a pouco, lentamente, numa lentidão que se esten para verificar que o nosso conceito médio do en
dia por anos a fio, conhecendo as várias operações sino profissional ainda o compreende um pouco,
do seu ofício. Essa conquista, em geral, era mais como aquele mestre longínquo, cioso de seus se
um produto do esfôrço espontâneo do aprendiz do gredos de ofício e aquele apagado aprendiz, es
que mesmo de qualquer processo didático do mes forçando-se em descobri-los e assenhorear-se deles,
tre, incapaz de tê-lo, por si, e ao mesmo tempo dentro do uma oficina medieval em trabalho ativo
impedido disso, pelas contas que tinha do dar das para satifazer as encomendas. Daí, muito natural
encomendas recebidas. mente, o que ainda muito pensamos sobre o que
Tornou-se clássica, até, a situação lamentável do seja ensino profissional, considerado como preparo
para engrossar aquele grupo, de que nos fala Ruskin,
92 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS CAPITULO IX 9Í;
Foi pelos trabalhos inaiiuais que se ie'z. essa exemplificar; dava-se a executar, digamos, uma jmi-
ção de nialhete, tão somente, sem se a aplicar ã
evolução. Nascidos na escola, como necessidade de
melhorar a eficiência prática do ensino, os trabalhos construção de um móvel acaiiado. Era seco demais
e de todo desinteressante para o discente que não
manuais, sendo, na sua parte material, o manejo e
o afeiçoamento de certas matérias primas, o que podia ler, patente, a utilidade de dois pedaços de
obrigava ao manejo do ferramentas e máquinas da madeira ligados por dois bordos recortados em den-
oficina e á aplicação dos processos c práticas dos ladura.
ofícios, nao podiam subordinar-se ao empirisrno vi Coube ao Dr. Otto Salomon, criador e diretor,
gente no ensino das operações dos ofícios. já há alguns anos falecido, do célebre instituto de
Teria de empatar-se, em tal tarefa, um tempo tão ensino do trabalhos manuais conhecido pelo nome de
grande, que bastaria piuu desestimuiar a tentativa. Seminário do Naãs, na Suécia, onde tantos estran
Foi preciso, então, submeter os chamados ofícios a geiros, entre os quais alguns brasileiros, têm ido es
uma análise de que resultassein o destaque das ope tudar, resolver racionalmente o problema (fig. 21).
rações fundamentais a que cada um se reduzisse e as Com efeito, tomando a madeira como matéria
formas paradigmáticas que, uma voz construídas, des
sem ao discente capacidade para a execução do todas )u'ima preferida, o seu curso
as demais formas delas derivadas.
do trabalhos maimais, organi
zou uma série do exercícios
O ofício, graças a isso, deixou de ser aquilo
progressivos não só om relação
que so considera correntemente, sob o ponto de vista as op^craçoes técnicas, como em
operário, mas um conjunto relativamente pequeno de
formas fundamentais a construir progressivamente relação ao emprego progressivo
com o manejo das. ferramentas necessárias, de cuio das ferramentas, cada um de
uso e recursos fica, assim, senhor, o aprendiz Isto les, porém, indo rematar-se no
feito, êle estará apto o capaz de empreender'an-il acabarnento de um objeto útil,
quer construção, dependendo a forma simnlesnT^^m^ de aplicação corrente.
do desenho que servir de plano á obra De tal modo êle soube ana
forços foram empregados cm busca desV-i lisar as operações que cons
gia, citando-se entre eles os do Dr Vicfnr'n^i tituem o tiabalho da madeira e fí^. 21 — or. otto Salomon
diretor do Instituto Técnico de o emprego das diversas ferra
e do professor Eddy, nos Estados Unídn' mentas usadas nesse trabalho, que quem tiver rea
Tais métodos, porém, tinham o tnL lizado toda a série com êxito, está capaz de executar
de 80 preocuparem apenas com a ^"^^^^^enioníe
técnica do trabalho. Ensinavam -mpn. Propriamente qualquer obra em madeira. Foi esse o primeiro passo
ferramentas aplicadas à coníecflo a' ° das considerável dado no caminho da didatização dos
a
thlesdeobras,sem-a
«
''bamenó
t deconn
fno
t ofícios, ao passo sem o qual não teria sido possível
um ensino profissional digno dêsse nome.
capItulo X 97
9G A ESCOLA AT J VA K OS THABALHOS NtANI-'AIS
com cinco furos simétricos, preso a um cabo tor Compreendendo bem que éles não podiam pen
neado. Convencido que eslava, preliminarmente, de sar de outro modo, ponderei-lhes entretanto que se
que t.i\ essoin sido íibolidos todos os castigo.s corpo a sua força moral precisava, perante os seus alunos,
rais das nossas escolas, a única idéia que não me do apoio físico do castigo corporal, ela não existia.
ocorreu foi a do aquele objeto pudesse ser uma Como essa gcnle era boa e bem intencionada,
palmatória. De\ ia ser algum instrumento de ensino o fato é que ficou abolido dali em diante, na Escola
profissional e, sem coragem para confessar a mi Sousa Aguiar, o castigo corporal, sem que qualquer
nha ignorância perante os mestres, não procui-ei in mestre tivesse sofrido o mais leve desrespeito por
dagar para que sorvia aquele objeto... jiarte dos alunos.
Procurei, então dar-lhe arbitrariamente uma fun Ora, na contingência do dirigir uma escola de
ção, como aparelho de ensino profissional. Não sei artes e ofícios, num tal estado de ingenuidade, que
ainda porque, firmei convicção de que aquilo de cliegava a presumir um aparelho de empalhação numa
via ser para ensinar einpalhação. Dêste pressuposto simples palmatória, eu só podia ter o gesto" que tive.
veio tirar-me a visita da mãe de nm aluno. Vinha Dele me demoveu Gregório da Fonseca, recomen-
externar-me a sua completa satisfação com a es dando-mo que voltasse ao meu cargo o procurasse rea
cola, por tudo, até pela boa educação moral, pois oue lizar o esforço necessário para bem desempenhá-lo.
quando os meninos não so portavam bom' nas ofi Foi pois assoberbado pela sensação de uma res
cinas, os mestres «chegavam-lhos» com a n-ilimtn' ponsabilidade cia qual eu não sabia bem como me de
ria Por ela não tinha ra.ão de cjueixa, tpfàúS f o sempenhar, que meti ombros à tarefa. Fírlo, porém
com todas as cautelas de quem, lendo de trilhar
sistema, estava plenamente satisfeita...
Como se vc, o tal aparelho de empalhação era uin caminho desconhecido, não arrisca um passo sem
mesmo aquilo exatamente que eu pensíiva que não o cuidado de verificar se o pé assenta em cheio ou
fosse: uma palmatória. Disse, então, a ess-i mãe em falso. Numa palavra, comecei a esforçar-me ten
satisfeita, que a minha satisfação não era ahsotuta do-me constantemente em guarda contra a minha
mente iguat a dela. Que, muito ao contrário, não es própria incompetência.
tava nada satisfeito... Fiz questão de narrar êstes fatos para poder
Ato contínuo, fiz reunir os cm-n/ML. i chegar a uma última conclusão digna de nota, por
discente c mandei queimar em solene aufn'^T r'' que prova as desvantagens que há em se basear al
o aparelho ãe empalhação, recomendanrfn guém numa preliminar de competência, mesmo quan
no.s que defendessem a smi integridadè f- do ela exista, em cousas nas quais só os resultados
ira qualquer agressão feita a nretAsm podem dizer, em remato, se erramos ou se acer
escolar, pois podiam contar comiao ta jnos.
n ato
O . . me a„ fal.a não
1 . , ,agracl
. naerisnf^'
sa atitude Estava eu em comêço, quando me chegou às
se deram diminuídos na sua fntrl
^luai.un aos ni mãos o hvro tio sr. Omor Buyso, Méthalc.^ Améil
íOiça m
mno pr ao ll .
que cornes d Educahon Generale ei Techmque ndmirá
100 A F. S C O L A A T I V A R O R T n A n A T. H O S M A N ' U A t S CAPITULO X 101
vel reportagem pedagógica feita pelo eminente peda- A primeira dificuldade, porém, que se antepunha
gogo belga numa viagem que realizou aos Estados Uni ã possibilidade do um ensino rigoroso, vinha da pró
dos. Esse livro foi uma revelação para mim, pois, além pria Prefeitura do Distrito Federal, à qual estava
de mostrar nitidamente focalizadas as novas dire subordinada a Escola Profissional Sousa Aguiar.
trizes de educação moderna, não se limitava à simples Por um dêsses casos tão commis do estrabismo
exposição de princípios, indo além, ao relato mi econômico da administração, entendia-se que às es
nucioso de exemplos numerosos dos meios usados, colas profissionais devia incumbir o fabrico e for
com exiío, para a aplicação desses princípios. Longo necimento dos objetos necessários à administração
de er esse livro admirável com um pensamento de municipal e que as suas oficinas pudessem fabricar.
erudição ornamental, procurei logo tirar dele as van- O número dessas encomendas era formidável e esma
tagens praticas possíveis, aproveitando os exemplos gador e todas feitas com tal urgência que o trabalho
e sugestões que nele se continham, para a solução tinha de tomar um ritmo febril de intensidade, na
do dificihnm problema, que era a organizaçL do Escola Sousa Aguiar.
ensino profissional na Escola Sousa Aguiar. ^ Foi essa a primeira justíssima razão que nie
apresentaram os mestres para justificar a impossi
de aSo ''fôbre partida, a minha base
ae açao, soDre a qual armei o nnfl-ii.-nr» a., • i bilidade deles se preocuparem com o ensino dos
atividade de educador. andaime da mmlia alunos. A Prefeitura esmagava a Escola com as
Ora, eu encontrara o ensino mmn i- suas encomendas e sempre com urgência.
deixar de ser, feito segundo o empirismo da adanlà' Acontece ainda que eu descobri outro inconve
çao imilativa. Os alunos funcionavam conio 3e, niente mais grave ainda, nessas encomendas, mesmo
aprendi zes de oficina, cifrando-se a sua tarefa'^^m para o ciiso em que os alunos tivessem uma co
trabalhos de serventes. Limpavam as oficinas nrt laboração mais considerável nos trabalhos das ofi
paravam a co a. seguravam uma ou outra peça nari cinas. E' que essas encomendas constavam de obje
facilitar o trabalho dos mestres, etc... A maior coii tos sempre os mesmos, em número limitado, quanto
tribuiçao da maioria deles era a de livar ml à variedade e sempre com as mesmas dimensões
Era preciso que tosse assim, pensara se' 1? Eram êles quadros negros, cavaletes, cabides ar
dizado devia começar pela lixagem Por mú f mários, mesas e carteiras, sempre do mesmo tipo' p
que sejam os leitores, não há entre ri do mesmo tamanho.
saiba o que é lixar. E' esfregar i.m f Não era possível, assim, qualquer espécie do
sobre a madeira, afim de alisá h i lixa ensino regular. Alem do motivo já alegado, da absnv
essa tarefa imposta a uma porção '•««''a, ção do tempo dos mestres em trabalhos da indústri.
rante horas e horas, dias e dit f du- em que o fabrico intenso lhes alisorvia toda a -itUr-
ensino, os pobres pequenos levavam " Pretêsto de dade, outios, ainda, ocorriam. Pondo em rolnfí^^ ^
de seu tempo empregada nessa grande parte número de cada espécie de objetos com o número
de vai e vem. tarefa mecanizante alunos, venficava-se que cada um teria de entm?
102 KSCOLA ATIVA K OS THAUALHOS MAM.AIS CAPiJ ULO X 103
2 1
Rnneis
Ovoide Ellipsoide
Roseta
Canduras
">1^ 11
Cone molôura
b Broqueaôo
C v l i i i d i o ( . ' o n c ■< )
Uariações conicos
b)
i ■ - --i
105
CAPITULO X
-íSSX.-?:
~ ; „ ~ r : ic""
rs;:"ss.
1.'cola' sr. Manuel Cano Munhoz, requerimento uo qual sc iiedia ío.sse .ates-
♦ do junto a cie «desde quando, resiiectivamcnte, c com que êxito, fo-
m e têm sido postos em pnltica os qimclros do autor, p-ara o eusino de
í^moiro em madeira, envernizamcnto c empalluaçâo »:
, Pg acôrdo com o despacho retro, tenho a informar que os quadros
OS alunos dos«5o,-,^ mentais A 1® -lutoria do requerente,
do usados a que
nesta Escola: o desetorneiro
reforo em
o presonto
nuidoira rcriuerimento
desde 1013, estün
o do
fosspin nnw 7^"^ Pçoes OP1ÍO 'uzeiido com que
dos trabalho7rSaiL."''°"^ P<íquA"s'rektórios '^«vprnlzamcnlo desde 1014 e o dc empalhnvão desde lOUi. O empivgo dôs-
fluadros tem tido o mais decisivo êxito, segundo consta dos livros de
roima onde ac tem registado o progresso didático do iodos os alunos
*1 «íe lOlú- quando foi inaugurado êste sistema de csoriluruçào.
pèloá' resultados verificados prova-so que, para a aprendizagem de
(1) Vitlu Doia no f tornearia cm madeira, têm bastado, com a aplicação do quadro n-spectivo.
<'ü capítiil,,.
112 A F.SCOLAATIVA F. OS TnAIJAUIOS MANI^AIS
ao efcTeveTêsrcapituTs
mp rpfpri P Se assim lao longamente
ensino profissinnnl esforço {[ue realizei no
tar OS sens bons resuUa'dc )S Aha * *f'f í*lí^
trazer uma pequena conWl • -
blema do ensino profiss^^r'''" í' P™'
Iribuição, de resto a n^ ' ™'''®
cessaria o urgente 'qínnln
do meio que a meu ver a „ ■ ° abandono
no ensino de ofícios Pi'mcipal e indispensável,
Pouco mais do" aup
feito para submeter n ní está, se le»i
dática regular, integrando oíícios a uma di-
sna necessária fisioloaíi T^ ensino profissional na
pedagógica. Ainda em mu-
Qficiiias^; aoa°Sunos'^a^g'^^'' dois anos tio cxoroiciüí ^
lie uma hora cada uma Condições i - ^Premlizagom nas outr^^
^ ~^rr£í ™ t
N i t eArc uós o f
«i-
1 ? ' ; '' 1""
cie
gN iot e rtó u
i
l.
.que, duraate o ' Pregada c;!; Sr. Professor
çleatinad^
''Cm como oT""livrò
íl^Pacíio je ''""ento
S quadros «"'t® Goiaz e
mós. resolvi"
«ando entendido^.,'^® ujesmo lOíücarK t^nr'Qio üt» Fonscc»
quanto à aquisir.- adtv,^'^ '' sQbrc »h.m í™""^ c cnvemizampo^?'
nível. , seja^^^-^âo.nrm
^ ''^'<lcmdS'iSnoS euvoniizumento.
'a'tS'^'vidade c não dispen^
^ oportunidade e a verba di.sp'^
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11 4 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS CAPÍTULO XI l l õ
I
11 7
11 6 A ESCOLA ATIVA E OS TnABALIIOS MANUAIS CAPITULO XI
«^^ovlí desespeca
i ílzar,prm
i erio por sére
i , na
11 9
11 8 A ESCOLAATIVA E OS TÍUDALUQS AIANUAIS CAPÍTULO XI
1
124 A ESCOLA ATIVA K QS TRAÜALHÜS MAN CAPÍTULO XI
125
UAIS
ff a1b •r i -c a
ni-ifr>m*ifira
tiUR conjunfo dc oCícios ç a o ^ u t opara
m a atender
í c a . pàscexigências
onforto,
aprendeu,ttra-se
eucoLí ^ idlide d^ "
êle nn aproveitar o que
tubro dc
jnai?
v;, fundumenlnlmente a flO o/o de suas necessidades go-
'""'Essa expressão de por sug^itTna
mente arbitrária, servindo apenas p
aado a execnfar ^ miíialiva e cüuív idéia (kl relação ^z. indagar:
10, corto *a ^n-i as oijorações Feito esta ressalva, o/q qi^o ficam,
circunscrifn seria de início maior, -- E para as necc^ssidades dos_^^^ Operários?
cessidade de trabalh?!?^^^ f^áqnina. Surgida a ne- onde c como se foimara . ^ sempre mdis-
um esforço indispensável T necessíU-io Já vimos qo® SrT qualquer que seja a
zagem nova. ^ udaptíiçào, uma aprendi-
LIJensivel
. „ „ . , i ; „ „ , . ! í r.na
J á grande
v i n a o s q u e>udusm. .1d i d ^o
luu i „nren
GambarSi, fofSloiííen?'' iqjrenável, iW ^r.
epmo básico fuadaWnS consequêiicia
tiver do ®^Pf®!''7„Ja dèseiüio, etc.
com ciência uplicad^u ® „tjetanto, o Estado pode
rano que, tendo comn!^ í"® resultou umlieopc-
utu
Como são ""O®"''destramento especializado a
mecamcos que regem Tf,'J®™ "« princíiíio^ deixar o cuidado de ud^j^^ por meio de cursos
conta máquina^, iniciativa das Pr"P"^^ operários já tremados ou
do aperfeiçoamento pau i profissões.
res ddTn®,P®®-'^=^ a andL aprendizes
' O Estado, já ""ciados
mesmo ; ^o jo que
a ''ggprdos acontece
Umdos, podo
dí «com ®.produzir, sem uuuo-
,111 Alemanha, Inglaterra e^ ,^oio tempo
criar escolas dêsse ' P ' .í„tivo, em que os idimos
tiSaí St^ar madeira, de i'ji' sSam das do tipo cooperatjvo,^ ^
Scâo tT"' de f[ar^ ^ fabncaçdo de cursam uma parte do s®, trabalham ii^ ofici-
marcenaria
t i p o g r a fi a dnf da ^ íírrS-z?-"" """'
z a d a s , Ts s e d e d e t i n t a s , d a que quis deixar bem
mecânico no ® ^"udaniA^^ fiaçfio, mecau'-
0 que sentido a? mu bou» tomando a os cidadãos de cuja edu-
diversidade de atitude, C^em condenados a ^fonm-
ficina que su "^dustria, não / ^^"^'uJmente, iies^a cacão se incumbe, nq .^^ destmo econoimco.
aplicada, de dp?^^?^de, nias n P^^Priamente na P'
dado a^utece na fórmula que sugeri e
Ora, rte realizei com êxito, na Sousa
. o estado in^dei d®
sidades específi^®^^' em vez a ^ de tecnologia- quu wnsequência de cuja fomação os ci-
Aguiar, ^ (Ia escola profissional oficial saem
'^rfco número d^ ^edas atender às neccs- dad aos egiessus
fmalidade, deve segundo i "^dustrias ou de m"
Procur^j. a form diferenças de
í°^"iação do tipo que sir-
137
m A KSrOLA
ativa i: o< rAPÍTCLO XU
'«ABM.Uos MANI-MS
lhes va^r^T-lran^^^ Prfipwh-ulica fiindaiieit-ai que Ei.s esse documento: «Questionano ao.- Sr.-.
tiva econômica, iia ülnu-dadc da iuicia- dro Marlins t-t Cia. , .„,i|,;do^ embora nada sa-
l^ünludes de aplicacão^Ie ' ''I 'm ? -.-Logo que sao g^uiham saláno?
bendo dc ofícios, os .qn^ primeiro sa-
Outra carta do sr Gimhor" ■' . Resp: Algumas vezes dia. - QuunU>
n'agar as resfrições d'a, nao pod-.rnsame.itfl lário? Hesp: Em geral
<^(Jolombo Gamberi-ni a-, /r tempo levam para ser aum pji.ra ser aiimon-
Hio do Janeiro. 1] do \h U>tcm Doit anos. - Qn^^tilo trmpo levarn^I^^^ j ,,0
O i r e t o r d o I n s t i t u t o Tw - O m o . s r. lados oulro.s $500? H'-^l • ^ ftUirtins & Cia->.
t/isonjeado com a bo-i Sousa. Aííiiiar I^everoiro do UlUi. (n) l.» - Que nem
exemplar conduta auf^ n U®P'»raçaa no traballio o chi Por êssc docmneiito se c 'T'-u"di;es
nas nossas oficinas. coiV^"' demonstrado sempre ao ciilraroin joao o salano de JÜO
nossos cumprimentos noi-, í renovamos os da iasa Leandro Marlins t ™ Io ^
lituto pelo Sr. a.ss"m "^d 1 "1»'^ <!'•" « Ias- réis, dado a B. C. 2.» - Qt " passar de 500
de trabalho conseguem os • P ^ ^ (■ (,oin 14 mo»o^
Com ^ ocasião pedinirfJ'^ ''balizando, réis a 1$00Ü, diários, ciiqu. g |,o„s PO'' «J'"
cie ma,ndiu- outros trôs inxr ^ ^uvor, se o .Sr. pode.
disposição para trabalh-ir "iii leniiu de aprendizagem, "• oi<, de ter na ofici .
outro quo saiba trabalh-.r^«'u líerai. luu o seu salário dobrado d 4 anos,
mes apenas. 3." -— ' .itineii" u sal.irio
Lezaq ode
e
que pachará
ossa ser
oTmnn ^
? Na cor- os aprendizes conseguem a | 3 ^ Jfalà'ga-
Ora/o B. C. com U nie^s, ^de
ZVvV -honm tÒq'.,'''
Adis. Ats. T>o no.s
e OhTa nós assina-
praci- aprendizagem c S mcs • ^ gggg. mesm
nbando, em Janeiro de ^
C produto fôí-., - , ^ • u) Nello rtunheriiií. >• aí ^ ^°íniciando-se com
Vemos, pois, PRf..;.;ga. embora m_.^^
profissional desespecu ho aue os apren-
Na í®®- ^'^comendando-nic salários baixos, salários especiah-
tenso de progressão das cscxibus
dizes comuns e os cg condições,
hloma. ^wateri.am mais alguns ^.íttidIos na5 Pf, ger mais
Te n d o . m e chee- ■ I"'"' Procurei ciUr tese p egressos
para que a prova a® g gão os ca5 cxcelen-
tins, envielhe o «''^'^'títncirna T^e um outro completa, pois numeroso^ atualmente em
da Sousa Aguiar que
transcrovo?'^^'^ '"-«-art? enlL?Xo'tí; tes posições.
139
i:}8 A ESCOLA ATIVA F. QS THAUAI.IIOS MANLAIS CAPÍTCI-O M'
- escolas profissio-
^ Nao_ me furto ao prazer de referir. o ca^o de propunha um concurso ouP'O da reiüização
nais cariocas, concurso os respectivo»
I'riin.Tsou'i^' d o u m a p r o v a n a q u a l t '■ ^
K's'de pianos, ' " gK"Mli.'s constnito-
Convém ainda referir nn, „ i - • ,i;fn. ■'™
' Estando,então,
r^iasSo per competição,^tanto
publicação rocento ci ^unos de ou
irata-&e cie imi
olicina cujos produ ofni '""f:
pv •lín»-.^ , . lamente o progresso ■ fhüvim
do metal, como obras em fòilm profissional. . -a várias Mq-
nando ali o chíunidn lustres, predoiiu- Correram os dias ^3 P.^f| ^ ^ar-
o repuxadTé „Vóf'° ,- oferecido pcciiaios. eu ^^berto d^^'^fi-ubaes' Filho
car uma folha de inet.i consiste em aph- rales de los Rios F/dio, Ro Boas.
deira girando num ^òrma de m:v- COS de Sousa Dant^, ^ ^ Papf cia ^
Jihecia tornearia em miu • ex-aluno co- o Dr. üoraéquc do ^ ^ circular p pe-
maior facilidade se modo que, com A «Gazeta»
tando logo a diária de ofício, coiiqms- das as escolas P^^^^^^ondições do cou
se o seu trabalho não •, t lhe seria deral e publicou as co alunos de
Chegava eu assim «'^'«cesse. a permitir a "'^^^^l^ração o jecializado, o que
sultados semelhantes ^"*'0 'T tomando em consi dese^P concorrerem
diretor de St. Louis £um''Í°®. P^lo sr. Woodward, Sousa pycolas especial^' aprendendo,
publicados no seu livroIS School, por êle permitia aos das estivesse seguinte
Lmente no ofício q^e se te 0^
Wta editado por X,° it,
^ Comp. do New Yo t K p,i, o .-f^r'ser mXs e sub-
Segundo o prónriíA u edilorial do 26 de os seu
escola, o trabalho ^os egressos dossít de Noiíciaf>- ([uo transei
títulos: j __ jQão
Sldlde :"^eSsTení'"'^ Prati™, num ^rnfiSStO^^K- n o
iiVelo ensino '^sjvaro Batista e ^
to de garanurdlf^-^^^^^^^te ^alho - -1 fazer
Ainda tive em ^'é ta'de^""""'"' " Al
fredo '■««"■''fjfo concurso^ jissionm musciil
realizar-se o escolas F
entre os alunos ' •, c6 a Escola Fio
nas do Rio. r^nvreiitcs, P®^^
>>0 Rio de danei™ Oa.eta ,e ^i- Faltam os concoirei
oditorial em ç[ue
a
141
1-40 A K S r O L A AT J Va I '- •: 1n1s ' ATfI.- A
« Il .. I I O S M A N M I A T S r.MMlULO XO
posi ™ãoa
f'z°nJ!i?®®?'®Processosod
P">S ^'"iclamenLaiVsôbrf. vigentes,
lozzi e Charles H-im 7 pnnc-'- .1. n-« ^ SfSS
os quais se procunnf'^ f ^'"ícon, Pestn-
máximos de imJl, ® segundo
rosponder, coordenlda ec ?dependnnf
""= l'os ® devem cor-
trosarS
' Trabah
l U^ em que ée
dü ciwricuhiW!
l s pudes-
•^'monle, os niá-
14Ó
1-i-l
, ONfLUSÕrS KlNAlí=
i'HAKAl.HOS
•■• - V i . u v » . - . M.ANfAIS
.W.-\.\IAI>
ofeilos partícula-
até melhor dpnfr^ deixa tie hiMii servir c
Aceitar tão min ponto do vista,
tantos fatores flnfi. a intervenção de
d"os, parros dos indi^v apêndice
•social e econômif^n ^ r exercício do sua atividade
passiva, exclusivainenfP ffí '^""leni unui máquina tático no ensino de
do-se qualquer fnnn.->r.' detorminismos, iiegan-
Chega, a ser até i' ^^"'^drio. Uma experiência do método Francisco de
da obra da educTu^A' ^^^gação, em grande parte, Portaguês pelo Fm ®
^*^0 é a correção q r de essencial, Sá Freire Jún^r.
padrão hlunano^'"^ ^ ^ melliora aporfeiçoa- „ contemplação sentido o
<: Sucede, às tudo qormlo
lidade de seus h ^^^^osLidura na reapousabi- arte, sentimos, mluuíxm .' t,j^iho, tal * nossa mente
fez caminho^uL 'iH ^ artisl.q ao produzir o ^ (Jq 'jcgo senti eu,
Paraíso. _ ^ida, depois de to,r perdido o tabelccc entre o ex-atamento m ^ ^ ,, fracos
obra por cio realizada. I® ' ^scol^ ^ Companbm
tive A oporlunidado de ler
frente amostra de ^ ílomem uma es- lfa«t«í.is, que Co"nt°p^^uio editou- umas i^e^^
'^P^:^depois mostmrS ^eus lhe pôs em Iboramentos de SaO v ijvro. pstranbo, ma ,
Senti intonsarnenic o idéias, nm 1^ °
humano do esfôrço hin ''' posse devi» nidassobre
nidas sobre
o 1""°^o'^^ggnio
-Ao uchnva
estudei sua
estudei sua o
rude, deu à dura^ v°'i merecimento mente conlesso; eu ,,ecl Cori j ^ idéias
conquista. Aiud-fdo \ivl áspera
om grande parte q"" osfôrço essa quanto extravagantes- ^ pj^reciam
um cl.ein
tão cheia aç sobco^j^'^ie
de sincoridad muit" Oo-
g^^concient®. certo.
,tem
Por ela ei p\la aquilo que cu trazia ^%uando «^"lí^oran
camínVi^ P, ^ ^a
niaoEducir~®''^
dn at , ^Çao. trabalho, « extravagantes, tmlia S j^dc ^ ^ g ensaiamo daquilo
Çoamento em ane?f " Womem Pude verií car « ^ Agninr^f" ?os nas dc
raíso perdido ^^'íoamento' .\reconquista
^lora, de apcrfei-
do Pa- rinto, na «Escola Sousa roucas, P especmlmen
as realizações c ^P'^^^^^dido nas „,aiorcs
que êles haviam ai- ®®P®''^L*da3 instalações
ctê«cias. ,.Amos é-no ^ }i situaç^i • conseguido
^Qtiò' Deo/ Pelo que ''""J irto Í\'"'Te JarJ
O mais completos ^ os ndnio cienUüco
materiais da do prmciP'O
mais perfeito consóicio ^ ^^nhccim
E, quando, entre
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l õ l
X E S C O L A A T I V-A OPs ^t r a b a l h o s m a n i a i s APÊNDICE
/ ^
152 A ESCOLA VTfVA F. OS TííABALHUS MAN^AtS ArFN'DICF
153
a n.ea.a„ „a fSa
raulo é ,er,n„c mmlo )„„„ c av,ig„ a :Ío;'S:Í^ Ò cnn,„o
' rfeô„ico, parindo aua valiosa o,.-
nião ív respeito. {nioipssamlo-sc pelo trabalho cm
- - ■ ii:;tsr?^^
•2.
^(■££íCa2ú/2Cr
Henrique do N'asei
SUva. 10 &QOS.
11
-
A-PÍTULO l
r-: 13
25
exemplo 37
.... .1... ; ; 40
o.cnn..o. <• 61
73
85
■
- '"In- s«r- ^ 9 7
11-1
Hxporiênci.« « CiPÍ"«-° .
i,uUislrial»za<;ao • 132
«-.rsr * '""■ : : : : :
149
Concliisocf . ■
Apêndice. •
Edições Melhoramentos Edições Melhoramentos
LÉON WALTHElt
ÍÍEXATO S. FLEUrtY 128000
Adolescência Tía-no-Psicologio do Trntall.o Industrial .
Educação RuraJ _ ' ' ' õSOÜÍt
y$OUO
ludgero jaspers, o. s. b. 18SOOO
mMlNO COSTA Manual df 1'ilosolia . ■ ■ ■ " 6S0Ü0
Aprender a Estudar História da Filosofia . • • • •
Pela Escola Ativa . ' ' 7$000
78000
PIÍ. ANTONIO I>E -llEA'EZES. S. J- 28000
AIÍLINDO VlRIiu. S .T
•• Nova 0™„uaç3o do E„™„ Compêndio de Civildade-Eclucação . ■
TE. W. DEVIVIER. S-
108000 158000
Cui-so de Apologóiica Cristã . - ■ ■ ■
O. JOAQUIM SILVfiUIO DE SOUZA 38000
88000
A Educação na Escola . - • • •
Noções de .UtQUlTICLISO SANTOS 2801)0
L08000
Educação Renovada . ■ ■ ■ " '
PB. JOSÉ MICHEL, S- J-
208000 PHmom
i comunhão das Cra
i nen
i has pro- 2vS000
Educação Moral . ■ ■ ■
'•—..cr"™ ■ • • . . 68000
Edições Melhoramentos
Obras dedicadas à higiene e saúde do corpo
DR. SEBASTIÃO M. BARROSO
Educação Sexual ....
Higiene para Todos .... "SQOO
As Pragas Domésticas ... -
ooüOO
Biblioiéca Popular de Uigiene — A Saúde
para Todos. 27 volumes. Cada volume . lü^^Oü
Elenco doa volutaci: l. A Casa e a Saúdo- o a,- <
o Saúde: vol. I. Alimentação e Alimento;;";,,; uT''"
lha. Proi^ro o DiBestão do.. Alimentos; vol l í' o""
çn-s da Alimentação. Meio., do as evitar- S n a
Nosso Corpo; 4. Os Matos cmo as feris" do n''""
dos Animais nos pmlcm causar- n. T 'í<«nom e
I'. 0.S Decáloços da Saúde; 7 O Snl "° Saúde;
Ve-stoario e a Saúde; 9, Q r,,,\ ° a Saúde; 8, O
cação Física; li, Q Mundo dos
dos Parasitas, II; 12, o Mimdo'l T' ^
Mundo dos Micróbios, 11-13 D ^^'«'róbios. i; o
aos causam; 14, Doenças que'se TZ'^ ^««ctos
15. Animais Venenosos; 16, Doenon?'° Animais;
cios o Doenças que as crian-a, P^^sam; 17, ví-
outras; 18. O que se pode esp^r^, das
quo se deve esperar dos remédio ZZ I; O
-édicos periódicos; 20. Doenças «ame.s
21. Cl,mo estudar com proveito oo T""'*
' -■ aaúdc o Doença.
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00089 ' XoMOd 'oviopnps a opíA — 3T
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•Md ^looa!r'-mvj,joa3 y-Q^ op opnjBS 00 opinpoijui—tt
00088 ■ ■ oourig o qoma '0}oup0fi
o"!>O'-ÍS5 •9JUI op vpfpoyi èp aoitoj — Qt
. * * ^0}XIOOS9K[ JOU 0008^ • ■ ■ oJQiJuoá T '®'iííK ®ío®
-OIJOY {DUO}OC/|f Viuoipj Q — '°T K —6
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•pjfl ou o|jpui.u,j oú}ffiÍ3^ o —12 00089 •••••••••• sana
00089 oq[T^oónajtio*i*3ajr — QJ - n j a i o a o i A fi o ' o p i o o n p s o p
(«089 01°!<I "isg 'aopp)0(j woa eop oood tua opi^awi>í«pajffH V — 9
opÔDonpa pp otüojqoij o —61 0008t uitaqjiJTia e[
00089 ^auqpdiiji PJTOU -1U13 •offfojoioog' o opiooitp^ — g
DôuppnjY uw Oüóosft 00089 ■ ■ oonoao onbjjnaH "oanoo
*IAJO viuti vjvd ovioonp^ -np3 ojff»A ®P o '^°8
." „ ' ' ^®®0 oniaurj JajpjDJ 0 OfU0IUDM3(lm9X — f
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• • • o ^ djoufau^f
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ja n OoOtf ■ 'Buod oixsduiirg 'ooiutptwaa'
opüòottps ojoaore opòDDnps — 8
'Vjg op jDjnaoj spt^jjp^uojf OOOSí • opO-redBio Pa 'mueiutjod
op op&Diujo^ o o ojoaíj Y 91 -xg vfõOiOOiBjoooioaas V — 3
0008^ ' tunojç op janqy 'pjoysg- ou 00089 at«9!d:
geatpjofuj op uojjus^t sq — •H 'ioiu9U}i0dxs ojflojoaiej — T
0H7IJ OÒN^unOl 'JQ ojdd opozjUoBJQ
ovòvonaa aa voaionaia