Você está na página 1de 90

Biblioteca de Educação Vol.

8
A ESCOLA ATIVA
E OS

TRABALHOS MANUAIS
BIBLIOTECA DE EDUCAÇÃO
ORGANIZADA PEDO PROFESSOR LOTTRERÇO FiLHO
V O L .

A E S C O L A AT I VA
E OS

TRABALHOS MANUAIS
Impresso nos oficinas gráficos da
I' E I. <í

cni Calrirnn.

P R O F. CORINTO DA FONSECA

2.» EDIÇÃO

número 'elegráPicos use o


«^have na 2Q vide
editora-PROPRIETÁRIA
COMP. MELHORAMENTOS DE SÃO PAULO
-—EY 252. (sVBIBZFtOO IBMÃOS IIT OOBFOB A D A)
SÃO Paulo • caieiras • rio de janeiro

I
DO MESMO AUTOR:
O Coito da Bandeira, conferência.

o Ensino Proissional em São Pn„i„. Corinto da Fonseca e os Trabalhos Manuais

Plano de Eeforma do Ensino Tír- ■


no Distrito Federal Profissional Eis oqiii um livro itrofinulameide rnvVlo, nw livro jeito com
demais membros da LT^ ^ooperação com os a sinceridade de quem experimentou; e apenas da esperiência
signada para êsse fi oficialmente de- conc?ií/u. U}n livro que ó exemplo c lição eniusiásfica <ios ities-
"m, era 1919.
Exercícios fondanientais do m tres, páginas que não só insinicm, mas alentam a todos quan
tos tenham diante de si problemas de educação. Pode-se <7/scor-
(quadro). Tornearia em Madeira dar, aqui e ali, de cerlas conclmões particidarcs, de juícos que
Exercícios Fundament-, í» 1 nos pareçam muito parempíórios, no julgar doutrinas c fatos.
de oito quadros). ° ^"'PnUmçao (coleção O limite traçado ao volume não permitiu mesmo que se escre
Ee
l mentosdeEnvernziamentor, vesse um tratado acerca dos trabalhos manuais, nem permitiu
que se desdobrassem de maneira completa todas as idéias que o
ãeEn.o.n.amontoIT"' rolutnc euce/Tí7.. Com isso, porém, não ficou prejudicada a uni
dade fundamental do assunto; e talvez até, essa circinistãncia
Crinção de tocos de br T " tenha facilitado a composição viva, vibrãlU, natural c espontânea,
■»fpromovi
r0
'i .0 Pdroobpel
e
l :^a^"8000^
,;^;"'"W,"b'^^'u'°çi ao ao de quem e-screvc acerca de questões pelas quais tenha dedicado
os melhores dias de sua vida, e das quais tenha logrado vi
tória pelo próprio esforço e incansável labor.
Forque, 7io caso presente, não se pode divorciar a obra
.da vida do Autor. Firmando princípios ou estabelecendo conclu
sões, Corinto da Fonseca é arrastado a narrar cs dificulda
des que teve de enfrentar, os primeiros êxitos, as dúvidas e
receios ãc quem abre uma vereda nova, e a aludir, afinal, aos
resiiííoííoò' obtidos. Tudo isso êle o faz, não por i'a»p/o>;a oh
desejo cxibioionisla. Fá-lo por mnor aos fatos, por amor aos
documentos, às realidades, que é traço dominante de sua men
talidade sadia e vigorosa.
PREFÁCIO PREFACIO

trabalho integral, partindo da realização efetiva sobre consas,


**♦ só depois econojtiizada pela linguagem interior, a que normal
mente se associa, no jogo dos conceitos e do raciocínio. O ma-
«fiiô/íoíeea ãé P/í ■itnalismo puro, mecanizado, indnstrhilizado, não tem significação
a^ui irata,o. nin
educativa. Só a atividade desejada, que interessa a criança, por
si }nesma, convém numa primeira fase. E' a idade do fogo, de
raC/'"" j' "" porte, o p,o- Claparcde, a atividade instintiva. Só o trabalho desefado pela
previsão do seus resjiltados seguros, mas ainda alegremente con
«íejTier. C/aro el/' ''««coZo rfp / a expressão cebido, convém depois. E' a fase do trabalho com fim extrínsc-
CO, que ensaia a atividade natural, na produção economicíi.
Tal é a tese implícita do Professor Corinto da Fonseca,
VrejuizQ ^ coii/wR-^"" ®«eo/a (?„ "o Vrimoroso neste livro, demonstrada aliás, com evidente originalidade de
concepção. Como se verá, páginas adiante, a noção ãe traba
'te», »6 ;,á trabalho^. Pek J "'teSei'tes-c/niie i, áofc lhos manuais, que prega, é mais lata que a do simples manua-
Usmo. Hão basta que sejam empregadas as mãos: é preciso em
te^«! iMíaáo ./"""te
'«teieeÍMitoa p„,„,0íi,7'«wa
áe "em coíHo íZesííc
° '™6aiAo i„(e- pregá-las ao serviço do pensamento. Hão basta empregá-las para
Por "W iade, e „m Z PirTZ ' ''" /"' "'oçèe copiar: é preciso empregá-las para criar, para adaptar-se, para
realizar o que se deseja e na medida do que se deseja. Nada
y»f«K<fcíe 7 °' "^C Z f"tóafe mais verdadeiro, nem nada mais eonsentãneo com a filosofia
0 77 oZ Próp,;/',/"'-,°
ÒZ° ""'""te «"«áó oo»í™ de irra-
t enWe™ que anima a educação contemporânea.
Sem se filiar a sistema pedagógico definido, dos muitos
It r°' '™te "teo t ' d 7° "™ 0^ m-.. que se disputam a simpatia dos mestres, na América e na
'rojeção ãS 1''°' ® rneni Vai ; Europa, sem copiar fórmidas ou princípios, c sem jjretendcr
"teo
™o fcítóíi,.„°7?
fcítóíieolf? '""""P»-»
'""""P»-» Tf"
/?" "'" mesmo criar novas doutrinas, o Professor Corinto da Fonseca
P^cologk
^'^cologúz de ■ Uçòea
h„Zy'"
ãe h 'kões
^ dj"' ""'""PondZ " """ '"" estabelece, com singeleza e modéstia, contando apenas o que
experimentou, as bases de ttm verdadeiro plano de escola ati
que Hgura' flçõo mosZra a ra. Explicando como se prepara a classe para a execução ãe
^^''^Çuanem / * '"eais, «»> " °® «mmi. é ação im trabalho, expõe os fundamentos do «project method y>, de
te»o'. fi ecreC7 '"'"te», è f ^ o"'™ '' Collings; explanando como se aproveita o motivo para a recor
"" 7'' :: "o / --o ":':7 dação e sistcmatização dos conhecimentos anteriores, lembra a
globalização preconizada por Decrolg; aconselhando a cooiiera-
^ "'fl™escola do °.iro»
l «" ? ^°'nem « P"''®"" ção no trabalho, expõe as idéias socializadoias da escola de ama
te ^««77"' esel ^°""' fabe/T" nhã, defendidas por Beweg e Kerchensteiner. Mas o que importa
assinalar é que as realizações, donde Corinto da Fonseca tira
UeZZ'. ndelt:
' "®'üe pots,
® escola do
as suas teorias, não são de fioje, mas ãe cêrca ãe mnte anos
prefácio
PREFACIO 9
airás, c qm as suas idéias i
^'ouira país, ialves, (ârça é rn,,f dêsses autores, eójiícfls elaboração das matérias primas fundamentais da
varada e amplamente difundiãa''^^^'-' indústria, a saber, a madeira, o metal e a massa plâslica.
precursora da escola^ poríoáo.c,ue 10!°'" "" ^^^dadc, a
renovadores se batem. Em conseqüência, nega a procedência das conclusões da
orientação profissional, para o efeito de predizer vocações fatais
*
para estas ou aquelas profissões industriais. Certamente, o exa
* •
gero das conclusões simplistas em matéria de orientação pro
-56 Corinio da Ponsem / fissional muito tem prejudicado a idéia cm si mesma do uíilís-
simo serviço, que não se esteia apenas, como é óbvio, no exame
psico-físico do educando, mas no estudo das po.ssihilidades
econômicas do meio c no de um grupo de profissões, em que o
de lave-' \ " ísco/a pro/- . ^^chniquen. Chn- educando possa ter maior possibilidade de êxito. .-1 predctermi-
nação da vida de um indivíduo, pelo simples e.Taine ãc alguns
ensino por ofícios 7'^^' ^Í9ení7\'^ "''cw/im, ainda testes apressados, não merece, va verdade, o nome de orien
dade de matérias v - '""^""í-íes em nr,' '^^f^^Pedalizar o
"oí» o ponto de vis7%7^'^ iãenti- tação profissional. Cremos, interpretar bem, dêsse modo, as idéias
do Autor, que não será, certamente, infenso, de ?nodo absoluto,
graãmdas de forma, e ^ ^^^^seguindn 7^^^' aos serviços de orientação e seleção profissional, de que os
Estados Unidos e a Alemanha, especialmente, estão colhendo re
^ enmaçao e Emnnn - ^'"0 de po-,, . 2«e resultaram,
áo a^rZ^laiTX " hlZ?" «"'fc™. S- sultados dos mais entusiásticos.

í-™ o 4 / t " -ííí,,-


Nascido em 1882, uo Eio, o Professor Corínto da Eon-
seca dedicou sempre a sua atividade ao jornalismo e à educa
1,77 ^0 pr£7 '"®'' "'^avA'■"' ção. Aos 17 anos, estreava na v-Cidade do Rion, com uma série
de crônicas, recebidas então com muitos aplausos. Dedicou, de
X»Xr4;r °° "" pois, sua atividade a vários jornais, entre os quais «Jornal do
Comércio», «Gazela de Notícias», «Correio da Manhã», «Jor
Preenãida nn °Posta a d "^V^a UberdnJ nal do Brasil», «Correio Paulistano», «Minas Gerais», «Lavoura
Os J , T"'''-' '^omo a '
de tais íSf en7 com- fí Comércio», além de muitos outros, em que tem dispersado
daí, a 7a 7°'^ 'Wa co/afjorações das mais interessantes e variadas.
^ase «a pronpfi- «g^ '"» ® os ;.- , ® '''^alização Ocupa, atualmente, o cargo de redator efetivo da im-
portante publicação «Brasil-Ferro-Carril», e do vespertino «O
^ ^'^edêuticl <^om Globo», do Rio de Janeiro.
Sua atividade no magistério foi iniciada, em 1906, no
«ríes we- Colégio Pedro II, onde regeu turmas de português. Ocupou de-
1 0
PREFÍCIO

pois o carpo de vrofeasnr /?/, r ,


diretor da Escola Profissional slZa Novembro, e o de
proveitosa ação atrás referida cm que realizou a
Espirito sempre voltado nna
Tinto da Vonseca, sob os auapicioTl'ZT' Co-
m por todos os iíUdos notável "™ instiim-
Marsnho., oujo fim é o de JLZ " Mmtt
suenrnos_ pohres.
msiítaça», ao que saiportadores
bamos, é a^ ,!„■
" Z'""'"'fedai
" "''""isà.riEssa
a do
TeZea levantar,
Ienãe % fereoia
por ?»/.,•/>ser ■Z'" vnr
7 ^ '^nilada
Prefácio da 2.® edição
ddades, para renZaçãT de Z""'" " do estudo ^ Sem o clássico «modéstia à parte», quero afirmar aqui a
ininlia surpresa, causada polo fato de se ler esgotado em poucos
corcçflo de verda-
«anos, a primeira edição de «-1 Escola Ativa e os Trabalhos Sía-
Sío
i Pauo
l , Juh
l o de 192o. viiais. rv«ão o digo por modéstia, como já aiiimei, logo de
início, mas por uma simples deduçião singela.
LOurej Filho
Quando o org.anizador desta Biblioteca mc cbnmou, da
minha obscuridade resignada, para escrever este livro, repugnou-
me e também me acanhou, de início, reunir uma girândola mais
ou menos vistosa de idéias e de fórmulas, entibiado que me
senti, por antecipação, diante daquela observação severa que
Emerson vem passando, há tanto tempo, na maioria dos leitores
estáticos e dos escrevedores de livros: TFe are students of xoords.
De fato o terreno da Pedagogia, da Educação, como tantos
outros terrenos abertos ao devaneio do espirito humano, estava
já tão trilhado, tão assoberbado de idéias, de palavras, "de prin
cípios, que mc pareceu tentativa ous«ada ou ociosa, contribuir
ainda mais para enfartá-lo. ou renovar, repetir, reincidir em
proposições, postulados e princípios já tão extensamente espla-
nados. ,, .
Lembrei-me, então, de que talvez melhor fosse fazer uma
colheita de flores e frutos porventura resultantes dêsse vasto
plantio verbal. Lembrei-me, então, do que, durante sete anos
eu me dera ao trabalho dessa colheita na Escola Sousa Aguiar,
fazendo dela um l.aboratório de experimentação e de aplicação
dos princípios, postulados e doutrinas lançados pelos grandes
mestres da Pedagogia.
1 2 PREFÁCIO DA 2.a EDIÇÃO

Disto resultaram confirmações o retificações soiidamente ba


seaclas na experimentação. Foi com o conjunto destes resultados il ESCOU milfl[ os TRRBIimOS Mflims
que resolvi escrever o livro, abstendo-me de teorizar, doutrinar
formular visto como, em Pedagogia, já se encontravam tantas
teorias, doutrinas e fórmulas a realizar.
_ Ora
e deum
cspeci li™exi
bom de
total
justgênero sóesgot
iíicador do poderi
a comportar
ament o de suauma
Ti
meira edição: a multiplicação de realizações idêni,Vnc= ' -
melhores do que as que Êle registava E" nn« T ' CAPITULO I
feo
li . Mas até agora não ™ cLLr™,
que lamento. ^negaram noticias delas, o
Não desejo que êste despretensioso livro te.i.. Os fundamentos físio-psíquícos dos
comum de muitos outros, e que viva ane ^ trabalhos manuais
não para o trabalho. ' ^ erudição,
Meu precioso colaborador e coloaa nmf
cisco de Sá Freire faz-me crer que não Fran- Tonho tiuno
icnuo do longo
u bcontado
soluçãocom o problema
obediente a edu-
uma
moii livro, no mesmo espírito de experimoníli o c a t i v o , , e ^ a fi r m e i , n u n c a ,
crevi. fez uma experiência de pouco m^os 1 , ° preliminar de m R. experimentei, concluí,
ano. do meu método grafo-estático do ensin i ^^le ou neguei, a ■ . ' vou dizer cousas que
que trata o capitulo VIII e dessa re-cxner" • ^'"e"^Sem de Posso asseguiai, p ' ' .xutoridade, nem mesmo na
suUados que figuram no apêndice aneii <^5 rc- não se amparam na autoridade, maior,
Èsso fato é um duplo prazer para «'liçâo. de quem quer ^ são fórmulas, são con-
v-em confirmar a eficácia de um método\ue7' dos fatos e . "^pém movido pelo medo de
dezenas de anos. Por outro lado. veio rclT. há clusões. Assim agi, incompetência e tam-
nlo do Professor, completamente iiUenado n grande espí-
lidades o não deixando escapar a menor opo'."'"' errar, à vista verificação, entre nós, de
minar e re-experimentar métodos ou pm.! «io exa bém um pouco levado p afirmar, de que
que lhe parecem dignos de atenção. didáticos novos um certo abuso daquela coragem u
Fiquei conlieccndo um tipo de IpítrN -j nos fala Eça de pvame dos fundamentos
cultura um meio de ação realizadora tantT ^az da Va m o s começar 3.
te, e não apen.^ um elemento ornamental T P^es- fisio-psiquicos dos moderno, a educação é
So me resta, de remate, fazer votn Pelo seu concei o mms^m ^ ^ movimento,
edição tenha encontrado, e agora n , que a prim,,; um treino - Jg efeitos visados por ela
aencontra,.nnto
i ee
l üorecdessame^aa
i tèa
l """' dinamismo, realizaçao,
só podem ^er
DA Fonseca
\amos , n desta doutrina. Sirvâmomos
evidenciar a verdaae
para isso de uma anal g
A ESCOLA ATIVA p
trabalhos manuais CAPÍTULO I 15

analisadas e seguem depois para o outro home, o da


caZr P tudo ' i'?'- '^'«"■i^dade di- Expressão, por onde os efeitos das impressões re
"os dá ^Z° poif P"á o cebidas se exteriorizam (Fig. 1).

8MPRESSÃO EXPRESSÃO

VISÀO. .. . -— bOca —
Grito-Depois palavra
T A T O ariiculada

tentativa de canta?"^® • 'balizar po °I n"®' '®®'°' AUDIÇÃO . -•-or+í r l ~ r Tr ~ '


atmosféri
am vezca,depa4 L^'i/mitaPmassa
Tfahrip ^á-Ia eletricidade OUSTAÇÀO
em quantidade infind'' '^''°'dosainentI"'° ''ornem, OLFAÇÃO . '— MÃO - Gesto

formidável que "p "esimal, relat?! dínamos, Pig, 1 — Gráfico demonstrativo dos fundamentos íísio-psíquicos dos
pelo raio roteador e^d''''f a ^ massá trabalhos manuais l')

lento e sutil, que <tnH''''ml»-ante quer Num primeiro estágio da primeira infância, os
. Admitida, assim ""Pente áe escoar órgãos da expressão, a boca e os membros, só se
ogia, consideremos ' ® ^'eio gue manifestam pelo grito inarticulado e pelos gestos,
transformador.''""^ " ^er jmUicaO,^ a ana- enérgicos e repetidos. Nos gritos do infante, há pro
dfgãt"te"S" ^Plenas d ' testos, desejos, exigências, revoltas, ordens, súpli
cas, esboços de dores e de alegrias, enfim, todas
as modalidades do drama limnano, ainda informemen-
te vocalizado. Nos seus gestos, há um fatalismo
iiicoercível, a necessidade de impulsionar as molas
O w fa S ou, do movimento, dar-lhes plasticidade e vigor. E' a
determina mn começa *í^e é ^"^Pí"®ssao. primeira lição da ginástica sueca que o nascituro re
^odemas correnit ^ reL/ ^^^eber n cebe da natureza, sua primeira professora de edu
^d o trabalho umÍ J . - P®^colosf^ «rgan^' cação física.
indivíduo
inriJiT
^ençào .
? Prónríl'®"'^-
^8ia. n IVTnp
Consideremos, com atenção, um recém-nascido.
Melhor do que muitos tratados de pedagogia, êle
^mosqu'"t^„«pJs?mp

ea«.n,oSprSfaeT"""""
s do s^Sna^^'^^'■ansl
e pe^o"'i"*"'a-ve-
(1) Os transformadores, como se sabe. agem por mdução eletro-mas-
néticía. de modo que as duas correntes nao se tocam diretamente. ITuito
menos poderiam correr por um fio está na figura, o que seria
uma heresia elotro-técnica. Mas o transformador, aquí está empregado no
seu sentido literal e para dizer bem a do -^"tor. a corrente tinha
' «ele á? diversos de correr continuamente por um m«mo fio, em espiral, desde a entrada (Im-
pressão) até ã saída (Exprcfsao). E isto 6 que está mais conforme à teoria
aqui esboçada. (Nota do Autor).
®xaminadas.
IG * Escola ativa e oií t
trabalhos
» * - n u » MANLAIS
.MANUAIS
CAPITULO T 17

vezes êsses fenômenos formam-se inconcientemente


o u t r o ' 1 ' i fi ^ 0 i n i n r n - . - J u i m a n o . D e pelo abrir e fechar da boca das crianças ainda do
tleliberacãn diUanif^^ ' íiguçar; de peito, no momento era que lhes passa um som oca
pela facilitar^- ^lüe devor^^' sional entre os lábios. A troca a que me referi nada
"íhar e ouvir umf "í^ximos de cxd^p' "^tensificados, tem de causalidade mórbida, tanto assim que se cor
Preender nor^ '^''^ancinha n.,,.í^ Basta rige com facilidade.
Emitamos lentamente íonemas guturais em c e g
Ativa. ^'^tuiçâQ ^ ^ se i3ossa coin-
levando a mão da criança à nossa garganta e fa
, ^íeliznieiite , "stantâuea, a Escola zendo-as repetirem esse fonema ao mesmo tempo
^retudo das verdiri "^*^^00 da p que Jlies recomendamos que não mexam os lábios
tal como nós fazemos, exemplificando. ' '
Quanto aos gestos, com os membros, não são tão
da educa- grandes os males, salvo quando teimamos em avan
çar a hora de dar os primeiros passos, hora que só
d ?r rf stírt
Dor^ «°do que ^^"naaçòet vn ',®' costumamos
pelo relógio da natureza é que estará certa. Quando
as pernas estiverem convenientemente rijas, as crian
ças começarão a caminhar por si mesmas. A insistên
cutr7«s l^^0
tivacàn ohecaníl' uTamno« errado cia de certas mães em pô-las de pé antes dessa hora
as vezes num canto da casa às sexta-feiras, é a res
^ ' animâ°'^^°"'ede
'hes sâo n?f ®^cro?eL? ntamos com
substan- ponsável principal por muitas pernas tortas.
®odidade dilò"' '^"'to difc®?™ "ou-
^ue já reapp ^'"^P^^ssào ■? a dos que IMPRESSÃO EXPRESSÃO

ProíesforÒs'
""'' ^So muito™'"®®
dos no" ' Melhor
• BÔCA Expressão oral —
Linguagem falada

ocorrência 1*^® êrro n ' quando


MAO - Expressão alfabéllca
s-r 4í rr ft". T^rtr-' simbólica e convencional
- Linguagem escrila

s:rft? r«5 ftS- .l' riff. 2 — GrAfico demonstrativo dos fundamentos íísio-psíquicos doa
traballioa manuais °

Eis, porém, que continua a obra da educação


mas a educação da escola antiga, da escola estática'
da escola passiva, em contraposição à Escola Ativa
boca y.^e ocor- como veremos neste novo gráfico (Figura 2)^
danças. As
2 C. da Fonseca — A Escola Ativa e os Trabalhos Jíanimis
!

18 A ESCOLAATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS CAPÍTULO 1

cola? o professor dessa arcaica es- pois durante muito tempo e ainda agora, em muitíssi
mos' casos, esse desenho é ensinado por via da geo-
ldas
antes íb espratoefdade sedS "f'°'f
impressões recebidas de exlerionzação
metrização das formas naturais, isto e, ainda por
via de uma abstração. , j l i
Só depois é que se abriu a poria de entrada paia
neirados, para fazerem'gestos ama- o deseiilio cspontrmeo, o desenho como outra forma
deiras abstrações das realirln i simbólicos, verda-
cheia. Vendoc' ousas, Sendo de expressividade tradulora das impressões recebi
das isto é o único desenho compatível com a fi
sas, a pobre criança contm • ^^P^^ssões das cou-
ural que a leva a raMscar P™''"'' nalidade qne se lhe deve pedir, nessa fase. Ainda
figuras e paisagens do rmi= . ® paredes, com assim mesmo, essa espécie de desenho talha ao ritmo
gada a figurá-las pelo ,ueio SífL, « ohri- da elaboração, que vai das impressões recebidas as
expressões a transmitir.
Soros,as'as
^leletras
f ®"e'°do
"'hrados de™s
alfabeto. omrsímbolos
® P^l^^ras,
abs- O desenho a traço é estudo, analise da forma e
a primeira impressão das cousas e aspectos é da
LMPRESSàf^ inassa A impressão da côr e da massa vem antes do
que a linha, o traço. Daí, a conveniência de dar
EXPRESS^ ã criança, antes do lapis de desenho, o pincel de aqua
O
• <
o .
"f?" ' ®*Pres5ao
■•'"auagem falada oral rela ou pelo menos o lapis de cor. Há uma certa pro-
U
i n
+~Or2<
('.edéncia ]iedagógica nesses cadernos em que figuram
f t

O
allahéllca animais e cenas tracejadas para as crianças colori
iíüxt' 2
Q
rem. Não fosse aquele tracejado de eontòmo, correto,
certinho... • . j
'"balhe, Dêm-se às crianças um pincel e tintas de aqua
rela, ou lapis de côr e papel branco, e assim lhes
. « i T ~ , facilitaremos a expressividade, na ordern das im
pressões recebidas. O traço fica para depois, quando
melhor estiver desenvolvido, na criança, o senso, o
e.ritério do exame, da análise das formas.
Deienhâmo-nos um pouco agora, a ver como
ficou o nosso gráfico. .
O bome da impressão continuou inalterado. São
, Infelizmente a bn. •
nad°o "ZrZVZ
l' ' aí os sentidos, que não variaram nos seus recursos or
gânicos fundamentais. i j ,
Diversamente aconteceu do lado do bome da
Expressão. O grito disciplinou-so em palavra arti-
^ííPressividade,
A escola ativa e cs trabalhos manuais 21
capítulo 1

ciilada, as mãos foram i^vi


amaneiradas para a (mfín artificiosameute nossas expressões moral, „og<:o in-
cousas, em vez da renrespn/ ~ «ímbolos das
em SI mesmas. O primeirn ^^ ^^s cousas, econômica... Consultemos as cslatis íca oficiais (Tue
tercãmbio... Leiamos os nossos
forna à espontaneidade que deu al- até secularmento retiipiam, com , nfirma-
vre expansão da ^ ü-
desenho,
em faceprimeiro a traço rí ■Íín
da finalidade ^-i"ímiça,
soía foi o
ser,
Eatigável, planos lindos, projelos
ções elevadas de não obtidos,
educação, a mancha, a côr faso da pirações e até a hipocrisia de re^,ultado:, nau
Que quer dizer tudo verdadeira, falta dc
primdra
pnmeira adaser
massa e ^ ^exteriorização
recebida. ^dr, que é a Quer dizer falta de educação \eraaa
Escola Ativa. realizações
Quer dizer falta de ^ gste gráfico
ou, mais a propósito, ^'uiica liqação do
Fvamí«« dimensões dese- que aí está, a permanência idealização.
home da Expressão, p«'^i'ã ^ çpnão um povo
UmmoSrde'-i' d^a Graças a isso, não f'^tog de uma idea-
superior do gráfico"^?,?" «ostrar-nos'tm'^^'^'"^'^'®- vitima de todos os efeitos I ^oiitrôlc da re.ali-
de Idealização F° ' o titn?e ' 't
laia, escrevrisfo t ab'^a' A
cousas com o artif.Vir, ®P'csenta simhnb.. '^"ança
lízação desmandada, por iam ^pj.demos a noção
zação. Sem o hábito de ^ ^om bom senso,
íabeto, inlerlig^ada ":nrf^<''>cionarja°\'T™''t
mesmo mais além nn ^oimmas e vcn-i f
das responsabilidades de .perspectivas certas,
com uma subordinação, í .^ei visadas. Êste fe-
planificadas, valend^se'® e hão dosmentíveis pelas ^todas as várias
aparência de realidade de"",? dar lhes""" nômcno é geral, é modos de ser, e,
perspectiva. ' ^m novo artilicio'!! "™a manifestações dos / ^brasileiro. E'de todos
diga-se a 'verdade, mio é so m^ perfeita,
2-pla-i~i^Sss=-.-
Se a educação
essencialmente um ^^eino para i ir-1
sabe,
os povos em que a educaça ^ escola, a escola de
Como, então, a ' poderá remediar tudo
boje, isto é, a Escola Ativa, i
cício, enfim, de din- de roalizn^- 'i'' ® vida isso? abrindo uma nova chave
M u i t o s i m p l e s m e n t e , v a m o s v e r,
a ligar-se ao fFigríra 4, pág. 22).
por este novo grabco ^ ^^anuais, eis o meio capaz
Sim, os do ser ativo que vai sur
'amo-nos nas de completar a com as suas faculdades
.gir da máquina educa >
22
* escola, ativa V ^ 23
CAPÍTULO 1
J ® "erabalhos manuais
idsâlxzacQrt f
adotado em quasitodos os cursos de Pedagoga
i norte-
americanos o em muitos ingleses. ^
Assim defino Charles Ham, nesse Urro, a tau
eaçào; . ,, t
«,.1 educação é o cultivo de o
' jta^
mandos esexageíós'
'"' '^""aitivá dc"sêi,f "'f
^íos. UL seus erros, cies-
c?o homem imra o iionto cuhninan ■
llcferiiiclo-me mais uma ou-
ÜIPRES^ que acabámos de ver, podeiei oriauta com uma
tra de£iniç:lo semelhante, ciue se lhes adapu
precisão de legenda cxplicau^''--
Li n?'' ' ^*P^e5sao oral -
'•'nguagem falada de impressividade
«Educar é obter os máximos (te f
o de expressividade do homem- 0^11-.
E' o pensamento verdadeiro cria-
«eau, do Comenius, v-^pUpl o seu realizador,
dor máximo da educação e r . .. foi um intui-
í'roei)el, com o seu jardim m ^ psicologia
tivo de gênio, pois só mais ta j^gtodologia que, a
experimental veio justificar podia saber
falta dela, ele mesmo exposição metafísica
explicar, senão com a coni •g'jj^oderiiamente, Ma-
da sua Educação do ^■^?'"'^"^,Í^,-,ietamente o jardim da
Ha Moulessori refundiu ^ precisão de proces-
infáncia, porque pôde dar-li gj^ças à ^
SOS rigorosamente ^ com Ha^d' ,
cologia experimental, nas intuitivo de Froe-
outros, muito depois do italiana, seguiu-se
bel. A extraordiicária pcda^ ° .gciação lemos posto,
a obra de Decroly> em ^ ^ otimista. ^ ^
110 Brasil, um certo ev^ g entre nos e quasi
Basta conhecer-se aq iijQntessori, ^
desconhecido, da obra de Casa ãei bambam
senvolvimento de seus gj^sino elementar em seus
até a uma aplicação a
24
^ escola ativa e n.
Vários j graus,,.
Ta u s . a . l p n - > -
MAXOALS
CAPÍTULO It

traçados em de r!f - ? oí^r^-


"caríssima dos diagra,í^^!^'"^'°® e epígra-

CAPÍTULO II

Trabalhos manuais, uma metodologia,


não uma matéria, a mais, no programa
Pelo exposto o
Umento que é preciso cancelai ^ muito
primeiro conceito que desde logo 'j^.januais. Lsse
quem ainda faça, sòhre os Iraba ho^
eonccito tende írancainenle a eo"^ . , ;^g matérias
tossem um número a mais, a acre • ^^j^^j^ados dei-
des programas. Os diagrannas ^ j^Qva
fum patente, porém, que não se ' ' . g a matema-
'f. Ugurar entre a geografia, a In
goaclue dêsses
Os trabalhos manuais, ao q" j pjrci mais,
du-ígramas,
®uo toda umasào tm tveio
orientação e didática, vi-
^'^^'^jgíno.
^undo tornar mais eficiente ^ objeções que
Com isso respondo as dos traba-
à instituição que a sobrecarga,

Purgrande,
falta dos
de program^f'.;
tempo nos Esta obscr\mçao serve
com uma lou-
também de advertência para as idéias novas,
yuvel boa -vontade recept^ {ncluirani os trabalhos
^rçaram os horários e nem^ no curriculum.
d^dnuais como matéria nova,
26 AESCOLAATIVAEQsTRABALHOSMANUAIS
• ww» Urtlo 27
CAPÍTULO II

são da Kfdade'^'dos 'trabàlh compreeii- que descamn


i ho, de sorte cpe não consegui obtê-o
l ^^^
giHido, am èrro gr^e do ^ ' '"•'""lais e, no so- para reproduzi-los neste livro, como / P. . ^
Reportando-nos
Io anterior, ainda
verificareinos ano -i capitu- real
ização brasileira da educação experimental, da
cousa nova, diferente dns /•, ^ ensinam uma verdadeira Escola Ativa. . diferente
mas. Servem, apenas rnrn"^ constam dos progra- Fácil 6 imaginar, agora que
meihor aprendidas. ExeroiW «ejain nao aprenderão, assim, os alunos, ci
que lhes dão ceados professores q^e s^
indSV^
geral que nJ! íaculdades
^l^in dos efci- nografos dos compêndios! Melho. em
reien, tornam mais r^ai P^'^Qveni, e a one iú me cerlo, mesmo, do que a R^ica con ^ elaborados. Os
aparelhos perfeitamenle acabados foram re-
Ltwf todá "oLV®"™' radiado fenômenos físicos que èles sem
ria Mva T? P®' que tn' de fi- produzidos pela obra de - L:„^nte,
balhos mani e ao f maté- a interferência do artifício do depoi-
meio didaH^ P^'rio de tod?"'''?' '''''" Consintam que eu preate ag estudante,
Os trabalW ®''®' ®°"® mento pessoal sobre o assun • v {^.j^jQnarem os
o meu professor de Física la ' ^pQ^teceu que, por
hemisférios de Magdehurgo. ' - namenío da bom-
defeiio do aparelho ou ' ,ma areola e um
ba de vácuo, quando tome; de qual
nieu colega de outra e acreditar na
para o seu lado. Trnpo (*)•
pressão atmosférica duiantc

—twiu ü uuiftu, . nriOOtAiv**^' ii^nriniiC t/jn» v uw ocu


P e c U v a p e d . i g o K Í : v. E n c o n t r e i . p r o f í « = ^ ° ' '
mais vivo interesso, do u^nrinuo Litn.i. que leve
Adjunto, o professor Jlota professor j modelagem, do
, , Lcmljro-me bem ató. ^ ° 'jSo aos trabalhos ma-
Jambém
c a t e d r a t i coocoucur.so
e g r a n drcau'Qtadamc
e e s c u l t o r 3 da
1 o marcha
n o ç õ e sdas
r e cdemais
ebidas
Auais a aua máxima cficicucia. P ^cícios do hli bização ^ no ensino,
"lat^rias, afim do promover-lhes - precisão ou, melhormcule
líom 03 trabalhos manuais. e 4Í,,.-{i obteve os melhores re-
, Ainda no desenho gatos, essa o"®"rsgyr jjereu Sampaio. Fez-se
dito, no dernilio com i°struo jo ^ aula de Geometria a
suliados, entregue à e^ndc^aÇ Sousa Agi j^^ijicação e intcr-pene-
Aí. o que eu ]á fizera »Atiod'" jj.g_ pj^to, composição, pela dobragem
Jargo
tração (ide
o proíesBor Robertoo'»
sólidos traçados le •^tivas
[^oUna, Penetrações, a três dimensões,
mter-penetrav
® colagem, desses sólidos o
28 A escola ativa E xo
29
trabalhos manuais CAPÍTULO II
Corn
Trabah
l os Manuafs*^^?!?^ Escoa
l Atvi a, pratci ando os
dera a verdade díiein f ° ^le não apren- uma experiência virtualmente a mesma ^ d® He
as, sim, adquirirá a rin^ niculca, por informação, ron, pensava no processo do bem-estar i
tevendo Watt, Stephenson e bullon, ^ ^
argentiverdad'suia^
mou «una no o nmí^ daqnilo' aNelson,
que o emicha-
nente des iniciadores do proveito praticamenl
midiivel força da máquina a vapoi. «finpntivo
^ tempo de «5o ' Será preciso ressaltar, pois, o valoi educatno
da nova metodologia? nprfpitos
^scol^No^^^ Porque só agora é Antes de tudo, ela cria de p?o
tempos melhnr crianças po-
O au9 nada noutros mais aptos à vida, porque capazes
princípio n^n P^^tende acht ^ duzir. Homens mais felizes, porque ^
Rousseau p t ^osofia do Rn om síntese, em lhorar a vida. , vícIt iníe-
r•doutrina
e n t éam,?
l ^ de Pestalp realizações
n V ' : fexpe-
de Mas não é só. Mesmo do ° ^ ^ da ver-
lectual, a metodologia da e a ação
l '^^dto mair Froebel. A
antes de Cristn "^^^nçào nn. porque, no
dadeira educação. Pensamos
rns: O homem ^^lebre cinco séculos disciplina, pois, o manuais suo traba-
moral, igualmente. Os tinbaUio se revelam
como de Anaxágo- Hios de concretização, cujo eno^ ^ns criadas con-

ao evoluirmesmn
p-^tieorn c,:'""-
f ^°dos?
dl . demora oop para entrar no
tlagrantomento. São as ^ grro de seus
firmando o acerto ou .y é dado pelo
criadores. A nota, o giuu mei p^atidão ou me-
'nieute esStip^'^'^^' ^ civ?rnecessária j u l g a m e i i t o d o p r o f e s s o r, n ^ a s í h e l a ,
xatidão dos objetos ^ons ti I
deP enquanto que que fecunda hção moral, iu , a que
mos e7 dis^o ^iná- Aí temos, experiência, que nos faz
chainamos uma liçuo cia Si^^dos de idealizações,
sofrer ou gozar com os resu perspectivas
eomo Heron ,' Heron por se- bem ou mal formuladas, eo _ ^ gp^so das
®°'ípila, da mff conf^''' girar ^'exandria, certas, conformes ou desconfoimes
comotiva np?J® realidades. , efeitos salutares dos
e "^obarcrr^,
Peri^ô "^^dlcia'célebre
"''igicamente, Eis aí um dos ^^'Jl^uados da realidade, rea-
(1) Video , ^^por, Pa3^^ nem a lo- trabalhos manuais: os ^ar e disciplinar os ex-
diante de gindo eficazmente pura i -^gc^dgações desorientadas,
'CQÇujj ^ cesses e demasias de equívocos possíveis.
de E. Durk- Nada de notas de f^^ xO ou o grau O,
por parte do professor. b
30 A ESCOLAATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS 31
CAPÍTULO 111

definitivos, automáticos e até mm u


uma verdadeira reprodução da oranr^i
educação moral, segundo a qual tudo o r
mos ou gozamos não é mais do nue .
nossa própria atividade das ,>^0 ^^^i^quência da
dos (1). ' próprias alilu-

coleç.» aa E.cítZSVT''"' '' '


, _ Para deseavolvimeato tinu i,i--
CAPITULO III
ue Lourenço Pilho.

Um exempo
l díferenca
i dor das duas escoa
ls
Sc nos recordarmos traçada,
dito ale aqui, poderemos ver, nU damen J
a linha diferencial das duas e^^^las a e^. ^
niie poderemos chamar a EscoU ' ,,.v\nlo ao seu
que lão liem foi chamada por Fernere. quanio
luélodo, do Escola Ativa (^)- . , , , qj. sis-
No iirimoiro caso, o q discente
tema de fornecimento de mformaço^ , l discutir, na
passivamente aceita, sem examinai caso,
te da infalibilidade da catedra. IN • q orienta
a cátedra 6 menos infalível, e ,^pgnio, das
^ discente para a conquista, po'"
verdades a adquirir. . , i-anacidade
üa primeira, sai um •^..ijviduais, qua-
de açào própria, para as iniciativas ^ confor-
sempre realizando uma vida _me jjpreu-
uiisla, porque nenhum dos conhecimeii
deu na escola ó produto da feitas,
torço independente, mas efeito das noç
que lhe deu o professor. ,,„+ínr» Ernesto
, E' ainda o grande pedagogo arg , q^al
t^elson que caratcriza esse tipo de dis
~ . /, Lei

Ad l-ernôre.
r Vi^e o(Nota
vol. desta Biblioteca — A Escola e
da Editora).
32 ^ e s c o l a AT i V â »
33
^OS
- « "trabalhos
A B A L n O S 5fANUAIS
MANUAIS
CAPÍTULO III
nada é próprio: — .,.p
erro do professor». ° do aluno é o A Escola Ativa, a escola ,J||tria Sui
cenle em contado' con^dn ''' « ^is-
jgqrj _ luefria às realidades da vida onde a S ' ^ ^
de sorte que, em vez de uma^ma^^^
To m e i realidades da põe fora, depois f resolver mil c um pro-
scr uma auxiliar eficaz paia re»oi rocvoio —
maS?° de'Si/tantf«"inho, cora a
te 6 às ®-^®niplog possível as afir-
blenum da vida, nicmo os da
hora essa mais importaute do que j
Por ™- aula, para se airacnder muda cousa e da cjual,
duas E^f be ^ incidente, ocor- tretanto, tão pouco partido se evoluir, iio
Infelizmente, temos começar pela
sistia a umeu Va n- ^ diferença das tocante ao ensino da materna ^ > ^ subdivisão
uiédio e do de inteligenf Governador e as- sua desintegração, que se ^ ^
os quais desenh^° do curso em três matérias separadas e sc p^meiitar, prima
'^^do caraoo? arek primária, da geometria -alítica do ensmo
a um deles: ^"°"^P®udo.]bL ^I'inquedo cha-
^ Que figuj,. . ^ tarefa, pergmiíei no e secundário, e relegaçao ^ precon-
. gi e esta o fim do curso, como materia « valente e bem
ceito didático desapareceu ^goi, pre-
m a l
u™5e'«f
^as que jj,,| , ^ ^^^'^etricamenie
armada investida do ^.,,ptriá euclidiana, ao
cipitando a decadência th) 8^ movimento ven-
~ j®' irm caracof í menos como processo didático. Alemanha
é o nom^'lf - ie^ fautor. ceu, na Inglaterra, nos Estímos desembarcou
e veio até à América do ' p^r nós...
em Buenos Aires. Passou de j^j-^tigo.
O geométrcia!'° oo"*® ^aX,®-é"ome. Caraura
outro... col No entanto, êsso de um livrinho,
Com efeito, data de 1876, ' j gg igyj^ o
- Ah'rEW® ntto "abe^o''^^' intitulado Geometria .?„' geométricas por si
aluno a concluir as veraa as demons-
«U Ti mesmo, em vez J^^^^^,.^\Qíxáos mariscos do cas-
■' um n 'e m ' E- traçôes dos compêndios,
JU contei verdade I CO velho da didática ^^^/^gdagogo, professor, para
E não é preciso sei ge seja inte-
compreendê-lo, de " 'aceitos e idéias feitas.
Primária», hgente e desprendido d P aquele garoto da his-
Basta que se seja, ^
^Q C.oda, Foiiseca
A t i v a -e
A Escola
o s T Airva
rabalhos Manuais.
3D
34 A E S C O L A AT I VA E O S T R A Ü A L H O S M A N U A I S CAPÍTCl-O 111

lória da camisa do rei, quo descoljriu quo o rei ■VT , r» ; •ihmo


i\o ''"'""'í' corinrromprcciidè-la-á perfeita-
vários triângulos de
estava simplesmente nu...
mente se o tiztimos lo ...... denois cor-
Com efeito dizem que a ingestão, quero dizer,
a indigestão mental da geometria euclidiana, como papel, de várias juntando-os cuida-
lar todos os ângulos um.
processo didático, serve para ensinar a raciocinar. dosamoute sobre uma d.. ocuparão
Pois bem. Estabelecida esta premissa, pergunto eu:
respeclivos L.";," que ê.sso lado tor
, conseguirá ensinar alguém a racio
cinar, fornecendo-lhe a expressão de raciocínios já lodo o espa(;.o «sabendo» por informação
completamente feitos?
a corda. Ele mm £iu) ^ verdade; èle a ren-
Mas há mais. artificiosamente i„,., e graça de suas pvó-
Diz o_ célebre teorema: «A soma dos ângulos jicou por SI mesmo, poi
de um trmngulo e igual a dois ângulos relos» prias mãos. não foi enfiinado, di-
Ora bem, Como yrelende demonstrar o leorema Em suma: ele a diversidade eiUre
fereuça osía que bcin ^ a de aprender,
;.£•£ raís diss.^ as duas uscolas, .
Eu podia citai ou .iiunos no conceito das
- exemplo,
as.:. o processo para micu *. Lesouro escondido
Agora, pergunta o aluno (me vímh ri-, ■ - • coordenadas, com a i _ ciência o da pe
dessa verdade: ignorância na floresta, hamdo \ J,. novela de Edgard
dagogia, nós vamos ei verdadeira lição
Poe, O Escaravelho ^ leigos 0)-
de coordenadas, ao . _ diante, de ver

sabfur^sr':ird:^efedf;s-
t,i- do ponto de referência de outra verdLe como
Mas teremos ' trabalhos manuais, ao
se do curricuhim.
ensino das demais m lembrar que as me-
No que
nbecida, ou de um fato evidente. Estou certo de
í/uft o seu profo.s.sor euclidiano não saberá o que rcspoita à matomatica, dimensões, necessários
ibe: responder satisfatoriamente ou, então, lhe dirá didas, cálculos de -^jog exercícios, conslilucin
para a execução malemálicas.
o que me disse um dos meus professores de geo- unia aplicação ^ |„q.,vi.'i sem trazer mais uniu
j7ietria; Nm. aairei ' poVU UU HCU OUMÍIU), Psl.j
F.' iiin aillftciu d(3 foíiíjttuçâo.
prova de ipie o os| , Oeoniclria hicculiva de
(J rpí^iiílííílo (lís.so Ó (jlie em face dn uma ver longe do ser K „,.inu!e filósofo Herbert Spen-
dade que jtrecisa de um ariificío para evidenciar-se, William Spencer, pai tu ^
eu só acreditei nela sob palavra, na fé do profes .!• lAi-iut Ivqiiiii'-'ilas, (k> Kai;urd 1'ou. iia culi-viio
sor, embora com todas as reservas e descoiiíum- (1) Vide o livro ja Kclitoial.
» Biblioteca da Adolesceac
ças...
.>al'

37
36 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS CAPÍTULO IV

cer, serviu, com a sua meLodologia, para que o


autor dos Fiyneiros Princípios, apreudesse perspec-
iva aos qumze anos, coiiforiiio èle mesmo afirma
no prefacio a obra de seu pai.
A campanha renovadora do professor Perrv leve
r^«cu.sao naAe
l manha, encabCa ;oo
l p^sli òr
CAPITULO IV

tica, para não citar dois nomeTir""°r T T' Técnica didática dos trabalhos manuais
entre nós, Laisant e ClaS ° conhecidos
A esses nomes nnQcr.
,lá sabemos qne os Irabalbos
Philips and Fisher nrnfot ^^^^^centar a obra de constituir uma matéria a mais nos pio^iamas
Yale, com o seu cur^ dp de
ensina concretamente nnr no espaço, que , ^orrnir mip ôlos constitiumi, aii-
\onficanios a . = j'j ensino de cada mã
verdades teoremáticas em «realização» das es uma '"^'todologia . aphcar
^ Não passarei adbntp materiais.
ductory Algebra ou fern ainda, a Intro- ^''-^atl
i i .ís^^^e^i
i t a s c nC^ol
Oííssar
1 poe di
scente
rm i t a ucn.
m a atgun.a
opor-
sr- Í?t' "^"i^tematico
Walsh. e n fnorte-americano
professor introdução à Ál- cousa que se lhe faculdades eminente-
A matemática é iimr. i ínmt :x:l'utivriscotbida a construção a fazer,
mai^em
q u a l q oferecem parrL
t r a f\^^^^rias
b a l h o quo maior
e depoi; de conhecei^ de Je-
uer Em va-hi a caho, ^ ^.[sta. Cada minúcia do tra-
Sictri^-I' do sortf a to- soes, em fat e dos ^ matéria prima, càs ferrameii-
um modo gerar^íiual «gebra""» ""T"® "tio balho, uo qne concome a ma auxiliares, c molivo
Ias de execução e aos maiw^
de unia liçao.^ recebidas de alma inteiramente
Estas dçoes - porque todas sc ligam inie-
aberta, pelo ^ q^e tem de constmir e que,
^ campo de mhn - diatameiite ao aite^ ^ '
no momento,
ProgrfmafcÓróvfiífmVs"'^' ^®^^^ manuais que o o rbamnno «cenu^ \ /

' Ue qualquer . 1.. o vtil "If't'i O't'PC'ti' O" •••■litro» t(>i ■jjf.-ntitNO
U) vidii a ,
tia ftflOüZíi, do AbutT ilu Jl"""'-
88 A, ESCOLA ATIVA E 05 TRABALHOS MANUAIS CAPÍTULO IV
39

Para esse hm geral, é vasta a relação dos ob- tivessem esse ponto de referência concreto, e resul-
etos a construir. Por mais simples cpie seja, cada
tassem, conjugadamente, do exercício de sua ati
mimentór'' ^ fonte preciosa de cnsi- vidade molora e de sua atividade mental, embora
aplicada aquela à simples feitura de uma simples
"^^O'nplo, de uma simples o sobrecarta. , , j
sor 2 Vai feninH "" Po-fo ''nr ao iirotes- A mora apresentação de uma ferramenta pode
siisVun s servir do centro irradimite do informações utms.
n inn,.! -L, '® ensinamentos prálicos. Vou dar disso um exemplo, eni torno do um
ensejo a'uma lição Vtetenti'"■ «ofn'oonrla dá outro objeto igualmente comiiin: uma faca, a faca
material. A goma usadii, T® fnhricação dêsse
pretêstopara'queosaUmos "E.''Li™ >».», "" """'""
posição e os motivos deÜf'"'®"?'',", ®°'"'
Saindo do terreno nv.f^^ i adesiva,
da fnnção da reparticãn entramos no estudo
'•"u, r,:»";«. «v.,.;,» -M-*—st
peloria escolar, para se tratar mannVis
sêlo, mostrando a utilidnda do liso do balhos de costura, modelagem, traba hos manuais
jiropric/mcffU cUfos, sloyd a faca, , i a
sequentemente, a justificaUv.
gamos também para o on^t '• ?? ""npostos que pa- Pelo 'l"0,i^lenbo cxpo^^e —^
viço. O professor pode imporlaiitc ser-
permitir o grau de desenS® adiante, se o
dar o aspecto moral da aue-t- rJasse, e abor-
simples sobrecarta, com um tn í "'"^fraudo como uma üyilm
O lhos >""""^V'
veremos ™'irVsrconcei
^1'-^'^' ,i„,,if].,nienteto, os trabalhoso
compreendidos
seryir
Um es,de meio
como de comZc^^
instrumento dTil^®-" pessoas
selo. pode
dis- manuais^
n a o d a r mio
a o , foran
p o r 't resultados
a n t o , a s esperados,
Min, ge-
■■ ^ Quo
rao t-rabalhos
esses, mai ' do
diferentes ^ tecelagem cm pa-
coi -i F-irn?
pel ^ generalizado,
Sr:'";.?. '«ra,*!-7 »t—,»
mental. t'^'^balho material umn p^*" ^o'^recaria,
A
A sobrecarta,
A s o b r e c a n . na, íeci
enlre n'ro verdadeiro conceito ped^ógico dos ira-
pnia sua função de <i,e,u T
' ^®-'-'l'nlade
poderoso sugeslor dt^ n "Ueré^^V
iíoeSo Dr. Fábio díi lATrito. que éle logo solicitou a miolm inter-

»..S IrjSt .g;Sb7oi7^ >la Liga clc I'rofcssorod *'„i,er Sclilcmmer, de Nova York, para a aqui-
mediação jimto da casa Hamma para o sloyd a faca. Destj
sição de algumas coleçoes rocordaçào, uuuia quarta via da coute
mtcrfcròücia eu gnurdo a in.ns . jq A.utor).
^ Píira isso, quo que foi tirada ciu lucu t
40 A ESCOLAATIVA E QS TRABALHOS MANUAIS 41
CAPÍTULO IV

Mhos manuais, preciso de dizer com Ioda a fran-


Examinémo-la, fazendo sentir aos alunos, pri
meiro, íi forma do cabo, em charuto e de seoçao
tilo dredma™orq
' ueTâr\t?na^^^ ovalada. . ,
poderia fazer a apHcação d^r tríhaíh ™
nem a sua vantagem no enlnn
Ela se compõe, extemiuncnte, da lamina, do
cabo e de duas virolas, uma no extreino onde se en
conceito em que ainclá hhnrn caixa a lâmina, e oiitríi, no extremo livre.
boa fé 0 do míiis alto merecimenín^^w- .Instifimiomos a forma do cabo que assim e, pti x
redução do mérito naqueles nnl qiuüquer oferecer mais firmeza ao corl.e, pois tem mais co -
juJgá-los assim. Há só e nní nssim pensam, em tactos com a superfície interna da mao fechada que
gravitação, a nossa formacân^^n^u o agarra.
talizada. lilsse efeito é até m ' ^ men-
cfue sustentamos. Prova da lese Passemos às virolas.
Para justificá-las. terenms que exphc^c^^^
Lami
nudeira é formada de fibras, lougdufliuulmente co
Espigão Virola Indas umas às outras. , i.mihn
Não houvesse uma po ,iõ àto de
o esforço conlni a madeira '» ^ separando as
cortar, faria com que o «'■['"/''f'igipncia necessária
fibras. A virola oferece, ai, a le^ist
pura evitá-lo. ., jo outro e.xtremo, o
A nossa mentalidade nsr. Agora, a outra virola, a uu
extremo livre do cabo. 'Jio [" um cs-
^ue a faca se prolonga, atia-c ^
processo representado na pek) Pigão, que se volta em gancho, visivm
tôpo do cabo. , j^gse gancho. E'
No ^orne da Expressão , ' Façamos sentir a "igão de modo que.
nas as atividades dn pl" ' ^®s<^nvolvn^ para finnar, para íuicorar \ longitiuUnabiieiite
mos precisamente os enf 'o. Ideali!!®-'"""?® "'P'" pelo esforço do corte, nao engaste do cabo.
qual os trabalhos mmm 'ossa mat f°' por entre as fibras e salte c ^ ^"^^gig^Ôiicixa das fibras
médio. ^minais são av f formação da Esse gímcho que faremos notar
Mas, voltemos à nossa fn uos esforços verticais, fAr-ca que sustenta em pé
uos alunos como causa c' virola de que, de
«'Pia iiçao. Ela "os dá os troncos das xárvores. ' nrovidxas, reforça essa
o-^tá (íig. 5), festo, nem todas as facas estão p
fesistência.
42 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS
43
CAPÍTULO IV

^ Agora
liçao de fispassemos
.ca o duplaolâmi
planno
a ein
comecemos
clinado queporcons-
uma
titue o gume, fazendo notar que não é pelo fato só colas, também, para a fabricação em série, como
^odiistria. A revista leader dos trabalhos manuais,
de sei a faca de metal, que ela corta. Mostremos olí, Manual Traming Magazine, reproduz constante-
como ate uma aresta de papel, uma serpentina de cat nicnto fotografias de carteiras, mesas, armarios, ig c
navX pode cortar e muitas vezes nos tentcortado zinhos, fabricados às centenas, pelas escolas de tm-
Façamos notar a peouena mrvníMr ^orraao. i^alhos manuais. Nem so trata, sequer, de escolas
extremo das costas da lâmina mostrando Tu induslriais onde isso, aliás, fmnbcm nao s»
tinada ao polegar da mão esquerdk n-, í om hipótese alguma, conforme pro\aiei,
guiar e regular os pequenos golpes '
A matéria prima da faca nnri/:^ nieiite, cm tempo oportuno. . ..akt.o n
Como remate a estas
magnífica lição sôbro o ferro o aro técnica didática dos Iraliallios manuais, ..«..l.rAntnr
O lustro que cobre o cabo da fTr ^
tema para runa lição sobre o fim o as quei as direlrizcs do professor, devo
do envemizamento. vantagens quo todos os trabalhos executados
Pouco a pouco, iremos mostnnriA , xar do obedecer a três elementos esseiicia . 1
to, tão pouco imporlante, na aparêLia® eauicução o. disserlarão professor
SI um conjnnlo de nmnerosas'^liçSeré nT T Escolhido o assunto c ^
que tudo, que não é mais um ''avará conversa com os seus 'duuos, • aprovei-
nimado e insignificante, mas mn-i ina-
teligência, de pensamento, de estudo"'^^'"^'^ j:ur-ilies a finalidadepara
undo a oportunidade do*'1^
todos os efei-
^ ^ utilidade,
de esforço, uma vitória, uma grande víiá?® tos possíveis, iião só quanto . \tos novos que
rioridade humana. ^ da supe-
Retroajamos iim pouquinho, para juas tmnhém (pianto aos 1 com o tra-
^55 alunos possam recebei, lela ^ nrovoilo, do cx-
não é caso para desanimar, se ainda a cxecnUir, Ij™"''»' 'J^ppptividade da classe,
mos integralmente no penWmemo o nribrilt^r oelenl.e momento critico de «centro de
didatica dos trabalhos manuais. ^mlidade
Numa das mais importimtes escolas ur^r,^ • y que èsso trabalho se . j. dêssc precioso ele-
brasileiras, por exemplo, dã-se o nott tíTEtabrò' iatortsseT'o Todo7 sahom o valor dèsso prec.oso
manuais a muitos objetos de fabricação enl séri/ J U eion didático.
ío didático. quanto possivei.
Essa parle
Essa parleda liçao
da bçao cic aluno, afim
registados até sob uma marca industrial — Gaté
Mas há ainda mais. Nos Estados Unidos'^^im dialogada, ora com uin, ow _ reflexões, o jul-
*^0 Dies despertar a 'atividade, essa alivi-
nosso modelo que, em pedagogia, seria preferívtd
nos caldeássemos um pouco, com o figurino alemHn gí^niento, ponclo-os .lo' sistema arcaico em
os trabalhos manuais já degeneraram em muitas e ^u-de salutar tão diferen ^
que só o professei" tem ^ j]-^e oindu. A classe
pura que èsto preste con u para se
ueixa, então, do ser um
44 A ESCOLA ATIVA E OS TRARALHOS MANUAIS
45
C A P Í T1 U L O
U A fi * I V*

sfinesTa
SI mesma, sob osr''™/
esümulosorientar-sc
do proressor. por Será preferível que ús dois phuio»
Nesse momento, cada o i
fazer, sabe porque râi faz»,- ^ ® ™ vidro, mas iimleni ser também de carlao to •
ficantes minúciL ao mSnín Aberto o livro assim feito, do modo
propósito do traballio a realizar üm Plmio fique porpemliculai- uo ^ o plano
informações lileis. Após essa hrTr ™ numero de jelo sobre uma fòllia de papel po»U . --m
em conseqüência dela, passa-L m Imrizonial. Obtém-se, assim, a o
ser originariameiite fornecido ndo nÍT" ' «eguida faz-so o mesmo sobre o
grande, para toda a classe no aindr ' 1'°"'" obtém-se a vista de horizon-
grandes folhas de papel Nessa ^ erceiro plano, ligado a um dos lados d P^
serão convidados a iiiti-oduzir mnrVr^'^®' í^luaos lal e por sua vez perpeudiculai a í ^
decorações, conforme seja o cíln
subordinado à finalidade iiráfíf^i' porém, Procedeiido-so da mesma maneira, • plano
f a z e r. l ^ ' ^ a t i c a d a c o n s t n i ç ã o a lakn-al ou elevação do objeto. A este tercei
uu CXCVUA,!.».^ - í
^0 dád o
á nome
r v l ide
f t pln
ano
l a iai
iu
o xilu
aiai .i ^^^
xili'-U'. o„,,.

trodifziL^qiLdra'
pois casos há em que^Srr'hár-^^"^^
não - i-
^r., i permita, Eteixaiido, depois, caírem plano, ve^
felho de modo a que fiquem n .«j-eseiitado exa-
modificações. Oaluno
c obter que cada fim dinojado Í tais
se cnm lição, í^ificain os alunos que o objeto eb cima, de
executar, tendo dela perfeita í^^efa á tamonte ein três das suas faces. (Figs- 6 © 7).
As suas faculdades da írente e de lado, todas num mesn ^ di-
mento fonun postas em « de planeja- Üma série de exercícios alunos não só
o projeto a todos os determ'ÍS°' f"'°«liuando se rígidos e orientados, dos trabalhos a
a prepararem a projeção forem apresentados,
construir, como a lu s certos Hn^tes de
contanto que não cxced.-^ ^ tp.ie essas tres
S f f Simplicidade, não exigindo
ria um meio práticn ru
representações do objeto- críti©© dos projetos
suficientemente, para -iq n essn • -
como devera ser as dos trSío^' ®®® mais sSs' Seguir-se-á a isto o f^po com certo grau
convém ev,tarem-se acabamentòs om qué IfaçadoB, exame queevitando-se
^ov®"' ^-igenda sêcadesam-
das inv
meio e um chedro utilizado por Ln^^P^-^dos. Esse fie liberalidade, que
Consta ele de dois plan^, da Vinci Perfeições ou erros e as -
ao ontro, por uma liralio
' panr^u"'°'^'dos um niem. . j-a os erros cometi-
encadernação. Chamar-se-â a aluno os reconheça
■los,
® achedepor
modo a qu®a aneira de corrigi-los.
si mesnw
46 * trabalhos manoa.s
CAPITULO IV 47

G
PLANO HORIZONTAL
Visla de C>ma

PLANO VERTICAL PLANO AUXILIAR


Visid do rronlo Visto de iddo

c«^'
^omor~ficam
^ mesmo aiarellio
reproduzidas aberto
num mesmoe pUuo. a
do ul)jeto a representar em projcça

<--om tela a Ji ImU ''•■lunos terão de redigir "'" e


®-^Ponfe
ditoo,apasa
sa
rcn
hd
aodo
emtrabre
av
lhisoUdelod
eo
xeo
cu-çãPo-^eadido
_ '•atadenuiçâu

cução.
^sta, pois, a clfLSisa ^
proata ui,...
m
T
Ju-/, ,se tratou
7 . , , H" 1 co
' ' e• ço am? e' ç aa r e x o -
^fínoi-1
m
Jti-
fiima
p
tratou
r i m a emprega
da '■
a empregar clo chi^i
llios ® metodologia, ''conVletainente
das ferramentat „! df o®
das ferramentas Podo ® '• fins educativos. Com
dis, indicaiido-se a 1 ° '^"idado,.
f oci .1 • I ^ efeito conjimto e em cor-
Ção e sua foima '^«"■eta utii; "'® descri- cesn^' exercitaram-se ai, em fimdmneu-
V l t J

oquilibrada, a de plaiie-
C o n c l ou trahniK
Concluído ido o f""- jaart 7° a do dêsse raciocínio,
®®®Plefiva, a da ^^a-se a
® üwü! dentro das diretrizes
fi n a l e
nnalmente a da reahzaçao, outras.
®isament6 estabelecidas pe educativo
Paw que se compreenda bem
48 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS CAPÍTULO V 49

dessa metodologia, basta que se exmiiiue de novo


a ngura 4, do primeiro capitulo, onde se vê integrado
o funcioiii^ento do nosso transfonnador liiiinano,
tendo as faculdades de criação, idealização o reali
zação harmonicanientc desenvolvidas.
mri ^ Escola
toda contida dentroativa quo,
da íórrnula aliás, já i<Edu-
do Pestalozzi: está CAPITULO V
^ outrossim.

Alguns exemplos e sugestões


Cabe aqui fazer algumas indicações mais preci
sas sobro a miuieira pratica de se utilizar o recurso
dos Irabalhos manuais, a um tempo como fíxaiivo
das noções aprendidas cm classe, e como oportuno
« centro de iiiterèsse », em torno dos quais so agrupem
numerosas informações de toda ordem, que os dis
centes recebem iio momento da máxima permeabili
dade de seu espírito, pela presença concreta de uma
realidade, daquilo que se propõem fazer, com a ativi
dade realizadora de suas mãos.
Nenhuma outra melhor maneira de conseguí-lo, do
que referindo alguns exemplos e formulando algumas
sugestões, visto como o gênero dêste livrinho não
comporta a exposição concateaada de uma série de
trabalhos, o que, por si só, deveria constituir matéria
para uma obra á parte. Ü meu intento é apenas o
do fixai* os princípios fundamentais que dctormiiiarain
a existência dos trabalhos manuais, o seu logai* e a
sua íunção no esquema educativo e, por conclusão, a
orientação a seguir. Isto me parece de mais urgência
110 momento, porque não me parecem bem generaliza
das, entre nós, as diretrizes certas, nesta matéria
Aintla por esta mesma razão, tive de e.scolher
o adotar exemplos estrangeiros, que colhi na obra
4 C. da Foasecí^i — .4 Escola Ativa e os Tnibalhos Manuais.
50 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS CAPlTUt.O V 51

adi-mravel do sr. Omer Buyse, Méthoães Américaines Cada qual trará ao patrimônio coiniun dos co
( Education Générale et Technique. E' dessa obra nhecimentos de todos, sua obseiração, sua sugestão.
que reproduzo a casa da boneca (Eig. S). Muitos vezes, ainda, o professor poderá aban
donar os «centros de interesse» formais da vida atual,
e ir buscá-los no próprio mundo das crianças, entre
os sens brinquedos favoritos. Os jogos da hora do re
creio aí estão para fornecer oportunidades magnífi
cas. Basta lembrar o traçado das «amarelas» oii
do «paraíso», o do «caracol», aquela espiral quo
citei em capítulo anterior, cuja idenlidade geométrica
o pequeno não conseguiu reconhecer por si mosino e
isso ao dia seguinte àquele ein que a professora dera
uma excelente lição sobro espiral. E' que esse, como
a maioria dos estudantes, ainda na fase «nós somos
estudantes do palavras» tão bem definida por Emer
son, estabelecia luna separação nítida de cousas in-
conumlcáveis, entre a lição sobro a e.spiral, na aula
e o «caracol» traçado u hora do recreio, a separação,
enfim, entre a escola o a vida.
Daí, elo não se lembrar do que espiral e «ca-
]'acol» eram, como formas, duas cousas semelbantcs.
Daí, ainda, êle riscar o seu «caracol» no chão.
P i g . 8 — A casa da boneca curvado sobre uni pedação do pau ou uma lasca de
Eis aí um empolgante e atrawitn, i bambu, embora tendo aprendido, em classe, como
interesse», que pode motivar um sem nWm se tiuça mna espiral. A matemática, para ele só
hçoes uteis, a eomeçar pela construção à mmí nn,l existia dentro dos compêndios, nas lições e na hora
prestar-se algumas caixas servidas, de paSo Vem da aula. Cá fora, no momento mesmo, em cpie essa
a seguir a questão da decoração das paredes opor- matemática lhe serviria para demonstrai* a sua ra
timidade excelente para a educação do gòsto aidist cn zão de ser, a sua utilidade na vida prática, êíe re
A feitura do mobiliário fornecerá margem a utilis' caia imediatamente no cinpirisino do traçado -i
simas oliservações. Finalmente, o professor terá oca dar de roda, sobre o terreno, curvado sobro'o seii ivin"
sião de interessar os alunos em tômo dêsse precioso sulcando o solo. E jurava que aquela figui-a er»
tema, o lar, versando sobre deveres, direitos e obri somente um «caraco ». deslembraclo completanienle
gaçoes da vida do família. da espiral da geometria. ^ cuimenie
Assim se perdia e se perde uma excelente ocasião
A E S C O L A AT I VA E O S T R A B A L H O S M A N U A I S CAPITULO V

de se aplicarem as regras, leis e cálculos da matemá papapaios, muito facilmente, nesse momento crítico do
tica, cuja utilidade se lhe firmíiria então, proíunda- interôsse discente, o professor poderá inculcar-Ihes os
mente, no espírito, porque lhe servia eficazmente mais preciosos eiisinameníos acèrca de aeroplanos. As
nessa cousa tão séria, para ele, o seu brinquedo. escolas norle-nmericanas costumam organizar brilhan
Numa escola tudo é ensino, tudo é educação, tíssimos concursos iiiier-cscolares, de papagaios, na
a própria hora do recreio. Essa hora é talvez mais época dos grandes ventos. Há, até, um livro sôhre o
importante do que muitas horas de classe. Na classe, assunto, sob o título TJie construction and flying
os alunos estão quasi sempre constrangidos, eiiquíui- of l'ifes{'-).
lo que, no recreio, se sentem na mais comi)leta liber- Como exercícios fixatives ainda, do ensiao de fí
dade na plena expansão de sua individualidade. sica, eis aqui uma coleção de aparelhos de física exe
Vem a propósito notar aqui, o problema impor cutados por alunos de uma escola elementar (Fig. 9).
tante que representa a escolha do inspetor de alu-
OS aluuos, durante as
fOrço cuidados? de''sdeção°'tL''™ de
alnnns n<= pQis^ i^qS llispotoreá de
colaboradores c u? d™??™
ou omissão u ira lolr concon-nm, poi
dos professores (') "n contrariar a obra
iMas vnliando aü nosso „
lendo m<»slriir O o quo ou pi;«-
com vantagem, de expeloni,
U p r o f o s s n i ; p o r i n t e r e s s e > '■
Tdanos o das várias l,.n i 'r- ' ^''-dnr do aero-
, ointeresse,
de u t r o t r a bdo
a l hque
o o oar^-. - como ceiiii'O
tão do agrado das nossas S? brmquedo
, . Alem do nmito quo
bilidado c destreza, uo gosto,
parar o no emniiiar os
Fig. Í1 — Aparelhos tie dcmoustraç-io do física, executadoA
por alvmos, de uma. oscola cloinoatar americana

(1) Em Duiitíifl cscola-s sceiiudirias e SHiiorinrp<i


so foi muito ulóm. há nuiito (ntiipo. A ctinstrii.';-i„ ti,. ã..h,.
balho mauual correuto c o vdo. uelcs. um desporto dos® ?a^S
55
54 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS CAPITULO V

^ ' ' ^ r o ' i ^ G t r i c o d e fi o d e c a b e l o T


rH 'Pr
I I—TI-. as escolas primárias,
J principalmente para asem geral rue
escolas
m k ? = ? n ? i l ! ; / ' r ^ fi e rais, nas classes mais adianta-
de dpmnnt;fr^^"-^^'i^"^^ relógio de sol, luna carrapeta das.
A fossa sanitária, eis esse
V • "• Irabalho manual, de flagrante uti-
)1 . )1 , . ),l 1 idade (Fig. 12).
E' um trabalho facíhmo de
fazer, com a faca de sloyd, e iisan-
melhante^s!'
de uma 'âtre°os"'
niáquüia q!^L'rdo-i 'c'rLfef-'' ^°"
a rauor
{|{ i|{ ill do-se madeira de caixa de cha-
—Li:—ii:—^ ruios.
lun tomiquete de vapo? mip 11 ^estiigliouse, e Fig 11 — Decoração Uiiias arcstus, dois dedos de
uiuna co;jerêucia qr íeáCi M com luibilidade e poderemos fazer que
LigaPodemos
Pedagógicaorgani
dos Pzrar
ofesséri
soe
resí de ifabalho'""'' ■ os alunos das escolas rurais com

(lue permiUom á classe conhecer ? manuais, preendam bem, não por leitura ou por ouvirem
costumes da vida aborígene do Rrn?i 1°''' ® dizer êsse iiniiortanto problema higiênico, mas pela
para fazè-Ios compreendei melhor f ' olira de suas próprias mãos. Não ó preciso acentuar
bitantes da nossa pátria. Eis aí lodon
' m c' apitSio o tirando partido a tirar dêsse oporliuiíssimo centro
de interesse, por meio do qual, muito eficientemente,
a escola poderá auxiliar a obra do saneamento rural
iyy te t»AyA-fer do Brasil, pelo caminho mais seguro o eficaz, a
D| I ) i 0
"WRWR 4 f A W {.ducação higiênica do povo. Tive ocasião de ver

í
'í ésse modelo realizado, no excelente j\Iuseu de Hi
1r ç giene Popular, do ilustre professor François Norbert.
0 i

y 9
-«-ui Êsse museu é um conjunto admirável de lições de
I-IS. 10 - 0™am.nt.,ão sôbre O.con^itvr~;r~ c-oiisas sobre higiene de que, a meu ver, deveria
da história do Brasil a estudar, da nnn..í figurar uma reprodução em cada escola do Brasil.
Outra construção, ainda, a fazer, é pouco co-
concreta e palpável. i^inciia mais
iihecida acpií no Brasil e que muito eu desejaria ver
Alguns exemplos, ainda, de orientação, para Prl, praticada nas escolas.
caçao eslehca nos vemos no aproveitam^tò de 1 " A gaiola de passarMo ó do^ uso corrente quasi
mas mais simples para o desenho decorativo .-nn'
íomic mostram as figuras 10 e 11 con- ein todas as casas brasileiras. Já houvo, até, quem
Uma sugestão ainda, de toda a oportunidade lembrasse a confecção de gaiolas, nas nossas escolas
paranos.Trata-sedeumaconstruçãoukltism
i apara primárias. Neste assunto, porém, parece-me que há
alguma cousa do prefeiível a fazer. Quero me referir
56 A ESCOLA ATIVA E 05 TRABALHOS MANUAIS CAPITULO V a í

pássaros, que podem assumir as ças, quo jmde ser bem aproveitado pelos profes
pJac; A diferença existente entre s o r e s .

A sugestão que aí fica nada tem de nova.


aTiimnÍ7Ín!in ^ destas, OS pobres Em muitas escolas norte-americanas os estudan-
aua^m nl . ^ sua vontade, en-
dos Del'1 ^ refiro, êles são atraí-
domof em bebe-

■• " i i n r i a

Eles aí che^aiTi
^ P^i-i matarem
prisões ^-í ^^'^zendo n« aeostumando-se
ZfT '""h"®- Não são
" """" .'&.«.«"!. ,„,i,.», F i í T. 1 3 — U m i n t e r e s s a n t e m o d e l o d e c a s a d o - , .
nm bangalô.As medidas e3t.âo indicadns ^"polega^^'
"caçao moral para as crian-
58 A E S C O L A AT I VA E O S T R A B A L H O S M A N U A I S CAPITULO V 59

tes dedicam-se a êsse gênero de tra))allio manual, manuais, orientação que se resiune em substituir
havendo até concursos anuais entre èles, com prê cada vez mais «o ensino inoiio das palavras, pela
mios aos que apresentem casinlias mais bem cons lição viva das cousas».
truídas.
No ensino, principalmente, das ciências, os tra
balhos manuais são da mais relevmiie utilidade. Em
vez de informações, apenas, dos fenômenos e leis,
a sua verificação e, mais ainda, a criação de foimas
em (lue cies se demonstram. Isso ainda é preferível,
mesmo, ao próprio uso exclusivo dos aparelhos de
laboratório.
A sua perfeição de acabiunento, as suas a.jus-
iagens levam ao espírito das crianças a idéia de que
um artifício é que determina os resultados previstos
nas leis, vindas, todavia, da observação direta dos
fenômenos. ^ ,
Parece lhes que os fenômenos inostiudos nos
aparelhos' são por assim dizer conseciuèmoia cie sua
forma de seu acabamento e nao fatos do dia a dia
corrente da natureza. ciência, assim, longe de
aparecer aos ollios das criaiiças como o resiüfndo
de mn conjunto de fatos naturais, apresenta-se-llies
como mna fada misteriosa e mag.ca, dentro do seu la
boratório 6 só para os efeitos de seus aparelhos
Ti= ~-n cabalísticos. . , ...
(I 11 O ensino de ciência por meio de cxperieiicms
'" i i>
" u . em tais aparelhos, apresenta amda outro mcoiive-
i!k_—J iiifMite Procedendo a luna oxperiencia, o professor
pstá a distâncias desiguais dos alunos sendo con-
spfiuentemente desiguais as possibilidades de mna
FÍB, 11 - Outro moac-lo do ca.a do i^ssaros. a tiao so rcíoro o Cap. V íierccucão Clara e completa da experiência, o que ó
isscncial para o êxito da demonstração. Assim sendo,
Eis aí mn conjimto de sugestões que se me ilffuns percebem-na completamente, outros perdem
afiguram capazes de esclarecer os srs. professores ítlffuns detalhes o outios, finalmente, nada ou quasi
sobre a onentação a seguir, na prática dos trabalhos nada conseguem apanhar. Mas como sabem (jue, no
fim, o professor há do chegar a unia conclusão e
60 A E S C O L A AT I VA E O S T R A B A L H O S M A N U A I S CAPÍTULO VI d l

como têm uma fé cega na conclusão do professor,


preferem esperar por ela, sem se preocupar com
a marcha da experiência.
Se, porém, o êxito da experiência depende do
trabalho do alimo e se essa experiência é aplicada
à construção de um objeto de uso corrente, o (jue
lhe dá um interesse mais imediato e direto, o estu
dante melhoi se convence, mais indelevelmeiite se CAPITULO VI
convence, do princípio ou da lei a demonstrar.
Nisto é que consiste a diferença entre ensino
da ciência pela velha escola das «sete artes libe Os trabalhos manuais no ensino secundário
rais» e o da nova escola, a Escola Ativa, em que
o aluno aprende, em vez de ser ensinado, passa da E' ainda pela resposta a uma objeção que üiicio
voz passiva para a voz ativa a conjugação do belo este iini brilhrmie espírito, cheio
verbo pelo qual fera que se preparar para a vida.
Nao quero concluir èste capitulo sem lembrar do cultura e de patriotismo, decidido a contnbuu-
a frase lapidar com que Gustavo Lcbon tão nilida- com todo o seu esforço, para a modificação das dire
mente definiu, com um delicioso traço de /mmour, a trizes da nossa educação, perguiitou-me;
velha didatica do ensino de ciência- pode ser a utilidade dos trabalhos ma
«Aprendendo ciência atualmente, o aluno tira nuais 110 ensino seciuidário?
a conchisao de que ha uns homens muito l.idinos Antes de formular uma resposta, couvem que
— OS Sábios — que inventaram uns ganclios — -is la.ncemos um olhar à situação em que se acha esse
Leis - e logo os fenômenos da Natureza vieram ensino. Não há quem não se queixe dele, pela sua
todos, correndo, pendurar-se neles, direitinhos!» deliciôncia, sem finalidade econômica em si próprio.
A 14 de Maio de 1922, tive ocasuio de estudar
longamente a falência mlolectual, econômica e mo
ral que é ôsse ensino, todavia o veículo mais efi
caz do uteiisiliagem de lun povo, quando devidamente
propinado. Isso foi mima conferência que realizei
na Liga Pedagógica do Ensino Socmidário.
Nessa ocasiao,
i\essa ocasião, uvc
tive opuriuiuuiiuo
oportunidade ao
de mostrar
mostrar que
cometemos a injustiça de vaiar o bacharel, sem
o I n Ivr. ..««1

forçarmos a substituição dos métodos abstrusos e


negativos que fazem dele um depósito de noções
i i c g l l b u v. " v j v. . . -
cn pmnnRtnni
e psmnecpni cnivi lUr. ...^—•
que se empastam e esmaecem, sem lhe senirom de
grande cousa.

i
A ESCOLA ATIVA E OS THABALHOS MANUAIS
CAPÍTULO VI 63

VÍCIOS dessa metodologia eivada da- Juiz — Mal suspeitas, Bacharel, que há um fe
• nv^ grande pedagogo e sociólogo norte- nômeno de gravidade quando a bengala te cai da mão.
Charles Ham chamou «esteticisrao cieii-
Bacharel — Mas esta sua física, sr. juiz, é
uma física de terceira classe. A minlia é a Física
de Ganot, é a Física Nobre, é a Física de res
peito dos laboratórios, com todos aqueles instrumentos
de ver T'clMs^^lin ^h"i'í "^"1? impor modos c-oniplirados, bonitos e brilhantes.»
Estudando as tendôncias dessa didática, fiz al
lidade. Transcrevo aqui ?reoho 'rí '' gumas especificações assim expostas no referido re
blicado dessa conferê^iaTm Ôní un ?
no banco dos réus, paia se" ,\Z!° , ° s u m o :
«No estudo da história natural, fecham-se as
pacidade. Julgado pela sua mca- janelas para o mundo exterior, o, do que há lá
erros! ■'BfchTrefK^'tiaprr
com a uniformidade do Lratameuto
fora, se dão ao aliuio noticias e informações, em
vez da realidade viva. De quando em qiumdo, abre-se
um annário cheirando a cânfora e pasma o estu-
parar um trecho com idélTp^^ria' tlanle peranio a natureza empalhada. Visila-nos um
BcicJkitcI — Mas os rmTwAHrtx-.^ ' estrangeiro ilustre e o Bacharel que o acompanlia,
bém não o sabem, Sr, Juiz' Sou ene liacharel o acadêmico, não sabe dizer ao Ausitante
uma redação sõbre o amor da escrever o nome da mais comiun das nossas ár\'-ores...»
pôr do sol, juntando pedacinhos da Aniol™ w" Vem a propósito citar aqui dois cnsos caraLe-
oonaJ. live grau dez ni exame de port™. rísticQs excmpliíicadores da inalforinação do nosso
vendo mn passeio ao Corcovado La o,!u imsino secundário.
pus os pés. ' " orido miiica Todos se lembram da visila que nos fez o Ana-
Juiz - Tivoste plemuneute em matemática Ba tole France. Logo ao desembarcar, cheio daquela
oharel, e nao suspeitas que há mn problema d^ IrT sua ciu-iosidade céptica pelo resto do inuado que
gonometna no vigamento do teu telhado.
não era o seu mundo, Anatole France quis saber o
nome de uma das árvores que viu plantadas mo
Bacharel — A culpa não é minha, senhor iuiz nossas ruas.
Conheci, na ponta da língua, o Serrascpieiro e o Ti O acadêmico quo lhe fazia as honras di
móteo; e nmica me constou que a trigonometria an cepçao era ura dos nossos mais claros e hrilbt f
ílasse a sujar-se nos telhados. E' verdade que hoie
nao sei mais nada, mas é que me esqueci, sr iuiz espíritos. Todavia, atrapalhou-se todo com a .
pois nunca mais ouvi falar no quadrado da hipote^ e, sem atinar com uma resposta certa
toda sua cultura, dentro de um rnentalisma
dor, passando indiferente, ao lado dos fatao
^«■tos reais e
64 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS
CAPITULO VI G')

coiifuiidiu-se até na correção Cada matéria é um com])arlimento esímique; não


^ retrucou: - «Ai! Ça? há correlação do estudos; não há a cooperação dos
o òJo beauaoup ici»l esforços de todos, visando um fim comum; não se
caraterístico. Li uío fiz mito tenta preparar iiin homem útil; pcnsa-se no exame,
tiíTo flft iim aÁc miuto tempo, um longo ar- l)onsa-so no diploma e em nada mais. E surge o Ba
daaido conta do imlnl dl'\mescritores charel. »
iunericano. Tratavi so T e^^gcjiheiro norte-
minério do Ir^^Tlot Snu^" Aliás, na jirópria e.scola primária, que só agora
começa a modificar-se, essa didática tem início, en
caminhando as gerações para uma formação de que a
® euLiineran-
figura 3, 110 primeiro capítulo, dá uma síntese grá
terato escreveu que para n rli - festejado li- fica precisa.
processo empregado' consigo. <1° mmério, o A tirania didática substituo a cousa pelo seu
um fortíssimo eíetro-ima Esse Xtr*''-®''-'
-e o^«o, conse.uia'^^-l^'r'i- — símbolo e mata a individualidade, porque estabeleço
uma lamentável incompatibilidade entre a escola e a.
verdade. Tem sido esta, geralmente, a matéria prima
questão lom^ ês™f ^Mtotrirr't^"- fornecida pela escola primária ás escolas seciuidárias.
ü curso secundário, por sua vez, é imi simples
trânsito para as escolas superiores. Coiitimia, no curso
nais, mas de sintoma de ul esUdo secundário, a passiva repetição de palavras, continua
a lição da inércia, não se obriga o akmo a raciocinar,
ralizado. ''® eousas gen(^ não so põe o alimo em contacto com a natureza, tudo
Continuo a transcrever o resumo rio rva a- lhe ó ministrado pela cátedra, por meio das célebres
em 1922: icsumo do que disse
preleções. Até o professor de matemática propina
_ «Pratica-se nas escolas o grave èrro de ensinar a aos alunos teoremas já demonstrados, que o aluno
~ pA ciência
e S squei se r ^deve
' ^ministrar
' d~el
ao estiirluno
depois repete, sem verificação experimental de qual
quer espécie. Não é possível, dêste modo, que o
e, um esca
l recunonto uUerpretat.vo da natum^a Im' aluno leve consigo a sua verdade, a verdade que
êle alcançou, mediante um sério esforço pessoal; o
Procede-se, porém, de modo diverso „ aluno leva consigo a verdade que o mestre lhe
fessor de português quer que o seu a mio ° ministrou, e «até o próprio êrro do aluno é o èrro
gramático; o de matemática se esflrcl "m do mestre».
discípulo seja um matemático; e alsl «
mais disciplinas. ' assim pa^j^ Durante muito tempo, conseguimos disfarçar êsse
mal qrie, agora, felipiente já chegou ao logar co
mum. Os próprios puis já estão revindo da preocupa-
_ A Escola Ativ.i >' Trabalhos Manuais.
0. lUi FoiisP-oa
capítulo VI 07
66 A E S C O L A AT I VA E O S T R A B A L H O S M A N U A I S

ção única do exame, do diploma, desiludidos, afinal, do sibaritas do intelecto, nimia fase toda objeti-
pela lição contundente do desastre econômico. vista, como a da primeira e segunda infâncias, quando
E já não se vê a reação que se está esboçando? no ensino superior, momento em que o espírito está
Muitos pais conheço, sobretudo entre a gente mais capaz para as abstrações, nós somos forçados
culta, que estão preferindo matricular seus filhos a ensinar a ciência experimental, na medicina e na
e filhas nos cursos comerciais. A estatística desta engenharia, principalmente? Como será possível en
espécie dc^ matrículas aumenta todos os dias. cadear a marcha do espírito elaborado por imi ensino
Ora, é extraordinário que se conceba ser um secimdário, com a de um ensino superior de realiza
curso secundário, inferior a um curso comercial re ções c de experimentalismo?
duzido a uma especialidade, quando o fmi do curso Da falta desse elo de ligação resultou até a
pcundário é dargeral
um salutaríssirao e indispensável instiUiição de uma prática obrigatória o consagrada
lastro de cultura que, bem propinada, pode ser na legislação do ensino, que representa, por si mesma,
aplicada em todos os sentidos, tanto para o hiício o próprio reconhecimento oficial da iucfic-iêiicia do
dos estudos superiores, como para quaisquer ativi ensino secundário. E' a exigência do exame ves
dades, quer comerciais, quer industriais t i b u l a r.
Com efeito, o curso secundário não ensina ma Com efeito, a exigência de um exame novo, de
temática? Não ensina física? Não ensina química*? uma nova prova de certos conhecimentos já aprendi
história natural? geografia?... dos no curso secundário, para a matrícula em certas
E não são estas matérias, bem aprendidas o escolas superiores, estabelece automaticamente lun
fundamento, a essência, a matéria prima, fundamental critério diferencial, com relação a essas matérias,
para quaisquer atividades, também do comércio e dentro do próprio consenso oficial.
da indústria, que modernamente são, cada vez mais O exiune final dessas matérias aprendidas no
ciência aplicada? ' curso secundário, pode seivir como atestado deco
Dir-se-á que, na escola secundária, se deve en rativo, mas sem o único efeito afirmativo de co
sinar ciência pura, ciência abstrata, ciência do no nhecimento que ulo devera ter. No momento eni que
ções... Mas eu não sei, não quero saber de umn êle tem do servir com esse caráter, como base de
ciência pura, de luna ciência abstrata que não ra início do estudos superiores, a própria lei do ensino
correlacione com a sua única o máxima razão dp o repudia, exigindo a nova prova do exame vesti
isto é, uma fernmenta de construir, na civilizmlfe b u l a r.
imi meio de melhorar as condições Ha ^ Se prosseguirmos, ainda, na nossa análise dentro
bem-estar humano, em todos í "'"' do próprio corpo de regulamentação do ensino secun
que eu, deve querer saber isso, um nnn^ dário, nós vamos encontrar um outro elemento de
riga entre os dez o os dezoito ano^ negatividade veemente. Há tá, e tá tem permanecido
E agora pergunto: Que contrassenso a - i um dispositivo que permite ao discente o direito dé
ensinar ciência pura, estudo de gabinl^A
g^^oinete, do estetas, prestar exame só süt.ire a matéria dada, quiuuto acoii
C8 A ESCOLA AT I VA E OS fl U B A L U O S MANUAIS
CAPITULO VI 89

teco OS professores não esgotarem os programas. lhos manuais, afim de que èles treinassem as mãos
Reconhece-se, portanto, a possibilidade de se pres para as novas tarefas que se lhes exigiam. Criou ofici
tar exame final de qualquer matéria, som que ela nas de trabalhar madeira e metal, anexas às aulas,
lenha sido lecionada completamente, conforme o pro nas quais os alunos à razão de duas horas por sema
grama. na, uma vez aprendido o manejo das ferramentas,
Os próprios governos, sofrendo a pressão do conslniiam aparelhos de demonstração o objetos de
clamor geral, tèm se visto na necessidade de tentar uso corrente, nos quais se verificava a aplicação
várias reformas do ensino secundário sem que, entre dos princípios e leis aprendidas em classe. Esses exer
tanto, apareçam resultados satisfatórios. E' 'que a cícios representam o cimiprimento da finalidade da
reforma a fazer ainda nâo foi tentada, pois não basta chave da realização, que está iio diagrama da fi
alterar a seriaçào das matérias, dispondo-as desta
ou daquela maneira. gura 4, do capítulo primeiro deste livro.
A reforma a fazer é nos métodos de ensino
substituindo a escola das noções, das abstrações das
informações, pela escola experimental. '
Ora, os trabalhos manuais constituem o meio
hábil, o mstrumento necessário, para que se possa
realizar essa orientação metodológica. Só êles per
mitem a intervenção executiva e criadora dos alu
nos, para a verificação experimental das noções aurr^n
didas em classe. ^
Não se trata aqui de uma afirmação mas de
imia cone usao da propria experiência, comi se node
verificar dos moüvos que levaram o nrnfp«crr.n r i •
Woodward a introduzir os trabalhos Fíg. 15 — Flano íaclinado

1876, no colégio que dirigia em Washington"'^ T


Louis Manual Training School. Outi'o, aliás, não foi o intuito da lei Fidelis Reis,
Querendo reagir contra a ciiltnr-> até agora sem execução e que, l)eni compreendida e
resolveu introduzir o ensino experimenM*^^^^^- executada, poderia permitir a ponte de passagem do
cia, ná sua escola. Os alunos fariam dali L nosso ensino secundário para a Escola Ativa. E' bem
as suas próprias experiências. Desacostiimnri ' certo quo a nossa mentalidade atual não concebe
exercícios, sem habilidade manual pni« ! nem poderia conceber facilmente a transformação.
mãos só sabiam manejar o livro a canpi ? Mas isso não quer dizer que não possamos conseguir
começaram a inutilizar o material VenrU ^ transpor esse passo difícil.
fessor W'oodward resolveu instituir' * - ' u . a o , o s O ritmo de formação uniiateralmeute inentali-
traba-
zadora, de que resultou a expressão atual da nossa
CAPITULO VI 71
70 A ESCOLA AT I VA E OS THABALHOS MANUAIS

A educação experimental pelo seu intermédio


cultiira, não é privilégio nosso nem é mnl irremovível.
A própria república norte-americana em que atual próprio, que são os trabalhos inmiuais, é o remédio
mente se faz sentir o efeito da educação experiinenlal, que devemos aplicar com firmeza, porque, assim
sofreu do mesmo mal. como contribuiu para tomar mais eficiente a forma
L' o que nos revela um inquérito ali realizado ção das gerações em outros países, forçosamente há de
por volta de 1876, sob o encargo do professor George obter o mesmo efeito no Brasil (^).
Walton, segundo nò-lo refere Cliarles Ham, no seu
admirável livro Mind and Tlanã. Lá, também, o ensino

r--x'tí

Fis. 17 — Garrafa de Leydo

Já correm mundo, até, numerosos livros contendo


Fiu. lü — Banco ótico modelos de trabalhos a executar, coai a finalidade edu
cativa visada pela moderna pedagogia.
seguia as diretrizes viciadas de que nos quebramos E' de um desses livros, Woodivorlc on scientific
no nosso. Sem entrar nas minúcias desse inquérito lines for secondary schools, de Daily and Politt, que
bastar-se-á referir a conclusão a que chegou o pro reproduzo neste capítulo alguns exemplos, como su
fessor Walton, que assim diagnosticou o^mal: gestões (Figs. 15, 16 e 17).
«As nossas escolas estão sofrendo de congestão
cerebral.»
(1) A Conalituicào da Ilcpública estabelece boje quo o c^smo dos
Esta conclusão vale por uma verdadeira síntese trabalhos maauais é obrigatório nas escolas primárias, aeeuHííartas e a
do mal do ensino norte-americano, em 1876 que é
o mesmo mal do ensino brasileiro em 1929 '
A B S C O L A AT I V V E O S T K A B A L H O S M A N U A I S
CAPÍTULO vn

Reina um grande entusiasmo pelo novo ins


trumento pedagógico e neiihniii melhor serviço pode
ser prestado aos srs. professores, do que indicar-lhes
desde já como esse instrumento deve ser manejado e
(|uo realizações já conseguiu, entre nos. Tendo po
dido chegar a. algimias destas realizações, miimei-me
CAPÍTULO VII a trazer a minha contribuição.
Já me referi, pouco acima, a ohjeções o dú
Os trabalhos manuais no ensino vidas. \'ou tratar do uma delas, indo ao encontro
de português da suposição em que muitos se acham, de que nem
todas as matérias se prestam para a aplicação dos
Procuraaido dar a êste livrinho a feitura mais trabalhos manuais. Entre os exemplos, citam o do
útil 6 prática possível, deixei de obedecer na sua ensino de português.
organizaçao, a uma disposição formal, previamente Ora, há nm trabalho manual todo indicado, que,
estabelecida. Ponsso êie não é, nem pretende ser aliás, vai ao encontro do desejo de todo o pequeno
o que, aliás não se comportaria dentro das limita- que começa a poder escrever algimia coiisa em ordem:
lações obngadas do vol^e, nma exposição completa a feitura de um jornal, de uma revista. Quem ha
sobre trabalhos manuais. ^
Outro foi o meu intuito. Sentindo no momento verá, por aí, que não tenha feito disso, no colégio?
um vivo interesse, nos meios pedagógicos, sobre o Pois bem. Aproveitai esse centro de interesse e
assunto e ao mesmo tempo percebendo eme aindi fazei com que os alunos redijam, compoiiliam, re
não se finnou nitidamente, entre nós, mn conceito vejam e imprimam uma revistiiiha. Refleti bem sôbre
claro e preciso, bem orientado, da verdadeira fimíi quantos exercícios de sintaxe, de gramática, de es
dade dos trabalhos manuais, enveredei pelo caminho tética de expressão, de partição de sílabas, de eti
das demonstrações, expondo os resultados de tenta mologia etc.... não farão e com prazer, fora da obriga
tivas e experiências que tenho feito, ao mesmo temnn ção das lições formais, êsses pequenos jornalistas?
que procurando ir ao encontro a dúvidas o obieções E' cousa sabida que a classe dos compositores é
que me foram apresentadas. Assim sendo, está claro composta de operários em geral mais cultos do que os
a minha exposição tem de seguir ao sabor dessas das outras. E' cousa tmiibém sabida coino os reviso-
contingências, preferindo ser uma coletânea de exem ces se tornam familiares com as determinações e as
pios e de esclarecimentos de imediata utilidade pai-a
os srs. professores, a integrar-se num pequeno tratado inibições da boa linguagem escrita, líuita gente tem
rígido e formal, que talvez lhes seja menos útil no entrado para a profissão jornalística cpiasi analfabeta
momento.
e saído dela sabendo escrever senão literariamente,
ao menos com clareza e correçcão, qualidades que
estão longe de ser gerais, mesmo entre medicos, adviv
74 A ESCOLA AT I VA E OS TRABALHOS MANUAIS
CAPÍTULO vri 7Õ

gados O engenheiros. Desculpem a minha franqueza: não existe pois, na frase, o que identifica muitas
às vezes mesmo entre professores.
Alem disso, todo o bom trabalho manual, de bom palavras ou, mellior, o que as classifica, não é o
seu aspecto anatômico, mas a sua fimção. As catego
quilate, exige do seu manufatureiro o relatório da rias de palavras que só têm uma função sempre e
obra feita, mão só tecnicamente, como sob o ponto
de vista de sua finalidade e de sua utilidade. portanto uma única identidade gramatical, podem e
Pude realizar isto, também, na «Escola Sousa (levem ser aprendidas no estudo gramatical da ta-
xeonomia. Quando muito, neste caso, um estudo de
Aguiar ».
Quando o ensino de português estiver assim cor classificação de palavras soltas, sem o nome formal
relacionado com os trabalhos manuais, a língua por do miálise e fora do conjunto da fraseologia.
No meu fraco conceito, portanto, só uma análise
tuguesa não será mais essa esfinge tão difícil de
decifrar que ainda é hoje. é legítima, a análise sintática ou cUiáliso, muito
Há quem ache outras línguas ainda peores. Aqui simplesmente, com a qual se estudam a um tempo a
vai um caso ilustrativo. Fui muito amigo e admirador anatomia individual e as funções de relaçao das pala
desse formoso espírito que foi o sr. Gottschalck, côn vras, das quais, na maioria dos casos, a nominação
sul geral dos Estados Unidos, no Brasil, morto es- anatômica é conseqüência. Todavia, a insistência com
tupidamente a bordo de lun navio torpedeado por que se fazem os exercícios de análise, dá a impressão
ocasião da grande guerra. Pois bem. Várias vezes, de que ela seja considerada essencial, no estudo da
conversando comigo, ele mo repetia sempre: nossa língua. O êrro dessa insistência evidencia-se
— «Todos os dias eu dou graças a Deus por ter por si mesmo, se considerarmos que o que essencial
nascido em ten-a onde se fala inglês. mente se deve ensinar, aí, é a compor expressões de
— Porcfue, meu amigo? sentimentos c afirmações de fatos, de redizações,
— Porque não tive que estudar e aprender estii do movimentos. O essencial, aí, ò. habituar o es
língua danada!» tudante a submeter ao ritmo de imia expressão cor
Observemos um pouco como em geral se ensina reta, clara e compreensível, aquilo que (juer fazer
português. sentir ou compreender.
Em primeiro logar, a aplicação excessiva dos Ora a análise, antes de treinar a compor expres
exercícios de análise, dá a impressão de que se está sões próprias, insiste no contrário, no exame da com
a estudar uma língua morta e não um instnunento posição de expressões alheias. E que expressões, meu
vivo de expressão. E nesse erro de metodologia Deus do céu! Expressões fora do seu tempo, do seu
ainda se arranjou jeito de cometer-se um sub-êrro ambiente, da sua linguagem moeda corrente. Fazem-no
a discriminação diferencial muito insistente, de uma analisar Camões, o o Camões dos Lusíadas, frequen-
análise gramatical e uma análise lógica.
temenío impossível de ser analisado por principimites,
^Ora, na
dinâmica língua,
e não em sua
estática, essaúnica finalidade
diferencial que
quasi é
que do metro ora rude, ora frouxo, com locações e versos
inteiros de mn baiuüisnío rovulsivo, com erros o im-
propriedades, semeados de rimas ajeitadas a martelo
CAPÍTULO VII 77
7 6 A ESCOLA AT I VA V. OS TRABALHOS MA.N'UAIS

O a fomião, obscuros, às vezes, até serem incompre d e c e r t o s l i v r o s a l i á s a d o t a d o s o f i c i a l m e n t e . Tu d o


ensíveis. E por sobre tudo isto, falando num tom dis falso, artificial, insincero. Dei grau zero a todos e
tante do ambiente sociológico, moral, psicológico o todos protestaram. Aceitei os protestos propus-lhes
mental do estudante, do estudante, notem l)em, (jue uma desforra fácil. Que descrevessem luna cousa
começa a aprender a falar e escrever corretamente mais simples, muito concreta, ao alcance de seus
a língua portuguesa, conforme a definição da gra sentidos e de sua observação, a nossa sala de aula.
mática. Nada ôle encontra, aí. das expressões do Foi outro desastre. Uns siiprimiraíu janelas, outros
seu meio, do seu ambiente, da sua atualidade, do a porta de entrada, muitos, o professor, alguns, ainda,
modo que, se saisse, da análise dos Lusíadas, ma- não tiveram com que encher três linhas alargadas
nejador acabado da arte de escrever, faria as suas como iiiiiias de raza a pagar, por conta das outras.
cartas, as suas comimicações, as suas composições Mas, preciso não demorar minlias explicações
literárias, numa linguagem rançosa tjue ninguém com ao camoneanisino furioso que ainda reina entre nós.
preenderia. Esse resultado, felizmente, lhe é poupado, Fiquei muito tempo sem ler os Lusíadas, de tal modo
porque a análise, por si só, sobretudo com essa mo fez odiá-los a crueldade fria com que o padre
dosagem exagerada, não ensina ninguém a escrever. Manuel Gonçalves Guimarães nos obrigou, no Co
Mas o estudante perde o seu tempo ou quasi légio Viana, a analisá-los, estrofe a estrofe, verso
isso, pois nem consegue escrever à Camões, o que a verso, desarticulando as poucas belezas que há
seria uma calamidade, no século em que vivemos nesse poema. E teria rompido relações com o pró
nem também é capaz de escrever uma simples no prio Camões integral, se não me fosse dado ler, mais
tícia de polícia. Eu já fiz a prova com alunos do tarde, os seus lindos sonetos e idílios, versos imor
2.° ano do Colégio Pedro II. Tendo-lhes dado ponto tais que o farão por todo o sempre lido com delícia,
livre para composição, eis aí os assuntos: pôr do encanto o agrado, a-pesar dos Lusíadas. E' que Ca
sol, anxor da patiia, axiio) vi/aíGmo, xou-a xioits d& mões, um poeta lírico, quis ser uni épico.
luar, etc... Eles já estão viciados nesses temas, de Mas que pense cada um como quiser sobre o
uma certa subjetividade para crianças e que' até
na escola primária insistem em propor aos alunos poema épico. O cjue, porém, ninguém mais tem di
reito, é de achar de boa didática, ensinar português
pois ainda em 1914, ouvi de uma roda de meninas do pelo método contiuidente da análise de suas estro
curso médio da Escola Benjamin Constant, que na fes para meninos e meninas, que estão se iniciando
quele dia tiiihcun feito uma composição cujo tema 110 manejo correto de unia língua atual, destinada a
dado pela professora, fora só este, só isto: c<lJnia
esperança perdida!». expriuiir sentimentos, pontos de vista, psicoses atuais.
Pois os meus pequenos tratanmr seus assuntos Esse estudo dos Lxtsíadas está deslocado, luitepos-
como era de prever, fazendo cada qual um aneú (.0, quando o seu legar só deve ser onde se iniciarem
de Iracema, Guarani, com outras leituras pernósticas estudos especializados, mais avançados, nem mesmo
da língua em ai, mas da literatura portuguesa.
78 A ESCOLA AT I VA E OS TRABALHOS MANUAIS
CAPITULO VI n 79

Podemos concluir de tudo isto, que nâo se sabe


escrever, geralmente, no Brasil, porque nào se sabe
ensinar português. Eu teria ainda muilo que citar
como, por exemplo, imporem-se descrições de uin
passeio à Tijiica, sem se saber se todos os alunos
da classe já lá foram... Não importa! Que inventem!
Que imaginem! Que idealizem! CAPÍTULO VIII
Ora aqui está, toda a história, toda a síiifese,
toda a explicação, do erro essencial da nossa mal
formação mental, psicológica, moral e também, até, Um método grafo-estático (^)
econômica e financeira. Que inventem, que imaginem^
que idealizem! — diz a Escola Secimdária aos estu Quando diretor da «Escola Profissional Sousa
dantes que vão formar as nossas elites dirigentes Aguiar», tive, certa vez, por motivos que não vêm
E daí nos têm vindo os estadistas, os econo ao caso mencionar, ocasião de tomar conta do en
mistas, os financistas qne inventam fatos, que idea sino de português.
lizam fórmulas, que imagimun soluções, que fantas- Levado pelas conclusões e impressões que ti
magorizam números, pondo num carnaval farando- nha do ensino dessa matéria, procurei achar um
l^co as expressões da nossa economia e da nossa meio rápido de iniciar os alunos na compreensão, a
finança. E o honor, c a repulsão, ó o negativismo nm tempo, da anatomia e da fisiologia das pa
formal o absoluto, i\ sisudez segura e sóbria das lavras.
realidades. O que eu queria principalmente, era jJoupar-lhes
E", finalmente, a negação da prática da EscoIt o longo tempo de inércia imposta á sua iniciativa,
Ativa, fundada nas realidades. sua atividade, para a aprendizagem das defini
ções e classificações das palavras, como elementos
so os e eshgados da exiDressâo de seus sentimentos
0 pensamentos.
Ainda uma analogia levava-me a essa tentativa.
1 -itopologia do b, a, ha, no ensino da
+ ' ^ Palavração,
scntenciaçao, sona talvezseguida, depois, opela
possível subsfitiiir en
sino formal da gramatica, como estudo separado

<lá direção, do movimento e da. reprcdenlaçuo gráfica, a um tempo,


i ' n. D realincute com;«)Uo de forcas cm ativi-
^ tnnis
e x p r clara
e s s ã oe mais
t l o . s Imrmomco
p c u s a m e quo
o t o s elas
e sdevem compor
oatime ntos.
RO , V E S C O L A AT I VA E O S T U A B A L H O S M A N U A I S CAPÍTULO VIII 81

de cada uma das categorias gramaticais isoladamen força de qualificação, donde o surto do advérbio que
te, cogitando-se só muito depois, das suas correla pode ser reforçado ou atenuado por outro advérbio.
ções de função, no discurso, as relações sintálir.as. Mais duas figuras foram acrescidas ao gráfi
Pretendia obter, uma vez conhecida uma categoria co, tendo cada uma o assinalamonto da abrevia
gramatical, que os alunos aprendessem, ao mesmo tura Adv. e pastas e ligadas de tal forma que
tempo, o seu funcionamento na máquina do período. essas relações ficassem evidentes pela direção das
Era ainda uma modalidade da Escola Ativa, e linhas seteadas.
foi tentando realizar uma aplicação da Escola Ativa, Diante do substantivo devidamente vestido, pas
((uo imaginei uma forma concreta, capaz de fazer sei a considerar que, na vida de relação, êle pre
sentir concvelamenle o idioma em ação. cisa de outro elemento que lhe exprima estado ou
Para êsse fim, lembrei-me, então, da grafo-es- ação, donde o siuto do verbo, que pode ser modi
tática, dêsse desenho do movimento, graças às di ficado por um advérbio, por sua vez modificável por
reções das linhas seteadas. Darei aqui uma expli outro advérbio. Novas linhas com setas expressi
cação sumária do processo. vas das correlações e dependências. Ai temos o
Comecei fazendo ver aos alunos, ora a um, ora sujeito e o verbo com os seus niodificadores.
a outro, qne o substantivo era a única palavra Acontece, porém, que o substantivo tem que
independente, capaz de subsistir por si só. usar, às vezes, de uma espécie de 'promrador, o
E risquei no quadro negro, uma figura rpial- pronome e aí temos, na figura do substantivo, um
qner, assinalada por um S. pequeno P para indicar os casos da procuração.
Assim, porém, era como um cavalheiro despido, Isto justificou o traçado de uma outra figura ligada
sem cores distintivas, nem outras caraterísticas que convenientemente à que representava o substantivo.
o individualizassem. Para exprimir um pensamento, às vezes basta isso,
Ora, essa espécie de substantivo não chegava quando o verbo se basta a si próprio para cumprir
para as nossas necessidades de individualização. Mos as ordens do substantivo sujeito ou do seu procurador,
trei, então, como a sua situação, as cores e demais o iironome. E' o caso do verbo de predicação com
qualidades caraterísticas. eram necessárias, tal como pleta.
as vestimentas dèsse homem gramaticalmente nu. Outras vezes, porém, o verbo precisa de comple
Daí, fiz surgir necessariamente o adjetivo, que tai a sua predicação o êsse complemento se faz com
outro substantivo ou pronome, arniaiido-se aí, do
passou ao quadro negro sob a forma de outra fi novo, o conjunto já armado, do outro lado. A seta
gura assinalada pela abreviatura Adj., ligada à que indica essa nova relação; nos casos de objeto di
representa o substantivo por uma linha soteada, de
sorte a indicar a ação daquele sobre este. reto, em hnha reta, do verbo ao complemento, mas,
nos casos de objeto indireto, essa linha faz lun an
Depois, fiz sentir que, quando qualificativo, o
gulo para uma estação intermediária, a preposição,
adjetivo pode ser aumentado ou diminuído, na sua de ondo segue para o objeto.
Ii C'. <].t — A R.icoUi Atitu c os Trohallio.i Manuais.
I

CAPITULO VIII 83
82 A ESCOLA AT I VA E OS TRABALHOS A Í A N TA I S

sas provas eu tinha a certeza de haver atingido o


Mas a expressão perfeita dos nossos pensamentos
meu objetivo.
não pode ficar completa, às vezes, com mna só
E os pequenos gostavam, desenhando com prazer
oração. São precisas outras para a completarem,
no período. E' preciso, então, montar outra máquina máquinas o outras figuras —, pois apreiidiiun de.senho
— que provavam uma assimilação rápida de noções
semelhante, que se ligará à primeira por uma con
junção que no gráfico está representada por vim que só com dois ou tres anos conseguimos aprender e
sinal mais. ainda assim uni pouco esloiiteados pelas radicais e
Esse sinal mais pode ser subordinativo ou co- rancorosas divergências de classificação e nomen
ordenativo ou, ainda, uma simples vírgula. clatura sintática, que reinam entre os gramáticos.
Em síntese, eni conjun Não lhes guardei, de 1917, uma prova.
to, eis aí, sob a fonna gra- Renovei a experiência em 1927, co n uma turma
fo-estática, o que há do fun suplementar do 1.° ano do Pedro II. Os pequenos
damental e essencial na téc gostaram também e aprenderam, com o prazer de toda
nica da boa linguagem. a criança a quem a gente
Os adjuntos predicatives
permite o prazer de rabis PORTUGUÊS
e outros acidentes não men car bonecos.
cionados, podem ser definidos Os seus bonecos estão
e quasi reduzidos, por afini
dade mais ou menos certos, em
[ mm dade e sei similitude
mi de fimções,
bora mais imperfeitos do
às funções adjetivas (Figu-
que os da Sousa Aguiar
© Eu não sei o que isso porque não há, pratica-
vale como metodologia teó mente, não há ensino de \ s
rica. O que sei é que os meus desenho nos nossos cur- ~
(raw SOS secundários, onde a
pequenos da Sousa Aguiar a-
Pig, 18 — Giíiíico para o
prenderam a escrever com es matéria é depreciada, tanto
ensiao do portugiiôs
ses bonecos. assim, que_ Onrofe;;<anr
-t ICaSOr leS-voe i'le- .If a—aotar-sc
ituagmoso; exercício dc aluiio
o siniil + ua
Procurei tirar a contraprova dos resultados, o )jeCrJV0 liao leni o ílir/^ifr» ILolia iafcrlor. dcuotanUo ligação com
exercitei-os, ora fazendo-os substituírem as figuras ao título nem aos ven a oração segaiote
do meu gráfico por palavras adequadas, compondo sigiiificati™
orações o períodos, ora fazendo-os desenharem grá
ficos equivalentes do meu, mas com desenhos seus. Desta vez guardei-os e vou mostrar dois deles
Muito foram os que me trouxeram o gráfico aqui para exemplo (Figuras 19 e 20).
em desenho figurado, no qual a fisiologia sintá ^ ra,a."isso tudo não há, emnosuma, outra novidade
tica ern iâo analogicamente representada, que por es- senão da forma porque, fundo, o intuito óo
84 A ESCOLA AT I VA F. OS TRAIUI.TIOS MANUAIS CAPITULO IX 8ó

mesmo que preside a (oda a metodologia moderna,


a da Escola Ativa.
A própria divisão, aliás, da Taxeonoinia, aca-
))ará por se modificar imi pouco, no critério adotado
para sua classificação.
PORTUGUÊS Com efeito, a primeira
CAPÍTULO IX
grande divisão das palavras,
destaca-as cm dois grupos;
variáveis e invariáveis, se Os trabalhos manuais no ensino
gundo imi critério fisiologica- de ofícios
mente pouco expressivo, pois
depende do fenômeno da fle- Já por demais se tem insistido em afirmar ha
xão ou da inflexão.
Não terminarei este ca ver uma diferença levada ao ponto de incompatibi-
pítulo sem citar o exemplo dades reciprocamente cxcludeiites, entre trabalhos ma
de uma classificação muito nuais e Ensino Profissional ou, para melhor me ex
mais racional, mais expres primir, ensino de ofícios.
siva, mais fisiologicamente Essa diferença, é bom dizer, não tem esse ca-
definidora, que encontrei em ráler tão exagerado, sobretudo quando se pretende
«Ias ro'laçõo.-í smtíiticas. dada uma graiuática iuglesa. que sejam incoinpalíveis uns e o outro.
por outro aluno -n • i ° Esse modo de ver surgiu, sem dúvida, do precou-
r.i-la, com uma pequena
modificação que me pareceu de bom aviso fazer-lhe: considerado o ensino profis
sional de ofícios. O proconceilü, entre nós, oferece
Palavras 7iominalivas: Substantivo e Pronome maior resistência às demonstrações em contrário, exa
Palavras moãificativas: Adjetivo o Advérbio tamente por ^causa do modo como se processou a
Palavra executiva: Verbo nossa oimaçao mental. Nós ainda nos conservamos,
Palavras coneclivas: Conjunção e Preposição mau graüo, mesmo, todos os esforços que, com toda
Extra: Interjeição.
Só esta divisão representa, para o discente, um ' A o 1i d^afpmos
d e d empregado
a s « s e l o para
a r t emudar,
s l i b eem
r a ima-
s».
considerável avanço na aprendizagem daquilo que
eu peço permissão para chamar de... granmtica. fi afirmaçÕcs que fazemos de de-
siológica... {^). nninírn Vln iiecessidade do preparo eco-
(nm TTnio pelo oiisino de ofícios, represen-
(l) Vicie Apfiodico, à pág, 140. rniP Iimn rnn!^* desesperado da vontade do
%n P
nsirniAa; mata,Queremos,
g ca e moral. no fundo da nossa
sem forma-
dúvida, que

A
CAPÍTULO tX 87

86 A ESCOLA AT I VA E OS TRABALilüS MANUAIS

da quasi desnecessidade de uma cultura mental menos


se (lifunda o ensino de ofícios, afirmamos e rea rudimentar para os alunos das escolas profissionais,
firmamos, a lodo momonlo, que a grandeza econômica a distância é pequena. O preconceito estava, mesmo,
do Brasil depende da formação técnica profissional incluído no próprio regulamento de uma das nossas
do povo, mas quando assim o fazemos, aninhamos no grandes escolas profissionais que, no artigo em que
espirito, um preconcebido, uma ressah'a, a do que discrimina os seus fins, diz que ela se destina ao
esse adestramento lécnico-profissional deve ser para ensino de ofícios a meninos pobres c filhos de ope
uma «certa parle» do povo, diferente de uma «outra rários...
parte» cuja formação deve ser feita por lun riüno Visitando, há cêrca de dez anos, uma escola
diverso.
A causa do fenômeno está bem assinalada na profissional, aliás excelente, tive a surpresa de sa
ber que lá não se ensinava português, porque «ope
figura 3 que se vê no primeiro capítulo dêste li- rário não precisa saber português».
vrinho. Formadas as dites dirigentes, abaixo das
quais jaz uma massa de semianalfabetos e a se Aquele artigo de regulamento, ao que se verifica,
admitia uma educação diferente, destinada aos me
guir outra, íormidavelmente maior, de analfabetos
de todo, dentro do ritmo representado naquele grá ninos ricos e que não fossem filhos de operários. E'
fico, elas resultaram manipuladas somente para as um artigo de regulamento, dirão, mas a instituição
tarefas da Idealização. pode contudo isso ser excelente. Não o nego. En
Verificada que foi, pela demonstração contim- tretanto, o espírito inspirador desse artigo carateriza
deiilo das realidades econômicas, a deficiência dessa bem que ainda permanece, no fundo da nossa menta
formação, passamos a clamar por uma educação mais lidade, o preconceito da separação de classes, na
prática. Assim pensando, porém, essas mesmas di democracia.
tes ou, pelo menos, a sua maioria predominante, res Esta situação não é nova nem dela temos pri
salvam, inconcientemcnte, a contvavio sensu de suas vilégio, como resultante de um érro de educação. Ela
próprias afirmações, que essa educação feita com a foi sentida e devidamente apreciada, não há um
exigência do duro trato das ferramentas, só deve con século, nos Estados Unidos, na conclusão a quo che
vir para o povo, considerando sob essa denominarão
gou o professor Georges Walton, no inquérito quo
aquelas duas massas de semianalfabetos o analfa teve ocasião de fazer, conclusão que já citei e que
betos do todo, que constituem 9ü o/o da (jens na
cional. Aos membros dessas elites o para o.s seus fi aqui repito.
«As nossas escolas estão sofrendo de congestão
lhos, repugna ainda a possibilidade da oficina entrar cerebral.»
no esquema educativo.
Reservam-se, assim, essas elites, tacitíunente as Melhor compreendido e diagnosticado foi o fe
tarefas diretivas e mentais. ' nômeno, há mais de um século, por John Ruskin
Quanto às tarefas materiais, ficariam para os quando, ao examinar a Inglaterra social do seu tem
outros, para o povo. Daí a chegar-se ao conceito po, assim formulou as suas conclusões nmn formi-
88 A E S C O L A AT I VA E O S T R A B A L H O S M A N U A I S capítulo ia 89

dável postulado que abrange todo o yrohlema {social, sões, vendo, assim, apenas, o hábito externo da ques
em todas as suas projeções: tão. A prova é que ela ainda não foi posta em exe
«Nós estamos nos esforçando, nos presentes dias, cução, embora concorra, por seu lado, um pouco,
em separar o trabalho intelectual do trabalho manual. para a dificuldade executiva, a sua letra demasiada
Queremos que um homem esteja sempre só pensando mente restritiva. Diante dessa paisagem psicológica
e que o outro esteja só trabalhando materialmente. e uma vez aceita a utilidade, a vantagem, a necessi
Aquele chamamos um «cavalheiro» e a êste um dade dos trabalhos manuais, desde logo se estabele
«operário». No entanto, o operário devia estar tam ceu a diferença entre trabalhos manuais e ensino de
bém pensando e o cavalheiro também trabalhando. E ofícios.
ambos seriam «cavalheiros» no melhor sentido. Por E porque?
falta disto, é que a Humanidade se compõe de pensa Os trabalhos manuais eram uma tarefa limitada
dores mórbidos e trabalhadores miseráveis.» a exercícios referentes às matérias aprendidas em
De um modo geral, de resto, pode-se dizer que classe. Do ensino de ofícios a concepção devia ser
ainda é esta a causa última do conflito social, mesmo lotalmente outra. Sendo o ensino de ofícios propi
na atualidade corrente. Ora, no que toca a proces nado para formar operários, o conceito que dele
sos de fonnação educativa, a Inglaterra o os Estados têm os que estabelecem tão nítida e quasi antagô
Unidos evoluiram, padronando-se dentro de uma fór nica diferenciação, é o de uma oficina industrial,
mula de que ú uma síntese gráfica expressiva, a em quo os alunos são aprendizes auxiliando o tra
figura 4 do primeiro capítulo deste livro. balho dos operários já feitos, ocupados no acaba
Nada mais razoável, portanto, do que esperar mento dos trabalhos industriais e assim, a pouco e
que soframos o benefício de uma evolução semelhante
tanto mais quanto Já são patentes os sintomas de' pouco, assenhoreaiido-sc dos segredos e práticas dos
ofícios escolhidos.
que ela já começou a processar-se.
Entre outras provas, vem a pêlo citiir a última E' o conceito mediavel do ensino profissional,
refonna do ensino levada a efeito na Capital da contemporâneo da época dos contratos de aprendiza
Piepública, pelo professor Fernando Azevedo. gem. Mas esse conceito não pode subsistir, depois
Outro esforço no mesmo sentido, foi também a dos progressos da indústria, sobretudo no campo da
lei Fidelis Reis, pela qual tão denodadamente se mecanização. Operações feitas manualmente, tornan
bateu o esforçado representante mineiro, que lhe do indispensável anos e anos de aprendizagem pelo
deu o nome, durante a travessia difícil dos de processo empírico da adaptação imilativa, passaram
bates parlamentares. Essa lei, todavia, não renre* a ser executadas por máquinas, com muito mais ra-
senta ainda um sincero pensamento das nossas difp.^ jiidez do que pelo esforço do trabalho manual.
às quais amda repugna aceitar que um advogado um Declarou-so a crise que desfecharia na miséria
engenhei
ferramentrao,sim
demédi co,para
precio
sem
êxitodedesaber
suasniprof
aAer- dessp grandes coletividades vencidas, na concor
oficina, e rência, pela máquina, se não se tivessem empreendido
esforços para debelar a catástrofe. E aquilo que se
CAPÍTULO IX 01
ÜO A E S C O L A AT I VA E O S T R A B A L H O S M A N U A I S

prenunciou como um desastre resultou num bem, por aprendiz, ao ponto de ser glosada pela ironia da
que o opersirio teve de aumentar a sua cultura inte musa popular francesa. Mas ao aprendiz de boa von
lectual o científica para dominar a máquina, em vez tade, cabia ainda um esforço maior. E' que aquilo
de ser vencido por ela. Para isso foi preciso abando que hoje são processos manuais vulgarmente conhe
nar os departamentos estreitos o limitados pelas pe cidos, constituía, para o operário feito, o que ficou
quenas tarefas de especializaçcão e propinar aos fu depois consagrado com o nome de «segredos do
turos operários um conjunto de conhecimentos com ofício ».

que pudessem abranger o conjunto de pequenos ofí Eram certos e determinados jeitos maneiros de
cios e operações que constituem o todo de grandes executar certas operações, que se escondiam aos lei
indústrias. gos e só a muito custo se transigia em transmitir aos
O operário precisou, assim, de se transformar aprendizes, como uma alta e relevante prova de con
num técnico. Foi dessa emergência que nasceu o sideração o estima. Esses segredos de ofício foram
ensino profissional, estudado tão completamente na uma das bases mais consideráveis das célebres cor
obra de Asüer et Cuminal, L'cnseignement profcs- porações de ofícios e concorreram até mesmo, em
aionnel. Foi essa uma das mais importantes revo grande parte, para a formação da maçonaria ein suas
luções realizadas no mundo econômico c industrial. origens. O cabalismo dos segredos da grande insti-
Ela devia interessar, como interessou, no ter íuição teve como primeira origem modesta os «segre
reno educativo. Com efeito, até então, o que se dos do ofício» das corporações de operários da Idade
poderia chamar de ensino profissional, era feito ao l\Iédia. Foi preciso, pois, que se submetessem as
sabor do trabalho das oficinas, sem unia ordem
de seriação. Os contratos de aprendizagem, embora operações de cada ofício a um regime de seriação
deixassem ao cuidado dos mestres o adestramento dos didática, único caminho pelo qual a aprendizagem
de ofícios pôde chegar a ser, realmente, ensino de
aprendizes num determinado ofício, não lhes con ofícios, no sentido pedagógico que esta expressão
feriam, nem isso era possível, qualidades de pro não pode deixar de ter.
fessor. O aprendiz entrava como uma espécie de ser
vente, começando pelas tarefas mínimas, até ir pouco Antes de prosseguir, deteniiámo-nos um momento
a pouco, lentamente, numa lentidão que se esten para verificar que o nosso conceito médio do en
dia por anos a fio, conhecendo as várias operações sino profissional ainda o compreende um pouco,
do seu ofício. Essa conquista, em geral, era mais como aquele mestre longínquo, cioso de seus se
um produto do esfôrço espontâneo do aprendiz do gredos de ofício e aquele apagado aprendiz, es
que mesmo de qualquer processo didático do mes forçando-se em descobri-los e assenhorear-se deles,
tre, incapaz de tê-lo, por si, e ao mesmo tempo dentro do uma oficina medieval em trabalho ativo
impedido disso, pelas contas que tinha do dar das para satifazer as encomendas. Daí, muito natural
encomendas recebidas. mente, o que ainda muito pensamos sobre o que
Tornou-se clássica, até, a situação lamentável do seja ensino profissional, considerado como preparo
para engrossar aquele grupo, de que nos fala Ruskin,
92 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS CAPITULO IX 9Í;

sioiial senão o daquele pobre aprendiz semi-escra-


?n
° ^ f«cinpre
bnmn M traballiando,
pensando enquau-
, islo vizado a um mestre de oficina medieval, assenho-
reando-se penosamente, com esforço ingente de adap
dkvtlnSrt^fglals^fP/"-'"? 'T'" tação imitativa, dos segredos do ofício de que de
uas* • • ■" '»■'»"
v i a v i v e r.
No entanto, o ensino profissional, para ficar à
Vários fatores concorrem para a resistência dêsse altura do ensino de ofícios, devia recorrer forçosa
conceito, aynltando, entre êles, a etcravmo e i mente ao método, ao estabelecimento de uma di
forraacao da nossa nacionalidade, como enfade po^ dática, à semelhança do que so faz para ensinar o quo
quer que seja. £sse esforço de didatização ainda não
Inilho^^^raíISaí^orefeitos dêsse" fat"'?
' °'
agravados pela Abolição que, feita do chòfre"'"u"
foi deliberadamente empreendido entre nós, de um
modo geral. Para se verificar isso, basta ler os pro
gramas, de ensino de ofícios das escolas profissio
büUandor"'"' '^'S-ficar o tLbalho reha- nais do país, onde é quasi geral a ausência de qual
quer espírito de série pedagógica, de seqüência di
, p segundo feitor, vamos encontrá-lo no aciden- dática.
Ó^Brltrem^fi
o lirasil, em 1808. O príncipe ulcava ontnn A única cousa existente, na matéria, com o
completamente, o remo do Portugal'o trouxe para caráter de realização sistemática, é a Biblioteca do
.iqiu a intenção de reconstituir no Brasil a sua gran Instrução Profissional, composta de manuais de ofí
deza leal, jugada por todo o sempre aniquilada cios e compêndios de matemática e de desenho,
sob a investida de Napoleão. Mas o Brasil colônia lamentavelmente mal preparados. Não basta que se
nao podia ainda oferecer ao príncipe o ambiente aiie escreva um Jllamial do MarceneirOi por exemplo, com
convmha para sede de um reino. A vista disso uma série de conselhos e receitas para o trabalho da
U. João VI entrou a tomar uma série de medidas marcenaria. O que o ensino de ofícios exige e so
que desde logo improvisassem esse ambiente. As ins torna necessário, são livros em que tal ensino seja
tituiçoes de ensino ressentiram-sc dessa precipita exposto didaticamente, em lições seriadas e gradua
çao e a Colonia que mal começava a aprender i
ler e escrever, foi logo dotada de institutos de das, tal como acontece com os demais livros di
dáticos de quaisquer outras matérias. E' isso o que
sino superior, enquanto o ensino primado ff.
quasi exclusivamente, a cargo dos «meS n
a vmtem por lição e dos clérigos nn!/ P^^os»
já esta realizado em língua inglesa, alemã e até
francesa, notadameiite nos Estados Unidos onde essa
Igrejas. ^acnstia das espécie de livros didáticos superabimda.
Ora, com esta espécie de formar-in _ V^nios investigar, agora, como se deu essa tran
denamos conceber outra espéci^de P^" sição dos processos empíricos da adaptação imitativa
<ínsino profis- jiara os processos racionais da boa pedagogia.
CAPITULO IX 95
91 A E S C O L A AT I VA E O S T R A B A L H O S M A N I ' A I S

Foi pelos trabalhos inaiiuais que se ie'z. essa exemplificar; dava-se a executar, digamos, uma jmi-
ção de nialhete, tão somente, sem se a aplicar ã
evolução. Nascidos na escola, como necessidade de
melhorar a eficiência prática do ensino, os trabalhos construção de um móvel acaiiado. Era seco demais
e de todo desinteressante para o discente que não
manuais, sendo, na sua parte material, o manejo e
o afeiçoamento de certas matérias primas, o que podia ler, patente, a utilidade de dois pedaços de
obrigava ao manejo do ferramentas e máquinas da madeira ligados por dois bordos recortados em den-
oficina e á aplicação dos processos c práticas dos ladura.

ofícios, nao podiam subordinar-se ao empirisrno vi Coube ao Dr. Otto Salomon, criador e diretor,
gente no ensino das operações dos ofícios. já há alguns anos falecido, do célebre instituto de
Teria de empatar-se, em tal tarefa, um tempo tão ensino do trabalhos manuais conhecido pelo nome de
grande, que bastaria piuu desestimuiar a tentativa. Seminário do Naãs, na Suécia, onde tantos estran
Foi preciso, então, submeter os chamados ofícios a geiros, entre os quais alguns brasileiros, têm ido es
uma análise de que resultassein o destaque das ope tudar, resolver racionalmente o problema (fig. 21).
rações fundamentais a que cada um se reduzisse e as Com efeito, tomando a madeira como matéria
formas paradigmáticas que, uma voz construídas, des
sem ao discente capacidade para a execução do todas )u'ima preferida, o seu curso
as demais formas delas derivadas.
do trabalhos maimais, organi
zou uma série do exercícios
O ofício, graças a isso, deixou de ser aquilo
progressivos não só om relação
que so considera correntemente, sob o ponto de vista as op^craçoes técnicas, como em
operário, mas um conjunto relativamente pequeno de
formas fundamentais a construir progressivamente relação ao emprego progressivo
com o manejo das. ferramentas necessárias, de cuio das ferramentas, cada um de
uso e recursos fica, assim, senhor, o aprendiz Isto les, porém, indo rematar-se no
feito, êle estará apto o capaz de empreender'an-il acabarnento de um objeto útil,
quer construção, dependendo a forma simnlesnT^^m^ de aplicação corrente.
do desenho que servir de plano á obra De tal modo êle soube ana
forços foram empregados cm busca desV-i lisar as operações que cons
gia, citando-se entre eles os do Dr Vicfnr'n^i tituem o tiabalho da madeira e fí^. 21 — or. otto Salomon
diretor do Instituto Técnico de o emprego das diversas ferra
e do professor Eddy, nos Estados Unídn' mentas usadas nesse trabalho, que quem tiver rea
Tais métodos, porém, tinham o tnL lizado toda a série com êxito, está capaz de executar
de 80 preocuparem apenas com a ^"^^^^^enioníe
técnica do trabalho. Ensinavam -mpn. Propriamente qualquer obra em madeira. Foi esse o primeiro passo
ferramentas aplicadas à coníecflo a' ° das considerável dado no caminho da didatização dos
a
thlesdeobras,sem-a
«
''bamenó
t deconn
fno
t ofícios, ao passo sem o qual não teria sido possível
um ensino profissional digno dêsse nome.
capItulo X 97
9G A ESCOLA AT J VA K OS THABALHOS NtANI-'AIS

E' porisso que julgo do meu dever ilustrar èsie


capítulo com o retraio do Dr. Otto Salomon, como
justa homenagem ao grande educador sueco, gran
de pioneiro dos trabalhos manuais, e que foi t)
primeiro a formular uma solução racional para a
didatização do ensino de ofícios.
O seu exemplo frutificou, as suas normas foram CAPÍTULO X
empregadas em outros ofícios, de modo que já há
hoje uma formidável literatura técnica composta de
manuais para o ensino de ofícios, em forma rigorosa Experiências e resultados na
mente didática. A necessidade do estudo analítico Escola Sousa Aguiar
dos ofícios é hoje reconhecida como uma cousa in
dispensável, correntemente.
E tanto isso é assim, que, quando a convite da Embora convencido, de leitura, de tudo quanto
P r e f e i t u r a , o S r. C h a r l e s B e n n e t t , d i r e t o r d o i n s afirmei no capítulo anterior, meu espírito não so
tituto Bradley, de Peoria Illinois, organizou ura plano atreveria a trazer a público as opiniões aí exaradas,
se não as tivesse obtido por conclusões, das experiên
para a instalação e o funcionamento da Escola Wen-
ceslau Braz, incluiu, no curso para professores do cias que fiz, no cargo de diretor da Escola Profis
ensino profissional, uma cadeira com o nome: Trade sional Sousa Aguiar, do Rio de Janeiro, cargo que
jínahjsis, isto é, Análise dos Oficias. ocupei durante cerca de sele anos, consecutivamcnlo.
Foi do esforço pedagógico dos trabalhos manuais Nomeado para ôle, à revelia de qualquer solici-
que resultou a possibilidade de didatizar o ensino lação minha, em 1912, meu primeiro gesto, depois
profissional. Não há, pois, ensino profissional pos de alguns dias do exercício do cargo, foi solicitar par
sível, fora da metodologia dos trabalhos manuais ticularmente do atual major reformado Grogório da
Fonseca, então secretário do prefeito Bento Ribeiro, a
minha transferência para outro cargo. Não me sentia
absolutamente capaz nem apto para o exercício da
função. Nunca tinha entrado numa oficina, nunca
tinha manejado qualquer ferramenta de operário. Tudo
iilí era para mim desconhecido.
Um incidente que não me envergonho de re
ferir, dá bem a idéia do meu estado de inaptidào
para o exercício do cargo. Havia, pendurado de um
prego, na oficina de trabalhar madeira, da Escola
um aparelho que se compunha de um grosso" disco
7 Cl. »la Fonseca — A Eícoh Afira r ou Tr.ihalhosi
í)8 A I I S C O L A AT I VA l ' . O S T U A I J A l - n O S M A N U A I S rAPl'IT'I.O X n n

com cinco furos simétricos, preso a um cabo tor Compreendendo bem que éles não podiam pen
neado. Convencido que eslava, preliminarmente, de sar de outro modo, ponderei-lhes entretanto que se
que t.i\ essoin sido íibolidos todos os castigo.s corpo a sua força moral precisava, perante os seus alunos,
rais das nossas escolas, a única idéia que não me do apoio físico do castigo corporal, ela não existia.
ocorreu foi a do aquele objeto pudesse ser uma Como essa gcnle era boa e bem intencionada,
palmatória. De\ ia ser algum instrumento de ensino o fato é que ficou abolido dali em diante, na Escola
profissional e, sem coragem para confessar a mi Sousa Aguiar, o castigo corporal, sem que qualquer
nha ignorância perante os mestres, não procui-ei in mestre tivesse sofrido o mais leve desrespeito por
dagar para que sorvia aquele objeto... jiarte dos alunos.
Procurei, então dar-lhe arbitrariamente uma fun Ora, na contingência do dirigir uma escola de
ção, como aparelho de ensino profissional. Não sei artes e ofícios, num tal estado de ingenuidade, que
ainda porque, firmei convicção de que aquilo de cliegava a presumir um aparelho de empalhação numa
via ser para ensinar einpalhação. Dêste pressuposto simples palmatória, eu só podia ter o gesto" que tive.
veio tirar-me a visita da mãe de nm aluno. Vinha Dele me demoveu Gregório da Fonseca, recomen-
externar-me a sua completa satisfação com a es dando-mo que voltasse ao meu cargo o procurasse rea
cola, por tudo, até pela boa educação moral, pois oue lizar o esforço necessário para bem desempenhá-lo.
quando os meninos não so portavam bom' nas ofi Foi pois assoberbado pela sensação de uma res
cinas, os mestres «chegavam-lhos» com a n-ilimtn' ponsabilidade cia qual eu não sabia bem como me de
ria Por ela não tinha ra.ão de cjueixa, tpfàúS f o sempenhar, que meti ombros à tarefa. Fírlo, porém
com todas as cautelas de quem, lendo de trilhar
sistema, estava plenamente satisfeita...
Como se vc, o tal aparelho de empalhação era uin caminho desconhecido, não arrisca um passo sem
mesmo aquilo exatamente que eu pensíiva que não o cuidado de verificar se o pé assenta em cheio ou
fosse: uma palmatória. Disse, então, a ess-i mãe em falso. Numa palavra, comecei a esforçar-me ten
satisfeita, que a minha satisfação não era ahsotuta do-me constantemente em guarda contra a minha
mente iguat a dela. Que, muito ao contrário, não es própria incompetência.
tava nada satisfeito... Fiz questão de narrar êstes fatos para poder
Ato contínuo, fiz reunir os cm-n/ML. i chegar a uma última conclusão digna de nota, por
discente c mandei queimar em solene aufn'^T r'' que prova as desvantagens que há em se basear al
o aparelho ãe empalhação, recomendanrfn guém numa preliminar de competência, mesmo quan
no.s que defendessem a smi integridadè f- do ela exista, em cousas nas quais só os resultados
ira qualquer agressão feita a nretAsm podem dizer, em remato, se erramos ou se acer
escolar, pois podiam contar comiao ta jnos.
n ato
O . . me a„ fal.a não
1 . , ,agracl
. naerisnf^'
sa atitude Estava eu em comêço, quando me chegou às
se deram diminuídos na sua fntrl
^luai.un aos ni mãos o hvro tio sr. Omor Buyso, Méthalc.^ Améil
íOiça m
mno pr ao ll .
que cornes d Educahon Generale ei Techmque ndmirá
100 A F. S C O L A A T I V A R O R T n A n A T. H O S M A N ' U A t S CAPITULO X 101

vel reportagem pedagógica feita pelo eminente peda- A primeira dificuldade, porém, que se antepunha
gogo belga numa viagem que realizou aos Estados Uni ã possibilidade do um ensino rigoroso, vinha da pró
dos. Esse livro foi uma revelação para mim, pois, além pria Prefeitura do Distrito Federal, à qual estava
de mostrar nitidamente focalizadas as novas dire subordinada a Escola Profissional Sousa Aguiar.
trizes de educação moderna, não se limitava à simples Por um dêsses casos tão commis do estrabismo
exposição de princípios, indo além, ao relato mi econômico da administração, entendia-se que às es
nucioso de exemplos numerosos dos meios usados, colas profissionais devia incumbir o fabrico e for
com exiío, para a aplicação desses princípios. Longo necimento dos objetos necessários à administração
de er esse livro admirável com um pensamento de municipal e que as suas oficinas pudessem fabricar.
erudição ornamental, procurei logo tirar dele as van- O número dessas encomendas era formidável e esma
tagens praticas possíveis, aproveitando os exemplos gador e todas feitas com tal urgência que o trabalho
e sugestões que nele se continham, para a solução tinha de tomar um ritmo febril de intensidade, na
do dificihnm problema, que era a organizaçL do Escola Sousa Aguiar.
ensino profissional na Escola Sousa Aguiar. ^ Foi essa a primeira justíssima razão que nie
apresentaram os mestres para justificar a impossi
de aSo ''fôbre partida, a minha base
ae açao, soDre a qual armei o nnfl-ii.-nr» a., • i bilidade deles se preocuparem com o ensino dos
atividade de educador. andaime da mmlia alunos. A Prefeitura esmagava a Escola com as
Ora, eu encontrara o ensino mmn i- suas encomendas e sempre com urgência.
deixar de ser, feito segundo o empirismo da adanlà' Acontece ainda que eu descobri outro inconve
çao imilativa. Os alunos funcionavam conio 3e, niente mais grave ainda, nessas encomendas, mesmo
aprendi zes de oficina, cifrando-se a sua tarefa'^^m para o ciiso em que os alunos tivessem uma co
trabalhos de serventes. Limpavam as oficinas nrt laboração mais considerável nos trabalhos das ofi
paravam a co a. seguravam uma ou outra peça nari cinas. E' que essas encomendas constavam de obje
facilitar o trabalho dos mestres, etc... A maior coii tos sempre os mesmos, em número limitado, quanto
tribuiçao da maioria deles era a de livar ml à variedade e sempre com as mesmas dimensões
Era preciso que tosse assim, pensara se' 1? Eram êles quadros negros, cavaletes, cabides ar
dizado devia começar pela lixagem Por mú f mários, mesas e carteiras, sempre do mesmo tipo' p
que sejam os leitores, não há entre ri do mesmo tamanho.
saiba o que é lixar. E' esfregar i.m f Não era possível, assim, qualquer espécie do
sobre a madeira, afim de alisá h i lixa ensino regular. Alem do motivo já alegado, da absnv
essa tarefa imposta a uma porção '•««''a, ção do tempo dos mestres em trabalhos da indústri.
rante horas e horas, dias e dit f du- em que o fabrico intenso lhes alisorvia toda a -itUr-
ensino, os pobres pequenos levavam " Pretêsto de dade, outios, ainda, ocorriam. Pondo em rolnfí^^ ^
de seu tempo empregada nessa grande parte número de cada espécie de objetos com o número
de vai e vem. tarefa mecanizante alunos, venficava-se que cada um teria de entm?
102 KSCOLA ATIVA K OS THAUALHOS MAM.AIS CAPiJ ULO X 103

mecei a oferecer resistência a essas encomendas.


''"i "liiis do ciiU'O, ooila Corta vez, mesmo, live de incorrer no desagrado
princip o. pe. de um Diretor de Instrução que queria que a Escola
oiisino nnvi -.-«v íIesiicce«s;irKi ao Sousa Aguiar fabricasse cerca de õOO parafusos...
Afastado, assim, o óbice das encomendas, en-
mente'
clomisiada, por W^Iíes^n"™''"
çào, o inlerèsse cío aluno "• 'iK-"" Iregiiei aos mestres os alunos, para que afinal ôles
começassem a aprender regularmente os ofícios.
Com efeito, aual soí-í-i - Novas dificuldades a resolver. A aprendizagem
sor de poriuguès, por 6x0011^^" de cada ofício, feita ã moda do aprendizado das ofi
sua classe já conliecia bem , ,'1"® cinas particulares, demandava anos e anos, até que
dos verbos regulares, se letní r, conjugação um aprendiz chegasse a ser um operário feito.
íugar iadeíinidimeate o con- Entretanto, não era possível que o conhecimento
do manejo de certo número de máquinas o de ferra
assim, o ensino^da^Séria^iT^' ^"^^-^' ^' escalonando, mentas tomasse mais tempo de esforço discente do
progressivos de dificuldiriA exercícios
A produção ind" ([ue o necessário para a fonuação de um médico ou
de um engenheiro. Não faltou, até, quem me afir
ponto de vista, era duplamJ."!®' '"«'los sol. êssc masse, entre operários, que muitos deles levavam
OS mestres que nào Dodi-im ^ '"'"onveniente, para a vida inteira praticando um oficio sem todavia
sino, obrigados à produção ciiegarein a conhecer-lhe Iodos os segredos.
exigia o para os alunos, porai n Prefeiíura A causa desta situação é fácil de perceber-sc
sua colaboração nos trabalhoswl^ possível a
jnstanieníe detidos em exercício. ficariam iii- Aprendendo cada um pelo empirisrao da adaptação
imitativa, tinha que ir se asseuhoreando da técnica
mdefimdamente, embora já fcnam de repetir de cada ofício à proporção que ia vendo a execução
Nao foi sem um porHado cxecuíá-lo-s. dos vários trabalhos realizados na oficina, sem seria-
afastar o inconveniente das nnr consegui ção nem método, ao sabor das encomendas que fos
sem vindo. Deste modo, cada forma nova era objeto
de uma aprendizagem nova. Sendo o número de
formas de uma variedade quasi infinita, compreen
de-so bem que haja muitos operários ainda hoie
totalmente senhores dos respectivos ofícios.
Foi isso o que logo percebi, esclarecido pela licnn
admirável do livro de Omer Buyse. Desde cnlão cmi?
preendi que o primeiro passo para a solução do men
da apreciação da "dmi,"'^?-'"' P°'^' problema
Nao pera
odiapromover
contar coma adidalização dos
colaboração doofícins
s n es'
"^^nistração, co-
Í04AI^SCOLAATtVAE OSTHABALHOS MANUAIS

zes abrinHnJft^^^''' ^°"io simples aprendi-


A sua ciiltiir- PO/" esforço auio didático.
dessa nafnrpri ^itjugia a média do operariado
mente nara nnp' podia esclarecê-los suEicieiite-
les Bennett rp ^^^^er aquilo quo o sr. Cliar-
Andlise do-i instituindo a cadeira de
e funcionampntn^^'''^' no seu plano de organização
CO™ sem T. Venceslau Braz. Mas
a meu caTgo
neu cargo, In possível
eu mesmo, a tarefa. fazer, tomei

nmdeira^como^mp^'^'^^^^ ^ oficina de tornearia em


me então i hkJ " Pí^^meiro campo de estudo. Pus-
das ferrarnentas os sucessão seguida no emprego
sando depois a'nm p i a ^ tonieiro, pas-
nm certo número ríl f permitisse achar
conjunto das nnnmp- ^mmas que constituissem o
conhecimento norm r ínndamentais do ofício cujo
cutá-larconst?nír mff ^P^'^^diz, depois de exl
simples'apresentação trabalho ao torno, pela
tre sr. José Gomes Co^H ^mazmente, polo mes-
mteligência e boa vontade o
novo çara èle. que eu pedia à lua' ativ dade"'"'®
'

?rdurdt™a' irapl'n™'""' exercí^s!™:,^^^

vididoreutre: ríoZadTentre S™ ^i-


■' Que os nossos
") Vido dolo. 00 nm do ca„íl„lo.
CORYNTHO DA FONSECA

ENSINO TECHNICO PROFISSIONAL


Torneiro em madeira
e x e r c í c i o s F U N D A M E N TA E S

ENTRE-PONTAS BUCHA PLACA


(parallelo) a) Torneado Círculos

Cylinôro Cone e variações conicas

2 1

Rnneis
Ovoide Ellipsoide

Roseta

Canduras
">1^ 11

(meia? carinas) Caloie Esphejoicle


2 2

Cone molôura
b Broqueaôo
C v l i i i d i o ( . ' o n c ■< )

Uariações conicos

b)

i ■ - --i
105
CAPITULO X

tornerios chamam íomeado^('mraU^


peça a loniear '""j ^^'"^abèçótes; torneado de bucha,
entre as pontas dos f» p.'esa por uma peça
em quo a „ do tomo; o o torneado
oca, enroscadci na „r,rniio a neca a tornear
do placa, ^f^^'^-^'d^'gcrahnente de ferro, enros-
se prende a Arvore do torno.

eSs ■.ft/êrman;ir;s deeníre


''°sà"' fixar as''pom
peças
'"Svandrdepcds,
digmáticas, a começar \ cortes, impondo a ne
las, verificainos a ferramentas de corte,
cessaria aplicaçao das que serve para
a começar pela goiva desbastar, ^
dar o primeiro isentas de abnr feiho,
Entram depois as ij .^ij^res, oblíquo e tan-
seguindo-se os cortes pcrpendicnla^^^^^^^ ^^^1, ^
gente à direção da linha curvas convexas ra
da peça, neste último caso alon-
lativamente ao eixo, ora ^ convexidade
gadas, sem esquecer as curvas
voltada para fora. nrocesso de fixação da
Logo a seguir, muda « P. aumentando a
peça ao torno, por meio da ^ mais fa-
dificuldade do trabalho, pois q torna preciso
cilmeiite torneável entre ^ peça em giro
haver mais segurança de mao, l j g^Uo. Qual-
só tem um extremo fixo, ° °enta, faz-lho
quer pressão demasiada, P°'®' ' ' „ue está fixa.
correr o risco de partir-sc do lado em qu
i eriapartedos ■'ab.ah
Naprm l os^de^bucha,^^^
lliani as mesmas ferramentas ^ fixação da
sidindo a única diferença trabalho na
peça a ser torneada. A outra pa
CAPITULO X 107
lOG A ESCOLA ATIVA E Qs THAI5ALK0S MANIAIS

ofícios que, no caso da tornearia em madeira, me


bucha acarreta uma dificuldade nova, poltí o torneado mostrou a solução do importante problema das po
é feito também intcrnaineiitc, é escavado, como Ibc sições de trabalho. A tendência do nosso operário
chamam os torneiros. Aí o aprendiz toma conheci é para Iraballiar curvado, cm posições conivafeiLas
mento do uma nova ferramenta. e absolutamente antibigiènicas. Ora, c hoje uma con-
t malmente, chegamos à terceira nosiçrio, o ioi"- quista dos estudiosos que se têm dedicado à fi-
ioado chamado «de placa», em ciuo a peca é fixada siologia do trabalho operário, a verdade que os ope
niun prato de ferro que gira solidário com o movi- rários podem traballiar, até cm melhores condições
de eficiência produtiva, adotando posições tais que
tervln, eixo giratório). Não m- uão concorram para prejudicar o seu organismo.
íinvn 7 ^^rramcnta nova. Apenas o que ha de Foi ainda o dr. Oito Salomon que cogitou pri
fixação
de to neai. O operador tem da poça e
de trabalhar iáanão
posição
mai^ meiro, do problema, instituindo, no seu célebre ins
mn turi-Lu'lf pa.u a .S dcSòmo,
travessa -l
tituto, posições de trabalho que são um encontro feliz
das condições de eficiência produtiva e de resguardo
dos vícios contraídos pelas posições forçadas. Um
fernmènti o ^ o operador apoia * desses vícios é uma espécie de escoliose causada
S m 1^'" de ficar alravcs- pelos movimentos de torsão que os carpinteiros dão
da ferramonH ^drno, para que o coitc no busto, para a aplainagcm. O dr. Otto Salomon
fixada como ela^cs?r^' a iornO' . aconselhou e fez adotar um processo de aplainagcm
Nest-i ierr.«i ' P^^^® de ferro da placa- que consiste em deslocar-se o operador manejando a
considerado peç^de^T ^ ® o^pc- plaina, ao longo do banco, levando por diante o
rador duas nreri«ft porque oferece ao 1 ^ corte do ferro que arranca a fita ou cavaco da
diâmetro interno l dimensão a detcrmmai^ madeira. Uma de suas recomendações mais insis
^ da peça, e a do tentes é no sentido de que o operador manteulia sem
pre o corpo na posição vertical, curvando apenas
seria de esperar rnelhores possíveis, com° a cabeça para seguir a marcha do tralialho.
Esclarecido por essas sugestões, foi que eu en
demonstrado. de alguns onos,
mir um folheto !^P^^''i^''odo êsto quadro, fiz i" P contrei uma solução para evitar a repetição de um
seu uso. Nesse Lh rmcli- acidento que ocorria com freqüência na oficina de
cando não só o n i recomendações o ^ tornearia em madeira. Do encontro do guine da fer
necessidade de quadro, como explicando ramenta com a peça a tornear, em giro vertigi
desmontagem dn ^ ensino pela nioiitagen noso, resultava a projeção violenta da escória da
componentes o n Ç ° conhecimento de suas poÇ' madeira que às vezes atingia os alunos no rosto
cia de tê-las' nrpn-f^ i ferramentas, a con^e^^ não raro lhes ofendendo os olhos. A primeira solução
tivessem de entrnr ® ^ nino, na ordem em í que me ocorreu, veio-me ainda da lição do Dr Otto
Finalmente fn7^^ f^abalho,
^01 a„,da etc... da anãlisc do^
o emprego
10?AESCOLAATIVAE OSTRABALHOS MANUAIS

^i^cessidade de uma posição tal,


o alcançasse ' ^ escória da madeira não
nue os I'esuUados foram medíocres, por-
e Ja
e lá se
sfirepetia
distraíam da posição
o acidente. necessária
efeito's°\n-!i'f tie uma ouira solução de
L.iexiob mais seguros.

ferramen^nf ° operador segura o cabo da


bre a «esnor" ^ direita, apoiando a lâmina sò-
lâmina flírfrri ^nquanto^ que a esquerda guia a
^stá Rírandn n ° ° sôbre a peça a tornear, que
Çáo resulfo . ° mesmo, o sentido da rota-
pedaços dp'm-ir/-^ mesma, a trajetória dos
essa traiptnri't tirrancados pelo corte. Sucede que
«esperi» Arr^ típeradoi, passando em tangente à
ocultar a visão do ^ esquerda, sem
quebrar a - ^i^'^h^lho, mas o suficiente para
essa providêncm' 'r'^ violenta da escória. Graças a
' cessaram os acidentes.
tei-me para n 9^®t) da tornearia em madeira, vol-
empírico resnIfnvÍ^° envemizamento. Polo ensino
com muitos os meninos, o que acontece
sabiam apenas envemizamento
preparatórias da verniz, as operações
passar sôbre a marlAiVn ^ mecânico de
^ida em vemiz ^ envemizar, a boneca embe-
sas operações justificativa sôbre o jiorquê des-
efeitos do verniz sôbre a finalidade e os
a- constituição das origem e
envemizamento "i^^enas primas que entram no
c z
o
<
ID 2
O
^ Uu, . 5
CO ^ <
P' N
SS' U J
>
Q O 2
0
o :
1 E °
I - tC (/)
- t) 2 m
II
s ^
> aa 2 <
CC ^ lU • r
o ^ S
^C ) o :ii^ ISÊÊS'
c
I D
^ 5 r-T" ^<3
f ~ Ti
.J
CAPÍTUI.O X 109

À vista disto, organizei um outro quadro em que


se davam a saber aos aiunos todas essas informa
ções, transformando-os, de simples reprodutores me
cânicos de operações cuja razão de ser ignoravam, em
operários cx)m a plena conciência daquilo que faziam.
Êssc quadro foi primeiramente experimentado
cm manuscrito. Só depois dos resultados favoráveis
obtidos, ó que mo animei a fazê-lo imprimir. Na
sua forma definitiva, êle ficou como mostra a fi
gura 23 (^).
Numa parte da primeira coluna, figuram as fer
ramentas e utensílios usados no eiivemizamento e
respectivas operações preparatórias, como o raspa-
dor a lixa a boneca e em outra parte figuram as
matérias primas empregadas no envermzamento no-
tando-se a gravura que representa, muito aumentado,
o inseto produtor da goma laca. .... ,
O resto do quadro é ocupado pela técnica do
envernizamonto, sendo para destacar-se o desenho
que representa a direção que deve touaar o mo-
rimento da boneca sôhre a peça a envermzar.
Cliamo a atenção para as peças de madeira que
se encontram na última coluna do quadro. Elas tem
™r hu justificar, por demonstração direta, o em-
urêgo das operações preliminares dq envernizamcu-
fo Com efeito, em primeiro legar figura uma peça
de madeira serrada coberta com o verniz, a qual,
comparada cora outra peça envermzada, mostra que
uma peça apenas serrada não pode ser envemizada.
A «leffuir faz-se a mesma experiencia e a mesma
■ompiração, com uma peça aplainada, verificando
n aluno que o veitiiz ficou melhor, mas não tão
bem como na peça testemunha, envemizada. que lhe
(1) Vtde nota, no fim do capítulo.
110 ,.::scaLA ATIVV i; OS TIUUALMOS .\tAXlAlS cAríTfi.o X 111

serve de têrmo de comparação. Procede-se da mesma I n t r o d u z i n a s o fi c i n a s c a d e r n o s o n d e c a d a t r a


balho de aluiio era regislado, com o respectivo cro-
STfíSLS V'- cjuis, o tempo do confecção e finalmente a nota me
recida.
ne'Sad: Ts Manda a boa justiça registar aqui a colaboração
inleligcnle, nesse esforço de realizar aquilo que pen
so deva ser a verdadeira escola profissional, dos
do envernizameiUo. ' ^ ° coin])lclo meslres da Escola Sousa Aguiar, além do sr. .Tose
Ao mesmo (empo que ex-ní^rí,»,» , (tomes Costa, já citado, e do sr. Frederico Pais Sar-
cação da didática ao ensino do n - dinlia no que se refere à organização dos quadros de
(midados voltavam-se para a onnn envernizamenlo e empalhação. Devo citar, em pri
refa foi mais fácil, pomue narlT^^P"^^^ meiro logar, o mestre geral, sr. Manuel Cano i\lunlioz,
para se compreender a Lrarna d^*^ P^'^'jcipio do que um dos melhores elementos que conheço no ensino
deira que se nos ofereço ?• í"iido de ca- profissional carioca e os srs. Teodoriiio Rodrigues
destrinçar, bastava decompor a^i ® Pereira, Jo.sé Cardoso Ávila, Paulo de Araújo Lima,
nos passes sucessivos da Jcrônimo Batista o outros.
um deles um quadro à nnrto fazendo de cada Não deixarei sem uma referência também, aqui,
princípio, que acabei elevando de seis a o precioso auxílio que me prestou, no tocante a disci
E' que para facilitar a norl^^í^' plina, o fuiicionário Ruben Espíndola da Silva.
fiz com que cada um fosse do passe, Esses quadro são hoje adotados oficialmente pelo
uma cor diferente, ficando nm' ou palha de Ministério da Agricultura e mantiveram-se com êxito
o ensino do remate e mu r.-» quadro para nas Escolas Sousa Aguiar, do Rio e «Washington
presentando uma peça comnlo? finalmente, re- rjuiz>s em Niterói (^).
cor natural da palhinha cmpalhada na
(1) A scgíiir litinscrovo a «locumeatação ck-stas .afirmaçãcs:
Was figuras 24 c 2")
oito quadros, tal como se Ich- "^P^sentados êsses Dn Escola Profussionai Sousa Agpuiar, da Capital Federal
E' (Io seguinte teor a inform.açào clad.a no requerimento de Coriato
1 Fonseca ao diretor da Escola Profissional Sousa .\sui.ar, Dr. Télio do
Morais cm data do S3 de Abril do lí'19, pelo mestre geral d.a mesma

-íSSX.-?:
~ ; „ ~ r : ic""
rs;:"ss.
1.'cola' sr. Manuel Cano Munhoz, requerimento uo qual sc iiedia ío.sse .ates-
♦ do junto a cie «desde quando, resiiectivamcnte, c com que êxito, fo-
m e têm sido postos em pnltica os qimclros do autor, p-ara o eusino de
í^moiro em madeira, envernizamcnto c empalluaçâo »:
, Pg acôrdo com o despacho retro, tenho a informar que os quadros
OS alunos dos«5o,-,^ mentais A 1® -lutoria do requerente,
do usados a que
nesta Escola: o desetorneiro
reforo em
o presonto
nuidoira rcriuerimento
desde 1013, estün
o do
fosspin nnw 7^"^ Pçoes OP1ÍO 'uzeiido com que
dos trabalho7rSaiL."''°"^ P<íquA"s'rektórios '^«vprnlzamcnlo desde 1014 e o dc empalhnvão desde lOUi. O empivgo dôs-
fluadros tem tido o mais decisivo êxito, segundo consta dos livros de
roima onde ac tem registado o progresso didático do iodos os alunos
*1 «íe lOlú- quando foi inaugurado êste sistema de csoriluruçào.
pèloá' resultados verificados prova-so que, para a aprendizagem de
(1) Vitlu Doia no f tornearia cm madeira, têm bastado, com a aplicação do quadro n-spectivo.
<'ü capítiil,,.
112 A F.SCOLAATIVA F. OS TnAIJAUIOS MANI^AIS

ao efcTeveTêsrcapituTs
mp rpfpri P Se assim lao longamente
ensino profissinnnl esforço {[ue realizei no
tar OS sens bons resuUa'dc )S Aha * *f'f í*lí^
trazer uma pequena conWl • -
blema do ensino profiss^^r'''" í' P™'
Iribuição, de resto a n^ ' ™'''®
cessaria o urgente 'qínnln
do meio que a meu ver a „ ■ ° abandono
no ensino de ofícios Pi'mcipal e indispensável,
Pouco mais do" aup
feito para submeter n ní está, se le»i
dática regular, integrando oíícios a uma di-
sna necessária fisioloaíi T^ ensino profissional na
pedagógica. Ainda em mu-
Qficiiias^; aoa°Sunos'^a^g'^^'' dois anos tio cxoroiciüí ^
lie uma hora cada uma Condições i - ^Premlizagom nas outr^^
^ ~^rr£í ™ t
N i t eArc uós o f
«i-
1 ? ' ; '' 1""
cie
gN iot e rtó u
i
l.
.que, duraate o ' Pregada c;!; Sr. Professor

çleatinad^
''Cm como oT""livrò
íl^Pacíio je ''""ento
S quadros «"'t® Goiaz e
mós. resolvi"
«ando entendido^.,'^® ujesmo lOíücarK t^nr'Qio üt» Fonscc»
quanto à aquisir.- adtv,^'^ '' sQbrc »h.m í™""^ c cnvemizampo^?'
nível. , seja^^^-^âo.nrm
^ ''^'<lcmdS'iSnoS euvoniizumento.
'a'tS'^'vidade c não dispen^
^ oportunidade e a verba di.sp'^

v
1^-'^ >■ r. .
j ♦ « V « 0 0 9'4'4 9^ » 0 0 * 0 0 *
o
o -
<
C U
i>:;:;::;ii:::::::5|:|^
[l * i Hi>,i;::::: i i li 1 iiiií i
rtZZ*.*.♦■
. V !■'' .
09 é9ff\
0 000»r^
0 0 é » é f\ ♦ ♦♦•♦♦*• >1
0 0 0 0 f fj{
0 00 0 tr\ «♦♦♦♦♦♦•*^1
0.0 0 0 0f\
0 w 0 0 0 f4 #♦♦♦♦♦♦* «j
0 m m ê 0 f4
0 00 00 f4 ♦ ♦♦♦♦! !iM
♦ •»sjl
Ifíííffííííl:;:
0 0 0 09 rà
0 0 0 9 ê f\ ^♦♦♦♦♦f♦VI
0 0 00 0 /2 ♦ ♦>^|
líliijíbífíí::: 0 0 0 0 0 /4
0/0 00 9:/j
0 '* r0 fc0 rj^ «MIIüí
C-VPITLLO X l i s

Uls escolas i^rofissionais o ensino de ofícios é feito


pelo empirismo da adaptação imitativa, como nas
oficinas paríiculares.
Penso que, para repetir, na escola profissional,
êsse empirismo, que foi o apogeu de medieval apren
dizado cie ofícios, a escola profissional se torna uma
inutilidade cara, porque reproduz à custa de grandes
despesas do Estado, um processo de ensino que a in
dústria particular aplica sem custar a êste um ceitíl
sequer. Neste caso, suprimir a escola profissional
representaria uma economia benéfica. Bastaria subs
tituí-la pelo sistema de cooioeração, que também é
usado nos Estados Unidos e na Alemanha.
Èste sistema consiste no ensino do desenho,
tecnologia das profissões e znatérias teóricas, na es
cola, ficando a parte do ofícios para ser ensinada
nas oficinas da indústria privada.
O meu fim, referindo neste capítulo, os esforços
que realizei e os êxitos que obtive, na didatização do
ensino de ofícios, é concorrer com uma contribuição
de exemplos e sugestões apontando o caminho a se
guir, o esforço a realizar, a tarefa a empreender.
Anima-ine a isso, ademais, a circunstância de
não mo terem chegado ao conhecimento, até agora,
outras realizações da mesma espécie, no nosso ensino
profissional e assim documentadas.
Finalmente, devo acrescentar que os quadros
reproduzidos nas figuras 22, 23, 24 e 2õ (i) foram
premiados com medalha de ouro na Exposição Inter
nacional do Centenário, em 1922.

(1) A oxcl.JsivKlaclo da coustniv:1o o do uso dêslcs quadros do cn


sino profiásioiml csUio dovidameatc assegurados ao Autor, na forma das loU
vigentes, fló podendo_01o coDstnd-loa, lurneco-los e autorizar o seu ns.l
Paro esto fim, poderão os que desejarem adquirí-Jos e usá-los. dirisir-sl;
no BCguintc onderêço: Profesaor Connto üa Fonsui-n — Eacali Cn..., ^ •
tf Sida Gomes Freira vúmero 8S. Rio do Janeiro "

.C C. d!" Fonapcíi
— A F.sroh Alhn r os Trnhalhoí :.!.v>,uth.
11 4 A ESCOLA ATIVA E OS TRABALHOS MANUAIS CAPÍTULO XI l l õ

mente bem feito, com apurações mmuciosas e preci


sas, de um pedreiro. ,
Como era de esperar, todos os indices que mn
aparelhamento, hoje quasi perfeito, permite estabe
lecer, caraterizaram esse psicograma como o de um
^ ^Com efeito, todo aquele organismo, com todas
CAPITULO XI as suas funções mecânicas, estava naturalmente orien
tado — viciado — direi melhor, pelos gastos e ati
Especialização e industrialização tudes, já automatizados, do exercício da proíissao
de pedreiro. Por seu lado, o sistema nc cvoso sofrerá
também necessariamente, o efeito desse au o^
de agora no exame Até na alma se a alma fosse concretanente ana-
rae mrppp ensino profissional, nos quais lisável Êsse pedreiro devia ter momha de cantaria,
cessos ft estamos a picjue de incorrer em ex- farelo de tijoU), o pó de arroz da cal e do cimento.
nielhorps capazes de comprometerem os Perfeito admirável, mesmo. ...
me à corronto ' ° ^ realizar. Quero referir- Mas o pcor 6 que o retericlo psicotécnico quis
<<oriSi:;orsiLi^^^ ^ tirai ík, sou psicograma conclusões de uma periieria
excessiva Eis a sua conclusão. ,
«orientLío^w-'^^'' campo da « oSlá que dentro cm pouco tempo a psicologia
mais ilustres I Poucos espíritos, dos experimentaI%ossa descobrir cm crianças de 8 ou
9 anos, os índices de um pedreiro.
ílade de havpr í ^^^^endo a admitir a possibili- Tora, outro caso, Õste acontecido comigo
inatas para uin dp^P mdivíduo, determinantes Ni direção da Escola Sousa Aguiar que dirigi,
f/talidar ,zmpo~"'° nor conclusões da observação, antes que por forraula-
cL de preliminares e idéias feitas, comecei por acei
procurar o^ n!nníf"^i certos investigadores, a tar a especialização por oficio, como ainda exigem
ordem eeral nna P^"0]<^Ção de caraterísticas de as escolas do aprendizes artífices do Ministério da
Ção de tendências natureza, possam ser fun- Agricultura. .
TT.v, ^"^oacias biológicas e naturais Com a especialização, aceitei as encomendas em
dento melhor a idéia desse evi- massa que a Prefeitura fazia, aliás sem pagar o tra
ao menos de nnmt°o i aí , quem não conheça, balho dos alunos, trabalhando como serventes.
rizadíssiina Rprufi ^ prestigio^ a notável e auto- Com mêdo de discordar daquilo que podia estar
gique, de paiís ^sycholofjie normale ei paiholo- certo e que somente a minha incompetência não
conseguia talvez compreender, embora com uma vaga
0 autor artigo em que
P icograma, de resto admiravel-

I
11 7
11 6 A ESCOLA ATIVA E OS TnABALIIOS MANUAIS CAPITULO XI

matéria prima, c depois, em absoluto, promo\ondo o


pectaliv^^^''^n estivesse eirado, fiquei cm es- que eu chamei a inopeãèuHca técnica.
fi~ verifiquei que os meninos apenas Não foi sem dificuldade que o consegui, pois
mecanizanlU ^ aborreciam de certas tarefas os protestos vieram dos próprios alunos, cada um
tres Fonm Al. "P""'inicrpelei os mes- dos quais se dizia portador de um fatalismo vocativo
pel os'de
lição dTos^a:
ensino profisslS'
para a oficina onde estava, coiifessando-se sem ca
pacidade, sem ieito, para qualquer outro oficio.
Recebi e acoliií com simpatia, como sempre fiz,
Omer Bu
' yL^' l/Afn t"'' meditada do grande livro de essa demonstração salutar de independência, tanto
néralc e/rée/i«fo ,e 1 à'Eãiicalimi G&- mais quanto sincera. Louvei-os pela sua atitude,
que primeiro me ensinaram ^ anünando o seu belo movimento pois que me vie
os alunos e mestre= ^ ? ensino profissional torani ram tímidos, receiosos de que o Diretor ficasse zan-
téria prima exceSe t
sabido explorar rin 'i ^'^i'sto feito propus-lhes uma combinação. Eu ad
eeito clássico de rmJ ' Pv^ncipalmenle, ao precon- mita a po sibildi.de do que êies tivessem razão
tese, nada pode contrOanalfalieto, em pedindo-lhes, em recíproca, que admitissem que tal
este outro nrom assunto e mais pSiidade estivesse de meu lado Faríamos uma
™ Engenhe'lir?',?! !; grave, de que ex^ricncia de três meses, era que eles transigiriam
rial, como se i ^ nato de ensino profissio- rai curaar rotativamente as oficinas da Esco a. Fmdo
P<5r si só, e Engenharia conferisse, o prazo, se êles não pudessem aprender, voltaríamos
ao recini© da especialização.
cador, de Perlnon as capacidades de Edu- Ouanto à fabricação, acabe, com ela num quasi
principalmente que f Sociólogo, até, incidèiile com o meu diretor geral que me dera
mente, de fnrino i^uucaçao exige imperativa- mna encomenda formidável de parafusos e que eu
Pois bin? i T ''r 'o «erviço. declarei peremptoriamente =<>
ram que assolwrh'^'i'' mestres me declara- sentisso em mudar o nome da Escola Profissional
tempo%a\a enti^a,
ciliares como nnl r al™os para aii-
Sousa Aguiar para o de Fábrica de Parafusos Sousa
acontece na indSíl"'°^' de fato, tal como "^^"^oltaiulo ao nosso trato, antes de decorridos os
Quanto aos ! ' principiantes, tres meses, os meus pequenos protestantes estavam
da permanência d. c^'cs, concluí eu, fugiam convencidos de que o homem não nasce carpinteiro,
quem f o g o d a m o n o fi c i n a , c o m o marceneiro, mecânico, médico, advogado, empalha-
d da melhor ped^o»i,°"''> em fase discente, dor, encadernador, salvo o caso de uma teratologia
O interesse de tarefas, para renovar monstruosa.

«^^ovlí desespeca
i ílzar,prm
i erio por sére
i , na
11 9
11 8 A ESCOLAATIVA E OS TÍUDALUQS AIANUAIS CAPÍTULO XI

evidenle, o oxagèro do dcter- Nas escolas de aprendizes artifices do Minis


tério da Agricuitura, êsse importante passo de evo
iniporhcnn a-pesar-do prestígio da lução ainda não foi dado. continuando em vigor o
dade contn nq' autori- seu arcaico regulamento qne prescreve para cada
servação ' I'^sultados da experiência o da ol> alnno o estudo de um só ofício, escoiliido ab imtw
e o oue ainda é mais absurdo, aprendido paraiei.i-
autoridade psicotécnica eu mento Tom as primeiras tetras. A
ía,5lo-iSiirdeXó&1^
combateu-o com professor Radecsky rucess^o ènlro a escola primária c a escola profis-
entrevista concedida a ^ Publicada eni '""'Como se vê, já estamos felizmente longe da es
mou mão lhe constar min ^"^S^ndo a qual afir-
determinada oan nnJ ^ ^^'lança possa nascer pre- pecialização "'I'™™'", C necessária a espeeiai-
Com efeito nãn m^''"' profissão. _Aosna
zaçao <1U® j" nrofPissf, odivisão
escola nai, parece
doum argument
trabalho, o
na
tJS determinismo^ o pareço razoável admitir que excelente a necessidade aa
bumano nossTm , formação do organismo
cício fatal dpTpi ''' organismo para o exer- Lsseamumento está longe de termais
aigui ^ examinarmos uma força de
atcnta-
uão passam de ofícios e profissões que convicçao e, ^ ; „,^s á conclusão oposta.
"'""" a subdivisL do'trnballio, na fábrica, obedece a
eiasF vão
e l i se
z mmnri:?"^
e n t e '^1'^'^
C i v essas
i l i z atciulcn-
ção,
já se vai abanrlnn'^''^'! ^'^sivehneute no Brasil, onde unm cxSncüi
uma prelim
exigência Pinar
, de
- atempo,
uma para atender
questão a
pro-
fissional por nfín ''^^ pouco "a pouco o ensino pro- intensidade da produção e ua i
monstraçào
do dessa^ínn?-
ensino pI-iK^.*^ ■ nova, a última reforma
tendência
priamente de técnica. nricmn e dndn
fnnsideradas as cousas poi esse prisma, e aaaa
fessor Dr S Federal pelo pro- como Za essa razão, ela resultaria provar de mais.
nue a subdivisão do trabalho, na fabrica, nao
ostabeleceu un n. Azevedo. Nessa reforma já so detêm diante de ofícios, mas desce a minúcias
Pedêutica técnica anf? fundamental básico do pro- dc partes mínimas de oporaçoos dentro do mesmo
tida tão somente ° ^ especialização ó admi-
tendo por centm a r de ofícios correlates, vez admitido como verdade do bom qui
on uma determim%i'^'^'*'r° '"."^'^^ória prima comum late ciuo as necessidades da subdivisão do trabalho,
eonjuntos de ofiVlncj ' aplicação especial de certos na fábrica, devam exigir uma correspondente subdi
visão especializadora, no ensino de ofícios, teremos
tra a espedalizac^ãíí' ^ movimento de reação con que levar logicamente a especialização do ensino, na
da lei Azevedo Sodré movimento que data
121
A Escola ativa i-: CAPÍTULO X\

Do outro lado, com o operário descspecializado,


o inoviinenlo é irradiante, como se vo uo grafico,
expandiido-se para o progresso e para o ^d anta-
iÇao indispensável n-ir V
- cooperação inteliaente dn r ■nento, pois esse operariado leva em si fe
mais eíicienfo quanto m cooperação faiito cundos gérmes de iniciativa, graças a . s
o seu preparo "o ^ fundamonlal for
niente especializados eme operários esireiía-
sional, serão elementos nriír ^ ensino profis- inanejamlo uma matéria prima
gráfico que fj P repreLute um.consd
i erávc progrosso^na^
uma idéia da /tÍ- capítulo dá bem
-nuaçao (Figura 26). ""^";^tS:^r^v:ui»Í;m«.e so. mi^^to^âm
industria fechada íf' disr
NO CÍRCULO VICIOSO ticamente. ofícios, "não hll'palavras
OA ROTINA E DO ou daquilo, na q há na caligrafia
CONSERVANTISMO soltas no V no ensino da língua,
e o bom manejo ] sintáticas, soja
o estudo da gram. narrativa,
gSPECIAtISACflO para escrever uma carta ^
O mesmo se L j técnico das ferramentas
sino do manejo racional e tecmc
o das matérias . . ^\q lida com as mesmas
^ fç/Q No caso do m ' madeira. Saiba esse ope-
fcrramcntas de cmn precisão e fará igualmente bem,
rario maneja 1. P modelo para a fundição.
°»-OP£P
.!lo
, OESESPECA
, USD
.O
r^ifoTur" séT ^ma, aplicada ao fim em
jrjg 2C — pI" eaai
- im. prt
-OPEPARio
isioua.! c.siucializESPEClAUSflDC
iulo o (li-sc^p.^cializad" vista Ainfla
ressa forma é dada pe o desenho.
mais. Com a industria cada vez mais
nda ®/o nocessid.ades são aten-
iW
ndi\a-?durum rlS"pelo mecânico, o mecânico bem compreendido.
t e m?>^P°ci
d e alitzado
S » faz° de^ cada Êssc mecânico deve ser um técnico capaz de
transforma num outm n a ^ operário, ela se contravir à concorrência do trabalho da máquina que
circulo vicioso nuo a circulo fechado, um pode tornear, entalhar, frezar, fazer tudo, mas que
c progresso. ' rotma e a falta de expansão
123
122 A ESCOLAATIVA E OS TilABALUGS MANUAIS CAPÍTULO XI

teerada a série Madeira dentro da série Metal, pois


mo'cTclosln^-^r,^'' modelador que faça os o qut tecnicamente tem do aprender o aluno, para
didog e pl f ® Propnos órgãos para quo sejam fun-
bitar etn . o'acabada. Para tra
que é'feito ''''' um modelo
£ para ~nSrque terá aprender o alnno da
doÉu Dodfa ° <lo reprodução, agora, considerar o ensino profissio
Estado, não d"eve CS l 'r'' '""'Í nal L facT do Estado e aí vamos encontrar moti-
liai em íace au devem merecer ponderação,
rs "■" » » s"' vos de ordem ^ - Sendo essa espécie de eii-
contrários ^."^specia^ completivo do ensino primário,
sino profissional, r Estado cooperar para a
Qiie quer dizer sério madeira? não parece que sepi nci «ífiodãos.
Como 1 i^ietal? formação gi^o tem \nna função princi-
haJhar com^^nlrFpíi em madeira podo 0 Estado, no 'gecundanaincnte profissio-
íiy ferramentas ni * so nâo conhfioe bem palmente criando uma aãopiahilidaãe
propriedades éle ípnn^r^o^^ qualidades c rial. O curso das ofic < no seu esquema edu-
Quantas para a mdústria, do\ ^dora dessa educação,
o operário nãovGzos n i-'ff'^^^oníeceu na Sousa Aguiar,
encnml cativo, por nccessuc cainpo produtivo da m-
o perfil de oorfp a ferramenta, no morcndo. (^oin A vista da deserção ensino de que estou
uma lima-faca r ^ carece, e tem de forjá-la de dústria é que, na e i educação técnica geral
Gomes Costa?' ° mestre de torneiro José tratando, referência, as pessoas de ambos
Sg **] que encaminhe, uo i . -j industriais e comer-
teria de reiiiinc'inY-T^^ especializado na série madeira, os sexos para as ^
uo mercado P criação dessa forma não existente ciais». , erofissões determinadas.
uma oficina rio + <• metal», porque nela figura Preparar alunos paia
delação? ' "^^^^uira que ó a de mo- quer por ofícios, qu de indústrias, parece
pados em necessariamente parcializada,
uma obra u"- imparcialmente quisesse atender
balliar maàeira?'^^^^ ^ oficina de Ira- porque, '^g indústrias existentes, não supor-
é quem nronír-? ^ n ®^fcio de niodelador quc indivicluaiiu^^ seriam, então, necessárias.
diÇão, para a fun- Adcmais,o aparelhamento eficazos
integradas, com de tipos
seuspedagó-
indis-
saber serrar aphimr , modelador, que tem de
tpdas as opeS^^I' ®'?sáveis maquinismos, seria igualmente dispendioso.
mari executar,
do trabalho em suma,
'em
®ade.ra, fodas
pareceas ferramentas,
que temos aí iu-

1
124 A ESCOLA ATIVA K QS TRAÜALHÜS MAN CAPÍTULO XI
125
UAIS

ff a1b •r i -c a
ni-ifr>m*ifira
tiUR conjunfo dc oCícios ç a o ^ u t opara
m a atender
í c a . pàscexigências
onforto,

pelo meno^ Qn oi a coiidiçoos do ;it.ciicler », trf ;,S5.'r=Í":


demamente' mecaiiizada'^'^ da jiidústria nio- gu.afs' eg:nd
' oo
'q
' ual reproduz uma forma, intensa
nma fórmula, quando fiz nn 7 e multiplicadamonte pe,.,, oficinas de
regada pelo prefeito Dr comissão encar
as bases de^nía ?efonna h7 Esse modelo ^
modelador e de ^jentes, eis como se aliam
^ gutra
sional da Prefeitura On^ ensino técnico proíis- são estreitamente ^ técnico indivisível, as sé-
ve-la a seguir? permitido Iraiiscre- e so conjugam, num todo
<<Vista em coniunin •> ■ i- ries madeira c metal.
cipalmente uma série de on? apresenta prin- Mas liá ninda maib^ conhecimentos, fica o ope-
gam fundamentalmente -i em (jue sc empre- Com "cução dae máquinas de que ca-
plástica. adeiia, o metal e a massa rano apto para a consi v
.,No cuidadosa
primeiro caso so ^^^buiclermos
. reco a indústria. prático e experimen-
analise verirV-nn a unia Com esse ' ^j-gs e de eletricidade — e
o trabalho de mideira m?? qualquer que seja tal dc u^úqumas o mo operário plena-
nearia ou modelaçào o carpintaria, tor- assim teremos indústria, em qualquer
trutivas e reduzidíssimo i?^^? operações cons- mento eficaz, para quaique
de muito poucas ferramonf " uo emiirôgu caso. /-inhalbo em massa plástica), en-
apenas do forma, afim de n variantes são A m o d e l a g e m ( tr a i d e a c a b a m e n to d a
formas do trabalho a fnLí adaptarem às ira no curricuhm educação do gosto ar-
de tempo. para maior economia oducação P^u^ssionai ^ início
Com o meta] dá-se .. tistico, além de F^P udc com matéria plás-
Basta, pois ar. y uiesipa coii«n para qualquer proíis i • estucaria, cerâ-
tica, como trabalhos em
ídiz- faeneces./rl^l^™<!igmatizárI„^"?'
s c o u r ™ ' ^ ^ ' P - ' -fundamentais
'" -"-j" mica, etc. «olucão, além do servir mais
Esta indústria tem, ademais,
largamente as n g^uito mais econômica, porque
S e r é . ^ s í - r u ç ã o o o n - , ^ Te p r o d u z i r q u a l - a vantagen gfjggignal a um número limitado de
desenho. ^ ^"raples questão^dp® uiatérias primas. reduz a j^gúmulo do secções numerosas, capifu-
Consideremos
pecto. agora, a
mterpretação do Hdas pór matérias primas.
Em conclusão, poderemos chegar a um composto
e es^tá"áquina
n i dode
i vadn oM '.
mpod
' a^'°n
i dustra
i ln
i vadu
i jp oficinas quo compreenda todos os trabalhos em
produção manual. A
127
126 A ESCOLA ATIVA K CS TIUBALHOS MA.NI^AIS CAPÍTUI.O XI

locados de sua função didática e absorvidos pela


r "«"lelador como última fina- intensidade da produção.
em ^ ^^dição, e os trabalhos Ora isso a oficina particular faz, sem que o
c"naUztões/":;.raTÒri
tação e a qnento a 'trí°^ t TlrrSo"'" '
-"fSdi Estado precise de gastar um ceitil com o ensmo
'"^Werfa pena fazer aí um bis in ide», com a
eletric?dide"Ò t™rde'es"ola'nr'r"
densado numa escola de nrfil õ
desvàntegèmdeserumadupcilataquecustadmhe.ro
"'"i^esTI^-ràalcgaicfe
Kesta fíafdevse, r•egcop^ra
nômicencarar
o o siste
o que eu admiti, po^ "P do problema. Pois bem:
ma,
unica-
mente o aspecto econoniico i
™"f zti nem econômico êlc é. descabida ao
a êsse desideratum era n I se opunha Em 'dutor industrial, sabe-se que
adaptação imitativa no empirismo de Kstudo a função de p produtor, em geral.
mava tempo excessivo Prnm« ele é, economicamente u jos Telégra-
Çao, o tempo do anrenri;^^ sua didatizu- Veja-se
niodo, que foi possível nr^ i'eduziu-se do Inl fos e a da Viaçuo, en i íjpj^jidade a não ser a in-
de mais do um ofício "^o^'er o ensino conjunto ções que não tem de um produto para
dusírial, isto '"Jao do\-ecc^^ pessoal ignorante
vende-lo, sem
do fabrico ou mal ad de produção iiidus-
nhecidos haconvt:3^;' ^os reco- Imagine-se o pessoal produtor
forma Fernando Azevedo precatar-se a re- Inal com a gradações de habilidade
ciosa distinção entre n uma judi-
(os alunos) em ggtá começando a apren-
manipuladora, cuja m porcentagem do valor
d e r. A c r e s c e n t e - s e a n i e s t r a n ç a u r g i d a
da mão de absorvida por ele, sem o tempo
e oítriqnulpeen^
s e jpa-.poder
a m o s , f o rensi
ça n
e ar!...
convir
Qnando assumi aT'' nínasso de trabalho de uma fábrica não pode
n mesmo de uma repartição pública.
alunos'Talavam Aguiar, em Há ainda as limitações de horário, a freqüência
s»r:i£Ai,iri;4 ~
secundaria uatàrSa ® trabalhos -s das aulas etc...

junto dos mestres des-


U í ,
12R A ESCOLA ATIVA E OS TIIADALIIOS MAM'AIS CAIÚTULO XI

Tudo ISSO da um idal de cxpiv^jõcs negativas .sauçãl o o abandono da ^lustriali.ação deram re


que oneram o produto, encarecondo-o. As condições tados os só forneceu nmnc-
dc compra de materia prima jor parlo do i^slado são A Escola i=""^^'tf""ek-ntes para a indústria,
roses elementos ^ profissional,
W sT OMC.rori.nc-nto. tximo ale |)ara o piolcs contra-mes-
Ssaa;s;fc-t*!»- Na Escola Visconde de conquistou és.se
Ire de loniearia ein in. .'msmo do terminado o
coniTen^^ T""vc"r^d^
lais escolas iriam üí°so'ecalçado,
"r''']'"'"'''- do togar iior ™'"^"''®°Virrdade na Sousa Aguiar,
tempo dí^ sua e^coLii : eoiitríi-mestres da Ls-
que se a Prefeitura abrisse sim caro d Oela saíram dois professor de Dese-
cia e comprasse no mercado " coiicoriti cuia Voiiceslau Braz c ^ em Niterói,
Resultado: nem ensino ir'"" nho da Escola ^^^f'""^_,..sc.ent.ar que o argumeii-
A produção, na escoh' " ^'^onomvd. , Para concluir, <Jcvo 'ic ^ i,ulustrializaçâo
gica, quando, na indúslrin 1" ®^l"'esscão pedago- U) em favor da especia ateudidos os inte-
duas expressões renelem J ™ econômica, c as segundo o qual cricoiitra apõio nesta^
coincidência. A fábrica nr possibilidade de rOsses da iiulusLua, . .^mericmias. como South
ensina a produzir, o' m que a escoJy- As grandes Electric, a Westmghouse
o mais possível intenso- i pnnicira deve ser Bend Lalho Works, a <jen ^3 ensmo profissio-
e outras, mantêm as s ' - produção industrial,
necessariamente, lento ' ^ tem de ser. nal inieiramente sepaiac didáticos de
Como conjugaf ePir-i-y
sária de uma, coni a ^ intensidade neces- A South Bend coin, escolas pro-
pria essência da outra? ° "Metódica gue é a pr^' ensino de ofícios, que
Fmalraente, o it.-,,, n
Eissionais. especialização, leio numa publi-
cação de tal sistennr necessário à apU" que toca a e p carioca, Brasil Feiro
cação feita pela revista ,,0 ensino profis-
m o r n dsofre
momento, e sdae agravaZ^^^^
r 0 0 0 ^ ' tendências
d e d e sdo- Carrll, o tiycho «cgumte,^^^.^^
sional na há um departamento sepu-
«Anexo as one p^clusivamente ao ensmo pro-
m i a c Gcorno
P ^ censino.
^ i í n n e ^'^cficaz,
n t e i r -como
n i i mccono-
ento rado, d"® àquilo que'se refere ao ensino de ofi-
i-ia no arquivo dn i? fjssional, naquilo madeira e me-
cios em turno da oticma do modo-
relislo dó?n"'^ Sousa
e g^ests daSh^s^
industri-nc: . ^^nsa Aguíil' mdústria, pelo^
"T modo que se agrupam harmonicanieiite os
«fícros forçosamente anexos que constituem a for-
nos deixambem
claro ^que
cana^°?° cartas.alu-
o rerrU desses de J fiac.ií.i • v!.i rraliu»'w. .Miimiüi---
y t;. ii Fnnsecu -
ne de desespeciaÜ'
A ESCOLA AT.W K OS T,> U.ALMOS -..AVroS CAPÍTULO XI
131

''0 IHMM s.n.i.Io .la que se acha agora e deverá


de estudos para se colocai ao nu P jj
férias^de^-íula Lcóricos, isln r, aia- pois é .'"duhitávol que -iqui a exclusivamente
- wtta -TE'syi.:'-.- »«■ fia sera ''odniiida a "ina m q.
mecanica e auxi lai de po^^.^^^ o campo quasi por
grafia a zmcogiatia . ,rojemos, mais rápidos,
completo aos processos '"a gaij,, de roto-
mais porfeilos como « P™"!Sso
gravura, ele., sem aonta. os q«e^ J aparecido, em
épocn terão ou poderão . . Uc^piando os técnicos
vSsta do afã com que estão ^
para descobrir ^euipre i P atividade humana;
se me'antolhou líin ■irH,!^'"'"'" capililo (luaiid" zonLes neste importante ' i destituídas de
e osLas minlias ' estou há muito tempo
de Maio do ano "orren?; "? fundamento, pois, eu m ■ eo,„petentes técnicos da
«m depoimento e ropSl ^ <!"« P"'' em conlacLo com os i^tar os estudos sobre
piof.edente do que afirmei fontiniiação Itália, na matérua, . aperfeiçoado do que os
nstituu- o módulo do ao que deve um processo muito ma. ' r^o da eletricidade
dt em face d[ preferível do ope- atuais, bipeado pobre ' sentido de tornar os
à composição c a g ^ ^.'.r.iHns mais econômicos, do
mennl a tie podrn^ " «niecanizaçao
''''" »"•'•• '* processos atuais mais
í 'i Esla
p l i c declaração
a ç ã o m avem
i s tracer
f a c i lu. » c o n f i r m a -
ção da minha tesefj-
vaçrio plena que recelxíu do craade
(1) 'pcísoto 'íi miolia de imprcasõos da Escola
a que mo ^v^uue o o» —"«x uu culoo b^'* diretor geral de Instrução Pública,
«0 P^wcini, no artigo Sousa Águi«r-^Jite3 palavras: instituto Sousa Afnnar, mau
por mco díu 3^0 nue 'ive da gxcelento. A nnentaçao pedag^
dos ensinanientoQ^^^^^'^ pederá «; i gradoVda^
acaalu-wl» e '^^'^'^^y'lstradi)
profissioiml ai *» almeja: tem método, técnica
a educação sistemaantes
e creio
e
íinos, quando cio ^^eolas ® aprovei ar Kica do en8^^^,\ç^pv 3. «^^'^'T^iocciXlda. Ou muito mo engano, ou o
subsistência
uha opinião que anro?eb
valor f
fostrução íeaenvolvimento e a instalação que re-
S^í" So^í:;/S^'aígu^anos um viveiro de mostres c até professores
passo em que m-> í^^^^l^iuando ■, pois é nu- X'^trotoího'^P'"'-'''''°wiirPtor ^stã implícilo no de sua administração, ^
«P>«ndi. dt^hotT-^''-'"!. daípd a^i "" »po™ ve°r íori d. compkto C.xito. n.o, 4 d« Ou-
l«in __ (a) Afrânio Peixoto. i>

aprendeu,ttra-se
eucoLí ^ idlide d^ "
êle nn aproveitar o que
tubro dc

uiosino progresso ein


133
CAPÍTULO XII
132 E^CJLA AT1V\ H; qs TRAÍIALIIOS MANfAfS
rolo,„ho aa,nbcr^n.t Cia.^ Sr.
Tíio dc> Janeiro, 3 de Escola Profissional
Urinlo da ln
' n®«^ p^ ^ .jnda como operário que
S o u s a A g u i a r. — i M - r . , c h o q u e o c u p a r á
trabailia nas nossas ^ depois que tenha
Ia! lo«ar o mais "'do pos ivel ^
a pváUca de ser mais rápido nos^^
dar utilidade a ^ ggoOO, paga que os
capítulo XII que prático. A sua cliaru depois de 2 anos
Ag
l uns documentos e provas outros aprendi.es ^ue há de sua ins-
do Lirocínio, isto pela geral nas oficinas
Afüíi de impedir -i - i trução para a do^ gempre nos mesmos
a impressão do anriorlam de coiiviroões so]> como as nossas osi.u j
trabalhos. . ^assá-lo com a máxima fa-
pre o cuidado de contml-,?. Com M. P. P para o tòmo mecânico e
Aguiar, todas as exner^ ^"^^^^^osamcnte, lui Sousa cilidado do tòmo de ma i . pouco conlie-
que os resultados fora.iuíazia, de modo dèste para uma re'nirad ,1 indicações de
quaisquer erros de perin. llberlas de clda nesta praça^ ® euUoii discretamente os tra-
^ Nao
da me limitei
propria a eXh
esc^l^. Procnífcontrole deiiíra pequenos detaiueb
balhos c o n fi a d o s . Sr. Direlor do
ensino propinado, fora ní, r'-'-'pSes f"" De tudo isto Aguiar, ao qual eu mando
duqí/™™"" Insütuto Profissional bousc sinceros esümulos
dustuais, a e''"'-■^belecer
u,o servip^^^' ^cor''™'"'
^-P-donindústria..
oia com oPaW
s in- os melhores parabéns e exemplos de
Tvr;,^ „ muiados OS mcus OV para tão benéfica ^^ra 4 trabalhadores convenci-
iudiístria pare^'^Lr^V^^ ^^spostas --i í;Teligència o dá At. Vndr. e Ohgdr
tàmb" Chefe das of.cmas e soco da
casa.» . . como se vê, é a de que
alguns element^°'v^- ccplicismo- A primeira "áP p era pouco rápido e
e osCsrs.
o mColomhn^^^P^'^dOncia
e c o n ^ d e a m - o ^jroblema-
ferecem o trabalho mais teórico do que prático,
da Garage Lancia & ^?cada entre meu do quo o P/Safo seguinte de sua carta, o mis-
ex-aluno da Sousa anrrl^-' Proprietários Todf'-';,^ uma afirmação que valoriza como qua-
suas oficinas mecânirf^'^' io\ '^oiaçao sobre um T
' d técnica aquilo que êle acha menos apreciável,
tênnos; ameas, está concflK-T ^"^Prog^»^
^da lios seguintes
o
135
A ESCOLA ATIVA K QS TK.. CAPÍTCLO XH

jnai?
v;, fundumenlnlmente a flO o/o de suas necessidades go-
'""'Essa expressão de por sug^itTna
mente arbitrária, servindo apenas p
aado a execnfar ^ miíialiva e cüuív idéia (kl relação ^z. indagar:
10, corto *a ^n-i as oijorações Feito esta ressalva, o/q qi^o ficam,
circunscrifn seria de início maior, -- E para as necc^ssidades dos_^^^ Operários?
cessidade de trabalh?!?^^^ f^áqnina. Surgida a ne- onde c como se foimara . ^ sempre mdis-
um esforço indispensável T necessíU-io Já vimos qo® SrT qualquer que seja a
zagem nova. ^ udaptíiçào, uma aprendi-
LIJensivel
. „ „ . , i ; „ „ , . ! í r.na
J á grande
v i n a o s q u e>udusm. .1d i d ^o
luu i „nren
GambarSi, fofSloiííen?'' iqjrenável, iW ^r.
epmo básico fuadaWnS consequêiicia
tiver do ®^Pf®!''7„Ja dèseiüio, etc.
com ciência uplicad^u ® „tjetanto, o Estado pode
rano que, tendo comn!^ í"® resultou umlieopc-
utu
Como são ""O®"''destramento especializado a
mecamcos que regem Tf,'J®™ "« princíiíio^ deixar o cuidado de ud^j^^ por meio de cursos
conta máquina^, iniciativa das Pr"P"^^ operários já tremados ou
do aperfeiçoamento pau i profissões.
res ddTn®,P®®-'^=^ a andL aprendizes
' O Estado, já ""ciados
mesmo ; ^o jo que
a ''ggprdos acontece
Umdos, podo
dí «com ®.produzir, sem uuuo-
,111 Alemanha, Inglaterra e^ ,^oio tempo
criar escolas dêsse ' P ' .í„tivo, em que os idimos
tiSaí St^ar madeira, de i'ji' sSam das do tipo cooperatjvo,^ ^
Scâo tT"' de f[ar^ ^ fabncaçdo de cursam uma parte do s®, trabalham ii^ ofici-
marcenaria
t i p o g r a fi a dnf da ^ íírrS-z?-"" """'
z a d a s , Ts s e d e d e t i n t a s , d a que quis deixar bem
mecânico no ® ^"udaniA^^ fiaçfio, mecau'-
0 que sentido a? mu bou» tomando a os cidadãos de cuja edu-
diversidade de atitude, C^em condenados a ^fonm-
ficina que su "^dustria, não / ^^"^'uJmente, iies^a cacão se incumbe, nq .^^ destmo econoimco.
aplicada, de dp?^^?^de, nias n P^^Priamente na P'
dado a^utece na fórmula que sugeri e
Ora, rte realizei com êxito, na Sousa
. o estado in^dei d®
sidades específi^®^^' em vez a ^ de tecnologia- quu wnsequência de cuja fomação os ci-
Aguiar, ^ (Ia escola profissional oficial saem
'^rfco número d^ ^edas atender às neccs- dad aos egiessus
fmalidade, deve segundo i "^dustrias ou de m"
Procur^j. a form diferenças de
í°^"iação do tipo que sir-
137
m A KSrOLA
ativa i: o< rAPÍTCLO XU
'«ABM.Uos MANI-MS

lhes va^r^T-lran^^^ Prfipwh-ulica fiindaiieit-ai que Ei.s esse documento: «Questionano ao.- Sr.-.
tiva econômica, iia ülnu-dadc da iuicia- dro Marlins t-t Cia. , .„,i|,;do^ embora nada sa-
l^ünludes de aplicacão^Ie ' ''I 'm ? -.-Logo que sao g^uiham saláno?
bendo dc ofícios, os .qn^ primeiro sa-
Outra carta do sr Gimhor" ■' . Resp: Algumas vezes dia. - QuunU>
n'agar as resfrições d'a, nao pod-.rnsame.itfl lário? Hesp: Em geral
<^(Jolombo Gamberi-ni a-, /r tempo levam para ser aum pji.ra ser aiimon-
Hio do Janeiro. 1] do \h U>tcm Doit anos. - Qn^^tilo trmpo levarn^I^^^ j ,,0
O i r e t o r d o I n s t i t u t o Tw - O m o . s r. lados oulro.s $500? H'-^l • ^ ftUirtins & Cia->.
t/isonjeado com a bo-i Sousa. Aííiiiar I^everoiro do UlUi. (n) l.» - Que nem
exemplar conduta auf^ n U®P'»raçaa no traballio o chi Por êssc docmneiito se c 'T'-u"di;es
nas nossas oficinas. coiV^"' demonstrado sempre ao ciilraroin joao o salano de JÜO
nossos cumprimentos noi-, í renovamos os da iasa Leandro Marlins t ™ Io ^
lituto pelo Sr. a.ss"m "^d 1 "1»'^ <!'•" « Ias- réis, dado a B. C. 2.» - Qt " passar de 500
de trabalho conseguem os • P ^ ^ (■ (,oin 14 mo»o^
Com ^ ocasião pedinirfJ'^ ''balizando, réis a 1$00Ü, diários, ciiqu. g |,o„s PO'' «J'"
cie ma,ndiu- outros trôs inxr ^ ^uvor, se o .Sr. pode.
disposição para trabalh-ir "iii leniiu de aprendizagem, "• oi<, de ter na ofici .
outro quo saiba trabalh-.r^«'u líerai. luu o seu salário dobrado d 4 anos,
mes apenas. 3." -— ' .itineii" u sal.irio
Lezaq ode
e
que pachará
ossa ser
oTmnn ^
? Na cor- os aprendizes conseguem a | 3 ^ Jfalà'ga-
Ora/o B. C. com U nie^s, ^de
ZVvV -honm tÒq'.,'''
Adis. Ats. T>o no.s
e OhTa nós assina-
praci- aprendizagem c S mcs • ^ gggg. mesm
nbando, em Janeiro de ^
C produto fôí-., - , ^ • u) Nello rtunheriiií. >• aí ^ ^°íniciando-se com
Vemos, pois, PRf..;.;ga. embora m_.^^
profissional desespecu ho aue os apren-
Na í®®- ^'^comendando-nic salários baixos, salários especiah-
tenso de progressão das cscxibus
dizes comuns e os cg condições,
hloma. ^wateri.am mais alguns ^.íttidIos na5 Pf, ger mais
Te n d o . m e chee- ■ I"'"' Procurei ciUr tese p egressos
para que a prova a® g gão os ca5 cxcelen-
tins, envielhe o «''^'^'títncirna T^e um outro completa, pois numeroso^ atualmente em
da Sousa Aguiar que
transcrovo?'^^'^ '"-«-art? enlL?Xo'tí; tes posições.
139
i:}8 A ESCOLA ATIVA F. QS THAUAI.IIOS MANLAIS CAPÍTCI-O M'
- escolas profissio-
^ Nao_ me furto ao prazer de referir. o ca^o de propunha um concurso ouP'O da reiüização
nais cariocas, concurso os respectivo»
I'riin.Tsou'i^' d o u m a p r o v a n a q u a l t '■ ^
K's'de pianos, ' " gK"Mli.'s constnito-
Convém ainda referir nn, „ i - • ,i;fn. ■'™
' Estando,então,
r^iasSo per competição,^tanto
publicação rocento ci ^unos de ou
irata-&e cie imi
olicina cujos produ ofni '""f:
pv •lín»-.^ , . lamente o progresso ■ fhüvim
do metal, como obras em fòilm profissional. . -a várias Mq-
nando ali o chíunidn lustres, predoiiu- Correram os dias ^3 P.^f| ^ ^ar-
o repuxadTé „Vóf'° ,- oferecido pcciiaios. eu ^^berto d^^'^fi-ubaes' Filho
car uma folha de inet.i consiste em aph- rales de los Rios F/dio, Ro Boas.
deira girando num ^òrma de m:v- COS de Sousa Dant^, ^ ^ Papf cia ^
Jihecia tornearia em miu • ex-aluno co- o Dr. üoraéquc do ^ ^ circular p pe-
maior facilidade se modo que, com A «Gazeta»
tando logo a diária de ofício, coiiqms- das as escolas P^^^^^^ondições do cou
se o seu trabalho não •, t lhe seria deral e publicou as co alunos de
Chegava eu assim «'^'«cesse. a permitir a "'^^^^l^ração o jecializado, o que
sultados semelhantes ^"*'0 'T tomando em consi dese^P concorrerem
diretor de St. Louis £um''Í°®. P^lo sr. Woodward, Sousa pycolas especial^' aprendendo,
publicados no seu livroIS School, por êle permitia aos das estivesse seguinte
Lmente no ofício q^e se te 0^
Wta editado por X,° it,
^ Comp. do New Yo t K p,i, o .-f^r'ser mXs e sub-
Segundo o prónriíA u edilorial do 26 de os seu
escola, o trabalho ^os egressos dossít de Noiíciaf>- ([uo transei
títulos: j __ jQão
Sldlde :"^eSsTení'"'^ Prati™, num ^rnfiSStO^^K- n o
iiVelo ensino '^sjvaro Batista e ^
to de garanurdlf^-^^^^^^^te ^alho - -1 fazer
Ainda tive em ^'é ta'de^""""'"' " Al
fredo '■««"■''fjfo concurso^ jissionm musciil
realizar-se o escolas F
entre os alunos ' •, c6 a Escola Fio
nas do Rio. r^nvreiitcs, P®^^
>>0 Rio de danei™ Oa.eta ,e ^i- Faltam os concoirei
oditorial em ç[ue

a
141
1-40 A K S r O L A AT J Va I '- •: 1n1s ' ATfI.- A
« Il .. I I O S M A N M I A T S r.MMlULO XO

iissioiial Sonsa Aeuia]* ■imuíu ..


rfamlo-nos a sua adòsàò -Maine ■ laaJi- w 'ard, couveucido l-da 'Ç"';, J c,n fuce desla ultima
03 seuH resultados, e l";-^' "'™,a
o s ' iho. tentado pela Ga-
da duas^CMH^s^Mn" íurçaclos, d lailura prova do Campeonato ilo . ainda todas ms
Rscola Alvaro IJaUslTt f"' zeta (Ic yolíctcSy em l-dl6. ^ '*1'
Nossas cartas ceclaram razões para pensar p-irá cá novos esforça,
seus alunos não podem cnnV 'Juo «- E- possível ((Lie ^l®,'^^^''Vjicorrido para por ora
pelo fato da escola ,|a f'" "" 1"'""'='™
há, ajjomis, dois anos e nn f'lncionaiido
que, dos trezentos aJimns Alfredo, por-
S a T i — 7 "
SÓ vulto ostào há «'* inaíriciilanuo,
as o fi c i n a s . uiosos cursando
No primeiro caso crem^..
do aprendizagem a ano v fixação do tempo meus, defendendo-os 1 ure da maior par
nosso concurso, piiblicatlio a.s condições do constituo o fimdo insaUüir- ^ ^
os candidatos em igualflarm í " corrente, porimn
cesso elementar cie <•}.',, 3^^ condições por um pro- "'"o meu intuito
No segundo c^L ^ e as minhas dcinons opimões, basca
João Alfredo há mais\le\n ipic estão no a apresentação do ont" e resultar
sem concorrer. meses lalvez nudcs- riència. Do sen conf.o.uo 1
hate. . iiecessimai problema
linlretanlo, uâo ^ Joízes dos niolivos dos Este tlebate e mm ^.plarecimnnto
ilustres diretores
trará benefícios p-va entrosado • ralmcnie
do ensino profissional^., , também , lu::
blema do Educação .Nao ^^elusões.
ura problema socai q"e ,^„tos conciusoe
das mcU.ores e mm»
pti'a nao
uUipuTiUnçao®'':
poi' al,sol ungfetk '"teress'mumissivis-
Por outro Kdo espaço cnrhi-s,
feriaram coni o l '
brasileiro e patrmf Íí:P^^oso, nobu
Nenhum mo ivo
tra-clomonstracão rU atá
Elucidado pei^ tese
' '' experiência (i,, P^ra con-
Pi'ofessor Wood-
142 A rsrOLA .r.vA os t.u.ulkos man.a.s LONri-ISÕKS l-lNMS
14:5

xin„.,s de e.rpressiridadc, "filósofo"' Ana-


5::::. :;::a:;d:'díL%«--'p--f'<'---''
liro cie aplicnção dèsses
Como inslrnmenlo anuais que
princípios, matéria, a mais,
porisso mesmo deixam dc s feição mais larga
Conclusões finais nos programas, para aplicar, para
e ahíangedora, de nrlitérins.
lloin.'i. nesle mompnto nnc O melhor èxUo do ensino . assim, também, o
inn sal,liar eiilusiasmo ?' i ^ '"ra.ais da Ediicaçao, Deixam Ôles do sigmf .^ividade execiiliva
propoe, em ijltimji Eseola Aliva. que se único e i^^derial excicui demasiada-
elementos liteis e prodiili,m'l' ''"iier à coletividade dus mãos, pelo viem enunciado. Os efeitos
guido pela formação todn i " '''le não era conse- monto ao pé da literal fizeram-se sen-
raaiupuladas pela Escoh '^«''«'■diva das gerações dessa tradução l;X'^ssim que, cm tempo, nos
tomparando as defl;- |.ir em Ioda a vários para achar nma
i1i o e ' .destas
' nma , ™ ' ' era
?'m a S^ ,'^Çno
pmin m a nova
n i p iverificamos
dação Dstados ' „ii,or'os definisse. ,
expressão que resultado satisfatório, alias,
m e nparalelo
mento t o edasd faeni,,
, ; c i .'''^•'«se
ç L > mn, .desenvoh'i-
m t"' Nao SC chegou a defini-los como mna
pelo próprio fato de , ^ ^ quando os trabalho^
EoTt'.a" a IdeSma^fo e de P"-'rSt^n mn rodo qne hteressa à educação
manuais coiisuiu
d o ~ ,é «>««0 0 a qne chegamos,
fico do primSro conclíríl"'^'"" Psicológico
em bloco. -t'^in nós chegaremos a uma epi-
Fora désse critério nó J de parte
analogia ali tomada'""''" livín erafacão mais logma- Basi i ^
faos
pl^^cutrabalhos
pação den- :tnExperimenta
siderlos conm ^mn me.o
•>!« ,

posi ™ãoa
f'z°nJ!i?®®?'®Processosod
P">S ^'"iclamenLaiVsôbrf. vigentes,
lozzi e Charles H-im 7 pnnc-'- .1. n-« ^ SfSS
os quais se procunnf'^ f ^'"ícon, Pestn-
máximos de imJl, ® segundo
rosponder, coordenlda ec ?dependnnf
""= l'os ® devem cor-
trosarS
' Trabah
l U^ em que ée
dü ciwricuhiW!
l s pudes-
•^'monle, os niá-
14Ó
1-i-l
, ONfLUSÕrS KlNAlí=
i'HAKAl.HOS
•■• - V i . u v » . - . M.ANfAIS
.W.-\.\IAI>

^em parecer mais iimsnpr-.ri , í


no
v ' ensino
« . - i i de
a i j iPoitueucv
u ue i'OltueueJ jjuj Uma. investigação mj.-
tislas norte-americanos, ^urmit ^.gcolha de
Algumas
A l g u m asugestões
s ^\L c
Ihores resultados nos -.iodes e funções,
os srs. professores um tr-. cíuistriiir deram (leram
la dos modelos iim-, T P\H'ado gorai sObro a esoo- homens para os postos, ^ tratar de qua-
"lostrar como e serviu para Note-se. imiTin, que, ^c £oi feita sobre
de eduraí^ão e de enJír>r« 1'ode (irar narlido lidades de ordem geral, a m h formação mais
m o d o a fi c a r b e m n i a i i u a i s . d e conscritos, isto é, lumens con
do meio do cmtreJace o íni d(íveni servir ou menos completa so rt , '(_^j^inaníes. Não
des de criação, i(leali>irt„ ''■■P^'"'líacia das faouldn- mcnle, os efeitos de suas deten
renoroco rio pz,„_- -Kao e ex-opim^^ .^..ivnla rava uem podia educativa.regular e nor^
COS, iudlrx-s para ,uas de aproveitou" o
mal, nem se ' 'uerra, aqueles elemeu
utllmente possível, na g mnnados. . , í „
ou mal fonnados. mas a 'sto e, de for
Ora, qumrdo de .„eios

do livro expausao dos ,gçru>, l"'"'^ocupação de


ipiico cru formaçao -r ateu V „aç
celameiilo, dos de social ou e j^^cupa-
Iho limilar uma f..jha de tL-
Por conseqüência ^^^dsmo nitidez
ção de pco^erar ue " edestiuem ^ colaborador
'Auvao. — ue Criacnac. cie piui'-f
Daí, a coiini, ^^^'^ificiais da Civi-
mo devo indagar da° o cn ■ i
possível, de tais nrl ^ profissional
subdivididaniente n ^^''^foíogicamente
-ossa"
Jío (foalidades
ims como e^arn
o espíwfí^.^^^ o nisso
investigação
'ornando, as de \ ie-se © '^
"mdmaçao, e(c "í^alidadGs de ^
,1 EscoUi -A
10 C. Fonseca
M fi 147
E S C O L \ AT l V * r * OS '''«ahalhos MAVIAIS
• MA.M AI5»
CO.VCLUSOES J-IN.MS

UO ''tlucadorf P°'' P'""',''"


do
])ar:i aquilo que Ihe nnr oiicauuiihnr o eduranJo
para êste ou aquele den'''\®'^'''''" reveladas lor-lhe í_"oinuauco ^ conclusões
, Háser
PossiveCte caso tia especialização, bnsea ' ^^.^ção profissional,
dove a educacàou7r'
v ^"':couceilo
' do qi"/' rosullaiiles da iiidagaçuo m uão desce a
do pressuposto de dove parlir A vocação, no indivíduo de uma
tes, mas, ao contrárS vocativos pré-existen- tão nítidas objctivações eo ofício,
Çao fundamenta] oug nf^í. f^^oporriouar uiiia fornia- profissão incluslrial, a prmi x^ndência vocativa para
os discentes possam 'f"' Pode-se nascer com uuu ja poesup na-
senão para todas, ao mpnL aparelliadanieiite, a grande arte da musica ía p
sivel, de iniciativas nn ínuior número poí'' quilo, bem entendido, 5"® que as deteniunaiites
, Ochamado
CO ensino ensino
primária Prática.
prof?rí^ ^ prolação natui''^' criadora, mas ó absurdo ad° jhe criem
nalurais de ura PirHistacador ou
arater de formação ^ mesnu» lismo vocative para mar ggryir ao ^5
^ ^tençã?do f "«^^stituc o espírito, O Estado, desejoso 1e
em falhía" H^^dadef''^^ secundário, o cha- indústria, sem faltar do «esmo prof.ssm
pode resolver bem o P gj-iaiizá-lo, e es '
acM^^ poimt^f"^ efoiLos finais, por Li, procurando evitar fP^^is completa formação
a tradir-irt telhas linh-jt: propinado de por dar a êsse «todao^^- '"So de pos-
tos do ^'in* , cultm-o , ^^^^sicas que firniaraoi técmca fundamental, ^ ^ largo ^P
nào esta ^^teStual proporcioneao
proporcione noeducm
sibilidadesde
sibilidades educm«eonônúca,
^^^ônúca, oc
deimemt^
iniciati „sÍecial
jj^undoGonfonne,
èle tem sido ^ ^^^undário erudição. O nial dacle de movimentação .j^io espiai, ^
r i o r i r. T T. V i m e n t a ç a o " o , e s p e c i a l ,
o Bacharel levand^^^ Não se tratou ^^p, incontótàvrf.j;^^g„,i
oalidado, monnpní'^'^ P^ra
vida eontemporànet de ^ria expressão, mereceria o '„o chamado e ^ convém
mesmo érro se repete quo mais
Bo mesrn/^ ^ ^ socied^a^ criais precisa a femiuiiio. 0 ensino . ja mulher,
e ainda tem sS^ nioderna.' dar às meninas, „ para a jo que a de
duzido a mna ouír"^ de ensino primário completamente - deve vir «n formação
o do ensino seciin de baw^ Esta preocupação j^trimento
de ponte de naQ^ parg ^^^tiarelato que, como íazè-las operaiias, donas de mdher.
■ ^ p o 'à servia
ensmo, na ^ ^'de nos mélnd secundário,
para mães de faimba e ^ je ser m
^ seneducação
ofício ?fXpód« írsubstmír mfpre-
venficada a inanrlf^'^^^® didár°^' ritmo dêssc A s^-^-duo, sem se sue
paraMq,ier
±1^ ^finalidade,
^ada justicp'O
fica, na f o n inação
i do mui
148
kscola I- /-> •.
On TllAHALHOS
HIAHALUOS
MANUAIS
MANUAIS

ofeilos partícula-
até melhor dpnfr^ deixa tie hiMii servir c
Aceitar tão min ponto do vista,
tantos fatores flnfi. a intervenção de
d"os, parros dos indi^v apêndice
•social e econômif^n ^ r exercício do sua atividade
passiva, exclusivainenfP ffí '^""leni unui máquina tático no ensino de
do-se qualquer fnnn.->r.' detorminismos, iiegan-
Chega, a ser até i' ^^"'^drio. Uma experiência do método Francisco de
da obra da educTu^A' ^^^gação, em grande parte, Portaguês pelo Fm ®
^*^0 é a correção q r de essencial, Sá Freire Jún^r.
padrão hlunano^'"^ ^ ^ melliora aporfeiçoa- „ contemplação sentido o
<: Sucede, às tudo qormlo
lidade de seus h ^^^^osLidura na reapousabi- arte, sentimos, mluuíxm .' t,j^iho, tal * nossa mente
fez caminho^uL 'iH ^ artisl.q ao produzir o ^ (Jq 'jcgo senti eu,
Paraíso. _ ^ida, depois de to,r perdido o tabelccc entre o ex-atamento m ^ ^ ,, fracos
obra por cio realizada. I® ' ^scol^ ^ Companbm
tive A oporlunidado de ler
frente amostra de ^ ílomem uma es- lfa«t«í.is, que Co"nt°p^^uio editou- umas i^e^^
'^P^:^depois mostmrS ^eus lhe pôs em Iboramentos de SaO v ijvro. pstranbo, ma ,
Senti intonsarnenic o idéias, nm 1^ °
humano do esfôrço hin ''' posse devi» nidassobre
nidas sobre
o 1""°^o'^^ggnio
-Ao uchnva
estudei sua
estudei sua o
rude, deu à dura^ v°'i merecimento mente conlesso; eu ,,ecl Cori j ^ idéias
conquista. Aiud-fdo \ivl áspera
om grande parte q"" osfôrço essa quanto extravagantes- ^ pj^reciam
um cl.ein
tão cheia aç sobco^j^'^ie
de sincoridad muit" Oo-
g^^concient®. certo.
,tem
Por ela ei p\la aquilo que cu trazia ^%uando «^"lí^oran
camínVi^ P, ^ ^a
niaoEducir~®''^
dn at , ^Çao. trabalho, « extravagantes, tmlia S j^dc ^ ^ g ensaiamo daquilo
Çoamento em ane?f " Womem Pude verií car « ^ Agninr^f" ?os nas dc
raíso perdido ^^'íoamento' .\reconquista
^lora, de apcrfei-
do Pa- rinto, na «Escola Sousa roucas, P especmlmen
as realizações c ^P'^^^^^dido nas „,aiorcs
que êles haviam ai- ®®P®''^L*da3 instalações
ctê«cias. ,.Amos é-no ^ }i situaç^i • conseguido
^Qtiò' Deo/ Pelo que ''""J irto Í\'"'Te JarJ
O mais completos ^ os ndnio cienUüco
materiais da do prmciP'O
mais perfeito consóicio ^ ^^nhccim
E, quando, entre
r
l õ l
X E S C O L A A T I V-A OPs ^t r a b a l h o s m a n i a i s APÊNDICE

adquirido pelas impressões recebídi^í n-.^ i i - ■


realizarão - pelo trabalho inanuir ciências, e a na escola Sousa Aguiar, a feitura escrita e
jeto do uso corrente, ou de uiníri-f) coiifec(.;rio ile um oh- iiusciito e ilustrado; e o ' 'Qj.iijoi-ação variada de toda
patentemente, o princípio -i i ? em que sc aplique, desenhada ern ambos os hubs com colabora^
um filtro purificador e fixntln'^^'i • como (pie " •"'■""U vnqiilKdos ihi escola ativa, procurei
sim, poder-se-á dizer nue' ^ — o deacnho —. então Confiante nos bons lesulU Corinto, em
aluno aprendeu. 'ealizaç.ão foi completa o que o empregar o inélodo aquele método orr-
E, no dia que em tnd um' dos capítulos de sou ZfZZ ,Z os alunos do
assim; no dia em que -i nnc^ uossas escolas se proceder ginal. Empreguei-o. E ^
ter recebido üso que se ch-ntT '^^sim formada, por curso intensivo, isto e, ent tL-cnico secundário-
onlao e.sperar o «xtraordinárifi n integral, poderemos. para o exame de admissão ao o muito menos ahs-
que oss.-, gcnto irà «li- Parecia-nie muito mais i (,„tegorias gramaticais, nu ,
Nunca será demais trato, ensinar por tal
experimental, através de da educação os resultados obtidos viver, so uss-m mo PO^so
manuais, que venha derrubar " ensino de trabalhos inlerèsse entre os meninos q 'gjgg enunciadas, coii
exprimir, pequenas sentenças, P .... curso de
Ts í'™"'® osljg"; ■' '""'■ull.uu que ton.aram coaio extravagantes desenhos. ,. q mesmo metwlo n j
eaucacionaL*""'
j , 0'uç.io
""" ^"^ade,
do
a''sofuçnó'
nosso
''f'i7"a
problema
Deliberei, por is^. einpioguu^^^ 2'ejetas
l^mbro-rne de que -m linguagem da Sousa Aguiar, ' ^fjuieidade, o ar jcgenbos
oní^çàel expressivas, ^Sneuto
com todos os sous tenno ' P^^^j^pechnculos qu ^ al/i
invariável perount-, respomi embaraço com «lue revelam a aplicnçao c^nio SO^S^o-f ' ^ j por um
nós, 03 recrutas- çZ'gj ^^^'sííitonamente. a
íerrôlho ou o cano^ ^
«n aulas .le oulvas •■'«''llrC D-
música. Em música, snn. Tno ^"^^p^sso musical U S
o b"m do c 1 ' trabalho que apresentava u disponlo.»
j f^i à escola «unt"
- o ferralho. « Mario hoje ccão foi
o íerrôlho também n ^ arma n
quentemenle ambas Poderia fazer Podia disparar scin
va assim, e eu, boje ^°^plelaví"^ ° conse-
meu vellio cabo, de óutm '^'^vida al!^' ^
a i n d aconstili
trabalhos manuais n o ^q clreb
u e 'n^^téria
d e s c o de
b r iedu-
r o
— . q 11 2 . 1 3 a " ® " -
r;n o, cio
antesque
umauma
me^odol
mSn ' ^«almente^"nsína
^ V?"- í ^ m-ãos...Co-
Os Maurício G»U="""'' 'i'nde
No que
No que concerne
concerneao"
anf "of '^o de cada ma-
ü encorajado para nov ' °'incS™ ™siiio. Examinand.0
-sino._
""possibilidade
^ depoder
^'^'^"Çòes doS^?' ^P^^oci, e sin--
P--. .entei confece?„„
alunos da jornal im-
svimcnlos
a sdosr eleiuo
: a .ggunlos,
s--5^^ -• -
''^o Álvaro Batista. Leigo, porém, em

/ ^
152 A ESCOLA VTfVA F. OS TííABALHUS MAN^AtS ArFN'DICF
153

a n.ea.a„ „a fSa
raulo é ,er,n„c mmlo )„„„ c av,ig„ a :Ío;'S:Í^ Ò cnn,„o
' rfeô„ico, parindo aua valiosa o,.-
nião ív respeito. {nioipssamlo-sc pelo trabalho cm

Í. -r íiprC-ro, o q«o alu ;ni,.rro"OU o autor do trabalho o mos-


veitamouto !^'""nsr,Ua ' por ler verificado que o immmo
Irou-sc roalme ^^^rrício clc linguaçcm como amda, liabil e
não S.5 acertara no fJ ncrto, e mais, atribuíra
ScitTatosCsciasi aos eo
l n.ontos corespondontos. dcg
i ual
importância Famaliaal- imnnsivo, um houvo quo de-
Doutro ->10000 MaMvos. adjcticos:, uor-
senhou uma casa ^ ^ aenominou: Escda Gramatical
tos. fTOUomcs. a,h-erh:c n^tra.
(lis- 3) ■lâ"''»- catesorias eramaticais empregadas,
com a delernunaç.io - ^^jjj,alho tom incorreções mas, i>oi
£■ l)em dc ver , atenção. Trata-se de um exercício

- - ■ ii:;tsr?^^
•2.

^(■££íCa2ú/2Cr

Henrique do N'asei
SUva. 10 &QOS.

tlA>B 1»^' da Coaceic: à o . a t o . -


Syru
i B BodrB
i uea
1Õ5
apêndice
1Õ4 A ESCOLA ATIVA E 03 TRABALHOS MA.NLAIS

,k-senl,o .10 VASOS dar», da iafluõnc.a do


„„,6,n con, a ""licacao tamb ^ j p,,
siijoilo sobro o vasos comunicantcs dispostos
sição. O doscn 1,0 ia da pressão do ar al.nostenco
on, linl.a, o, ^ 1 nos divorsos vasos, o
,d,ro ns snpcrnc.es^^ln o saio,to, o verbo
«o Bms/Í muilan riqueza, q„e „inâa menino elci-i ao
estão qmsi inexploradas. » " ° -o,'^Sc^^'pelo exercido entre as aa-
15 mais, a bencaO ,../i„aic.indo, claramente que,
"S
' Xlod^rrproiessores devem est.ar en, continuo
^Ín3u«r.-.SSÍ^^ r

°Dento"oe 'liSbon slr^Íniàrn" pAnei™


c u r s ..
o írn
d oser.unaãiio
i s „ p e r íâ.a
o d ^le
o ; sobremaneira.
imagina c rea-
Lrimcslre de - ^ traçando órbitas às pa-
Nuni, (íio- ^ cislema placet. e o eouilibno,
lixa em a analogia «°''®/J„aante,' estabelece, sôbre
tavias; c ovilencta o es disposição
ou a concordanca dos contrariando embora o
uma proposição geog ,, ,,g4
dos continentes e ^ p^élodo
velho conceito de convicção <1^ ^ Ua
Hiltou Machado _ Turma A3 _
S.o
ÍNDICE
y

11

) ' r cf r f ír li l< *^2' 0® c d C


iÇll'*

-
A-PÍTULO l
r-: 13

25

mais, in> programa . m 31

exemplo 37

.... .1... ; ; 40

o.cnn..o. <• 61

73

o. »>»■"»" c^PÍ"LO VIU 79

85

- '"In- s«r- ^ 9 7

11-1
Hxporiênci.« « CiPÍ"«-° .
i,uUislrial»za<;ao • 132

líspecíalizí^';"'' ' CAPiri'LO ^ 142

«-.rsr * '""■ : : : : :
149

Concliisocf . ■
Apêndice. •
Edições Melhoramentos Edições Melhoramentos
LÉON WALTHElt
ÍÍEXATO S. FLEUrtY 128000
Adolescência Tía-no-Psicologio do Trntall.o Industrial .
Educação RuraJ _ ' ' ' õSOÜÍt
y$OUO
ludgero jaspers, o. s. b. 18SOOO
mMlNO COSTA Manual df 1'ilosolia . ■ ■ ■ " 6S0Ü0
Aprender a Estudar História da Filosofia . • • • •
Pela Escola Ativa . ' ' 7$000
78000
PIÍ. ANTONIO I>E -llEA'EZES. S. J- 28000
AIÍLINDO VlRIiu. S .T
•• Nova 0™„uaç3o do E„™„ Compêndio de Civildade-Eclucação . ■
TE. W. DEVIVIER. S-
108000 158000
Cui-so de Apologóiica Cristã . - ■ ■ ■
O. JOAQUIM SILVfiUIO DE SOUZA 38000
88000
A Educação na Escola . - • • •
Noções de .UtQUlTICLISO SANTOS 2801)0
L08000
Educação Renovada . ■ ■ ■ " '
PB. JOSÉ MICHEL, S- J-
208000 PHmom
i comunhão das Cra
i nen
i has pro- 2vS000

"• "ZTb. - parada em família • • • •


A. DE S.UIPAIO DOEIA
Educação 10$000 4S000

Educação Moral . ■ ■ ■
'•—..cr"™ ■ • • . . 68000
Edições Melhoramentos
Obras dedicadas à higiene e saúde do corpo
DR. SEBASTIÃO M. BARROSO
Educação Sexual ....
Higiene para Todos .... "SQOO
As Pragas Domésticas ... -
ooüOO
Biblioiéca Popular de Uigiene — A Saúde
para Todos. 27 volumes. Cada volume . lü^^Oü
Elenco doa volutaci: l. A Casa e a Saúdo- o a,- <
o Saúde: vol. I. Alimentação e Alimento;;";,,; uT''"
lha. Proi^ro o DiBestão do.. Alimentos; vol l í' o""
çn-s da Alimentação. Meio., do as evitar- S n a
Nosso Corpo; 4. Os Matos cmo as feris" do n''""
dos Animais nos pmlcm causar- n. T 'í<«nom e
I'. 0.S Decáloços da Saúde; 7 O Snl "° Saúde;
Ve-stoario e a Saúde; 9, Q r,,,\ ° a Saúde; 8, O
cação Física; li, Q Mundo dos
dos Parasitas, II; 12, o Mimdo'l T' ^
Mundo dos Micróbios, 11-13 D ^^'«'róbios. i; o
aos causam; 14, Doenças que'se TZ'^ ^««ctos
15. Animais Venenosos; 16, Doenon?'° Animais;
cios o Doenças que as crian-a, P^^sam; 17, ví-
outras; 18. O que se pode esp^r^, das
quo se deve esperar dos remédio ZZ I; O
-édicos periódicos; 20. Doenças «ame.s
21. Cl,mo estudar com proveito oo T""'*
' -■ aaúdc o Doença.
^MwmyyiiyyiiMkswyu
* l w n f fi n n l
niplnw^^
11 ^ 6 2 B * 1 » 0 — ~ OaiSNVP 30 oiu
iwntt oaaan vna - oinvd oys
o i n v d OWO 1 SOYWHI OOldZSISM)
_j^3q SOXN3WtfaOH13H VIHNtfdWOO
000S3I
000«L • • . . otaoSng •0j[ '«o^ospJ/J ao e o^suj erw»/*
000S03
00033 BOWTJR
• • . . Çsof oioçfj
Bob opfOfi&ji
ftRr./.' —Oüinuij
piüoOvpojo"
— i^USidf
v{joso2fá
00088 ' • ^Ksnrtn. ' 0}aí[0;iinbiv 'opmouan ohivonps V
00083 • e-tran-,^ mintíTOf -p 'y^OOSff VU OVÒD0np3 V
0008i . . . lí^°5°oínv "opóDonpa — ^pppjíJrtJO ep otpupdtao;^
000831 • • janiin,». " ' * / ■ oannj[á' 'o.w pjoosff viaj
000801 rain-imiT^^ f«>f-'?«puj oi/jvqvjx OP VfOoiOPjsdouaox
00089 . . . •<í o«®I opiDonpjf ç ippvotjdy ojffojofisj op taoio/i
00089 . . . , . " ' ®5PJ®f o^'BDOti 'opívonpj o pffiípuosjíj
00089 . ..!]'*■■ Ainojj TCiaagg oqiraaa 'oj3«popojop|r
000801 •I Sp ^JO'A
_ ^ opoi^av . çoongg
• ■ . ejpcd 'oujntg'o^uasii 'jvjns opivonps
op opâofUdfiQ one/f |a
OOOÍOI
-J^spcsôjoo" *ôp^ír^PO-93 (KX)89 oimd oiotrçoeA ® oncueg rej
00088 •ongf 'oDíjDjnpa'o oiuout/j — PT
0008f aoBttajQ çupav 'roofypsojtd sota
eoj<itupu ao tugzfp ■e i q o j j B o p j v n j y o p ô o n j j g — g l
00089 ' XoMOd 'oviopnps a opíA — 3T
sanhiTJJM *1 upnjtujQ 'oumu OOOSOI oSncunoq 'Dnoy vjoobs
•Md ^looa!r'-mvj,joa3 y-Q^ op opnjBS 00 opinpoijui—tt
00088 ■ ■ oourig o qoma '0}oup0fi
o"!>O'-ÍS5 •9JUI op vpfpoyi èp aoitoj — Qt
. * * ^0}XIOOS9K[ JOU 0008^ • ■ ■ oJQiJuoá T '®'iííK ®ío®
-OIJOY {DUO}OC/|f Viuoipj Q — '°T K —6
O^isopv *op3Donpa; a "^P
' W —83 ' •^flÓéÍK-íííííál# • • COOBOOJ
• irp o?opt>o• •'BfonuojT «oi/joq
07.uajor -uajug pjoSj"'Y
' *l!íg2 •pjX ao' 0 onfíY o\ooBs V — 8
0008f -BÔoíXMd op M T
smjaj^ op lUtOXlOT 'itF 'oijDiOoaQ oujaus oa otuoQ — l
•pjfl ou o|jpui.u,j oú}ffiÍ3^ o —12 00089 •••••••••• sana
00089 oq[T^oónajtio*i*3ajr — QJ - n j a i o a o i A fi o ' o p i o o n p s o p
(«089 01°!<I "isg 'aopp)0(j woa eop oood tua opi^awi>í«pajffH V — 9
opÔDonpa pp otüojqoij o —61 0008t uitaqjiJTia e[
00089 ^auqpdiiji PJTOU -1U13 •offfojoioog' o opiooitp^ — g
DôuppnjY uw Oüóosft 00089 ■ ■ oonoao onbjjnaH "oanoo
*IAJO viuti vjvd ovioonp^ -np3 ojff»A ®P o '^°8
." „ ' ' ^®®0 oniaurj JajpjDJ 0 OfU0IUDM3(lm9X — f
•tuaSimGufj
• • • o ^ djoufau^f
o ^ A Ç outojy
j B a ' i—
ja n OoOtf ■ 'Buod oixsduiirg 'ooiutptwaa'
opüòottps ojoaore opòDDnps — 8
'Vjg op jDjnaoj spt^jjp^uojf OOOSí • opO-redBio Pa 'mueiutjod
op op&Diujo^ o o ojoaíj Y 91 -xg vfõOiOOiBjoooioaas V — 3
0008^ ' tunojç op janqy 'pjoysg- ou 00089 at«9!d:
geatpjofuj op uojjus^t sq — •H 'ioiu9U}i0dxs ojflojoaiej — T
0H7IJ OÒN^unOl 'JQ ojdd opozjUoBJQ
ovòvonaa aa voaionaia

Você também pode gostar