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ERGONOMIA E ACESSIBILIDADE
AULA 6
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CONVERSA INICIAL
(MEAC) para aplicação prática em um projeto de banheiro acessível abordando os seguintes temas:
CONTEXTUALIZANDO
dele possuem abordagens, que podem ser usados, de acordo com o contexto, com o usuário e com
Optamos pela Metodologia Ergonômica para o Ambiente Construído (MEAC), desenvolvida por
Vilma Villarouco (2011) e adaptada para aplicação ao contexto destes estudos, destacada em amarelo
(Figura 1).
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Esta metodologia é baseada na Análise Ergonomia do Trabalho (AET) e que consideramos como
ergonômicos, para aplicação prática de um pré-projeto de banheiro acessível (Villarouco, 2011, Costa;
Villarouco, 2016).
A definição de banheiro é: um “cômodo que dispõe de chuveiro e/ou banheira, bacia sanitária,
lavatório, espelho e demais acessórios” para ser considerado acessível, deve contemplar parâmetros
de acessibilidade definidos na NBR 9050, por questões normativas e jurídicas (ABNT, 2020, p. 3)
A NBR 9050 dispõe de diretrizes de acessibilidade, dimensões dos espaços, áreas mínimas de
pisos, itens necessários para a projetação de um banheiro (ABNT 9050, 2020, p. 82).
sendo este o primeiro documento a ser gerado em conjunto com o cliente/ usuário.
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O briefing irá variar de acordo com a tipologia de projeto e do ambiente. Por exemplo: as
informações que deverão ser colhidas para o projeto de um banheiro são diferentes das informações
Está relacionado, também, com o tipo de intervenção que o cliente deseja: construção, reforma
etc. Portanto, o briefing é um documento customizável em seu formato, cabendo a cada profissional,
definir qual a melhor composição para este documento, de acordo com o projeto, cliente e contexto.
ergonomia e design universal: os elementos que conectam homem, máquina e ambiente. (Figura 1).
concepção a partir de um ambiente construído, considerando uma estrutura básica existente: piso,
parede e teto.
do produto ou do ambiente.
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Em nossa prática profissional, temos utilizado o briefing como um documento central do projeto,
pois é o primeiro documento que é cocriado com o usuário e que irá nortear as decisões do projeto,
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necessários para o ambiente cumprir sua função e atender a necessidade do usuário. Por exemplo, a
necessidade básica do cliente é tomar um banho morno. Para isso, é necessário que o sistema
hidráulico, esgoto, elétrico, gás etc. operem juntos para o ambiente cumprir sua função e atender a
necessidade do usuário.
função. A partir deste cruzamento de dados, será possível realizar as especificações técnicas dos
elementos que irão compor o ambiente para atender a necessidade do usuário e do ambiente,
O briefing é onde são anotados todos os dados relevantes para desenvolvimento do projeto e o
programa de necessidades do usuário. Este documento é elaborado junto com os usuários e
necessário porque elas irão impactar no uso do ambiente e nas especificações técnicas
para composição do ambiente.
Equipamento, produtos, objetos (tudo que faça parte do sistema do ambiente para que
ele atenda ao programa de necessidades do usuário).
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Villarouco e Mont’Alvão (2011) defendem que os elementos que devem ser considerados para se
compor o ambiente tendo a adequação ergonômica como foco são as que se seguem.
Estas questões técnicas devem estar alinhadas com os parâmetros normativos que devem ser
As normas que norteiam um projeto acessível são NBR 9050 complementada pelas diretrizes da
NBR 15575-1, não se limitando apenas a elas. Estas normas trazem referências de outras normas que
as complementam, com o intuito de abranger todas as especificidades que devem ser consideradas
Estanqueidade.
Desempenho térmico.
Desempenho acústico.
Desempenho lumínico.
Saúde, higiene e qualidade do ar.
Podemos então verificar que a MEAC está alinhada com as normas citadas. Em relação ao
briefing, este pode ser interativo ou presencial, para coletar as informações por meio de formulários
eletrônicos, planilhas ou impressos.
O mais importante não é o tipo de arquivo que será utilizado, mas quais as informações devem
ser levantadas no momento do briefing, pois são elas que irão nortear todas as decisões do projeto.
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projeto e deve ser dada total atenção a este momento, pelo Arquiteto ou Designer de Interiores e
sua equipe de projeto.
ferramentas e documentos, de acordo com as especificidades do projeto, tais como croquis para
levantamento de medidas, checklists, rascunho do memorial descritivo, fluxograma etc.
Sarmento e Villarouco (2020, p. 6) sugerem o modelo de tabela (Figura 4) para coleta e análise
das informações sobre um ambiente, de acordo com a proposta da MEAC:
Posteriormente, se realiza a análise das informações para condução das pesquisas para
especificação de produtos e serviços para o ambiente. As pesquisas para especificação de produto
para projetos ergonômicos têm a escala humana do usuário como a medida de referência para os
equipamentos e o mobiliário.
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as demandas do projeto e do usuário, para só então começar a busca por produtos que atendam
estas demandas.
Nesta etapa de inspiração, a criatividade flui, e esta é uma das atividades que mais nos dá prazer,
pois é quando nossas ideias e pensamentos vão tomando forma. No entanto, tudo precisa estar
Estes parâmetros não podem sair do foco, pois se trata de um projeto voltado para a
acessibilidade e atendimento as necessidades especificas do usuário, uma PCD. Não podemos perder
o foco desta condição.
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Nesta fase, se estes critérios não estiverem bem claros, corre-se o risco de oferecer uma
proposta que não terá uma boa usabilidade e não atendera de maneira adequada ao usuário,
Entendemos que a inspiração e ideação, embora sejam etapas criativas, devem se manter dentro
do escopo do projeto. Outra questão é o critério de escolha dos elementos pelo profissional. Não se
pode sugerir elementos do gosto pessoal do profissional sem haver uma correlação com as
necessidades do cliente PCD.
Além disso, deve-se avaliar a questão do uso do ambiente e o desempenho das atividades que
Como sugestão para organização deste processo de inspiração, usa-se a ferramenta moodboard,
que é um painel síntese, com imagens que representam o estilo que se quer desenvolver para o
ambiente.
Deve-se priorizar a harmonia na escolha e distribuição dos elementos, com poucas informações
visuais para não poluir visualmente o painel com muito elementos e confundir o cliente. A palavra-
chave é harmonia.
categorias e montar duas ou no máximo três moodboards para o mesmo projeto. Por exemplo: você
pode montar um moodboard com a composição dos revestimentos (Figura 6) e, em outra, a seleção
de louças, metais e acessórios para o banheiro. Esta síntese visual será complementada com amostras
de materiais, desenhos, catálogos de produtos, etc. quando for apresentar o pré-projeto ao cliente.
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Crédito: Archi_Viz/shuterstook.
Estes moodboard podem vir acompanhados com pequenos textos (um parágrafo), explicado a
ideia geral e a justificativa das escolhas dos elementos que devem sempre estar coesas com o
briefing.
A prioridade para pessoas com deficiência e idosos é a funcionalidade e a segurança, mas isso
não impede de buscamos elementos criativos para compor este ambiente, aliando tecnologia e
inovação, de acordo com o orçamento previsto para o projeto, pois não adianta desenvolver um
Um dos recursos que pode ser usado de forma criativa é a iluminação, pois ela aumenta a
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Este é um bom recurso para idosos que precisam ir várias vezes no banheiro à noite e, muitas
vezes ainda com sonolência, não percebem os obstáculos, tropeçam no próprio vaso e podem sofrer
acidentes.
Consideramos que a área ao do vaso sanitário, do box e pia são pontos focais de acessibilidade
e, portanto, deve ser estabelecido um fluxo de circulação bem planejado para eles, considerando que
o usuário é PCD.
Segundo a NBR 9050 (2020, p. 52), toda rota acessível deve ser provida de iluminação natural ou
artificial com nível mínimo de iluminância de 150 lux medidos a 1,00 m do chão. A Norma aceita
níveis inferiores de iluminância para ambientes específicos, a exemplo de cinemas, que possuem
As especificações técnicas de produtos para projetos acessíveis devem priorizar a segurança pois
a especificação inadequada pode ser um fator preponderante para acidentes domésticos, como uso
de pisos com acabamento polidos em banheiros, que aumentam a incidência de quedas.
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Nele devem constar a descrição completa das características técnicas dos materiais e diretrizes
para sua manutenção e para melhor performance de uso do ambiente.
A NBR 14037 (ABNT, 2014) estabelece diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e
manutenção das edificações que deve orientar ao proprietário, como o imóvel deve ser conservado,
Este documento, deve conter anexos com projetos elétricos e hidráulicos, detalhados e se
possível com fotos das instalações das tubulações elétricas e hidráulicas, antes do fechamento e
revestimento, para ajudar a localização quando necessário alguma manutenção (Figura 8) ou para
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No memorial descritivo ou manual do cliente, é necessário utilizar uma linguagem clara e de fácil
entendimento e quanto for possível, sem muito sem uso de linguagem muito técnica, que impeça o
os catálogos técnicos das marcas utilizadas, como revestimentos de piso e parede, metais e
A escolha do produto deve priorizar o atendimento das necessidades do usuário e devem ser
justificadas por questões técnicas. A NBR 15575-1 (ABNT, 2021) define as responsabilidades de
sistemas com maior potencial de riscos. Devem ser destacados, como a periodicidade de
manutenção de equipamentos de gás, alertando inclusive, as consequências, caso não seja realizado
os procedimentos de manutenção preventiva.
No projeto de um banheiro acessível, além das diretrizes da NBR 15575-1 e NBR 9050/ 2020,
deve-se observar as diretrizes de outras normas que são elencadas nestas normas citadas. Por
exemplo, a NBR 5410 (ABNT, 2018) trata de questões relacionadas as instalações elétricas e a NBR
10898 (ABNT, 2013), traz diretrizes para sistemas de iluminação de emergência. Em geral, a
iluminação de emergência é utilizada em espaços públicos, no entanto, projetos acessíveis agregam
Os sistemas de alarme de emergência em banheiros acessíveis são itens obrigatórios, que devem
ser previstos no projeto elétrico, conforme diretrizes da NBR 9050 (2020, p. 50-51). Devem
obrigatoriamente ter cor que contraste com o revestimento da superfície que está sendo instalada,
para que sejam facilmente percebidos e instalados a uma altura de 40 cm do piso, conforme Figura 9
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Como profissionais, é necessário que todas as questões técnicas tenham conexão com os
a ergonomia e a acessibilidade dos ambientes baseada nas diretrizes da NBR 9050 (ABNT 2013;
ABNT, 2020).
Saiba mais
Nas Normas Brasileiras (NBR) relacionadas à Arquitetura, é utilizado o termo “planta-baixa”, que
é sinônimo de “layout”. O termo “layout” foi adotado por profissionais e empresas do segmento de
Planta baixa é uma representação gráfica do ambiente, projetada em uma seção horizontal com
uma altura de 1,50 m do piso, podendo variar esta altura se necessário para melhor entendimento
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No estudo de layout de um banheiro acessível, para pessoas com deficiências temporárias, são
utilizadas muletas, bengalas ou andadores, consideradas como tecnologias assistivas em deficiências
temporárias ou permanentes. Estes elementos devem ser considerados como uma entidade única
A NBR 9050 (2020) apresenta medidas mínimas que devem ser consideradas no planejamento
de um layout, somando-se o espaço que os usuários ocupam, em conjunto com estas tecnologias
assistivas. Atenção especial são as medidas para pessoas que utilizam cadeiras de rodas. Lembrando-
A NBR 9050 (2020) define este elemento único, como um Módulo de Referência (M.R), que tem
O M.R para pessoas em cadeira de rodas tem suas dimensões estabelecidas de 0.80x1.20m,
representadas na Figura 10. A unidade dimensional utilizada na norma é sistema métrico decimal, o
metro.
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Áreas mínimas para manobras com M.R. para pessoas em cadeira de rodas, sem deslocamento,
Dentro de um banheiro, podemos considerar pelo menos três áreas com equipamentos/sistemas
para uso distintos:
2. área do box; e
A área do vaso sanitário e box precisam de áreas para transferência e manobras, e fluxo de
circulação, se possível, de um cuidador. Por isso, deve ser pensado o fluxo de circulação e manobras
A NBR 9050 (2020 pg. 89), estabelece dimensões mínimas para áreas de transferências e
manobras para uso da bacia sanitária, conforme a Figura 12.
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No layout, o fluxo de circulação considera às áreas de manobras e transferências para uso dos
elementos do ambiente nas três áreas de atividades que definimos em nosso projeto: área do vaso
sanitário; área do box do chuveiro e área do lavatório. Para que este sistema seja completo, são
previstos acessórios de apoio para o uso destas áreas, que são exemplificadas nas elevações.
Nas elevações, são mostrados os elementos de alcances dos membros superiores. Os acessórios
de apoio para o uso das áreas do vaso sanitário, área do box e área do lavatório são as barras e
demais acessórios para complementar o sistema de uso do ambiente acessível. Sem estes acessórios,
não seria possível o uso autônomo deste ambiente.
A NBR 9050 (2020 pg. 89) estabelece dimensões especificas para instalação de acessórios,
considerando o uso e alcances dos usuários, Estes alcances foram definidos por critérios
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Na área do vaso sanitário, a norma NBR 9050 (2020) traz diferentes tipos de vasos, como o
convencional ou com caixa acoplada e infantis. De acordo com o tipo de vaso sanitário, as medidas
para instalação dos acessórios, distâncias e alturas que devem são diferentes e devem ser
obedecidas.
As medidas para instalação destes acessórios são alteradas caso os elementos estejam próximo a
parede ou não. As dimensões para vasos sanitários, e barras de apoio, próximos de uma parede são
Vasos sanitários distantes da parede possuem outras características, portanto, para cada tipo de
projeto, a norma apresenta especificidades para instalação de louças, metais e acessórios. Papeleiras
e dispositivos de alarmes também devem seguir as dimensões para instalação, definidas na NBR 9050
(2020).
Na área do box, a NBR 9050 (2020, p. 89) estabelece dimensões especificas. Para instalação
destes acessórios, melhor performance de uso e alcances dos elementos, eles devem ser providos de
barras de apoio no chuveiro e na parede lateral ao banco, além de ser instalada uma barra vertical.
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Na área do lavatório (Figura 15), as barras de apoio serão de acordo com o tipo de lavatório e
posição, podendo ser instalada barras horizontais e/ou verticais em uma altura 0,78m a 0,80m, a
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Muitos pormenores devem ser observados em um projeto de banheiro acessível e para cada
configuração do layout há indicações diferentes.
elementos e fatores que devem ser criteriosamente observados para atender as necessidades do
baseado em princípios ergonômicos corresponde a fase de projeto, em que se toma decisões com
base em todas as informações levantadas.
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(MEAC), destacadas em amarelo na Figura 17 para condução e organização das etapas deste projeto
de banheiro acessível.
abordagem ergonômica e por se adequar as diretrizes estabelecidas na NBR 15575-1 e NBR 9050.
Estas normas apresentam diretrizes para garantir bom desempenho das atividades no ambiente
A análise global do ambiente é a fase que se obtém todas as informações legais do ambiente,
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Inclui-se os dados do usuário e suas características pessoais, tais como: idade, sexo, tipo de
imóvel. No nosso exemplo, o banheiro faz parte do grande sistema da habitação e deve ser
localizado no contexto geral, para planejamento de acessos e otimização dos fluxos na etapa de
implantação do projeto e pós ocupação.
É necessária a marcação da localização do ambiente que será criado também para facilitar a
tomada de decisão de várias questões na fase de implantação do projeto e gestão da obra, como
entrega de produtos, formas de acesso de prestadores de serviço e outras questões que possam
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surgir e que podem ser previstas ainda na etapa de planejamento, minimizando riscos e auxiliando na
gestão da implantação do projeto.
equipamentos e acessórios.
Esta etapa pode ser realizada em rascunhos rápidos, feitos a mão ou programas gráficos de
levantado no briefing e critérios de segurança e funcionalidade, define-se um layout para seguir com
o estudo do pré-projeto que será apresentado ao cliente.
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ambiente e as indicações V1, V2, V3, V4 são referentes as vistas/elevações que serão apresentadas na
sequência.
A Avaliação do Ambiente em Uso é uma observação sistemáticas diante das atividades a serem
realizadas e podem ser simuladas, por meio de programas gráficos, correlacionando as atividades
com o módulo de referência em escala humana. Esta etapa também pode ser refeita posteriormente,
em uma avaliação de pós ocupação do ambiente.
Mesmo a partir do layout já é possível iniciar a Avaliação do Ambiente em Uso, proposto pela
MEAC, fazendo considerações sobre as atividades que serão realizadas no local, prevendo a
frequência de uso, medidas mínimas e máximas, considerando a escala humana. Assim, verifica-se as
conexões entre as atividades que serão realizadas e se há algum conflito com a distribuição dos
elementos dentro do ambiente e, caso encontre algum conflito, é possível reconfigurar o ambiente,
No ambiente, as atividades são realizadas de acordo com a função para o qual ele foi projetado
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possível se avaliar as atividades de um quarto, pelos mesmos critérios das atividades realizadas no
banheiro, são totalmente diferentes. Ou não se pode avaliar as atividades de um banheiro acessível
Mesmo dentro de um ambiente, existem áreas para atividades especificas por exemplo, elevação
2 (Figura 21) observamos duas áreas distintas de atividades distintas. Elas estão separadas pela
divisória em vidro do box. Caso não existe este vidro, quais os impactos nas atividades de cada uma
destas áreas?
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Neste momento, o usuário irá relatar suas metáforas, em palavras. O profissional irá transformar
em imagens, ou amostras de materiais, cores, texturas etc. trazendo estas metáforas para o ambiente
Você pode elaborar um questionário com perguntas abertas, para serem respondidas em um
dialogando leve com o cliente, de maneira clara, ouvindo mais do falando. Lembre-se que este
questionário é diferente do checklist para levantamento das informações técnicas do ambiente.
Este questionário servirá para você, profissional, entender as metáforas ou conceitos que o
cliente construiu na mente dele, sobre o ambiente finalizado, como ele se imagina usando o
ambiente. Isso eliminará falsos achismos que muitas vezes pensamos a respeito das pessoas.
Por exemplo, digamos que ele expresse o desejo em ter um banheiro que inspire frescor, leveza.
O que isso quer dizer? Talvez leveza para o profissional de arquitetura e design, seja um estilo clean,
minimalista, e, para o cliente, ele visualiza mentalmente, elementos da natureza, como plantas e
Portanto, é para fazer esta tradução do que realmente o cliente está falando, que se utiliza um
Após a entrevista, você pode traduzir estas metáforas, na criação do moodboard (Figura 21),
onde você, como profissional, deve trazer os elementos que materializem as metáforas do cliente,
criando conexão com o desejo do cliente e o projeto, atendendo não só as necessidades, mas
também, seus desejos.
Figura 21 – Moodboard
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Crédito: Archi_Viz/shuterstook.
Em relação aos seus desejos do cliente, é necessário não perder o foco. A composição do
ambiente par PCDs prioriza segurança e função incluindo os aspectos ergonômicos. Por exemplo:
digamos que o desejo do cliente seja ter plantas no banheiro e ele mesmo gostaria de cuidar. Para
uma pessoa que usa cadeiras de rodas, esta planta deve estar ao alcance dos segmentos corporais
superiores, como sugerido na Figura 22.
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É algo simples que pode impactar no projeto, pois todo centímetro para manobras no piso é
essencial. Colocar uma planta no piso pode não ser uma boa solução. Observe que este simples
exemplo de colocar uma planta no banheiro, considerando um usuário com deficiência, requer
pensar de maneira mais abrangente.
relaciona com as questões técnicas e construtivas, identificando as atividades que serão realizadas no
ambiente, identifica possíveis fatores inadequados ou indevidos que devem ser evitados para
segurança, saúde e bem-estar dos usuários e faz o pré-projeto, considerando todos estes elementos.
Por fim, após a aprovação final do pré-projeto com todas as questões alinhadas entre
profissional e cliente, desenvolve-se o projeto legal e executivo, que será acompanhado de um
O memorial descritivo, as instruções para o uso correto dos itens instalados e a manutenção do
ambiente, devem ser parte integrante do projeto em consonância com a NBR 15575-1 que traz
diretrizes para garantir bom desempenho das atividades no ambiente construído e sua pós
O projeto legal e executivo não faz parte do escopo destes estudos e, portanto, não será
abordado. O projeto legal é aquele enviado para órgãos públicos para cumprir os requisitos legais e
receber a autorização para início das obras. O projeto executivo contém o detalhamento técnico de
todos os itens do projeto que será enviado para cada stakeholders, seja para orçamento, seja para
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execução dos itens especificados no projeto tais como projeto de paginação de revestimentos para
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
1. Observe o banheiro da sua casa e imagine como você poderia mudar seu banheiro, para deixá-
lo mais acessível, fazendo uma lista de itens necessários para esta mudança.
2. Com esta lista de desejos, faça um moodboard, com referências de louças, metais, acessórios e
elementos visuais para compor seu quadro de inspiração.
3. Você poderá utilizar imagens da internet e organizar estas imagens de maneira harmônica no
powerpoint ou programa de sua preferência e pode se inspirar no modelo que vimos na aula.
O objetivo desta atividade é que você pesquise referências e organize de maneira harmônica no
painel e, assim, traduza e materialize suas metáforas do ambiente em um moodboard.
FINALIZANDO
deficiência e idosos estão mais expostos a estes acidentes, em função de suas condições físicas e
porque os ambientes não estão adequados ao uso destes usuários.
Esperamos que o tema desta aula, além dos conteúdos técnicos apresentados, sensibilize e
chame a atenção para a responsabilidade dos futuros profissionais de arquitetura e Design de
interiores em relação ao desenvolvimento de projetos desta natureza.
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Desta maneira, estará contribuindo para a diminuição destas estatísticas de acidentes neste
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio
de Janeiro. 2020
ABNT. NBR 15575-1: Edificações habitacionais. Desempenho Parte 1: Requisitos gerais. Rio de
Janeiro. 2020
ABNT. NBR 13532: Elaboração de projetos de edificações Arquitetura. Rio de Janeiro. 1995
projeto: a ergonomia no ambiente construído. 1. ed. v.4. Olinda, PE: Livro Rápido, 2018.
ergoambientes? In: Um novo olhar para o projeto: a ergonomia no ambiente construído. Organização
Cláudia Mont’Alvão e Vilma Villarouco. – Teresópolis, RJ: 2AB. 2011
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