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BIOMECÂNICA

DA CORRIDA
As diferentes fases da corrida.

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BIOMECÂNICA DA CORRIDA
O aumento da consciencialização para o contributo positivo do exercício aeróbio na manutenção de um estilo de
vida saudável tem tornado a corrida mais popular que nunca.
Com o aumento do número de praticantes, verifica-se uma maior incidência de lesões. Preveni-las é assim uma
prioridade que depende do conhecimento dos profissionais acerca dos padrões típicos de marcha e corrida.

Os corredores exigem mais das suas articulações e músculos. A flexão da anca e joelho, assim como a flexão dorsal,
são sujeitas a maiores amplitudes de movimento na corrida. Também a coluna lombar e pélvis atingem maiores
amplitudes articulares durante esta prática, com o aumento da velocidade a influenciar estes movimentos.

Ainda, para o controlo do movimento, a corrida exige um maior trabalho excêntrico pela musculatura dos membros
inferiores.

Ambas as atividades consistem numa série de pronações e supinações, com a velocidade aumentada e a presença
de momentos sem apoio no solo por nenhum dos pés a caracterizar o passo de corrida.

Sabia que...
Nas competições de Marcha, momentos em que nenhum dos pés está em contacto com o solo são
o critério para determinar uma corrida ilegal?

Conhecer as fases da marcha é fundamental para que seja capaz de analisar e identificar de forma eficaz as
principais lacunas e prioridades de intervenção, quer para a otimização da performance desportiva, como para a
prevenção e recuperação de lesões.

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O esquema abaixo representa as duas atividades, com o esclarecimento das suas fases. Desta forma ficam bem
claras as diferenças entre elas. O A representa o ciclo da marcha, enquanto que o B representa a corrida.

Reconhece todas?

A
Primeiro Segundo
apoio duplo apoio duplo
(10%) (10%)
Apoio Balanço
(60%) (40%)
10% 30% 50% 70% 85%
Resposta Balanço
à carga Apoio médio Postura final Pré balanço Balanço médio Balanço final
incial

Passo
(100%)

B
Flutuação Flutuação

Apoio Balanço

Absorção Prepulsão Balanço inicial Balanço final

Contacto inicial Apoio médio Desprendimento Balanço médio Contacto inicial

Ciclo da Marcha e Corrida com fases e componentes individuais. (A) Marcha. (B) Corrida.
(From Ounpuu S. The biomechanics of walking and running. Clin Sport Med 1994;13(4):843–63)

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A MARCHA E A CORRIDA: O QUE AS DISTINGUE?
Na corrida temos…
Velocidade aumentada
Forças de reação ao solo aumentadas
Fase de flutuação
Sem fase de duplo apoio
Diminuição da fase de apoio e aumento da fase de balanço
Requere maior amplitude de movimento de todas as articulações do membro inferior
Requer contração muscular excêntrica mais forte
Contacto inicial varia de acordo com a velocidade
Centro de gravidade diminuído com o aumento da velocidade
Base de suporte mais estreita

Tal como na marcha, a análise da corrida é feita através da observação em tempo real e da utilização de câmaras de
alta resolução, plataformas de força ou outros aparelhos e sistemas de análise e medição laboratorial.
Frequentemente, recorre-se às passadeiras de forma a facilitar este processo.

A utilização da passadeira permite uma observação e monitorização contínua, mas pode provocar variações no padrão de
movimento, quando comparado com a corrida fora da passadeira. Este aparelho força os corredores a utilizar um passo mais
seguro, com uma fase de apoio mais prolongada, facto que deve ser tido em conta durante esta avaliação.

O fortalecimento muscular, a mobilidade articular e o calçado desportivo são três dos fatores mais fundamentais
para a prática segura de Corrida. Quanto mais precisa e completa a avaliação da biomecânica individual da corrida,
melhor se definem objetivos e estratégias de intervenção na prevenção, reabilitação e otimização da performance.

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