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Microscopia ótica de imunofluorescência

• Está relacionada com o comprimento de onde do fotão emitido por determinada


substância.
• Localização de uma molécula através da emissão de luz

Flurocromos: substâncias fluorescentes (eletrões que passam do seu estado excitado para um
nível mais baixo, estacionário, emitindo um fotão)

Anticorpos: proteínas complexas em forma de Y com 2 cadeias leves e 2 cadeias pesadas.

• Antigénio: proteína que se pretende detetar


• Anticorpo específico: proteína que é associada à molécula com
fluorescência

São produzidos pelos leufócitos. Fazem o reconhecimento do invasor, ligando-se a ele,


marcando-o. Cada anticorpo liga-se a uma zona específica do invasor.

Imunofluorescência direta

Fluroforo + anticorpo específico para a proteína Permite a identificação da


proteína dentro da célula
(primário)

Processo complexo e
dispendioso, por isso foi
descartado

Imunofluorescência indireta

O fluroforo liga-se a anticorpo secundário que, por sua vez, se liga ao primário. Assim, mais
fluroforos, imitindo um sinal mais forte ao primário.

Vantagens:

• Aumento do sinal de fluorescência


• Os anticorpos específicos são produzidos a partir de animais de laboratório
• É mais económico, porque o anticorpo secundário deteta os anticorpos primários.

Contudo, os anticorpos não passam a membrana, levando à morte células, sendo esta uma
limitação da técnica.
Green fluorescente protein (GFP)

Proteína que exibe luz quando exposta à luz no espetro do UV obtida, por exemplo, a partir do
fitoplâncton.

1. Técnica de PCR (amplificação de genes)


2. In vitro, gene+DNA com a informação para GFP
3. Transporte para o núcleo
4. Transcrição
5. Gene marcado com fluorescente

Bactérias

• A maior parte das doenças são provocadas por procariontes


• Participam nos ciclos da matéria orgânica (decompositores), realizam simbiose com o
meio e com os organismos vivos, fixam o azoto atmosférico para ser utilizado pelo
metabolismo vegetal, etc.
• São ricos em diversidade metabólica
• Células não compartimentadas, mas complexas
• Não há membranas internas
• Nem todas as bactérias têm parede
• Rapidez de proliferação elevada
• Nem todos as bactérias têm parede, por exemplo, as micoplasmas não têm
• As Arqueo não possuem peptidoglicanos
Coloração Gram

Útil para perceber a resistência/ sensibilidade aos antibióticos

*Posteriormente procede-se à descloração e as únicas que descoram são as Gram –

Gram + : têm mais de 50% de peptidoglicanos, que impedem a passagem de álcool como
descorante (roxo-escuro)

Gram - : só têm cerca de 10% de peptidoglicanos. Têm dupla membrana. (rosa avermelhado)

*A coloração permite saber se a parede é rica pu pobre em peptidoglicanos.

Nota: Antibiograma: recolha de molécula em estudo e posterior colocação em meio de cultura


para promover o seu crescimento. Depois são molhados discos de papel em antibióticos e são
metidos em encubação. Se o diâmetro à volta do papel aumentar, quer dizer que é eficaz no
combate à bactéria.

Componentes externos à parede:

Cápsula: organizada e de difícil remoção, confere proteção, pode ser responsável pela
toxicidade para o organismo humano

Muco: constituída essencialmente por fosfolípidos, consistência gelatinosa, serve como uma
espécie de “camuflagem” para microrganismos

Vantagens:

• Evitam a perda de água


• Dificultam a fagocitose de bactérias
• Impedem o ataque de vírus
• Ajudam as bactérias a ligarem-se a outros meios

Camada S

• Composta por proteínas ou glicoproteínas


• Nas Gram + está em contacto direto com a superfície do peptidoglicano, enquanto que
nas Gram - adere diretamente à membrana
• Confere proteção
• Camada estruturada na superfície de uma bactéria
• É externa à parede
• Tem uma consistência menos mucosa, mais rígida

Espaço periplasmático: é o espaço entre a parede e a membrana, observável especialmente


nas Gram+. É onde se encontram enzimas e onde se realiza alguma produção de proteínas.

As Gram+ têm menos espaço periplásmico que quase não se vê;


As Gram- têm dupla membrana, peptidoglicano no meio das duas membranas e têm um
espaço periplásmico muito maior onde se encontram enzimas, produção de proteínas e etc;
Flagelos

• As bactérias podem ter vários flagelos


• Importantes para dar movimento
• Pili: servem por exemplo para a reprodução sexuada das bactérias (as bactérias podem
trocar material genético) e adesão a outras bactérias.
• Fimbrias: mais curtas e mais numerosa, mas com um propósito parecido às pili
• A estrutura do flagelo depende da parede da bactéria
• A constituição do flagelo dos procariontes é de flagelina, sendo completamente
diferente do flagelo dos eucariontes

Flagelo procariontes: movimento em hélice

Flagelo eucariontes: movimento em chicote

Biofilmes: camada (bolsa) que esconde a bactéria, sendo negativo para o sistema imunitário
humano.

Nucleoide: normalmente constituído por 1 cromossoma. Existe 1 cadeia de DNA de dupla


hélice circular que se enrola sobre si mesma por se ligar a proteínas , economizando espaço
dentro da própria célula.

Plamídeos

• Vetores de transferência de genes


• Circulam entre as bactérias
• Constituídos por DNA extra-cromossomas
• Importante para o DNA recombinante (modificação genética)
• Controlam a própria replicação
• Antagonistas: plasmídeos que impedem a entrada de novos plasmídeos
• Sinergistas: plasmídeos que facilitam a entrada de novos plasmídeos
• Podem ser resistentes a antibióticos
• Podem fazer com que as bactérias consigam utilizar fontes alternativas de carbono
• Há eucariontes com plasmídeos, mas são raros

Quando há conjugação bacteriana estas trocam informação que está no plasmídeo de um lado
para o outro, podendo passar informação (genes) sobre resistência a antibióticos (genes que
degradam os antibióticos, o que acontece muito em meio hospitalar).

Esporos bacterianos

• Ameaças ao organismo humano


• Apresentam paredes extremamente resistentes mesmo em condições adversas,
inclusivamente à radiação UV, temperaturas, desidratação, etc.
• Exemplo: Esporos utilizados no 11 de setembro e bacillius subtilis
Eucariontes
A membrana celular delimita a célula definindo a sua extensão e mantendo as diferenças
essenciais entre o interior e o meio que a rodeia:

• Funciona como um filtro seletivo uma vez que é seletivamente permeável;


• Permite a existência e fornece estrutura para o transporte - proteínas transportadoras;
• Controla a entrada de nutrientes e outras moléculas, e a saída de produtos de desperdícios e
outras moléculas;
• Gera diferenças de concentração entre o meio intracelular e extracelular, por exemplo,
criando diferenças de concentrações iónicas;
• Atua como sensor de sinais externos, permitindo à célula responder a modificações do meio
ambiente;
• Constituída por fosfolípidos, colesterol, proteínas intrínsecas, transmembranares e
extrínsecas, glicoproteínas e glicolípidos;
• São fluídas e altamente dinâmicas (Modelo do Mosaico Fluido);

Bicamada lipídica
• Impermeável a grande parte das moléculas insolúveis em águas
• Constituída por 50% de lípidos (fosfolípidos, colesterol, glicolípidos)

A micela é estável que a bicamada porque as


zonas hidrofóbicas nunca estão em contacto com
a água. Na bicamada, as laterais estão expostas à
água

Lipossomas: sintetizado em laboratório. Esfera lipídica com centro aquoso e meio externo
também aquoso.
Constituição da membrana:

• 2 cadeias de hidrocarbonetos (não interagem com o dipolo da água- hidrofóbica)


• Glicerol
• Fosfato (com carga negativa) Hidrofílicas
• Colina

Hidrocarboneto insaturado
(ligações covalentes duplas), por
isso fica com a “perna de fora”

Hidrocarboneto saturado (ligações Importante para a fluidez


covalentes simples), por isso fica
direito.

Fluidez: afeta a forma como as proteínas estão na


membrana

Movimentos entre lípidos (comportamento dinâmico):

• Rotação
• Flip-flop (normalmente decorre por ação de enzimas, não é frequente ser um processo
espontâneo, troca entre camadas)
• Flexão
• Difusão lateral (troca na mesma camada; mais frequente de todas)
Fatores que influenciam a fluidez das membranas:

• Tamanho da cauda: quanto mais interação entre fosfolípidos houver, menos


movimentos ocorrem, ou seja, há menor fluidez na membrana. Muitos fosfolípidos
de cadeia longa traduzem-se numa membrana menos fluida
• Grau de saturação: um número maior de cadeias insaturadas traduz numa maior
fluidez da membrana, porque o espaço para movimento é maior (devido á
inclinação da cadeia). Uma cadeia de hidrocarbonetos insaturados é mais
permeável porque há mais espaço.
• Temperatura: o frio suspende o movimento dos ácidos gordos, o que provoca a
perda total de fluidez. O calor aumenta a fluidez.
• Colesterol

✓ Possui na sua estrutura anéis que lhe conferem uma estrutura


rígida e lhe retiram a possibilidade de rotação.
✓ É mais pequeno que os fosfolípidos e intercala-se entre eles.
✓ Diminui a capacidade de movimento dos fosfolípidos, alterando
a sua fluidez.
✓ É bivalente, ou seja, controla o excesso de fluidez e, ao mesmo
tempo, a sua cristalização, em casos de temperaturas extremas.
✓ As membranas têm sempre colesterol e só existe nos eucariotas
– Nos procariontes apenas existem primos do colesterol

Nota: A composição de cada membrana e da sua estrutura tem a ver com a sua função no
organismo.

Raft lipídios

• “Jangadas lipídicas”
• Transportam proteínas recetoras
• Processo variável e dinâmico
• A sinalização pode alterar a membrana

Fosfatidilinositol : podemos regular as proteínas e lípidos e interações entre proteínas por


fosforilação. Quem fosforila são as cinases e as enzimas que desfosforilam são as fosfatases.
Glicolípidos

• Variam de célula para célula


• São açúcares na superfície da célula
• Estão sempre virados para o exterior da membrana
• A grande maioria deriva da ceramida
• São importantes recetores

Tendem a associar-se parcialmente através de ligações de hidrogênio entre seus açúcares e


parcialmente através de forças de van der Waals entre suas longas e retas cadeias de
hidrocarbonetos.

Podemos ter glicolípidos:

-Neutros – Sem carga; encontram-se na bainha de mielina; possuem NANA;

-Com carga – existem cerca de 40 gangliosidos; possuem ácido siálico;

Estes gangliósidos podem ser recetores como, por exemplo, da toxina bacteriana que causa a
diarreia na cólera. A toxina vai-se ligar às células que têm o recetor.

Proteínas membranares

• Proteínas transmembranares (estão fora)


• Proteínas periféricas (que se encontram apenas na periferia)
• Proteínas integrais

Nota: Os aminoácidos que têm carga e os aminoácidos polares não têm afinidade com o
interior da membrana. Os hidrocarbonetos neutros terão mais afinidade com o interior da
membrana.

Pico hidrofóbico: corresponde à


zona enterrada no interior da
membrana
Quando tem mais picos quer dizer que
atravessa mais vezes a membrana.

Ligação per-sulforeto (exterior)

As cisteínas (grupo SH) são importantes para


a estrutura terciária porque formam ligações
covalentes entre si. Fora da célula, formam
ligações per-sulforeto, no interior da célula
fica na forma reduzida e não se liga.

Forma reduzida, sem ligação (interior)

Nota: Os açúcares estão sempre ligados para fora da célula, forma uma camada rígida que
evita a perda excessiva de água e lhe confere proteção.
Transporte na membrana
Permeabilidade da membrana:

• Moléculas hidrofóbicas atravessam facilmente a


membrana
• Moléculas polares atravessam parcialmente a
membrana
• Moléculas grandes e polares como a glucose e a
sacarose quase não atravessam a membrana
• Iões não atravessam a membrana sem auxílio,
devido à hidrofobicidade do centro da membrana
• Macromoléculas não atravessam a membrana

Transporte ativo: há gasto de ATP e ocorre contra o gradiente de concentração

Transporte passivo: não há gasto de ATP e decorre a favor do gradiente de concentração

Tipos de transporte:

• Endocitose (transporte para dentro da célula)


- Pinocitose: líquidos e substâncias aquosas
- Fagocitose: moléculas de maior porte
• Exocitose (expulsão de material por parte da célula)

Transportadores:

• As moléculas entram por um lado enquanto o outro está fechado


• Existe mudança de conformação para abrir o lado que está fechado;
• No fim, volta à conformação inicial;
• Pode ocorrer em transporte passivo, não implica ser ativo;
• Contra o gradiente
Proteínas de canal:

• É um túnel que não precisa de alterar a sua conformação;


• Ocorre em alterações de potencial de ação ou outros estímulos;
• A favor do gradiente
• Quando abre, os solutos passam simplesmente pelo túnel

Difusão simples (proteínas de canal): é uma


reta no gráfico porque a velocidade e a
concentração são proporcionais
Transporte mediado (transportadores): não é
possível perceber se há gasto de energia.
Como as proteínas estão saturadas, a
velocidade fica constante a partir de um certo
instante. (é mais lento)

Gradiente eletroquímico

Pode ser útil para favorecer ou dificultar o transporte de outros componentes.


As cargas possuem maior tendência a entrar na célula quando temos um potencial de
membrana (positivo fora, negativo dentro).
Como as cargas com sentidos apostos se atraem, quando há um potencial de ação as cargas
positivas têm maior tendência a passar para o interior da membrana e as cargas negativas têm
mais dificuldade em passar.

Antiporte: 2 moléculas em sentido oposto

Simporte: 2 moléculas no mesmo sentido


Transporte da Glucose

O transporte da glucose é feito pelo gradiente de sódio. Os iões de sódio favorecem a entrada
de glucose para o intestino contra o gradiente, modificando a estrutura do transportador
favorecendo a entrada de glucose. A energia vem da energia potencial do sódio.

Como?

1. O sódio liga-se à glucose, permitindo que esta passe a ter afinidade com o transportador
específico para o transportador sódio e glicose.
2. Estando ambos ligados ao transportador, este altera a sua conformação abrindo o lado
fechado e enviando a glucose para o meio intracelular.

1. Sódio entra no transportador ajudando a glucose também a entrar


2. Há acumulação de glucose nas células;
3. A glucose sai a favor do gradiente de concentração através de um transportador
específico para a corrente sanguínea;
4. A bomba Na+/K+ restabelece as concentrações enviando Na+ para o exterior;

Como é que uma célula dá glucose às vizinhas?

Há transportadores de glucose que a transportam de forma passiva sem gasto de energia. Isto
significa que a composição da membrana relativamente aos transportadores do mesmo
componente, é bastante diversificada. Isto só acontece porque a membrana é polarizada.
Tipos de transportadores no transporte ativo

Transportadores de iões: bombas do tipo P, há uma zona da proteína que tem a capacidade de
quebrar a molécula. O ATP dá um P há proteína e altera a sua conformação

ABC transporter: para moléculas pequenas. Há hidrólise do ATP, que permite a entrada da
molécula

Bombas especializadas que H+:


• Hidrolise do ATP, libertação de energia que é utilizada para bombear iões (lisossomas)
• A energia proveniente do gradiente de iões é utilizada para sintetizar ATP (acontece
nas mitocôndrias)

Bombas especializadas de H+

Transporte do Ca+

O cálcio encontra-se armazenado no retículo sarcoplasmático e, quando este é libertado, por


exemplo, na contração muscular, as suas quantidades têm que repostas.

O transportador do Ca+ é uma proteína complexa, que transporta o cálcio contra o gradiente
de concentração, envolvendo o gasto de ATP.

Ciclo regenerativo de Ca+:

1. A entrada de 2 cálcios altera a conformação do transportador, fechando-o


2. Hidrólise do ATP (ATP-» ADP+P) e o fosfato resultante da ligação liga-se ao
transportador
3. O ADP é trocado pelo ATP, provocando a abertura do transportador, a libertação do
cálcio e a entrada de 2 protões
4. Ocorre a alteração da conformação do transportador, que liberta o fosfato, voltando
ao início do processo.
Nota: O ácido aspártico é fosforilável que quando o ATP se hidrolisa, o fosfato vai-se ligar a
esse aminoácido

Bomba de Na+/K+

Importante para a transmissão do impulso nervoso. Requer uma autofosforilação, que, por sua
vez, requer uma cinase. 3 Na+ que entram e saem 2 K+

Proteínas de canal
• Deixam passar iões
• Formam de um tubo de água, é um tubo seletivo devido ao raio iónico do iões
• Transporte passivo, mas regulado, podendo ser a favor ou contra o gradiente
• Estrutura tridimensional variável e regulada por vários fatores:
1. Diferença de potencial da membrana (: a distribuição desigual de carga, se houver
alteração, o canal abre)
2. Estímulos mecânicos (quando as forças são convertidas em energia bioquímica)
3. Ligação de outras moléculas (moléculas que regulam as proteínas, como os
neurotransmissores). Ligandos: A proteína canal tem domínios de ligação
específicos e quando há ligação nesse sítio, existe alteração na conformação da
proteína
Impulso nervoso

O raio iónico do sódio e do potássio são muitos semelhantes porque estão no mesmo grupo,
contudo têm proteínas transportadoras diferentes.

1. Potencial de repouso
2. Despolarização (entrada de Na+)
3. Repolarização (saída de K+)
4. Hiperpolarização (os canais de sódio são mais lentos a fechar)

A entrada de cálcio pela proteína canal que é voltagem dependente. O aumento de cálcio
fusão de vesículas cheias de neurotransmissores, com a membrana, provocando a sua
libertação para a fenda sináptica

No ouvido

As extensões da célula são essenciais para a audição. A sua ausência está associada á surdez.
Na cóclea há um conjunto de células tem umas células com cílios e com uma membrana que
vibra. Quando membrana vibra ocorre a curvatura dos cílios, as proteínas canal da membrana
que estavam ligadas esticam a sua ligação, podendo ocorrer o escapamento de iões (abertura
dos canais), desencadeando um sinal.

Citoesqueleto
Citoesqueleto: rede dinâmica formada por 3 tipos de filamentos: actina, microtúbulos e os
filamentos intermédios.

• Microtúbulos: maior diâmetro, são ocos


• Filamentos intermédios: diâmetro entre actina e microtúbulo
• Actina: mais periféricos, contráctil

Funções do citoesqueleto:

• Organização espacial (ao nível dos organelos)


• Remodelação da forma da célula (em resposta a estímulos)
• Locomoção-com cílios e flagelos, movimentos celulares por exemplo nas feridas,
metástase
• Desenvolvimento embrionário: devido á polaridade.
• Transporte intracelular: transporte de materiais através de microtúbulos e da actina
• Divisão celular: a meiose e a mitose dependem dos microtúbulos
• Transmissão de sinais: há muitos reguladores presentes nesta rede
• Funções especializadas nas plantas: as plantas têm perceção da gravidade
Microtúbulos

• São polímeros de heterodímeros (2 proteínas distintas, que se ligam umas às outras,


formando o tubo) de tubulina;
• Diâmetro: 25 nm
• Os heterodímeros vão polimerizar topo a topo, associam-se e dobram formando o
tubo
• Têm ordem, começa com alfa e termina com beta.
• É uma estrutura polar, ou seja, tem dois polos estruturalmente diferentes, o que
contribui para um comportamento específico da célula.
• Na ligação da alfa com a beta há GTP (nucleótido), que é o que faz com que elas
polimerizem.

A mudança de estrutura provocada pela ligação entre alfa e beta, hidrolisa o GTP passando
GDP.

À medida que o tubo cresce, há uma onda de hidrólise de GTP. Quando a onda atinge o topo
do microtúbulo, as interações mudam, o tubo tende a despolimerizar (enfraquecimento). Há a
possibilidade que regenerar os GDP, podendo voltar a ser utilizados

Possui uma extremidade (+) onde termina a tubulina beta e outra extremidade (-) onde
termina a alfa, o que significa que o microtúbulo adiciona mais GTP na extremidade beta (+) do
que na tubulina alfa (-).

Para se formar um tubo é necessário que a velocidade de crescimento seja superior à


velocidade de degradação.

A dinâmica do microtúbulo depende do fenómeno de hidrolisação do GTP:

• Um filamento GTP-GTP-GTP fica direito


• Um filamento de GDP-GDP-GDP fica curvado.
• Se a velocidade de adição da tubulina for superior à velocidade da hidrólise do GTP, a
microtúbulo cresce.
• Se a velocidade adição for mais lenta, a hidrólise vai chegar à ponta do microtúbulo,
curvando-o e promovendo a sua despolarização.
Crescimento

A concentração crítica da
extremidade (-) é maior do que
para a extremidade (+), uma vez
que é precisa uma maior
quantidade de tubulina para
haver crescimento, já que na
extremidade (+) o microtúbulo é
mais propenso a captar
Degradação subunidades.

Treadmilling é o mecanismo que confere movimento aos tubos. Ocorre quando a extremidade
(-) não está ancorada. Quando a velocidade de adição pela extremidade (+) é igual à
velocidade de perda pela extremidade (-). Dá a sensação que o tubo está a andar, mas está a
crescer num lado e a diminuir do outro.

A extremidade (-) in vivo está bloqueada, por isso só há crescimento a partir da extremidade
(+).

Dinâmica dos microtúbulos:

O microtúbulo encontra-se ancorado no centrossoma partir da extremidade (-). Um


centrossoma é um centro organizador de microtúbulos.

Instabilidade dinâmica: quando os microtúbulos crescem e desaparecem porque só têm


dinâmica numa das extremidades, geralmente na (-), quando esta está associada à hidrólise do
GTP.

Catástrofe: Despolimerizar os microtúbulos, provocando o encurtamento do microtúbulo.

Recuperação: adição tubulina e retoma do cap de GTP


Moléculas que se ligam aos microtúbulos e que vão tirar dinâmica (são antimitóticos) ao
promover polimerização ou despolimerização, pelo que são usados em medicamentos:

Taxol: liga-se à beta tubulina e fica dentro do lúmen. É usado no tratamento do cancro da
mama. Impede a despolarização dos microtúbulos. Torna-os rígidos, retirando-lhes a sua
dinâmica, sendo que se pode ligar lateralmente, o que é letal para a célula. Origem vegetal.

Colchicina: promove a despolarização dos tubos de forma irreversível. É utilizado no


tratamento da gota, pericardites (tecido cardíacos), etc. Origem vegetal.

As plantas usam estas moléculas para combater agentes patogénicos.

Centrossomas

• Envolvidos na divisão celular


• São 2 centríolos em posição ortogonal. Os dois centríolos não são iguais, o que é
fundamental para a sobrevivência da célula. Têm 2 idades diferentes, sendo que o
mais velho é muito mais especializado
• Na divisão celular o número de centrossomas tem que duplicar
• É difícil formar microtúbulos porque as células não têm tubulina suficiente

Gama-tubulina

Não faz parte dos tubos, está no centrossoma e é importante para a nucleação. É constituída
por 13 estruturas em anel que servem de molde para a formação dos tubos, diminuindo a
quantidade de tubulina necessária para os formar. Estes anéis podem existir nas paredes de
outros microtúbulos, podendo estes também servir como moldes.

Proteínas de ligação aos microtúbulos

• Motoras- geram movimento. Ajudam a transportar materiais dentro da célula, por


exemplo das sinapses e nas junções motoras.
-2 grandes grupos: cinesinas (vão de menos (-) para mais (+)) e as dineínas fazem o
caminho contrário, cobrindo todo o tubo.

Papel na mitose
Cada cromossoma é uma molécula de DNA. O DNA atinge a sua maior condensação na
divisão celular.

De onde vêm as forças que provocam o movimento dos cromossomas? Cinetofone,


local específico do centríolo onde se liga o microtúbulo. As membranas celulares
impedem o colapso do sistema.

A célula não inicia a divisão enquanto os microtúbulos não estiverem todos ligados
• Associadas aos Mts (microtúbulos)- proteínas que podem suprimir ou aumentar a
dinâmica do tubo.
As importantes são a MAP2 (predomina no corpo da célula, está ligada à epilepsia) e a
Tau (estabilizadora, que quando está fosforilada, não se liga aos tubos e estes
começam a despolimerizar, ficando a ligação comprometida, ligada ao Alzheimer)
Catanina: parte o microtúbulo a partir do centrossoma. Os pedaços de microtúbulos
poem passam a funcionar como centros organizadores.

Cílios e flagelos

São recetores de sinais

Tipos de cílios:

• Motores-geram movimento. Por exemplo, no caso da respiração provoca movimentos


das secreções que respeitem as vias aéreas (serve como uma espécie de filtro),
impedindo o sufoco
Estrutura: 9+2 (par central).
• Primários- são aqueles que se formam a partir de um centrossoma. Qualquer célula
pode realizar este processo. Cílio sensor.
Estrutura: 9

Há movimento de dentro da célula para a ponta do cílio e o contrário também ocorre. É


necessário para a criação e manutenção do cílio.

No ouvido, a existência de cílios diminui o ruído e amplifica o sinal.

Os cílios normalmente montam-se na fase G0 a partir do centríolo do meio do centrossoma.

Disfunções dos cílios estão ligadas a muitas doenças genéticas multifatoriais que são
incapacitantes e que podem vir a causar a morte.

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