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Portifólio de Técnicas de Avaliação

Psicológica Projetivas

Karina Araujo do Nascimento


Professor Aldi Roldão Cabral

2023
BRASÍLIA
Aula 1 – 06/02/2023
Em nossa aula introdutória o professor Aldi nos perguntou o que entediamos do
termo “Projeção” e minha resposta foi que esse termo indica o ato de espelhar algo,
mostrar, ver algo de si no outro ou em alguma coisa. Vimos que o termo projeção está
vinculado com a neurofisiologia, ao aparelho ótico e a psicanalise, sendo o último que
gerou mais discussões em nossa aula.
Foi debatido também a respeito do estímulo que pode ser o mesmo para cada
indivíduo, entretanto, a história de cada pessoa faz com que a forma como o estímulo é
percebido seja única, ou seja, pessoas diferentes podem ter percepções diferentes a
partir de um mesmo estímulo.
Pr conseguinte, vimos que o conteúdo projetado tem similaridade com o
estímulo apresentado, não é igual ou exato, mas esse se aproxima de alguma forma.
Iniciamos a leitura coletiva do artigo “Desvendando o mecanismo da projeção”1.
Aula 2 – 13/02/2023
Na referida aula foi dado continuidade da leitura do artigo “Desvendando o
mecanismo da projeção”1. Tal artigo define projeção como mecanismo no qual o
indivíduo expulsa de si e localiza no meio externo (pessoa ou coisa) qualidades, desejos,
afetos, sentimentos e até objetos que estão internalizados e que ele rejeita e não aceita
que o pertence. Percebi que a definição apresentada no artigo está intimamente ligada
com os conceitos psicanalíticos de Id, Ego e Superego e ao mecanismo de defesa
nomeado como projeção.
O mecanismo de defesa Projeção pode ocorrer quando um desejo que está no Id
é reprimido pelo ego devido as crenças do Superego que divergem do Id.
Diferenciamos os termos identificação e projeção e vimos que para Freud esses
dois processos se dão de forma inconsciente. Sendo que o primeiro termo está ligado a
zona de conforto, pois mantém o ego preservado possibilitando que o indivíduo se
reconheça com o estímulo que causa identificação. A identificação dentro da psicanálise
é vista como prejudicial ao processo de transferência e contratransferência, pois tais
mecanismos tem o objetivo contrário da identificação a medida que tenta projetar ao
paciente conteúdos inconscientes. Já a projeção é vista como um mecanismo de defesa e
vai contra o ego do indivíduo.

1
DA FONSÊCA, Ana Lucia Barreto; MARIANO, Maria do Socorro Sales. Desvendando o Mecanismo
da Projeção.
Falamos também da diferença de associação livre na clínica e na avaliação
psicológica com testes projetivos. Na clínica a associação livre é feita sem estímulos, o
indivíduo fala tudo que vem à mente e na avaliação psicológica com testes projetivos a
fala livre se dá de modo restrito visto que o paciente é convidado a falar livremente a
partir de um estimulo padronizado apresentado que estimula a projeção da
personalidade.
Vimos também que diferentes testes projetivos dão atenção para diferentes
elementos da comunicação, a exemplo temos o teste TAT que usa a linguagem
sintagmática, ou seja, foca no elemento da mensagem emitida pelo indivíduo. Já o teste
de Rorschach faz uso da linguagem paradigmática, foca no código, ou seja, no que a
pessoa diz. O professor Aldi também nos mostrou as 10 pranchas do teste de Rorschach,
sendo todas simétricas, 5 cromáticas e 5 acromáticas. Ademais, falamos um pouco do
teste House Tree Person – HTP que apresenta dupla classificação (projetivo e
expressivo).
Descrevemos como é o processo de avaliação psicológica. Esse se inicia a partir
do levantamento de sinais e sintomas a partir do exame do estado mental, anamnese e
entrevista clínica. A partir desses procedimentos é feito o levantamento de hipóteses
diagnósticas e estabelecido o processo de avaliação ou psicoterapia. Vimos também que
a avaliação projetiva traz informações e não dados.
Aula 3 – 20/02/2023
Nessa aula foi discutido o uso das técnicas projetivas no âmbito clínico. Foi
pontuado sua adequação quando comparado aos instrumentos psicotécnicos, pois os
projetivos são de difícil simulação e dissimulação.
O professor construiu toda a linha do tempo de como o teste de Rorschach foi
criado. A ideia de manchas com formas se iniciou com Leonardo da Vinci observando
manchas de lodo. H. Rorschach era desenhista, fez medicina e se especializou em
psiquiatria. Quando começou a atender, utilizou pela primeira vez as manchas de tinta
para estabelecer rapport e a abertura de diálogo com seus pacientes, principalmente com
aqueles que demonstravam maior dificuldade na comunicação.
Relembramos as fases do desenvolvimento infantil de Freud e suas relações com
a psicopatologia
Oral - Perversão Fálica - neurose

Anal - psicose Latência

Vimos que quanto mais antigo é o trauma, mais ele se torna de difícil
acesso/inconsciente e grave.
Aula 4 – 13/03/2023
Na referida aula aprendemos um pouco a respeito da história e desenvolvimento
do Z-Teste. Zulliger foi discípulo de Rorschach e construiu o Z-Teste a partir de uma
forma reduzida do teste de Rorschach com o objetivo de usá-lo em processos seletivos
para o exército, criando assim uma aplicação em grupo, com menos prancha e de certa
forma, mais prática. Sua aplicação em grupo era feita por diapositivos (slides
projetados). Desenvolveu 3 pranchas. O Z-Teste nasce como um teste de aplicação
coletiva e dois anos depois foi impresso as pranchas para a aplicação individual. Utiliza
a mesma base teórica do teste de Rorschach.
A aplicação individual difere da coletiva, pois promove maior aprofundamento e
é possível a realização do inquérito mais detalhado conduzido pelo aplicador.
A professor apresentou a cotação (decodificação) do teste de Rorschach que é a
mesma do Z-Teste. Precisamos avaliar 5 pontos ao corrigir esses testes, que são:
resposta, localização, determinantes, fenômenos especiais e vulgar/original.
Aula 5 – 20/03/2023
Na aula 5 foi realizado a aplicação coletiva do Z-Teste, uma experiencia muito
diferente e positiva. Observamos as respostas dos colegas e ao fazer isso notei que
diversas pessoas observam coisas diferentes nas mesmas imagens. Algumas pessoas
conseguem ver o todo da mancha e outras focam mais em detalhes.
Aula 6 – 27/03/2022
Na referida aula revisamos o processo de codificação do Z-Teste. Posteriormente
foi realizado o estudo em grupo da aplicação individual do teste com o auxílio do
manual. Vimos a importância de utilizar, durante o inquérito, os exemplos de perguntas
que o manual traz para não enviesar a resposta do paciente. Após estudar todos os
detalhes da aplicação, foi realizado uma aplicação individual na qual apenas observei.
Foi importante, pois notei o quanto é fácil enviesar uma resposta, pode acontecer até de
forma automática. E já saber quais respostas levam determinados códigos ajudou muito
para entender o que o paciente estava tentando transmitir a respeito, facilitando o
processo de codificação.
Aula 7 – 03/04/2023
Durante a aula foi explicado como ocorre a correção do Z-Teste, englobou o
processo de codificação e algumas discussões a respeito de algumas respostas.
Novamente foi reforçado a importância de um bom inquérito e do domínio do
profissional para a aplicação e correção do teste.
Aula 9 – 17/04/2023
Nessa aula foi abordado a história do Palográfico. O teste surgiu no ano de 1940
em Barcelona. Salvador Milá foi o primeiro a usar esse instrumento mesmo sem muita
fundamentação teória. O Palográfico chegou ao Brasil na década de 60 por Agostinho
Minicucci.
O Palográfico é um teste expressivo e de fácil aplicação. Ele avalia a
personalidade por meio dos palos. Ele se mostrou um teste muito interessante, pois por
mais que a pessoa conheça o instrumento ainda se torna muito difícil de ser burlado
Foi discutido também a respeito da adequada correção do teste, pois ele é um
instrumento que demanda grande esforço em sua correção. Parte do seu processo de
correção já é informatizado. Foi realizado a aplicação do teste.
Aula 10 -24/04/2023
Nessa aula começamos a correção manual do teste Palográfico. Não foi possível
fazer parte da correção que precisava do transferidor porque muitos alunos não tinha o
objeto. Foi realizado a correção das margens, contagem de palos, distância entre linhas e
a interpretação de cada informação corrigida de acordo com o manual.
Aula 13 – 15/05/2023
Foi dado continuidade a correção e interpretação dos dados do teste Palográfico.
O professor ensinou o uso da plataforma de correção online. Alguns alunos fizeram a
correção de seus testes e o professor mostrou o relatório que a plataforma online produz
com todos os dados e interpretações do teste. Foi ressaltado que o laudo do teste não
substitui um laudo psicológico e que o resultado do relatório deve ser contextualizado e
analisado de acordo com a história de vida do paciente.
Aula 14 – 22/05/2023
Na referida aula foi apresentado o teste Pfister, seu criador Max Fister e a sua
trajetória até a criação do instrumento. Para a criação do teste Max Fister teve duas
preocupações principais: a cor e a forma. As cores avaliam a psicodinâmica da
personalidade e a forma avalia as estruturas da personalidade. Foi escolhido o formato
de pirâmide pois permite a criação de várias estruturas.
O teste Pfister tem base teórica na Gestalt e na teoria da projeção. Foi estudado a
aplicação e a correção manual do teste em grupo. Foi selecionado uma pessoa por grupo
para ser o aplicador e outra para ser o avaliado.
O Pfister também apresenta correção online. O professor mostrou em sala como
é realizado o procedimento de correção informatizada e as informações que fornece.
Aula 15 – 29/05/2023
Ness aula foi apresentado o teste HTP, é um teste de desenho que se baseia na
teoria expressiva (por meio do desenho) e projetiva (por meio do inquérito). O teste
HTP foi criando por Jonh Buck.
Foi discutido a quantidade de variações do teste HTP e a importância de
conhecer o manual para adequada aplicação e correção do instrumento. Além disso, foi
ressaltado a importância de analisar os sinais que os desenhos apresentam em comum e
o que mais predomina. Por conseguinte, o HTP é um teste de personalidade expressivo e
projetivo que estimula a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflito

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