CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISBA GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Graduanda: Altamira Alves dos Santos
Resenha Critica - Ansiedade: um olhar sobre a aflição psíquica na
contemporaneidade
O capítulo "Ansiedade: um olhar sobre a aflição psíquica na
contemporaneidade" inicia-se destacando a presença ubíqua da ansiedade na população mundial, sendo muitas vezes apontada como o mal do século. A ansiedade é caracterizada por sentimentos como angústia, aflição e medo, muitas vezes associados à antecipação de perigos iminentes.
O objetivo central do capítulo é investigar a reação psíquica dos indivíduos
contemporâneos diante dos desafios do mundo atual. O modo de vida adotado pelas pessoas, impulsionado pelas demandas sociais, é considerado um dos fatores que intensificam a ansiedade. Destaca-se que a ansiedade pode se manifestar como um motor de aceleração do sofrimento psíquico, levando a desequilíbrios emocionais e interferindo nas funções sociais dos indivíduos.
A metodologia utilizada baseia-se em uma abordagem qualitativa, com
foco em artigos científicos disponíveis em bancos de dados como Scielo, pesquisas bibliográficas em estudos e obras de psicologia, e no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5.
A relevância do estudo é ressaltada, destacando a necessidade de
reflexão sobre a ansiedade nos tempos atuais. O Brasil é apontado como o país com o maior número de pessoas com transtornos de ansiedade, segundo a Organização Mundial da Saúde, o que evidencia a importância de compreender e abordar esse fenômeno.
A ansiedade, conforme abordada por Rosamilha (1971) e Freud (1936), é
discutida em suas diversas formas, incluindo a ansiedade real, neurótica e moral. A relação entre a sociedade contemporânea, o padrão de vida e a velocidade da informação é explorada como fatores contribuintes para o aumento da ansiedade na população.
O texto destaca a importância de considerar a ansiedade como um
fenômeno ontológico do ser humano, podendo ser influenciada por anseios comuns ou patológicos. A sociedade contemporânea é caracterizada por desafios desproporcionais em relação às satisfações das necessidades pessoais, o que pode contribuir significativamente para o aumento dos níveis de ansiedade.
A busca incessante pela felicidade, muitas vezes associada ao ter em
detrimento do ser, é apontada como um desafio significativo. A transformação radical do capitalismo, separando valores éticos e humanos, é destacada como um elemento que contribui para sentimentos de ansiedade, depressão e até mesmo suicídio.
A definição de felicidade é explorada, contrastando-a com a busca por
prazeres intensos e padrões de beleza externos. Freud (1930) é referenciado ao discutir a cultura como um dos elementos geradores de mal-estar, pois impõe uma incompatibilidade entre as exigências da pulsão e as da civilização.
A pressão sobre o indivíduo na sociedade capitalista é abordada,
especialmente no contexto da construção da imagem corporal. A busca incessante pelo corpo ideal, influenciada pela mídia, leva muitos indivíduos a procedimentos estéticos e cirúrgicos, contribuindo para conflitos constantes e transtornos psíquicos.
A conclusão ressalta que, para preservar a saúde emocional, é essencial
resgatar o valor humano e o amor próprio, superando desequilíbrios que promovem a ansiedade. O texto destaca a importância de aprender a lidar com as adversidades da vida, aceitando o imprevisto como parte natural do processo de amadurecimento. Em última análise, superar os desafios contemporâneos relacionados à ansiedade é considerado o caminho para alcançar o propósito inicial da vida humana: tornar-se um ser humano melhor.