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mental do
profissional de
enfermagem
frente ao óbito
Estágio básico - intervenções
nas organizações e saúde
mental do trabalhador
A visão da morte ao longo do
tempo
Desde a antiguidade o homem utilizou-se de rituais para a simbolização da morte. Os cultos, as vestes brancas, vestes
pretas, o luto, o velório, as novenas, jardins, enterros, cemitérios; todos esses rituais em diferentes povos e épocas,
asseguram que o homem possui sua própria percepção de morte, de acordo com sua percepção de mundo. (Melo, C.,
2004).
O cadáver era cuidadosamente acompanhado de todas as marcas mais distintivas de sua
Mesopotâmicos identidade pessoal, cuidado com zelo extremo, para que nada faltasse na travessia.
As cinzas eram cuidadosamente guardadas como memória dos mortos, pela prova da
virtude na morte –que um autêntico grego antigo se tornava um indivíduo, passava a ser
Gregos
alguém, cuja vida é digna de lembrança.
Apreciavam a morte de um componente, como uma perda do próprio grupo. A morte era
tida não como um evento súbito, mas sim como um processo a ser vivido por toda a
Malaios
comunidade, um processo de lamentação coletiva"
“(...)não satisfeita em privar o indivíduo de sua
agonia, de seu luto e da nítida consciência da morte,
de impor à morte um tabu, de marginalizar
socialmente o moribundo, de esvaziar todo o
conteúdo semântico dos ritos fanáticos, a sociedade
mercantil vai além, ao transformar a morte num
resíduo irreconhecível. Ela já não é mais um destino. O
que existe é a sua relação negativa com o sistema de
produção, de troca e de consumo de mercadorias. É o
estado de não-produção, de não consumação. Ao
negar a experiência da morte e do morrer, a sociedade
realiza a coisificação do homem. (MARANHÃO, 1998) ”
MARANHÃO, J. L. S.
O que é morte. 4ª ed.
São Paulo: Brasiliense,
1998. 77 p. Coleção
Primeiros Passos, 150.
Formação acadêmica do
enfermeiro: a morte e a cura
01 03
O tema da morte é pouco Despersonalização e
abordado e refletido. impessoalidade com os
corpos.
02 04
A cura é enfática e Racionalização como
entendida como a mecanismo de defesa.
finalidade última.
Luto e suas facetas
Parkes (1998) ressalta que o processamento do luto pode
ocorrer por:
● Afeto ao paciente.
● Sensação de não ter fornecido toda a dedicação necessária.
● Auto exigência de garantir uma morte confortável.
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dos cuidados paliativos e da
3
que pode ser inserido na rotina do
necessidade de lidar com o luto enfermeiro para aliviar o estresse