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- Facto,
- Ilicitude.
- Culpa.
- Dano.
- Nexo de causalidade.
- Se o condutor for responsável pelo 503º/3, então quem tem a direção efetiva do veículo
seria responsável nos termos do artigo 500º.
• Se não: 503º/3, parte final, que remete para o nº1 (responsabilidade do comitente).
- Não é um comissário: 503º/1.
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quarta-feira, 5 de Abril de 2017
• 2º pessoa a analisar: quem tem a direção efetiva do veículo.
- Se o condutor não for responsável, não significa que quem tem a direção efetiva do veículo não o
seja: verificação dos pressupostos do artigo 503º/1 - remete para o 505º.
• Direção efetiva do veículo: significa ter o poder de facto ou controlo do veículo (é presumido se
existir propriedade do veículo), independentemente da titularidade de algum direito sobre o mesmo.
- Imputabilidade ao agente - nos termos do artigo 503º/2: considerando que os inimputáveis não
estão em condições de exercer poderes de facto sobre os veículos.
• os inimputáveis, de acordo com o Prof. Menezes Leitão, respondem nos termos do artigo 489º.
• Utilização no seu próprio interesse: tem como objetivo excluir aqueles que conduzem o veiculo por
conta de outrem, os comissários, aos quais se deve aplicar o regime da responsabilidade do
comitente (artigo 500º).
• Veículos abrangidos: todos os de circulação terrestre (não apenas de circulação rodoviária, mas
também circulação ferroviária - artigo 508º/3).
• Danos provenientes de riscos próprios do veículo, ainda que este não se encontre em
circulação: abrangem-se os danos resultantes da circulação do veículo (via pública ou recintos
privados) e danos causados pelo veículo quando imobilizado (incêndio por curto circuito, p.e.)
- de acordo com o prof. Menezes Leitão, não se exige culpa do lesado, mas que a conduta deste
tenha sido a única causa do dano (exemplos: comportamentos automáticos, medo invencível, atos
inimputáveis, eventos fortuitos relativos ao lesado);
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• Havendo culpa do condutor do veículo e não havendo culpa do lesado, a responsabilidade pelo
risco não é excluída.
• Se se verifica concorrência da culpa do lesado com o risco próprio do veículo: deve ser excluída
a responsabilidade do condutor - em função do artigo 505º (redação abrangente) e do artigo
570º/2 (a culpa do lesado exclui o dever de indemnizar em caso de culpa presumida).
- não se exige um ato culposo do terceiro, bastando que o facto seja a única causa do dano;
- causa de força maior: acontecimento imprevisível, cujas consequências não podem ser evitadas,
e exterior ao funcionamento do veículo.
• excluirá, se, por exemplo, se tratar da projeção do veículo pelo ciclone ou por inundação: não se
podem considerar riscos de circulação do veículo.
• Transporte por virtude do contrato: a responsabilidade apenas abrange os danos que atinjam a
pessoa ou as coisas por ela transportadas (504º/2).
- excluídos: danos em coisas não transportadas pela pessoa e danos reflexos sofridos pelas pessoas
referidas nos artigos 495º/2 e 3 e 496º/2.
• Artigo 504º/4: são nulas as clausulas que excluem ou limitem a responsabilidade do transportador
pelos acidentes que atinjam a pessoa transportada.
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- raciocínio a contrario: permite que, no contrato, as partes excluam ou limitem a responsabilidade
do transportador pelos danos que atingem as coisas transportadas.
- RESPONSABILIDADE POR CULPA: a responsabilidade pelo risco nos acidentes causados por veículos
não dispensa a necessidade de se averiguar se existe culpa ou não do condutor do veículo.
• Averiguar se existe responsabilidade aquilina (483º): nesse caso não está sujeita a limites e abrange
todos os danos sofridos.
• A responsabilidade do condutor tem de ser provada pelo lesado, de acordo com as regras gerais
(487º), exceto quando se insere numa presunção de culpa.
• Durante muito tempo, entendeu-se que seria um caso de atividade perigosa, logo, estaria
abrangida pela presunção de culpa, nos termos do artigo 493º/2.
- Artigo 503º/3: compreende uma presunção de culpa, quando ocorra uma condução de veículos
por conta doutrem.
• O comissário só é responsável pelo risco (artigo 503º/1) se conduzir o veículo fora das funções
de comissário - apenas nessa condição se encontra preenchido o pressuposto de condução no
interesse próprio.
• Restantes casos: a responsabilidade pelo risco é atribuída ao comitente, que tem a direção
efetiva do veículo e o utiliza no seu próprio interesse, ainda que por intermédio de comissário.
• Artigo 503º/3: estabelece uma presunção de culpa do comissário - permite, ao comitente, caso
o comissário não vier a ilidir a presunção, exercer contra ele o direito de regresso pela
indemnização que tiver pago ao lesado, com fundamento na responsabilidade pelo risco.
- solução que veio a ser fixada por assento 1/83: a primeira parte do artigo 503º/3
estabelece uma presunção de culpa do condutor do veículo por conta doutrem pelos
danos que causar, aplicável nas relações entre ele como lesante e o titular ou titulares
direito de indemnização.