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Ocultismo :1,
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Prático I
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H.P. Blavatsky "I
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Tradução
Edvaldo de Souza Batista

)
Revisão Técnica
)
Ricardo Lindemann
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Editora Teosófica
Brasília-DF
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B645 Ocultismo Prático (


Título do original em inglês: H.P. Blavatsky
Practical Occultism
(

Brasília, dezembro de 2001 (

(
The Theosophical Publishing House ISBN 85-85961-74-0' (
Adyar, Chennai (Madras), 600 020, Índia
Assunto: 1. Ocultismo ,
I
1a edição em inglês, 1948 2. Teosofia (

(
Editora Teosófica (
Primeira edição em português, dezembro/2001
CDD 130 (

Direitos reservados à (
EDITORA TEOSÓFICA (
SGAS, Quadra 603, Conj. E, s/n°, Capa: (
70.200-630 Brasília, DF - Brasil Marcelo Ramos (
Tel.: (61) 322-7843 D iagramação: (
Fax: (61) 226-3703' Reginaldo Alves Araújo
Home Page: www.stb.org.br/livrar.html Revisão Editorial: (
www.editorateosofica.com.br Zeneida Cereja da Silva (

E-Mail: st@stb.org.br (

(
)

)
) Sumário
)
)

)
o Prólogo da Edição Brasileira.. 9
)
O Prefácio 11
)

)
O Algumas Sugestões Práticas
)
)
para a Vida Diária 13
)

)
O Nota Introdutória 91
)

) O Ocultismo Prático 107


)

) O Ocultismo Versus Artes


)
) Ocultas 147
)
)

)
)

)
)
)
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i '

,I
I

Prólogo da
Edição Brasileira
;

E uma honra para a Editora


Teosófica apresentar esta tradução
da obra clássica de H.P. Blavatsky,
O Ocultismo Prático.
Por motivos editoriais preferiu-
se antecipar o capítulo "Algumas
Sugestões Práticas para a Vida
Diária", que na versão original em

- 9-
!

I
!
II i i

\ I
1 \
inglês era o último capítulo e nesta .\ .1
.' j
) : I
passou a ser o primeiro. .'

) Acrescen tou -se, também, uma Prefácio


)

) Nota Intradutória ao capítulo


)
"Ocultismo Prático", visando uma As citações de que é composto
)

) melhor compreensão do contexto o artigo seguinte' não foram


)

)
histórico do conteúdo. originalmente extraídas com vistas
j
à publicação, podendo por isso
)

) Os Editores parecer algo desconexas.


)
Foram primeiramente publica-
)

)
das como uma Seleta Teosófica,
)
na esperança de que os leitores
)

) aproveitassem as. sugestões e


)
fizessem eles mesmos seus livros
)

) de citações diárias a partir de


)
) - 10 - - 11 -'

)
excertos, preservando dessa
maneira um registro duradouro dos
livros lidos e tornando a sua leitura Algumas Sugestões (

(
de valor prático. Seguindo este Práticas para (

plano, o leitor' poderia resumir o (

essencial do livro, segundo o que


a Vida Diária (

lhe tivesse chamado a atenção. (

O método de ler uma série de


1 (
(

citações a cada manhã, tentando (


Levanta cedo, logo que tenhas (

viver durante o dia segundo as (


despertado, sem ficar deitado (
citações lidas, e meditando sobre
indolentemente na cama, meio (

as mesmas nos momentos livres, (


sonolento e meio desperto. Então (
também se sugere como proveitoso
reza com fervor pedindo para que (

para o estudante sério. (

toda a Humanidade possa ser (

- 13 - (

- 12- (

.~ ..,.-".
..~
.. ~ ~_
..~=-"", .;\ u_. _
regenerada espiritualmente, que comissão possam ser perdoados.
)

) aqueles que estão lutando no Isto facilitará grandemente a


)
caminho da verdade possam ser concentração, purificará o teu
/

encorajados por tuas preces, que coração, e muito mais. Ou então


)

) trabalhem corri mais ardor e que reflete sobre as fraquezas do teu


)
obtenham sucesso, e que tu possas caráter: c0111preende plenamente
)

ser fortalecido e não ceder às os Inales e os prazeres passa-


seduções dos sentidos. Imagina geiros que elas te proporcionam,
), e quere firmemente fazer tudo
)
mentalmente a figura de teu Mestre :[1
)

) em estado de Samadhi. Fixa essa '\


T
quanto possas para não ceder a elas
)
imagem diante de ti, preenche-a da próxima vez. Esta auto-análise
)

) com todos os detalhes, pensa nele e o apresentar a ti mesmo perante


)

)
A •

com reverencia, e reza para que \ o tribunal de tua própria consci-


todos os erros de omissão e ência facilita, em um grau até agora

i
)

) - 14 - f
- 15 -
)
i;MjíôiOiP;;;;;;::.::.:.-====-----=-=------ ------ =--0-- -=- =-"-='-- -:....;;;;;-
---=---- =-.. = - iiii-.-
iiii--~- _--- •••• íiiiiiiiI----.--- iiiiíiiiiiiiiiiiiii!- iiiiíi-----iili----iiiiii---
--.- -lIIiiiiiiiiiiiiiiiiiiii •••••••••• _

não-imaginado, o teu progresso sária. Antes de fazer algo, pensa (

espiritual. Quando estiveres toman- se é teu dever fazê-lo. (

do banho, exercita, durante todo o 2. Nunca digas uma palavra


(

tempo, a tua vontade, para que as desnecessária. Pensa nos


(
tuas impurezas morais sej am efeitos que tuas palavras podem (

levadas pela água juntamente com produzir antes de pronunciá-Ias. (

I
as demais impurezas do teu corpo. Nunca te permitas violar teus (

(
Em teu relacionamento com os princípios por força de tuas (

outros, observa as seguintes regras. companhias. (

•• 3. Nunca permitas que qualquer (


,
i'
, (
1. Nunca faças aquilo que não pensamento desnecessário ou (

estejas comprometido a fazer vão ocupe a tua mente. Isso é (

como teu dever; isto é, nunca mais fácil de dizer do que fazer. (

(
faças qualquer coisa desneces- Não podes esvaziar tua mente
(

- 16- - 17 -
de uma só vez. Por isso, no !
)
'I
e maus pensamentos. Come
) início, tenta evitar pensamentos apenas quando tiveres fome e
)
)
maus ou ociosos, antes ocu- I
bebe apenas quando tiveres
,
;

1
)
pando a tua mente com a aná- \1,
I1 sede, nunca de outro modo. Se
J 1i
) lise de tuas próprias faltas, ou l\j
í
um prato especial atrai o teu
) "
com a contemplação daqueles I
)
I
J

que são Perfeitos. , paladar, não te permitas ser


seduzido a comê-lo para satis-
I'
4. Durante as refeições exercita a fazer aquele desejo ardente.
11
)
tua vontade, de modo a que o
I
"

) Lembra-te de que o prazer não


)
teu alimento seja apropriada- existia alguns segundos antes, e
)

) mente digerido a fim de formar \


que cessará de existir alguns
)
para ti um corpo em harmonia
I
) ,
1
segundos depois; de que é um
) com tuas aspirações espirituais,
,
~ prazer transitório, e que aquilo
) que não gere paixões maléficas que agora e~ um prazer Ira~
\

.
I
) 'il,

) - 18 - - 19 -
)

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------

tomar-se dor se tu o ingerires as dores que eles experimentam


em demasia; de que dá prazer jamais poderão realmente te (

(
apenas à língua; lembra-te de afetar, e assim por diante. Pra- (

que se te afligires em demasia tica a mesma série de racio- (

para obter tal prato, e te cínios no caso de qualquer outra


(
permitires ser seduzido por ele, tentação, e ainda que venhas a {

não terás qualquer tipo de pudor falhar muitas vezes, mesmo as- (

para consegui-lo; de que uma sim, com toda a certeza, che- (

vez que existe outro objeto que garás ao êxito. Não leias em
(

te possa trazer felicidade eterna, demasia. Se leres por dez mi- (

convergir teus desejos para algo nutos, reflete por outras tantas (

transitório é pura tolice; de que horas. Habitua-te à solidão e a (

(
~
tu não és nem o corpo nem os permanecer so com os teus (

sentidos, e portanto o prazer e pensamentos. (

- 20- - 21-

l
Acostuma-te ao pensamento 2
/ de que ninguém além de ti pode
)
dar-te assistência, e desapega-te o motivo correto para a busca
)

)
de tuas afeições em relação a I
do autoconhecimento é aquele que
j
pertence ao conhecimento e não
) todas as coisas gradualmente.
) ao eu. O autoconhecimento vale a
)
Antes de dormir, reza como fizeste
pena ser buscado em virtude de ser
pela manhã. Faz uma revisão das
)
conhecimento, e não em virtude de
) ações do dia, vê onde tu falhaste
) pertencer ao eu. O principal requ-
e resolve então que não falharás
)
isito para a aquisição do auto-
) nas mesmas coisas amanhã 1.
)
conhecimento é o amor puro.
)

) Busca o conhecimento por puro


)

)
amor, e ° autoconhecimento final-
I The Theosophist, ago. 1889, p. 647. mente coroará o teu esforço. O fato
)

.- 22- - 23 -
/

)
I

1.,
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de um estudante progredir com deve ser o nosso único, verdadeiro


impaciência é a prova evidente de e permanente Amor, nossa única
que ele trabalha por recompensa, confiança em tudo, nossa única Fé, (

e não por amor, o que por seu turno em que, permanecendo tão firme (

prova que ele não merece a grande como uma rocha, podemos confiar
para sempre; nossa única Espe-
vitória que está reservada para
rança, que nunca nos abandonará
aqueles que realmente trabalham ,
(
mesmo que tudo o mais pereça; e (
por puro amor.'
a única coisa que temos de (

(
O "Deus" em nós - isso é, o procurar obter, com nossa Pa- (

Espírito de Amor e Verdade, Justiça ciência, esperando com conten- (

e Sabedoria, Bondade e Poder - tamento até que o nosso mau (

Carma tenha se extinguido, quando (

2 The Theosophist, ago. 1889, p. 663.


então o divino Redentor nos reve- (

lará sua presença dentro de nossa


- 24- - 25 -
alma. A porta através da qual Ele numa linha de ação deveria ser
)

)
entra é chamada Contentamento; considerado a nossa maior ajuda,
pois' aquele que está descontente pois não podemos aprender de
)
consigo mesmo está descontente nenhum outro .mod o aquela
)

) com a lei que o fez tal como ele é; serenidade na qualinsiste Krishna.
)
e como Deus é Ele mesmo a Lei, Se todos os nossos planos fossem
)
Deus não se manifestará àqueles bem-sucedidos, então nenhum
) que estão descontentes com Ele.' contraste se apresentaria a nós.
I
/

Se admitirmos que estamos na Também aqueles planos assim


) corrente da evolução, então cada feitos, poderiam estar baseados em
)

)
circunstância deve ser considera- nossa ignorância e, portanto, ser
) da totalmente justa para nós. E o errôneos, de modo que a bondosa
)
fracasso de nosso desempenho Natureza não nos permitirá realizá-
)

) los. Não somos culpados pelo plano,


3 Theosophical Siftings, n° 8, VoI. 11, p. 9,
Hartmann.
mas através da não-aceitação de
)

)
sua realização, podemos adquirir

)
- 26- - 27 -
demérito cármico. Se tu, por fortalecerá os teus pensamentos,
· I,
I qualquer motivo, encontra-te aba- como também atuará reflexivamente
tido, então, na mesma proporção, os sobre o teu corpo, tomando-o mais
teus pensamentos enfraquecerão em forte. 5
(
poder. Pode-se estar confinado Agir, e agir sabiamente quando (

numa prisão e ainda assim ser um chegar o tempo da ação, esperar, e (

(
trabalhador pela causa. Desta
esperar pacientemente, quando for
forma, rogo-te para tirar de tua mente
qualquer desgosto pelas circuns- tempo para repouso, põe o homem (

tâncias presentes. Se conseguires em harmonia com os altos e baixos (

olhar para tudo issojustamente como das marés (da vida), e deste modo, (

sendo aquilo que tu" de fato tendo a lei e a Natureza como seu (

desejaste, . então isso não apenas (


respaldo, e a verdade e a caridade (

(
4 "Tu", no sentido de Eu Superior. Somos
5 .
como fazemos anós mesmos. Path, ago. 1889, p.131.

":"
28- - 29-

ri

~~_._~=-~ ~_._._
..
~-~
como faróis luminosos a lhe indi- A energia acumulada nao
)
carem o caminho, ele poderá
) pode ser aniquilada, deve ser
/ realizar maravilhas. A ignorância
transferida para outras formas, ou
desta lei resulta em períodos de
)
ser transformada em outros tipos
) entusiasmo irracional de um lado,
) de movimento; ela não pode
)
e depressão e até mesmo desespero
) do outro. O homem toma-se assim permanecer para sempre inativa e
/
vítima de suas fIutuações, quando ainda assim continuar a existir. E"
) deveria ser o Senhor delas.' ! inútil tentar resistir a uma paixão
Tem paciência, Candidato, co- t
I
I
que não podemos controlar. Se a
) r.
) mo alguém que não teme fracassos I
I sua energia acumulada não for
)
nem corteja êxitos." conduzida para outros canais,
)

crescerá até que se torne mais


)

6 Path, jul. 1889, p. 107. forte que a vontade, e mais forte


7 A Voz do Silêncio, aforismo 137.
)
que a razão. Para controlá-Ia, tu
)

- 30- - 31 ~
tens de conduzi-Ia para um outro explosão que destruirá o seu agen-
canal superior. Desse modo, o te; após a tempestade vem. a bo-
amor por alguma coisa vulgar pode nança. Os antigos diziam que a
Natureza tem aversao - ao vacuo.
"
ser modificado, transformando-o ('

Não podemos destruir ou aniquilar


em amor por algo elevado, e o
uma paixão. Se ela for expulsa, um~
vício pode 'ser transmutado em (

outra influência elemental tomara


virtude, se o seu curso for altera- o seu lugar. Não deveríamos, por-
(
do. A paixão é cega, vai para onde tanto, tentar destruir o inferior sem
for conduzi da, e a razão é um guia pôr algo em seu lugar, mas de fato (

mais seguro para ela que o instinto. deveríamos substituir o inferior pelo (

A ira contida (ou o amor) acabará superior; o vício pela virtude, e a (

por descobrir algum objeto sobre superstição pelo conhecimento.' (

o qual descarregar sua fúria, de


outro modo poderá produzir uma 8 Magic, p. 126, Hartmann

, - 32- - 33 -

I, .••
. --- ,..- - ..----_. "-i

íii'ta.'W'U'Ii"P'W' T_''''''';fliiliiii~·_' ------'----- -- - - , .....


)
3
I
~
derar a grandeza da sua natureza
)
f,
)
'I
superior nem se deixar arrastar
)
Aprende que não há cura para pelo seu eu inferior ou material.'?
) o desejo, que não há cura para a Todo o passado nos mostra que
busca de recompensa, que não há
as dificuldades não devem servir
cura para o sofrimento de estar
de desculpa para o desânimo, muito
ansioso por algo, a não ser fixando
menos para o desespero, de outro
) a visão e a audição naquilo que é
modo o mundo não teria as muitas
)
invisível e inaudível. 9
)
rnaravilhas da civilização."
O homem tem de acreditar na
A força de vontade para seguir
sua capacidade inata de progredir;
adiante é a primeira necessidade
) não deve se atemorizar ao consi-
)

9 COLLINS, Mabel. Luz no Caminho;


Carma. Brasília, Ed. Teosófica, 1999. p. 10 Comentários Sobre Luz no Caminho.
107. (N. ed. bras.) 11 Throug]i de Cates of Gold.
)

- 34- - 35 .1
daquele que escolheu seu caminho. luta ele está fazendo aquilo que vale
Onde pode ela ser encontrada? a pena ser feito."
Olhando-se ao redor não é difícil "Não resistas ao mal", isto é,
ver onde outros, homens encontram não te queixes nem te irrites com (

sua força. A sua fonte é a convic- as vicissitudes inevitáveis da vida.


ção profunda. 12 _'
Esquece de ti mesmo (servindo aos
Abstém-te porque é correto o
outros). Se os homens maltratam,
abster-se - não para te conservares
limpo. 13 perseguem ou enganam os seus (

semelhantes, por que resistir? Na (

O homern que luta contra si


mesmo e vence a batalha só pode resistência criamos males ainda
fazê-lo quando sabe que naquela maiores. 15
(

12 Op. Cit., p.87.


\3 COLLINS, Mabel.Luz 1W Caminho. Brasília,
14 Through the Gates of Gold, p. 118.
Ed. Teosófica, 1999. pp. 38-9. 15 Path, ago. 1887, p. 151.

: - 36- - 37 -
I
I

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=""- .."""'----~----=, --=-----~,----=-- ,~- -=- ~- ~.... _~- - _---==-==-=---=.._- '-----------
=
.. ..- ------,- ..'---...
)

) o trabalho imediato, qualquer deixa a mente comprazer-se com


)

)
que seja, tem implícito o clamor do os objetos dos sentidos desgover-
) dever, e a sua relativa importância nados."
)

) ou não-importância não deve ser, Nossa própria natureza é tão vil,


)
em absoluto, considerada." orgulhosa, ambiciosa, e tão cheia
)

) O melhor remédio para o mal de seus próprios .apetites, julga-


)
não é a repressão, mas a elimi- mentos e opiniões, que se as
)
tentações não a dominassem, ela
) nação do desejo, e isso pode ser
) se deterioraria irrernediavelmente.:
melhor alcançado mantendo-se a
portanto somos tentados até o fim
)
mente constantemente fixa em
) para que possamos conhecer a nós
) coisas divinas. O conhecimento do
mesmos e ser humildes. Sabe que
Eu Superior é solapado quando se
)

)
17 Bhagavad-Gitã, p. 60, (Todas as cita-
ções foram extraídas da tradução de
) 16 Lúcifer, fev. 1888, p. 47~. Mohini.).

)
- 38- - 39-
a maior das tentações é a de não Tudo O que deva ser feito, tem
ter tentação alguma, por esse de ser feito, mas não com o pro- (

motivo alegra-te quando elas te pósito de satisfazer-se com o fruto


assaltarem, e com resignação, paz da ação." (
e constância, resiste a elas." Se todas as ações de uma pes- (

Sente que tu não tens que fazer soa forem executadas com a plena
(

nada para ti mesmo, mas que certas convicção de que não têm qualquer (

(
tarefas são designadas para ti pela valor para o agente, mas que devem
Di vindade,as quais tu tens de ser efetuadas simplesmente porque (

(
cumprir. Deseja Deus, e não algo têm de ser feitas - em outras
que Ele possa proporcionar-te. 19
palavras, porque está em nossa
(

natureza agir - então a perso- (

,
(
18 Spiritual Cuide, Molinos. (
19 Bhagavad-Gitã, p. 182. 20 Bhagavad-Gitã, Introdução.
(

"

!' - 40- - 41 -
)

)
n ali dade egoísta em nós se evolução. Soment(~isto pode trazer
enfraquecerá cada vez mais, até verdadeira satisfação."
)
que chegue a apaziguar-se, per- O conhecimento aumenta na
)
mitindo ao conhecimento revelar o proporção de seu uso - isto é,
)

) Eu Verdadeiro a brilhar em todo seu quanto mais ensinamos mais


)
esplendor. Não se deve permitir aprendemos. Portanto, Buscador
que a alegria ou a dor afaste a da Verdade, COl1) a fé de uma
)
pessoa de seu firme propósito." criancinha e a vontade de um
I

) Até que o Mestre te escolha Iniciado, compartilha daquilo que


) I

)
para vir a Ele, esteja com a tens com aquele que nada possui
)
Humanidade, trabalhando de modo para confortá-Io em sua jornada."
altruísta pelo seu progresso e
,
22 Path, dez. 1886, p. ~79.
21 Comentários Sobre Luz 110 Caminho. 23 Path, dez. 1886, p. 280.
I'
I

) - 42- - 43'-
I

I
(
I

!. (

UIU discípulo tem de reconhecer Nenhum homem é teu inimigo;


(

I (

de maneira ;inequívoca que a nenhum homem é teu amigo. Todos


=
própria idéia direitos individuais são igualmente teus instrutores.>
nada mais é que a manifestação da (
Não mais se deve trabalhar para (
natureza venenosa da serpente do (
ganhar qualquer benefício, tem- (
eu. Ele jamais deverá considerar
poral ou espiritual, mas tão somente (

outro homem como alguém passível (


\

para cumprir a lei da existência que (


de ser criticado ou condenado, nem
é a justa vontade de Deus. 26 (
tampouco poderá o discípulo elevar (

sua voz em !autodefesa ou des- (

(
culpa." (

25 COLLINS, Mabel. Luz no Caminho, (

(
Brasília, Ed. Teosófica, 1999. p. 84. (N.
--------1,- (
ed. bras.)
24 Lúcifer, jan. ] 883, p. 832. (
I
26 Bhagavad-Gitd, Introdução. (
1
I
I (

:~- 44 - - 45 - (

--..,..----;:-:--:-:===~......•....
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-----.--
..-_."-1
)

)
4 dois meios principais pelos quais
)
) essa purificação pode ser atingida.
)
Não vivas nem no presente nem Em primeiro lugar, afasta per-
I

) no futuro, mas sim no eterno. A I

{ sistentemente todo mau pen-


(
)
gigantesca erva daninha (do mal) I, , samento; e em segundo, mantém a
)
I
) lá não pode florescer; a própria mente tranqüila sob quaisquer
)

)
atmosfera do pensamento eterno condições, nunca te agitando ou
) apaga esta mancha da existência." te irritando por qualquer coisa.
A pureza do coração é uma condi- .I
)
r
I
Descobrir-se-á, assim, que estes
)
ção necessária para o atingimento dois meios de purificação são
)

) do "Conhecimento do Espírito". Há melhor estimulados pela devoção


)
}
e pela caridade. Não devemos nos
27 COLLINS, Mabel. Luz no Caminho, l
manter ociosos, sem tentar fazer
) Brasília, Ed. Teosófica, 1999. pp. 35-6.
)

)
(Regra 4) (N. ed. bras.) l alguma coisa para progredir, so'"

\~
) - 46- k - 47 1
(

(
alguém seja enganado pela insince-
porque não nos sentimos puros. -- 29
(

ridade de uma palavra ou açao.


Que todos tenham aspirações, e
Aqueles que aspiram pela sal-
que trabalhem com o devido
vação devem evitar a luxúria, a ira
empenho; no entanto, devem tra-
e a cobiça, e devem cultivar uma
balhar no reto caminho, cujo pri- corajosa obediência às Escrituras,
(

meiro passo ~ purificar o coração." estudar Filosofia Espiritual, e culti- (

A mentel:)recisa de purificação var a perseverança na sua reali-


I ••

sempre que sentir Ira ou que uma -


zaçao ;'
prática. 30 (

(
mentira seja! contada, ou as faltas Aquele que se deixa levar por (

de terceiros sejam desnecessa- motivos egoístas não pode entrar (


riamente reveladas; sempre que
num Céu onde os motivos pessoais (

algo seja dito ou feito com o (

(
propósito de bajulação, ou que (
29 Blzagavad-Gitã, p. 325.
28 The Theosophist, out. 1888, p. 44. 30 Ibid., p. 240. (

- 48 - - 49- (

_______ .__
c:=
não existem. Aquele que não se e uma vez obtida essa recompensa,
preocupa com o Céu, mas que se a sua felicidade cessa. Não pode
)

)
sente contente onde se encontra, haver descanso e felicidade per-
)
já está no Céu, enquanto que o manentes enquanto houver algum
) descontente irá clamar pelo Céu trabalho a ser feito, e que não tenha
j
em vão. Não ter desejos pessoais sido realizado, sendo que o cum-
) é estar livre e feliz, e a palavra primento do dever traz sua própria
)

)
"Céu" não pode significar outra recompensa."
)
coisa a não ser um estado no qual Aquele que se considere mais
)

) a liberdade e a felicidade existam. santo que os outros, aquele que


)
O homem que pratica ações bené- tenha qualquer orgulho por estar
)

) ficas motivado por uma expectativa isento de vícios ou insensatez,


)

)
de recompensa não fica feliz a não
)
ser que a recompensa seja obtida, 31 Magic, Introd., p. 34, Hartmann,
)

)
- 50- - 51 ..
(

aquele que se crê sábio, ou de


coração do homem e suas emo- (

qualquer maneira superior ao seu (


ções é a primeira das regras; envol-
próximo, está incapacitado para o
ve "o atingimento de um equilíbrio
discipulado, Um homem tem que (
que não pode ser perturbado pelas (

se tomar como que uma criancinha (


emoções pessoais." Põe, sem de- (
antes de poder entrar no Reino dos
mora, tuas boas intenções em
Céus. A virtude e a sabedoria são
prática, nunca permitindo que nem (
coisas sublimes, mas se elas (
sequer urna delas permaneça
. criarem orgulho e uma consciência
, apenas como uma intenção. Nosso (

de separati vidade em relação ao (

único rumo verdadeiro é deixar que (

restante da Humanidade, então


I
o motivo para a ação esteja na ação (

serão apenas as serpentes do eu


em si mesma, jamais na sua re- (

reaparecendo de uma forma mais (


compensa; não ser incitado à ação (

sutil. O sacrifício ou a entrega do


pela expectativa do resultado, e (

- 52- - 53 -
(

I
"

til~==-";,,.,,~"',
:"
i 11 ..".
~_-:-~_----,---,,--~ .. _.= =. ~ ~ ~. J ~ =--"='
__ .~ -==
..
__.. ===_ z-rr-r-xr-. ..... _ .. _._-- _ _._ ~ _-'.~
... •. ..
-,

)
nem tão pouco ceder à propensão sejos," e sabe que somente o ver-
,. " .
)
a mercia. dadeiro Ego ou Supremo Espírito é
)

) Através da fé" o coração é bem-aventurança, e que tudo o


)

)
purificado das paixões e da insen- mais é dor. En1 segundo, que ele
) satez; daí surge o domínio do corpo, está livre de apego ou repulsão com
)

)
e, por último, a subjugação dos sen- relação a qualquer coisa que lhe
)
tidos."
) aconteça, e que age sem intenção.
) As características do sábio Finalmente, vem asubjugação dos
)

)
iluminado são, em primeiro lugar, sentidos, que é inútil, e freqüen-
,
)
que ele está liberto de todos os de-
) temente prejudicial, dando origem
)

)
32 Isto é, conhecimento, e este surge pela 34 Isto pode ser mais facilmente alcançado,
)
prática do altruísmo e da bondade. mantendo-se a mente constantemente
)
33 .Bhagavad-Giki, p. 95. voltada para as coisas divinas.
)

)
- 54- - 557
.J
(

à hipocrisia e ao orgulho espiritual, que negligencia em ajudar seu


quando destituída do segundo, e próximo, qualquer que seja sua (

que por sua vez não tem muita raça, nação, ou credo, quando e
utilidade quando destituída do onde quer que encontre sofri- (

primeiro. 35 mento, e que faz ouvidos moucos (

Aquele que não pratica o ao clamor da miséria humana; (

altruísmo, aquele que não está aquele que ouve uma pessoa
preparado para dividir sua última, inocente ser caluniada, e que não (

(
36
porção COJU alguém mais pobre
! I

toma a sua defesa como defenderia


ou mais fraco do que ele, aquele a si mesmo, não é um teósofo. (

5 (

(
35 Bhagavad-Gftã, p. 61. (
36 Isto deve ser' Interpretado
. no seu mais Ninguém age corretamente ao (

amplo sentido, i.e., conhecimento (


abandonar o cumprimento dos
espiritual, etc. (

- 56- - 57 -
(

, '

!!!#~;"IliIIIiiiiiiii~~;;;;'
;;;';'.
'--...-;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;= •.••.--- •...• ,..
fr

) . "
mequivocos deveres da vida , teremos de trabalhar, consagrando
)

)
baseados no mandamento Divino. à Deidade todos os frutos de nossa
Aquele que cumpre seus deveres ação e atribuindo-Lhe o poder de
)

por pensar que se eles não forem executar as tarefas corretamente.


I
cumpridos algum malefício lhe A verdadeira vida do homem é
)

j
sobrevirá, ou que o seu cum- paz e111identidade com o Su-
I
pnmento removerá dificuldades do premo Espírito.
) seu caminho, trabalha pelos Esta vida não é trazida à
)
resultados. Os deveres devem ser existência por qu~lquer ato nosso,
) cumpridos simplesmente por terem é uma realidade, "a verdade", e é
)
sido mandados por Deus, que pode completanlente independente de
)

) a qualquer momento ordenar que nós. A compreensão da irrealidade


J
se lhes abandone. Enquanto não de tudo que parece se opor a esta
)

) tivermos reduzido a inquietação da verdade é uma nova consciência e


I
nossa natureza à tranqüilidade, não uma ação. A libertação do
)

)
- 58 - - 59-
(

autoconsciente do homem, alcan- (

homem não está de modo algum (

çam a liberdade em relação à ne- (


relacionada às suas ações. Na
cessidade de ação. E então o
medida em que as ações promovem
coração puro é preenchido pela (
a compreensão de nossa total (
verdade, e é percebida a identidade (
inabilidade para emancipar a nós (
com a Deidade. O homem tem de
mesmos da existência condiciona- (

primeiramente se livrar da idéia de


da, elas são úteis; após a com-
que ele realmente faz alguma coisa,
preensão desse estágio, as ações
sabendo que todas as ações
se tornam mais obstáculos do que (

auxílio. Aqueles que trabalham em . ocorrem nas "três qualidades da (

(
natureza'?" e de modo algum na
obediência aos mandamentos (

Divinos, sabendo que o poder para alma. (

assim trabalhar é um dom de Deus ,


e que não é uma parte da natureza 37 Isto é, os três gunas.
(
(

- 60- - 61 - (

--_._- .-_._---------
r~
r

Então ele tem de estabelecer a Humanidade, ou adquire conhe-


)
todas as suas ações na devoção. cimento para poder dar assistência
)
Isto é, sacrificar todas as suas a seu próximo, e é movido a isso
)

) ações ao Supremo e não a si meramente porque pensa que


.1

)
mesmo. Ou ele próprio se arvora assim alcançará a salvação, ele
) no Deus a quem são consagrados está agindo apenas para seu próprio
)
os seus sacrifícios, ou os consagra benefício, e está portanto consa-
)
ao outro verdadeiro Deus - grando sacrifícios para si mesmo.
)

Ishvara; e todos os seus atos e Desta forma, ele tem de devotar-


)

)
aspirações são dedicados ou para se internamente ao Todo; sabendo
) si mesmo ou para o Todo. Aqui se que ele próprio não é o agente
)

)
evidencia a importância do das ações, mas a mera testemunha
1110tiVO.Pois se ele realiza grandes delas. Desde que está em um cor-
}

) obras de valor, ou de benefício para po mortal, ele é afetado por dú vidas


}

- 62- - 63 - I

)
que irão brotar repentinamente. conhecimento que reside em sua
Quando elas de fato surgem, é natureza Sauvica (bondade). Pois
porque ele ignora algo. Ele deve está dito: "Um homem que seja
para tanto ser' capaz de dispersar perfeito em devoção (ou que
a dúvida "pela espada do conhe- persiste em seu cultivo) esponta-
cimento." Porque se ele dispõe de neamente descobre o conhe-
uma resposta pronta para alguma cimento espiritual em si mesmo
dúvida, nesta rriesma proporção ele com o passar do tempo". E tam-
a dissipará. Todas as dúvidas vêm bém: "Um homem com a mente
I

da natureza inferior, e jamais em cheia de dúvidas não desfruta nem


qualquer caso da natureza superior. deste mundo nem do outro (o
Por isso à medida que ele cresce mundo dos Devas), nem da
em devoção é; capaz de perceber beati tude final." A última frase é
cada vez mais
;
claramente o para destruir a idéia de que se há

~-64 - - 65 -

1m -'-
,!

)
em nós esse Eu Superior ele irá, \' pujante e intenso desejo de tornar
mesmo se formos indolentes e sua influência mais forte e as
)

cheios de dúvidas, triunfar sobre a nossas vidas melhores e mais


J
)
necessidade de conhecimento, nobres, de modo que algum conhe-
) conduzindo-nos à beatitude final cimento delas nos possa ser con-
)
junto com o fluxo evolutivo de toda cedido. Todos esses pensamentos
,
-' a Humanidade." têm de estar intimamente ligados à
)

) A verdadeira oração é a con- "


consciência da Essência Suprema
templação de todas as coisas sa- e Divina da qual todas as coisas se
) gradas, em sua aplicação a nós originaram."
)

) mesmos, às nossas vidas e ações A cultura espiritual é alcançada


diárias, acompanhada do mais através da concentração, e esta
)

)
39 Path, ago. 1889, p. 159.
) 38 Path, jul. 1889, p. 109.
)

- 66- - 67-
tem que ser continuada diariamente poder de se auto-reproduzir, e
e exercitada a cada momento. A quando a mente é mantida fir-
meditação já foi definida como "a memente em uma idéia, ela se toma
cessação do pensamento ativo colorida por essa idéia, e, como (

externo." A concentração é a pode-se dizer, todos os correlatos (

(
orientação de toda a vida para um daquele pensamento surgem dentro (

determinado fim. Por exemplo, uma da mente. E" a partir daí que o
(
mãe devotada é aquela que místico obtém conhecimento acer- (

considera antes e sobretudo os ca de qualquer objeto no qual ele (

(
interesses dos:seus filhos em todos pense constantemente em fixa (

os seus aspectos; e não aquela que contemplação. Eis a razão das


(

se senta para! pensar fixamente palavras de Krishna: "Pensa cons- (

r:
todo o dia apenas em UTn destes tantemente em mim; depende (
I

aspectos. O .pensamento tem o (

somente de mim, e tu certamente (

!- 68 - - 69- (

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....
... -~._=-._._~~~~_~
..,..,...,
....
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... =
__
.=== ....._
.._.__ ...
__.__
. .__ =__
.=_=__ =
..
.:;-:-::
.....
=-;-
virás a mim," A vida é o grande pois eles nos revelam leis. Mas o
)

) instru tor; é a grande manifestação valor desses poderes não deve ser
da Alma, e a Alma manifesta o exagerado, nem os seus perigos
)
ignorados. Aquele que se fia neles
) Supremo. Daí todos os métodos
) é como um homem que dá
serem bons e serem todos apenas
)
passagem ao orgulho e ao triunfo
) partes do grande objetivo, que é a
porque atingiu o primeiro patamar
Devoção. "A Devoção é o êxito
)
dos píncaros que ele se propôs
na ação 40", diz o Bhagavad-Gitii. 41
) escalar.
)
Os poderes psíquicos, à medida que
) surgem,devemtambémserusados ,
)

)
E" uma lei eterna que o homem
)
40 Também no.Bhagavad-Gitase encontra:
) não pode ser redimido por um poder
)
aYoga é habilidade na ação". BESANT,
)
Annie.A Doutrina do Coração. Brasília,
Ed. Teosófica, 1991. p. 87 (N. ed. bras.) 41 Path, jul. 1889, p. 111.
!

-70 - -71'-
.
exterior a si I'neS1110.Se isso tivesse pessoas, que ama a vingança, que
sido possível, um anjo poderia há não perdoa uma injúria, está cheio
muito ter visitado a Terra, proferido do espírito de homicídio, mesmo
verdades celestiais e, pela mani- que ninguém mais o saiba. Aquele
festação de faculdades de uma que se curva diante de falsos
natureza espiritual, provado uma credos, e submete sua consciência
centena de fatos à consciência do às imposições de qualquer insti-
tuição' blasfema sua própria alma
homem os quais ele ignora."
di vina e, portanto, "toma o nome de
O crime é cometido pelo Espírito
Deus em vão", ainda que nunca
tão verdadeiramente quanto pelos
preste um juramento. Aquele que
atos do cor~o. Aquele que por
deseja
'-â-.~ __ .",.___
meramente os prazeres
'----=------.- dos
.---~--_...
-..._...
qualquer motivo odeia outras sentidos, e está facada neles, dentro
"""'--'---.....----- ---...
..

ou fora das relações conjugais, é o


42 Spirit of the Testament, p. 508. verdadeiro adúltero. Aquele que

-72 - -73 -

I
I.
IfIUb6 ::um:::.•::;s..Qii\.-:r.l~" - ..- ..- - ~ ..=. =-=,~~="'"'""""~~",--,.~- = =".~-~~ ~. =-- ~ .. === =..
.. ,_ - .__ __
.-
)

priva quaisquer de seus com- Se apenas os homens fossem


)

j
panheiros da luz, do bem, da ajuda, honestos consigo mesmos e tives-
) da assistência que ele possa
)
sem uma disposição amável com
sabiamente lhes oferecer, e que vi-
)
relação aos outros, ocorreria uma
) ve para o acúmulo de coisas
) enorme mudança, em seu julga-
)
materiais, para sua própria grati-
mento quanto ao valor da vida e das
) ficação pessoal, é o verdadeiro la-
)
drão; e aquele que rouba de seus coisas desta vida." CL 2aujYlfZ:2;viêi;
)

) companheiros a preciosa posse do DESENVOLVE º-PENS..6-


)
caráter pela difamação ou por MEliIO. Esforça-te, concentran-
~~
)

) qualquer tipo de falsidade, não do toda a força de tua alma. para


)
passa de um ladrão, e da pior fechar a porta de tua mente a todos
)

) espécie." os pensamentos errantes, permi-


)

43 Spirit of the Testament, p. 513. 44 The Theosophist, jul. 1889, p. 590.

)
-74 - - 75-
)

)
...
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tindo somente a entrada daqueles volver o poder da vontade. Pensa-
..[}:j' presumidamente capazes de mentos indiferentes, no entanto,
"'0 '\\
: ~ ,/~~ Levelar-te a irrealidade da vida dos
':~.J ~ _ .._-- .•.,....--, ----- ...--- ..,------------ ..--- --~----
servem apenas para distrair a
..<' ~ \ •
(:.~"
\,1'. ')/\ sentidos
_ _- _---_e a-'" Paz do Mundo Interno. 'o'." ,,' , ...•...• ~ .. - •• _-_.~.-
atenção e desperdiçar energia. A
'\.~~ Pondera dia e noite sobre a irrea- primeira grande e fundamental ilu-
lidadede tudo que te rodeia e de ti são que tu tens de vencer é a
mesmo. O surgimento de pensa- identificação de ti mesmo com o
mentos maus é menos injurioso do corpo físico. Começa por pensar
que o de pensamentos ociosos e neste corpo como nada mais do que
indiferentes ~ porque quanto aos a casa na qual tu tens de viver
,

pensamentos maus tu estás sempre durante algum tempo, e depois


em guarda e, tendo tu mesmo te disso tu jamais cederás às suas
determinado: a lutar e vencê-Ias, tentações. Tenta também com fir-
esta determinação ajuda a desen- me esforço conquistar as proe-

: -76-
I
-77 -

i\
"

~JA="""". ='" .. . ~===~~.""""' ~~~.


_ ~
...,..".".- . ..,..,." =~.~ ---=-==-===
=- .. ...,...". ~ - ._-_ _--
-r--.-

:
)
minentes fraquezas de tua natureza, riosos esforços da natureza para te
pelo desenvolvimento de pensa- I

ajudar em tua obra se tu puderes


mentos naquela direção que
)
lidar com eles de modo apropriado.
permitirãejiminarcadapaixãoem
) Considera todas as circunstâncias
earticul~r. Após os teus primeiros I
)
com a gratidão de um aprendiz."
) esforços tu começarás a s~ntir u~ I _

)
vácuo e um vazio indescritíveis em Toda queixa é uma rebelião contra
---------._------
) teu coração; não temas, mas con- a lei de progresso. Aquilo que deve
)
sidera isso como a suave aurora ser evitado é o sofrimento que ain-
)

) anunciando o nascimento do Sol da da não chegou. O passado não po-


)
bem-aventurança espiritual. A tris- de ser modificado ou corrigido; aquilo
)

) teza não é um mal. Não te queixes; que pertence às experiências do


J

}
aquelas coisas que parecem ser presente não pode e não deve ser
) obstáculos e sofrimentos muitas
vezes são, em realidade, os miste- 45 Theosophical Sifting, n" 3, VaI. 2, 1889.
)
,

)
-78 - -79·i
)
i
I afastado; rnas o que deve ser evi- ideal elevado ao qual ele aspire
-I tado são as preocupações ante- continuamente, modelando por ele
!

cipadas ou temores pelo futuro , seus pensamentos e sentimentos, e


e cada ato ou impulso que possa construindo, assim, da melhor
causar sofriimento presente ou fu- forma que possa, a sua vida. Desta
turo a nos mesmos ou aos forma, se ele esforça-se por tor-
outros:". nar-se ao invés de apenas parecer,
não cessará de aproximar-se conti-
7 nuamente e cada vez mais de seu
objetivo. Ele, porém, não alcançará
Não há ~ada mais valioso para este ponto sem uma batalha, nem
um indivíduo do que possuir um deverá o verdadeiro progresso do
qual é consciente, enchê-Ia de
46 Yoga-Silb"as, de Patanja1i. (Vide TAIMNI,
I.K. A Ciência do Yoga: Brasília, Ed. 'Ieosó- '
presunção e farisaísmo; pois se
fica, 1996. p. 139. af. II-16. N. ed. Bras.) elevado for o seu ideal, e o seu

- 80- - 81 -
)

)
progresso em sua direção for real, e para transformar a apatia em
) ele preferirá mais ser humilhado a alegria de viver. Assim, vale a pena
) i

)
ensoberbecer-se. As possibilidades vi ver-se a vida pelo que ela é
) de posterior progresso, e a con- quando sua missão torna-se clara,
)

)
cepção de planos ainda mais ele- e suas esplêndidas oportunidades
) vados de existência que se abrem
)
são uma vei apreciadas. O modo
ante ele, não refrearão o seu ardor,
)
mais direto e certo de alcançar este
) embora certamente,
eliminarão a
) plano mais elevado é o cultivo do
sua presunção. E precisamente esta
)
princípio do altruismo, tanto em
) concepção das vastas possibi-
)
lidades da vida humana que é p ens amento quanto na vida.
)

) necessária para aniquilar l' ennui", Verdadeiramente estreita é a


)
abrangência da visão que é limitada
)

)
47 Significando: "o tédio", conforme a pala-
ao eu, e que mede todas as coisas
vra francesa no original. (N.ed.bras.) pelo princípio do interesse próprio,
)

)
- 82- - 83-
)

j
pois enquanto a alma estiver assim realização do evidente propósito da
autolirnitada lhe é impossível vida."
conceber qualquer ideal elevado, ou Se acreditamos que o objetivo
(
aproximar-se de qualquer plano da vida é meramente satisfazer
mais elevado da vida. As condições nosso eu material, e mantê-lo em
(

para tal elevação encontram-se conforto, e que o conforto material


mais no interior do que no exterior, confere o mais elevado estado de (

e felizmente são independentes das felicidade possível, nós tomamos


(

circunstâncias e condições da vida. erroneamente o inferior pelo (

A oportunidade, assim, é oferecida superior, e uma ilusão pela ver- (

a todos para avançarem em di- dade. O nosso modo de vida (

(
reção a planos cada vez mais material é uma conseqüência da (

elevados de existência, desse modo (


(

trabalhando com a Natureza na 48 Man, J. Buck, p. 106. (

(
- 84- - 85 - (

(
meios de comunicação não mais I
constituição material de nossos I
seriam necessários. Quanto mais I,
J
corpos. Nós somos "vermes da i
I
) i

terra", porque nos apegamos a ela nos afundamos na .matéria, tanto


)
~
;

" . .
J com todas as nossas aspirações. Se mais serao necessanos meros
)

)
pudéssemos entrar num caminho materiais para nosso conforto; o
) de evolução, no qual nos tornás- essencial e poderoso deus no
semos menos materiais e mais homem nao é material, e é
) etéreos, um tipo muito diferente de independente das restrições que
I

)
civilização se estabeleceria. Coisas pesam sobre a matéria. Quais são
) que agora parecem ser indis- as reais necessidades da vida? A
)
pensáveis e necessárias deixariam resposta a esta pergunta depende
)

) de ser úteis; se pudéssemos inteiramente do que imaginamos


)

)
transferir nossa consciência com a ser necessário. Estradas-de- ferro,
velocidade do pensamento de uma navios a vapor, etc., são agora uma
)

)
parte do globo à outra, os atuais necessidade para nós, e ainda
)

)
- 86-
)
assim, em putras épocas, milhões e não desejar nada mais elevado.
de pessoas; viveram felizes e lon- Elas podem até mesmo obstruir o
gamente, nada sabendo a respeito seu desenvolvimento em vez de o
destas coisas. Para um certo fazer avançar. Todas as coisas
(
homem uma dúzia de castelos pode materiais têm de cessar de tornar-
parecer uma necessidade indis- se uma necessidade se nós ver- (

(
pensável, para outro um carro, para dadeiramente quisermos avançar
outro ainda um cachimbo, etc. Mas espiritualmente. É o ardente de- (

todas essas necessidades são sejo e o desperdício de pensa-


somente consideradas como tais mento visando o aumento dos pra- (

I
(

na medida em que o próprio ho- zeres da vida inferior que impedem (

mem as criou. Elas tornam o esta- o homem de entrar na vida su- (

(
do no qual o homem agora se en- perior. 49 (

contra agradável para ele, e o ten-


tam a permanecer naquele estado, 49 Magic, Hartmann, p. 6l.
I
!
I

-88- - 89 - {

,
J

~.'m•.__ •• ~~~==~~_~ ...


~_~
_~J~
. ...
..
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~.~-=-~
....
~--~~~~====
r I
I
)

I
!
Nota Introdutória
;

) :
i
)

) H. P. Blavatsky (1831-1891),
)

)
precursora do Oculqsmo Moderno
e uma das fundadoras da Sociedade
Teosófica (S.T.), foi também
) considerada fundadora da Nova
~J
Era50, publicou o artigo Ocultismo
)
Prático (que ali ela define como
)

) 50 Vide CRANSTON, Sylvia. Helena


) Blavatsky; A Vida e a Influência Extra-
) ordinária da Fundadora do Movimento
J
Teosófico Moderno. Brasília, Ed. Teo-
sófica, 1997. p. 558.

/ - 91 _.
"Ciência Oculta") na revista sas "ciências ocultas" (no
Lúcifer (literalmente: "O Portador plural) como "artes ocultas",
da Luz") de abril de 1888, cuja como a própria autora parece ter
repercussão foi tal que necessitou preferido no segundo artigo, porém
de outro artigo - Ocultismo Versus
sempre referindo neste caso o
Artes Ocultas - publicado no mês
original nas notas de rodapé].
seguinte, na citada revista, para
oferecer maiores explanações sobre Na seqüência dos fatos, a au-
o tema. [Compreendendo que, na tora publica em outubro de 1888,
época, ainda não havia uma no- também na mesma revista, uma
menclatura precisa e para evitar nota oficial referindo-se "à ne-
I .
I.
confusões nesta edição, preferimos cessidade de formação de um
1I

li preservar a definição do primeiro


I: Corpo de Estudantes Esotéricos,
artigo de "Ocultismo" corno
para ser organizado segundo as LI-
"Ciência Oculta" (no singular)
NHAs ORIGINAIS delineadas
e, por antítese, traduzir as diver-

- 92- - 93 -

.~=~...,..-, .. ~_
.._=.- ~-
..
\
!.~_ ..,....",.. =-=
..,-_
.._--=
.. _.=---- -..- -_. =-"'- -=- -=------ ..- __
o.
----,1
I'.
,~

r
1 I

)
pelos reais fundadores da S.T."51, Todavia, as regras desta Seção
fundando assim a Seção Esotérica Esotérica são meramente prepa-
)
da S.T., no mesmo mês em que " . .; . .
)
ratonas e muitíssuno mais suaves que
) publicou A Doutrina Secreta, sua as deste livro de Ocultismo Prático
)
obra magna. No memorando preli- porque, como a própria autora
)

/
I minar da citada Seção ela afirma compara: " ... o Ocultismo prático é
que "seu propósito geral é pre- um estudo demasiado sério e
)
parar e adequar o estudante pa- perigoso para ser realizado sem a
ra o estudo do Ocultismo prá- mais extrema dedicação, e sem que
tico ou Rãja- roga". 5~
se esteja pronto a sacrificar tudo, e
)
a si mesmo em primeiro lugar, para
) 51BLAVATSKY, H.P. Collected Writings.
)
Adyar, Índia, The Theosophical atingir seu objetivo. Mas isto não se
)
Publishing House, 1964. v. X, p. 154. aplica aos membros de nossa Seção
52Ibidem, Wheaton, USA, T.P.H., 1998, v. Interna. Refiro-me apenas àqueles
XII, p. 488. (O negrito é nosso; N. ed.
bras.) que estão determinados a trilhar

- 94 ., - 95 -
I
I
'~
i
i
I
I

aquela Senda de discipulado que leva ... Oestudo da Natureza em sua tota-
à meta mais elevada. A maioria, se lidade, e não apenas daquela parte
não todos, dos que entram para a mínima que é objeto de investigação
nossa Seção Interna são apenas da ciência moderna. "54
principiantes, preparando-se, Sobre os conhecimentos que
nesta vida, para entrar naquela devem permanecer ocultos ou
Senda, realmente, em vidas esotéricos, particularmente "os que
futuras. "53 são perigosos", C.W. Leadbeater
O Sr. C.\V. Leadbeater, treinado comenta: "Uma grande quantidade
também pela autora, define o de conhecimento enquadra-se
Ocultismo COrl10 sendo: "o estudo do nesta categoria, pois existem forças
lado oculto da;Natureza; ou melhor, na Natureza que só podem ser

53 BLAV ATSK}f, H.P. A Chave para a 54 LEADBEATER, C.W. O Lado Oculto


Teosofia. Brasília, Ed. Teosófica, 1991. das Coisas. São Paulo, Ed. Pensamento,
p.227. (O negrito é nosso; N. ed. bras.) 1977. p. 14.

- 96- - 97 -
L
)

)
manejadas com segurança por pelos iogues hindus; N; ed. bras.), ou
" . .
) homens que passaram por um mesmo alguns exerctcios respi-
)

)
longo curso de cuidadoso pre- ratórios elementares, freqüentemente
) paro. Ninguém largaria dinamite nas conseguem arruinar sua saúde ou
)

)
mãos de uma criança; contudo, isso sanidade mental; e as que foram
) seria um assunto trivial comparado à infelizes o suficiente ao entrarem em
)
responsabilidade de colocar o contato com o mundo abaixo do plano
)
conhecimento das grandes forças físico, raramente viveram o bastante
) ocultas em mãos destreinadas ou para lamentar a indiscrição que os
)

~
indignas. Exemplos deste perigo não conduziu aos domínios onde o homem
) faltam, embora felizmente sejam não deve ingressar ... e indubita-
)
superficiais e insignificantes. As
) velmente, para a maioria da Huma-
pessoas que aprenderam um pe-
nidade, este é um dos casos em que
)
queno fragmento de conhecimento
) 'a ignorância é felicidade'; pois o
interno com relação ao fogo ser-
homem que se mantiver fora disso
pentino (chamado de kundalini

- 98- _ 99-f.
(
está razoavelmente protegido de seus ou torna-se vaidoso e julga-se (

perigos" .55 isento de cometer erros; em


Em Aos Pés do Mestre, um livro qualquer caso, o tempo e a energia
de bolso que recomendamos, despendidos em adquiri-Ias po-
encontra-se também: "Não desej es deriam ser utilizados em trabalho
os poderes psíquicos; eles virão . .- (

para os outros. Eles vir ao no


quando o Mestre entender ser decurso do teu desenvolvimento-
(
melhor para ti possuí-Ios. Forçá-Ios eles têm de vir; e se o Mestre (

muito cedo traz em seu treina- . "


entender que seria útil para ti POSSUI-
mento, freqüentemente, muitas Ias mais cedo, Ele te ensinará como
(

perturbações; e seu possuidor desenvolvê-Ias com segurança. Até (


,56
muitas vezes é desorientado por então, estarás melhor sem eles.' (

(
enganosos espíritos da Natureza, (

55 LEADBEATER, C.W. A Gnose Cristã. 56 KRISHNAMURTI, J. Aos Pés do (

(
Brasília, Ed. Teosófica, 1994. p. 230. (O Mestre. Brasília, Ed. Teosófica, 1999. p.
(
negrito é nosso; N. ed. bras.) 46-7. (§25).
(

- 100- - 101 - (

..... _.... .... .. . ~. . "._ .. !'!!'!'!'!."!'::.': __ -===-. __ --o_o ..


) Deve, pois, ser evidente a absoluta lançar-se de uma só vez na prática
)
necessidade de um gradual e longo regular do Yoga.. :.. A diferença
) curso de cuidadoso preparo antes entre a perspectiva da vida do
)

)
de chegar-se ao Ocultismo Prático homem mundano comum e da vida
)
ou Rãja- Yoga, como comenta o Dr. que se requer que o. yogi viva é tão
)

Taimni: "Qualquer pessoa familia- grande, que uma súbita mudança de


)
rizadacom o objetivo da vidadoYoga uma para a outra não é possível, e,
)

) e com o tipo de esforço necessário se tentada, pode produzir uma reação


)
para alcançá-Io, compreenderá que violenta na mente do aspirante,
) não é possível nem recomen- lançando-o de volta à vida mundana
)
dável para alguém absorvido com uma força ainda maior. Um
)
peja vida mundana e completa- período preparatório de autotrei-
) mente sob a influência dos Kleshas namento, no qual ele vai gradual-
)
(aflições da vida; N. ed. bras.) mente assimilando a filosofia do Yoga
:
)
- 102- - 103-
)

)
(

e sua técnica e acostumando-se à esta Senda Espiritual do Ocultismo (

autodisciplina, torna a transição de Prático tenha sido oferecida pela


uma vida para outra mais fácil e própria autora: "Para alcançar o Nir-
mais segura. Conseqüentemente, vana é mister alcançar o Auto-
(

também habilita o simples estudante conhecimento, e o Autoconhe- (

a verificar se está suficientemente cimento é filho de ações amo- (

preparado para adotar a vida do Yoga rosas" .58 (

(
e tentar seriamente realizar o ideal
do Yoga". 57 o

Talvez a melhor forma de sin-


tetizar os requisitos necessários para (

57 TAIMNI, I.K. A Ciência do Yoga. 58BLAVATSKY,H.P. A Vozdo Silêncio. São (

Brasília, Ed. Teosófica, 1996. p. 109. (O Paulo, Ed. Pensamento, 1976. p. 64. (af. (

(
negrito é nosso; N. ed. bras.) 136)
(

- 104- - 105 - (

0.0 ••• -. ••••• ~ __ ==-_ .".,..


... .""..,_.. """'!
.. __ ~'!"!""!""~'!"II!"_~ __ "'=
__=-c===--,~- ----_. __ ._.~. "---
I

)
Ocultismo Prático
Esclarecimentos Importantes
)
para os Estudantes
)

)
Há muitas pessoas que estão à
/
procura de instruções práticas de
)
Ocultismo. Faz-se necessário, por-
) tanto, esclarecer de uma vez por
)

)
todas:
) (a) A diferença essencial entre
)
Ocultismo teórico e prático;
ou o que é geralmente

- 107 -
I
)
I ,

• ) I


(

conhecido como Teosofia de sempre pronta a sacrificar os seus


um lado, e Ciência Oculta, do prazeres pessoais em benefício dos (

outro, e: outros; que ame a Verdade, a . (

(b) A natureza das dificuldades Bondade e a Sabedoria simples- (

envolvidas no estudo desta mente pelo que são em si mesmas,


última. e não pelo benefício que delas possa
(
"
E fácil tornar-se um teósofo. auferir - é um teósofo. (

Qualquer pessoa com mediana Algo completamente diferente,

capacidade intelectual e com certa porém, é trilhar o caminho que (

inclinação para a metafísica; que conduz ao conhecimento do que é (

leve uma vida pura e altruísta, que bom fazer, assim como ao reto (

encontre mais alegria em ajudar o discernimento entre o bem e o mal; (

(
seu próximo do que em receber um caminho que também conduz
(

ajuda para si mesmo, que esteja um homem até aquele poder (

- 108- - 109-
I
)
I
através do qual ele pode fazer o Sagrada aos seus discípulos - esses
bem que desej a, muitas vezes sem Hierofantes Ocidentais, geralmente
)
precisar, aparentemente, levantar eles mesmos ignorantes do perigo
)

) um dedo sequer. em que incorrem - cada um e


)
Além do mais, há um fato im- todos aqueles "Instrutores" estão
portante do qual o estudante deve sujeitos à mesma e inviolávellei. Do
)

)
inteirar-se. Que vem a ser a enor- momento em que começam a
)
me e quase ilimitada respon- realmente ensinar, a partir do
)

sabilidade assumida pelo instrutor, momento que conferem qualquer


)
por causa do discípulo. Dos gurus poder - sej a psíquico, mental ou
do Oriente que ensinam aberta ou físico - aos seus discípulos,
)
secretamente, até os poucos ; assumem para si próprios todos os
)
cabalistas nas terras do Ocidente pecados daquele discípulo, de
)
I

que arcam com a responsabilidade


'
acordo com as Ciências Ocultas ,
)
de ensinar os rudimentos da Ciência sejam de omissão ou comissão, até
)
o momento em que a iniciação tome
)

- 110 - - 111 -

j._.
------.----- -. -'---"-"',-.-.-------.~-.=- =--"-,,' .-~- ~. =--==~~~:::..:;,;·-··.,,;o;;;;;;-!:I
••••.
-.---
....".."""'-.=.====--~-----.---------,(
-c...;;.'

I '

\
1
r--------------------------------- (
(

,I
o discípulo um Mestre e por sua vez sobre uma criança>'. Estes assu-
II
, . (

responsável por si. Há uma miste- , mem tacitamente para si todos os


I :

riosa e mística lei religiosa, grande-


i , pecados da criança recém-batizada
(

mente reverenciada e seguida pela


~ I, - (um verdadeiro mistério: ela é (
, i
j 1 ungida da mesma forma que na (
Igreja Grega, algo esquecida pela
~, "J iniciação!) - até o dia em que a
(

Católica Romana, e absolutamente -, "jl


\ (

criança toma-se responsável por si (


extinta na Igreja Protestante. Essa
lei data dos primórdios do Cristia- (

nismo e tem sua base naquela lei 59 É considerada tão sagrada pela Igreja Grega (

(
es ta relação assim formada, que o
(oculta, inviolável), mencionada casamento entre padrinhos de uma
(

anteriormente, da qual era um l: mesma criança é encarado como a pior


(

(
" " \
símbolo e uma expressão. E o !
I'
:spécie de incesto, é considerado ilegal e (
e anulado pela lei; essa proibição absoluta (
dogma da absoluta sacralidade da
est~nde-se até mesmo aos filhos de um (

relação entre os padrinhos que I


\ dos padrinhos em relação aos filhos do (

(
tomam para si a responsabilidade outro padrinho.

.
i;
- 112- - 113 -
mesma, conhecendo o bem e o mal. sutis, mas ainda assim materiais, de
) Desse modo fica claro por que os natureza física; os poderes da alma
)

)
"Instrutores" são tão reticentes, e animal no homem são logo
) por que se requer dos Chelas servir despertados; as forças que o seu
)
durante um período probatório de I
j amor, seu ódio e sua paixão podem
A. -.,,..,
)
sete anos de modo a provarem sua por em açao sao prontamente
) aptidão e desenvolverem as qua- desenvolvidas. Mas isto é Magia
lidades necessárias para a segu- Negra - Feitiçaria. Pois é a
)

I rança tanto do Mestre quanto do intenção, somente a intenção, que


)

)
discípulo. faz com que qualquer exercício de
/ Ocultismo não é magia. É poder torne-se Magia negra e
)

) comparativalnente fácil aprender maligna, ou branca e benéfica. É


)
os truques de encantamento e os , I
' impossível empregar forças
)

) métodos de uso das forças mais Espirituais se houver o mais leve


)

) - 114- - 115 -
(

(
traço de egoísmo presente no
Quais são então as condições
operador. Pois, a não ser que a (

requeridas para tornar-se um (

intenção seja totalmente pura, a


estudante da "Divina Sapientia't"
vontade espiritual converter-se-á (

em psíquica, agindo sobre o plano Pois que fique claro que tal instrução (

astral e podendo produzir resultados não pode quiçá ser ministrada a não (

terríveis. Os poderes e as forças ser que estas condições sejam (

de origem animal podem igualmen- preenchidas e rigorosamente


(

te ser usados tanto pelo egoísta e levadas a cabo durante os anos de í


vingativo quanto pelo altruísta e estudo. Esta é uma condição sine
(
todo-compassi vo; os poderes e as qua nono Ninguém pode nadar a (

forças espirituais são concedidos não ser que entre em água


(

(
somente àqueles que são perfeita- profunda. Nenhum pássaro pode (

mente puros de coração - e isto é (


voar a não ser que suas asas se (
MAGIA DIVINA. (
tenham desenvolvido e que tenha
(

- 116 - (

- 117 - (

_ ..- '- '(


espaço à sua frente bem como apresentaremos uma síntese das
) coragem para lançar-se' no ar. Um "regras reservadas", com as quais
)
homem que queira manejar uma todo o instrutor no Oriente está
espada de duplo corte, deve ser um
familiarizado. As poucas passagens
)
mestre completo no manejo da
} que se seguem foram selecionadas
) espada sem corte, para que não
dentre inúmeras outras e explicadas
)
venha a ferir 'a si mesmo ou - o
entre colchetes, em itálico.
) que é pior- ferir outros, na primeira
)
tentativa.
)

Para dar urna idéia aproximada 1. O lugar escolhido para


)
das condições indispensáveis sob as receber instrução deve ser um
)

) quais o estudo da Sabedoria Divina local planejado para não distrair


)
possa prosseguir com segurança, isto a mente, contendo objetos
)

) é, sem perigo de que a Magia Divina (magnéticos) com influências


)
possa dar lugar à Magia Negra, "enlevadoras". As cinco cores
J
)

- 118 - - 119-
)
--.----.-----.----=:::~- :;;'-:=:.- o..._.o=~""=-""""-- -=-_- .. -,""","0 .. -",-,- -=- ===--...;.;..;;.....'----'-----------------r
(

r------------------ ~ ( (

sagradas, entre outras coisas,


distúrbios causados por mal-
devem estar presentes, reunidas querenças, discussões, maus
num círculo. O local deve estar sentünentos, etc., já que se diz (

(
livre de quaisquer influências que estas coisas se imprimem (

malignas pairando no ar. imediatamenie na luz astral , (

{
[O local deve ser reservado e i.e., na atmos.fera do lugar, e (

não deve ser usado para qual- que ficam "pairando no ar". (

quer outro propósito. As cinco Esta primeira condição parece (

"co res sagradas" são as mati- ser facilmente preenchida, (

zes prismáticas dispostas em ainda assim - numa considera- (

ção posterior, é uma das mais (


uma certa ordem, uma vez que r
-' " difíceis de se conseguir. ]
estas cores sao multo magne- (

(
ticas. Por "influências malig- (
2. Antes que seja permitido ao
nas" se quer dizer quaisquer
discípulo o estudo "face a face" , (

- 120- - 121 -
ele tem de adquirir noções pre-
)
é devido de informação, de
liminares na seleta companhia
/
de outros' upiisakiis (discípu- acordo com o uso que tenha

los) laicos, cujo número deve ser feito de seu conhecimento.


~
) ~
ímpar. Isto pode acontecer somente
)

[ ((Face a face" significa nes- ao se aproximar o final do ci-


clo de instruções.]
)
te exemplo um estudo inde-
)
pendente ou separado dos
)

demais, quando o discípulo 3. Antes que tu (instrutor) trans-


)
tem sua instrução face a face mitas ao teu Lanu (discípulo) as
)

) ou consigo mesmo ( o seu Eu boas (sagradas) palavras do


)

Superior, Divino) ou com o LAMRIN, ou permitas que ele


)
seu guru. Somenteentão- ,-
e que se "apronte " para Dubjed,
.J

) cada um recebe aquilo que lhe deverás cuidar para que a


) mente do Lanu esteja total-
)
- 122-
- 123 -
)
r:'
·~""""--"'.'. -.~..•.. _._- ..-_._-_. . __ _ .•... __ _... =.:..c
•... ~ =_.=_--:=.;;- = __
..,;;,;-iiiii-· .•..
iiiiii·iíiiiiiiIiii··-IiIíiiI· ..•. _._ -•..•....•.. ·lIiiiiiiiiiiiii-iiii-·· iiiiii·.•....•••
- .. _. -----------------r ('

mente purificada e em paz com parar os objetos para vidên-


todos, especialmente com os cia, tais como espelhos
I
e (

seus outros eus. De outro cristais. A expressão "outros (

(
modo, as palavras de Sabedoria eus" refe re-se aos dentais (

e da boa Lei dispersar-se-ão e companheiros de estudo. A


-
nao
. .
ser que reine a maior
(

serão levadas pelo vento. (

[Lamrim é uma obra de instru- harmonia entre os aprendizes, (

,.. '" . . nenhum sucesso é possível. E"


(
çoes praticas, escrita por (

Tson-kha-pa, em duas partes, o instrutor quem faz a seleção (

uma para propósitos eclesiás- segundo as naturezas magné- (

(
ticos e exotéricos, e outra ticas e elétricas dos estudan- (

para uso esotérico. "Apron- tes, juntando e ajustando do (

tar-se" para Dubjed é pre- modo mais cuidadoso possível (

- 124- - 125 -
(

I,

os elementos positivos e ne- feita de acordo com as condi-


)

)
gativos.]
.) ções magnéticas exigidas. Por
)

I outro lado, sabe-se que cheias


promissores e aptos para rece-
J 4. Durante o estudo, os upâsakâs
)
1 berem a verdade tiveram de
)
devem se manter unidos como os
I
)
dedos de uma mão. Tu imprimirás I
\
esperar durante anos devido a
em suas mentes que tudo quanto seus temperamentos e à impos-
)

) possa ferir um, deverá ferir os sibilidade que sentiam em se


)
outros; e se o regozijo de um não afinar com seus companheiros. \
)

) encontrar eco nos corações dos Pois-J

)
demais, então as condições exi-
) gidas estão ausentes, e é inútil 5. Os condiscípulos devem ser
prosseguir, afmados pelo guru como as cordas
)

[Isto dificilmente poderá acon- do alaúde (vina), cada uma


tecer se a escolha preliminar foi diferente da outra, e ainda assim

- 126- - 127 -
cada uma emitindo sons em neira, a Sabedoria deverá ser (

harmonia com todas as outras. Impressa para sempre em seus


Coletivamente eles devem como corações e a harmonia da lei
que formar um teclado que jamais será quebrada. (

responda em todas as suas partes (

ao mais leve toque (o toque do 6. Aqueles que desejam adquirir (

Mestre). Assim as suas mentes o conhecimento que leva aos


abrir-se-ão para as harmonias da Siddhis (poderes ocultos) têm (

Sabedoria, para vibrarem como que renunciar a todas as vaidades


conhecimento através de cada um da vida e do mundo (segue aqui a (

e de todos, resultando em efeitos enumeração dos Siddhis).60


(

agradáveis aos deuses regentes 60 Vide TAIMNI, I.K. A Ciência do (

(tutelares ou anjos padroeiros) e Yoga. Brasília, Ed. Teosófica, 1996.


úteis para o Lanu. Dessa ma- pp. 217-86. (Seção 111,Vibhüti Pada;
N. ed. bras.) (

- 128 - - 129-
(

-,

~",-,----="""",,~~IIIIIII __
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.~_~ __~.~ •• IIII!!I
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\
)
\

7. Nenhum Lanu (discípulo) sentimento de não-separatividade


)

) pode sentir diferença entre si em relação a' todos os outros


)

)
mesmo e seus companheiros de seres, bem como a tudo na
) estudo, tais como "eu sou o mais Natureza; de outro modo não
)
sábio", "eu sou mais santo e
)
,)
pode haver sucesso.
agrado mais ao instrutor, ou à
) minha comunidade, do que meu
8. Um Lanu (discípulo) deve
)
limão", etc., - e permanecer um
recear somente influências ex-
updsaka. Seus pensamentos
) ternas das criaturas vivas (ema-
) devem estar predominantemente
) nações magnéticas destas
)
fixos em seu coração, afastando
)
dele todo pensamento hostil a , criaturas). Por esta razão, ainda
)
\, que uno com tudo, em sua
qualquer ser vivente. Ele (o I
)
coração) deve estar pleno do · natureza interna, ele deve
)

- 130- - 131 -
)

,
',\I
(
cuidar para separar seu corpo individualizá-Ia para propósi- (
61
externo de toda influência tos ocultos.]
estranha: ninguém mais, além
dele, deve beber ou comer em 9. A mente deve permanecer
sua tigela. Deve evitar contato impassível a tudo o que não sejam
corporal (i.e., ser tocado ou as verdades universais da Natu-
(
reza, para que a "Doutrina do Co-
tocar) tanto com seres humanos -" nao- se torne apenas a
raçao
quanto com animais.
"Doutrina do Olho" (i.e., ritua- ,
[Não são permitidos animais lismo exotérico vazio).
I

de estimação, e é proibido (

61 E sta e., uma regra referente a um período (


inclusive tocar certas árvores (
de treinamento bastante avançado (vide
e plantas. Um discípulo tem que Nota Introdutória, p. 91) no Ocultismo
(

(
viver, por assim dizer, em sua prático, que visa o desenvolvimento de
poderes internos, não sendo aplicável aos
própria atmosfera, de modo a principiantes. (N. ed. bras.)

- 132- - 133 - (

.. "- - ..:;.:....--_-- - --- --- - -. -- -- ---


~. ,
10. Nenhum alimento animal de serve as caracteristicas PSl-

qualquer espécie, nada que quicas de sua espécie.]


)

contenha vida em si, deve ser


J
consumido pelo discípulo. Não 11. A meditação, a abstinência,
)

) deve ser usado vinho, álcool ou a observação dos deveres morais,


) ",.. -
OpIO, pOIS estes sao como os pensamentos gentis, boas ações
)

) Lhamaym (maus espíritos), que e palavras amáveis, assim como


/
se prendem ao incauto e devo- boa vontade para com todos e um
~
ram sua compreensão. total esquecimento do eu, são os
[Presume-se que o vinho e o meios mais eficazes de se obter
)

) álcool contenham e preservem conhecimento e preparar-se para


o mau magnetismo de todos os a recepção da sabedoria superior.
)

)
homens que ajudaram na sua
)
fabricação; e presume-se que 12. Somente devido à estrita
a carne de cada animal pre- observância das regras prece-

- 134- - 135 -
dentes pode o Lanu esperar Upasaka que tenha nascido e cres- {

adquirir, em seu devido tempo, os cido no Ocidente."


Siddhis dos Arhats, o cresci- Toda educação ocidental, e
mento que o faz gradualmente se especialmente a inglesa, traz instin-
tomar Uno com o TODO UNI- tivamente o princípio de competição (

VERSAl.;. e disputa; cada criança é instada a (

Estes 12 fragmentos foram aprender mais rapidamente, a


extraídos de 73 regras, as quais seria ultrapassar seus companheiros e a
inútil enumerar, uma vez que não
62 Vale lembrar que todos os "Cheias",
teriam qualquer significado na
mesmo discípulos leigos, são chamados
Europa. Mas mesmo estas poucas Upasa/ais até após sua primeira iniciação,
são suficientes para mostrar as quando se tornam Lanu-Upãsakãs. Até
~ .
aquele dia, mesmo aqueles que vivem nos
imensas dificuldades que obstruem o monastérios com os lamas são postos à
caminho daquele aspirante a parte e considerados "leigos".

- 136- - 137 -

..... _. .. ===-c~~~~~~~.~ ....,.,.~.


= ..
=:---=====:-::== ..::-:-.
-=-:-
... =. -
suplantá-los de todo modo possível. ferência pessoais. Eles são es-
Cultiva-se continuamente a assim colhidos por seu instrutor por
chamada "rivalidade amistosa", e motivos muito distintos, e aquele que
J
I
o mesmo espírito é cultivado e deseja se tornar um aprendiz deve
fortalecido em cada detalhe da primeiramente ser forte o bastante
vida. para matar em seu coração todos
Tendo sido "educado" com tais os sentimentos de aversão e
idéias desde a infância, como pode antipatia para com os outros.
)

um ocidental vir a sentir-se "como Quantos ocidentais estão prontos


/
os dedos de uma mão" em relação pelo menos para tentar?
)

) a seus companheiros de estudo? Acrescente-se ainda os detalhes


Estes companheiros também não da vida diária, o preceito de não
)
são de sua própria escolha, nem tocar nem mesmo a mão daqueles
-' . ",.
ele os elege por simpatia e pre- que nos sao mais proxirno s e

- 138 - - 139-
queridos. Como tudo isso é con- pelas aparências, noções conven-
trário à noção ocidental de afeição cionais baseadas no emocionalismo
e bons sentimentos! Como parece e na efusão, ou na assim chamada
frio e difícil. Egoístico também, as cortesia, coisas da vida irreal, e não
pessoas diriam, abster-se de os ditames da Verdade.
proporcionar prazer aos outros em Mas mesmo colocando de lado
função de seu próprio desenvolvi- estas dificuldades, que podem ser
mento. Bem, deixemos aqueles que consideradas como "externas",
pensam assim protelar até uma embora não sejam por isso menos
outra vida a tentativa de entrar na importantes, como podem os
(
Senda com real seriedade. Mas que estudantes no Ocidente "afinar-se"
eles não se vangloriem de seu com a harmonia como se lhes exige (

suposto altruísmo. Pois na realidade aqui? O personalismo cresceu tão (

. eles apenas se deixam enganar fortemente na Europa e na

- 140- - 141 -

..~
...
~...=
....
=---=
.. =~-",-. ~..=""" -.=
....'"""'
.. .....=- ---,.,.. =..=....=.._""""-_.~--'-'_.=""
""""'
..... .... =
..=.~.~.
_.=. =..
_.~
__.= .. =~===:.:"-
....
-c= _._._._~~=
..
América, que não há escola de quanto no Ocidente é inculcado o
)

)
artistas em que até mesmo os espírito de rivalidade, A ambição
) membros não se odeiem e sintam pessoal, os sentimentos e os desejos
)
ciúmes uns dos outros. O ódio pessoais não são encorajados a
)
"profissional" e a inveja tornaram- crescer tão desmedidamente por lá.
)
se proverbiais; os homens procuram Quando a criança é como uma terra
beneficiar a si mesmos a qualquer naturalmente boa, e é cultivada de
)

) custo, e mesmo as assim chamadas modo apropriado, cresce e torna-


)

)
cortesias da vida não são mais que se um homem no qual o hábito de
máscaras vazias cobrindo estes subordinação do e,u inferior ao Eu
)

)
demônios de ódio e inveja. superior é forte e poderoso. No
)
No Oriente, o espírito de "não- Ocidente, predomina a crença de
)
separati vidade" é inculcado tão que os princípios .orientadores da
)
firmemente a partir da infância, ação dos homens são as suas

)
- 142- - 143' -
começo da Sabedoria", mas sim o
preferências e antipatias em (

conhecimento do Eu, que é A


relação aos outros homens ou coi-
SABEDORIA EM SI MESMA.
sas, ainda que eles não tomem tais
. ",. ~;
Quão magnífica e verdadeira se
pnncrpios a norma de suas vidas e
nem tentem impô-losaos outros. apresenta, assim, para o estudante
(
de Ocultismo que começou a
Para aqueles que reclamam de
terem aprendido pouco na Socie- compreender algumas das verda- (

dade Teosófica, deixemos que as des precedentes, a resposta dada (

pelo Oráculo de Delfos a todos os


palavras seguintes, publicadas num (

que vinham em busca da Sabedoria (


artigo da revista Path de fevereiro !

t.
,
(
Oculta - palavras repetidas e
passado, calem fundo em seus (

corações: - "A chave de cada enfatizadas tantas vezes pelo sábio (

estágio é o próprio aspirante." Sócrates: - HOMEM CONHECE- (


; .

Não é "o temor a Deus" que é "o r( TE A TI MESMO ... (

- 144- - 145- (

,
,
l

J,
~.~.~..:.'"
._"~..•.
~-:~~~Io,~~_~~I,~" .... ____ •. .-=:c:-c_ •••. .. c=-
=
)

) Ocultismo Versus
)

Artes Ocultas
;-
)

)
"Tantas vezes ouvi dizer, mas
) jamais até então acreditara,
)
Que houvesse pessoas que, por
meio de poderosos encantamentos
) / .
) magicos,
)

)
Dobrassem aos seus vis pro-
) pósitos as leis da Natureza. "
)

)
-Milton
) - 147 -
Na Seção "Correspondência" Ocultismo e da Magia (os dois
deste mês, v árias cartas dão tes- diferindo enormemente) do
temunho da forte impressão cau- que supõe o materialista
sada em algumas mentes pelo nos- moderno; e-
so artigo do mês passado, Ocul- (b) A maioria dos que acreditam (

(
tismo Prático"; Tais cartas ser- (incluindo-se muitos teósofos) (

vem para provar e reforçar duas não tem idéia definida da


(

conclusões lógicas. natureza do Ocultismo, e o


(
(a) Há mais pessoas bem-edu- confunde com as Artes'" (

cadas e de bom entendimento Ocultas em geral, até mesmo (

que acreditam na existência do com a "magia negra". (

(
63 Vide Nota Introdutória, p. 91. (N. ed. 64 Sciences, no original em inglês. Vide Nota (
bras.) Introdutória, p. 91. (N. ed. bras.)
(

- 148- - 149-
(
Suas concepções dos poderes a alma como o preço a ser pago por
que o Ocultismo confere ao homem , isso. Muitos confundem "Feitiçaria",
e dos meios necessários para pura e simples, com Ocultismo -
)
consegui-tos, são tão variados quanto "através do sumidouro da Terra, a
fantasiosos. Alguns imaginam que partir das trevas do rIO . EstIge,
. 65
tudo que necessitam para tornar-se subi, fantasmas descarnados, para
um Zanoni, é um mestre na arte para regiões de luz" - ,e desejam, com a
)

)
indicar o caminho. Outros crêem que força deste feito, ser tratados como
se tem apenas de atravessar o Canal Adeptos de plena grandeza. "A
de Suez e ir até a Índia para trans- Magia Cerimonial", de acordo com
) formar-se num Roger Bacon ou as regras irreverentemente apre-
)
mesmo num Conde St. Germain. sentadas por Eliphas Levi, constitui
Muitos adotam Margrave como seu
)
ideal, com sua juventude sempre a 65 Rio da Mitologia Grega que separava o
mundo dos vivos e dos mortos, (N. ed.
se renovar, e pouco se importam com bras.)
)

)
- 150- - 151 -
um outro alter ego imaginário da poucas palavras: Não há, no Oci- (

filosofia dos antigos Arhats. Em dente, entre as centenas de pes-


suma, os prismas através dos quais soas fervorosas que se dizem
o Ocultismo aparece, para aqueles "Ocultistas", nem mesmo meia
inocentes da filosofia, são tão dúzia que tenham sequer uma idéia (

(
multicoloridos e variados como lhes aproximadamente correta da
pode tomar a fantasia humana. natureza da ciência que eles pro- f"
I

Será que esses candidatos à curam dominar. Com umas poucas


Sabedoria e ao Poder sentir-se-iam exceções, estão todos no caminho
que leva à Feitiçaria. Que eles (

muito indignados se lhes fosse (

restabeleçam um pouco de ordem (


contada a verdade pura e simples?
(
no caos que reina em suas mentes
... Não é apenas útil, mas agora se tor- (

antes de protestarem contra esta (


nou necessário desiludir a maioria
afirmati va. Deixemos que primeiro (

deles, e antes que seja tarde demais. (


aprendam a verdadeira relação (
Esta verdade pode ser dita em (

.. 152- - 153 -

l. _
... _- -_ ... __ .",~

.- - ... _---- - ..... -" . --_.


)

/
entre Artes'" Ocultas e Ocultismo, Em nosso Ocidente altamente
) e a diferença entre ambos, e então civilizado, onde as línguas modernas
)
se enfureçam se ainda se acharem têm evoluído e novas palavras têm
)

) com razão. Enquanto isso, deixemos sido cunhadas sob o influxo de


)
que aprendam que o Ocultismo novas idéias e pensamentos -
)

)
difere da Magia e das outras Ar- como tem acontecido com todas as
tes'" Secretas como o glorioso Sol línguas - quanto mais estes
)
difere de uma luz fugidia, assim pensamentos se tornam materia-
)

) como o imutável e imortal Espírito lizados na fria atmosfera do


)
do Homem - o reflexo do TODO egoísmo ocidental e sua busca
)

)
Absoluto, sem causa e incog- incessante pelos bens deste mundo,
) noscÍvel- difere do barro perecível tanto menos se sente qualquer
)

)
- o corpo humano. necessidade para a produção de
)
66 Sciences, no original em inglês. Vide Nota novos teimas qu~ expressem aquilo
Introdutória, p. 91. (N. ed. bras.) que se considera implicitamente
67 Idem.
como absoluta .e desacreditada
)

)
- 154- - 155 -
)

)
(

relação à escória e aos resíduos das


".superstição". Tais palavras pode- (
idades das trevas e dos períodos de
nam apenas responder a idéias que (

eons 'de paganismo que os prece- (

dificilmente se suporia um homem (


deram. Por isso, não possuímos ter-
culto pudesse abrigar em sua men- (

mos na língua portuguesa'" para (


te.
defmir e matizar a diferença entre tais (

"Magia" é um sinônimo para (


poderes paranormais e as ciências
prestidigitação; "Feitiçaria", um (

• A • que levam à posse deles, com a (


smommo para ignorância crassa; e
refinada precisão que é possível nas
"Ocultismo", os tristes restos mortais
línguas orientais - preeminentemente (
de perturbados filósofos medievais do
no sânscrito. O que palavras como (

Fogo, dos J acob Boehmes e os St. (


"milagre" e "encantamento" (pala-
Martins, expressões que se acredita (

vras afinal idênticas em significado, (


mais que amplamente suficientes
já que ambas expressam a idéia de
para cobrir todo o campo da "fal-
catrua". São termos de desprezo, e 68 English tongue, no original em inglês. (N.
geralmente usados apenas com ed. bras.)

- 156- - 157 -

:L ..".-
- - 0.'_- ._.•. _". "__ ·
produzir COIsas maravilhosas se de Moisés, dos Mágicos, e dos
)

transgredindo as leis da Nature- Ocultistas, e enrubesceriam se


)
za [!!], como explicado pelas auto- tivessem que dedicar um pensamento
)
ridades reconhecidas), significam sério a tais "superstições". Isto
) àqueles que as ouvem ou as pro- porque não existe qualquer termo
)

)
nunciam? Um cristão acreditará para mostrar a diferença; não há
) piamente esixmilagres - não obstante palavras para expressar as luzes e
"transgridam as leis da Natureza"- sombras e desenhar a linha
) I

)
porque se diz terem sido produzidos demarcatória entre o sublime e
) por Deus através de Moisés; por verdadeiro, em relação ao absurdo e
)
outro lado, rejeitará os encantamentos
) ridículo. Os últimos são inter-
) produzidos pelos mágicos do Faraó
pretações teológicas que ensinam "a
)
ou irá atribuí-los ao demônio. E" este
) trans gressão das leis da Natureza"
J último que nossos pios inimigos
pelo homem, por Deus, ou pelo diabo;
)
associam ao Ocultismo, enquanto
I os primeiros - os "milagres"
)
seus ímpios desafetos, os infiéis, riem-
J
) - 158 - - 159-
)
(

científicos e os encantamentos de tipos de Conhecimento ou Ciência (

Moisés e dos Magos de acordo com Esotéricos, mesmo nos Purdnas (

as leis naturais, ambos tendo sido 69


exotéricos. Há (1) Yajna-Vtdyii , (

aprendidos em toda Sabedoria dos conhecimento dos poderes ocultos (

Santuários, que eram as "Sociedades (

Reais" daqueles dias - e no ver- 69 "O Yajiia ", 'dizem os Brahmans, "existe
desde a eternidade, pois procede do Ser (
dadeiro OCULTISMO. Esta última
Supremo ... no qual subjaz latente desde (

palavra certamente se presta a o 'não- princípio'. É a chave para o


I
equívocos, traduzida corno foi da TRA.lV.lDYA, a ciência três vezes sagrada
{
contida nos versos do Rig Veda, que
palavra composta Gupta- Vidyii, (
ensina os Yagas ou mistérios sacrificiais.
"Conhecimento Secreto". Mas 'O Yajiia' existe como algo invisível du-
conhecimento de quê? Alguns dos rante todo o tempo; é como o poder (

(
termos sânscritos nos podem ajudar. latente da eletricidade, que para ser
(
liberado num dínamo, necessita somente
Há quatro nomes (dentre muitos da operação de um aparato adequado.
í

(
outros) para designar os vários Diz-se que se estende desde oAhavaniya (
(

- 160- - 161 -
(

(
T

J
) despertados na natureza pela dos cabalistas e da adoração
)
realização de certas cerimônias e Tântrica, geralmente Feitiçaria da
ritos religiosos. (2) Mahavldya, o pior espécie. (3) Guhya-Vidyã,
,/
I

"grande conhecimento", a magia


conhecimento dos poderes místicos
/
/
ou fogo sacrificial até os céus, formando residentesno Som (Eter), conse-
uma ponte ou escada por meio da qual o
oficiante do sacrifício pode se comunicar
qüentemente nos Mantras (preces
J

J com o mundo dos deuses e espíritos, e cantadas ou encantamentos), que


) até mesmo ascender, enquanto vivo, até dependem do ritmo e da melodia
as suas moradas" -Aitareya Brahmana,
)
de Martin Haug. usados; em outras palavras,· uma
)
"Este Yajiia é novamente uma das formas performance mágica baseada no
)
do Akasa; e a palavra mística que o
) conhecimento 'das Forças da
)
invoca, pronunciada mentalmente pelo
)
Sacerdote Iniciado, é a Palavra Perdida Natureza e suas correlações; e (4)
impulsionada pelo PODER DA VON- ATMA-VIDYA, 'um termo que é
TADE" - Ísis Sem, Véu, Vol. I, . Intr. Veja
)
Aitareya Brahmana, de Haug. traduzido simplesmente como

)
- 162- - 163 -
"Conhecimento da Alma", Sabe- i.e., artes baseadas no conhe-
doria verdadeira pelos orientalis- cimento da essência última de todas
tas, mas que significa muitíssimo as coisas nos reinos da Natureza -
mais. tais corno minerais, vegetais e
Arma- f/idya é, assim, o único animais - portanto das coisas
tipo de Ocultismo que qualquer
pertencentes à esfera da natureza
teósofo que admirasse Luz no
material, por mais que aquela
Caminho 70, e que fosse sábio e
essência possa ser invisível, e tenha
altruísta, deveria esforçar-se por
escapado até agora à compreensão
alcançar. Tudo o mais é apenas
da Ciência. A Alquimia, a Astro-
algum ramo das "Artes" Ocultas",
logia, a Fisiologia Oculta, a Qui-
70 Vide COLLINS, Mabel. Luz no Caminho. romancia existem na Natureza, e
Brasília, Ed. Teosófica, 1999. (N. ed.
as Ciências exatas - assim chama-
bras.).
71 Sciences, no original em inglês. Vide Nota
das talvez porque elas sejam jul-
Introdutória, p. 91. (N. ed. bras.) gadas o inverso disso, nesta era de

- 164- - 165 -
/
filosofias paradoxais - já desco- benéficos, mas não sem antes
) briram não poucas das artes acima. purificá-Ias de sua escória, e
)
Mas a clarividência, simbolizada na tomando o cuidado de destituí-Ias
-'
India como o "Olho de Shiva", ou de todo elemento de motivação
)
chamada "Visão Infinita" no Japão, egoísta. Deixe-nos explicar:
)

) não é hipnotismo, o filho ilegítimo Qualquer homem ou mulher pode


do mesmerismo, e não pode ser pôr-se a estudar uma ou todas das
adquirida por tais artes. Todas as "Artes Ocultas" acima especifica-
J
outras podem ser dominadas e se das sem qualquer grande prepara-
)

) pode obter resultados, sejam bons, ção prévia, e mesmo sem adotar
)
maus, ou indiferentes; mas são de qualquer modo de vida demasiado
)

) pouco valor do ponto de vista de restritivo. Poder-se-ia até mesmo


Atma-Vidj>d. Atma-Vidyii inclui prescindir de qualquer padrão
./
todas elas e pode até mesmo usá- elevado de moraIidade. No último
Ias eventualmente, para propósitos caso, certamente, as probabilidades
)

- 166- - 167 -
)

§. ' ',., ""'" ,,.


...
----.---------- .-- --·-·-----------c-------·~--.~~~=~--=-- ~~. .-.--=-=.=.- ~..-=iõ~=-.-=--=----
= t,., .....•...
...-.~--------======

são de dez para um que o estudante Charcot-Richet são feiticeiros


iria se transformar num tipo de inconscientes. Assim como ambos
feiticeiro razoável, e prestes a cair têm que colher os frutos de seus
abruptamente na magia negra. Mas trabalhos e feitos na magia negra,
o que pode isso importar? Os Vodus os praticantes ocidentais não
e os Dugpas comem, bebem e se deixarão de conseguir lucros e
divertem com as hecatombes de satisfações sem receber a punição
vítimas de suas artes infernais. E e a reputação correspondentes a
assim também os afáveis cava- tais práticas; repetimos, portanto,
lheiros vivisseccionistas e os "Hip- que o hipnotismo e a vivissecção,
notizadores" diplomados das Fa- como praticados em tais escolas,
culdades de Medicina; a única dife- são feitiçaria pura e simples,
rença entre as duas classes é que privados do conhecimento do qual
os Vodus e Dugpas são feiticeiros desfrutam os Vodus e Dugpas , e
conscientes, e os seguidores de que nenhum Charcot-Richet pode

- 168 - - 169-
I
obter por si mesmo em cinqüenta Mas o interesse de nossos lei-
)

)
anos de intenso trabalho e obser- tores estará provavelmente centra-
vação experimental. Deixemos, do naqueles que são inexora-
)
então, aqueles que querem intro- velmente atraídos para o "Oculto",
}
.meter-se na magia - quer eles en- embora nem façam idéia da
)

)
tendam sua natureza ou não, mes- verdadeira natureza daquilo a que
) mo que considerem as regras aspiram, nem se tenham tornado
impostas aos estudantes muito livres das paixões, e muito menos,
) difíceis e por isso ponham de lado verdadeiramente altruístas.
)

)
A tma- Vit(ya ou Ocultismo - segui- Então, ° que dizer a respeito
) rem sem esse conhecimento. Dei- destes desventurados, nos pergun-
)
xemos que se tornem magos de tarão, que desse modo são dila-
)

) qualquer rnaneira,
,
mesmo que se cerados pelo meio por forças con-
tornem Vodus e Dugpas pelas flitantes? Pois já foi comentado por
I

próximas dez encamações. demais para que se precise repetir,


)

- 170- - 171 -
)
(

e o fato em si é obvio a qualquer (

consegue encontrar descanso ou (

observador, que uma vez que o (

paz na vida comum. Terá ele então


desejo pelo Ocultismo tenha (

de cair inevitavelmente na feitiçaria (

realmente despertado no coração (


e na magia negra, e através de
de um homem, não lhe resta (

muitas encamações acumular para (

qualquer esperança de paz, nenhum


si um carma terrível? Não há outro
lugar para descanso ou conforto em caminho para ele?
todo o mundo. Ele é impelido para
Certamente que há, respon- {

os locais selvagens e desolados da demos. Que ele não aspire a mais


(

vida por um incessante tormento e do que aquilo que se sinta capaz (

uma inquietude que não consegue de realizar. Que ele não escolha
(

apaziguar. O seu coração está carregar um fardo pesado demais (

demasiado cheio de paixão e desejo para si. Sem nem mesmo exigir dele /

egoísta para lhe permitir passar que se torne um Mahatma, um (

pelo Portal de Ouro; ele não Buda ou um Grande Santo, deixe-


(

- 172- - 173-
:
I

..I,
'1
)
se que estude a filosofia e a "Ciên- Renúncia ao eu", incondicional e
J
)
cia da Alma", e ele poderá tornar- absolutamente, tanto em pensa-
" I'
) se um dos modestos benfeitores da mento como em ação. E ALTRUI-
)

)
Humanidade, sem qualquer dos MO, e também lança aquele que o
poderes "super-humanos". Os pratica totalmente para fora do
)

)
Siddhis (ou os poderes do Arhat) cômputo das fileiras dos vivos.
são reservados unicamente para "Não para si, mas para o mundo,
aqueles que são capazes de ele vive", tão logo tenha com-
J consagrar sua vida, sujeitar-se aos prometido a si mesmo com a obra.
)

)
terríveis sacrifícios exigidos por um Muito é perdoado durante os
) tal treinamento, e sujeitar-se a eles primeiros anos de provação. Mas
)
ao pé da letra. Que eles saibam tão logo seja ele "aceito", sua
)

) de uma vez por todas e lembrem personalidade tem de desaparecer,


/
sempre que o verdadeiro Ocultis- e ele tem de se tomar uma mera
) mo ou Teo sofia é a "Grande força benéfica da Natureza.
)

- 174- - 175 -
)

{
{ 'i;
JH••• ,,,",,,,••.
'-"'~- •.... -,- -, .. --~,.-'-..'
~ . 0_- _. __ , ,
-_ .. '-" - - '.. _o. __ '._ __ -

r-I
(

( •
I
(
I
Depois disso, só há dois pólos falso, e despencar até a condição
(
I
(

opostos perante ele, duas sen- de Dugpa ... (


I

rI
das, e nenhum lugar inter- Tudo isso ou é desconhecido ou (

mediário para descanso. Ou ele totalmente deixado de lado. Na (

(
ascende trabalhando com afin- realidade, aquele que é capaz de (

co, degrau por degrau, geral- seguir a evolução silenciosa das


(

mente através de numerosas aspirações preliminares dos


encarnações e sem intervalo candidatos, com freqüência des-
(

para repouso no Devachan, à cobre estranhas idéias que vão (

escada de ouro que leva à con- mansamente tomando posse de


(

suas mentes. Há 'aqueles eujas


dição de Mahiitma (a condição (

faculdades de raciocínio foram tão (

de A-rhat ou Bodhisattva), - ou (
distorcidas por influências estra- /

ele se permitirá escorregar escada I

nhas, que imaginam que as paixões (

abaixo ao primeiro passo dado em animais podem ser de tal modo


(

- 176- - 177 - (

(
)

I
) sublimadas e elevadas que sua paixões nem as matarão. Eles
)
,. fúria, força e fogo podem, por assim simplesmente, por um forte esforço
) dizer, ser dirigidas para dentro; que de vontade, acalmarão as violentas
)
elas podem ser armazenadas e chamas e as manterão encerradas
) reprimidas em seu peito, até que dentro de suas próprias naturezas,
sua energia seja, não-expandida, permitindo ao fogo arder sob uma
)

mas direcionada para propósitos fina camada de cinzas. Eles se


mais elevados e mais sagrados: isto submetem jovialmente à tortura do
) i,,
)
é, até que sua força coletiva e menino espartano que preferiu
)
não-expandida permita ao seu permitir à raposa devorar suas
)

}
possuidor entrar no verdadeiro entranhas a desfazer-se dela. Oh,
} Santuário da Alma e lá perma..., pobres visionários cegos!
)

)
necer na presença do Mestre - o Seria o mesmo que esperar que
) EU SUPERIOR. Em nome deste . um bando de limpadores de cha-
}

)
propósito, eles não lutarão com suas minés bêbados, exaltados e sujos

)
- 178 - - 179-
por causa de seu trabalho, pudes- usados?... Estranha aberração da (
sem ser encerrados num Santuário mente humana. Poderia isto ser
coberto com o linho mais puro e possível? Investiguemos.
(

branco, e que, em vez de com sua O "Mestre", no Santuário de (

presença sujar e transformar o lugar nossas Almas, é "o Eu Superior" -


(

num monte de retalhos imundos, o espírito divino cuja consciência (

eles se tornassem mestres do (


está baseada na Mente e apenas !
recinto sagrado, e que finalmente
dela deri va (tal ocorre, de qualquer (

de lá saíssem tão imaculados quanto


modo, durante a vida mortal do
o próprio recinto. Por que não (
homem na qual ela se encontra
imaginar que uma dúzia de can-
cativa), e à qual convencionamos (
gambás aprisionados na atmosfera (

pura de um Dgon-pa (mosteiro) chamar de Alma Humana (sendo (

possam sair dali impregnados com a "Alma Espiritual" o veículo do f

todos os perfumes e incensos lá Espírito). Por sua vez, aquela (a


(
(

- 180- - 181 - (

(
i
I (

L
• •
.. ,
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i.!'
.,"",."".""",,.",",.- ' •••••0 •••• '" ••••••• ".. •

--~ . - ..... _-- -{


}
alma pessoal ou humana) é, na sua pre que obtiver vantagem em sua
)

)
forma mais elevada, um composto luta com o animal interior. Este
de aspirações espirituais, volições último é a instintiva" Alma animal"
. '
/
e amor divino; e em seu aspecto e é o antro daquelas paixões que,
)

) inferior, de desejos animais e de como acabamos de mostrar, são


)
paixões terrestres que lhe são acalentadas em vez de aniquiladas,
I

transmitidas por sua associação e que alguns entusiastas impruden-


com o seu veículo, a sede de tudo tes mantêm encerradas em seu
I
isso. Ela desempenha o papel, peito. Será que eles ainda esperam
)

) portanto, de um elo e um meio entre desse modo transformar a corrente


)
a natureza animal do homem, a qual imunda do esgoto animal nas águas
)

J sua razão superior tenta subjugar, cristalinas da vida? E onde, em que


)

e a sua natureza espiritual divina terreno neutro, podem elas ser


I
em direção à qual ela gravita, sem- aprisionadas de modo a não afeta-
) I:
!}"
) ['
I
- 182- f
- 183 "-
)
t!
)
(

rem o homem? As violentas paixões líquidas gordurosas. Assim, é (

do amor e da luxúria ainda estão apenas a mente - o único vínculo e


vivas, e ainda se lhes permite per- meio entre o homem da terra e o
manecer no lugar de seu nasci- Eu Superior - que é a única (

mento - aquela mesma alma ani- sofredora, e que está em constante (

(
mal; pois tanto as porções superior perigo de ser tragada por aquelas
(

e inferior da "Alma Humana" ou paixões, que podem ser reavivadas


(

Mente rejeitam semelhantes com- a qualquer momento, e perecer no


panhias, ainda que não possam abismo da matéria. E como pode
(

evitar ser maculadas por tais ela alguma vez se afinar com a (

vizinhos. O "Eu Superior" ou Es- divina harmonia do Princípio supe- (

pírito é tão incapaz de assimilar tais rior, quando aquela harmonia é (

(
sentimentos como o é a água de se destruída pela mera presença de
misturar com o óleo ou impurezas tais paixões animais, dentro do
(

- 184- - 185 - (

t
•••• _.... _ n _ __. n __ • u n _ _n.u k_: ' ,
.-======...."...,...,,"""""""'''!'!'!!-~~~~'!'!'!!!'!'!!!''''"!!!---~--~-~~========= --=-·:...·.c..=.::::;::f
"1

Santuário em preparação? Como transitória, não da vida imortal.


) pode a harmonia prevalecer e ven- Tal qual a sombra projetada pelo
r.
)

cer quando a alma está maculada homem, ele segue seus movimentos
) "
e distraída pelo turbilhão das pai- e impulsos servil e mecanicamente,
j

) xões e pelos desejos terrenos dos apoiando-se assim na matéria sem

)
sentidos do corpo, ou mesmo pelo jamais ascender ao Espírito. So-
)
"homem Astral"? mente quando o poder das paixões
) Pois este "Astral" - o "duplo" estiver totalmente morto.. e elas
sombrio (tanto no animal como no tiverem sido esmagadas e aniqui-
)

)
homem) - não é o companheiro do ladas na retorta de uma vontade
)

) Ego divino, mas do co rpo terres- inquebrantável; quando não apenas


)
tre. É o vínculo entre o eu pessoal, toda luxúria e desejos da carne
)

a consciência inferior de Manas, e estiverem mortos, mas também


)
o Corpo, e é o veículo da vida quando o reconhecimento do eu
)

)
- 186- - 187 ~
)

)
pessoal tiver sido aniquilado, e o presença do EU SUPERIOR72, o (

"Astral", conseqüentemente, tiver Cristo dos Gnósticos místicos,


sido reduzido a zero, é que pode congraçado, imerso, unido com
ocorrer a União com o "Eu Supe- ELE para sempre." (

rior". Assim, quando o "Astral" re- 72 Master SelJ, no original em inglês,


fletir apenas o homem conquistado, podendo também significar o Mestre (

Interno. (N. ed. bras.) (


o que ainda vive mas que não mais 73 Aqueles que se sentissem inclinados a
deseja, a personalidade egoísta, ver três ECOS em um homem mostrar- (

se-iam incapazes de perceber o sentido


então o brilhante Augoeides, o EU metafísico. O homem é uma trindade (

divino, pode vibrar em harmonia composta de Corpo, Alma e Espírito; (

mas o homem, apesar detudo, é uno, e (

consciente com ambos os pólos da certamente não é o seu corpo. Esse último (

(
Entidade humana - o homem de é apenas a propriedade, a vestimenta
(
transitória do homem. Os três "EGOS"
matéria purificada, e a sempre pura são o HOMEM em seus três aspectos
(

(
Alma Espiritual - e erguer-se na nos planos ou estados astral, intelectual (

(ou psíquico), e Espiritual.


(

- 188- - 189- (

.. -_ ....-.-----.- ..- --.._----


... ---.----------.--------- _. .-..-...--------- -- --_.-. ---- .... __
- _,==-'-,:..c,~:-__
1 .
"' ...

Como, então, poderia ser pos- mãe por seu filho, ou o de um marido
)
sível conceber que um homem por sua esposa, mesmo nestes
/
entrasse pela "porta estreita" do sentimentos, quando analisados em
J'
I

Ocultismo quando seus pensa- profundidade, e examinados crite-


/
)
mentos, a cada dia e hora, estão riosamente, ainda há egoismo no
) presos a coisas mundanas, desejos
primeiro, e um egoisme a deux" no
de posse e poder, à luxúria, à am-
;
segundo exemplo.
J
I
bição, e aos deveres que, embora
) Que mãe não sacrificaria, sem
honrosos, são ainda da terra, ter-
) renais? Mesmo o amor pela esposa hesitar sequer um instante, cen-
e a família - a mais pura e mais tenas e milhares de vidas pela vida
)

) altruísta das afeições humanas - é do seu filho do coração? E que


uma barreira ao verdadeiro amante ou marido digno deste nome
) Ocultismo. Pois se tomarmos como
)
exemplo o sagrado amor de uma 74 Em francês: egoísmo a dois. (N.ed.bras.)
)

- 190- - 191 -
)

/
,t~,.--
"1
~ 1

nao destruiria a felicidade de manecerá para dispensar à "grande


qualquer outro homem ou mulher , '"
'.
75 •
órfã" ? E como a "aindapequenlna
ao seu redor para satisfazer o I i
I,'
, voz" far-se-á ouvida numa alma
desejo daquela a quem ele ama? l totalmente ocupada por seus
Mas isso é natural, dirão. Cer- próprios inquilinos privilegiados?
tamente, do ponto de vista das Que espaço resta ali onde possam
afeições humanas; mas não à luz I
as necessidades da Humanidade
,f'

do princípio daquele amor divino imprimir-se em bloco, ou mesmo


universal. Pois, enquanto o coração receber uma rápida resposta? E
. estiver cheio de pensamentos ainda assim, aquele que poderia
voltados para um pequeno grupo de lucrar com a sabedoria da mente
- ",.
eus , que nos sao proximos e caros, universal tem que alcançá-Ia atra-
que valor terá o resto da Humani- vés do todo da HUinanidade sem
dade em nossas almas? Que per-
75 A autora está referindo-se à "Huma-
centagern de amor e cuidado per- nidade". (N .ed.bras.)

- 192- - 193 -
)

)
distinção de raça, cor, religião ou inútil e vão empenhar-se em unir
".
) posição social. E o altruismo e não os dois, pois ninguém pode servir a
I ,-
/
o egotsmo, mesmo em sua con- dois mestres e satisfazer a ambos.
)

) cepção mais nobre e legal, que pode Ninguém pode servir ao seu corpo
)
levar o indivíduo a fundir o seu e à Alma superior, e cumprir com
) ,-
) pequeno eu no Eu Universal. E para suas obrigações familiares e
)
estas necessidades e para esta obra deveres universais, sem privar um
)

/
I que o verdadeiro discípulo do ou outro de seus direitos; pois ou
)
verdadeiro Ocultismo tem de se ele dará ouvidos à "ainda pequenina
)
devotar se quiser alcançar a teo- voz" e falhará em ouvir os apelos
)
sofia, a Sabedoria e o Conheci- de seus pequeninos, ou ouvirá
)

)
mento Divinos. apenas os desejos destes e per-
) O aspirante tem de escolher manecerá surdo à voz da Hu-
)

)
absolutamente entre a vida do manidade. Isso seria uma luta
,-
) mundo e a vida do Ocultismo. E incessante e enlouquecedora para
)

) - 194- - 195 -
)
) I

)
! ;
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(

quase todo 'homem casado que sentirá quase imediatamente um


estivesse procurando o verdadeiro resultado: será irresistivelmente (

Ocultismo prático, em vez de sua arrastado do estado impessoal (

(
filosofia teórica. Pois ele encon- divino para o plano inferior da (

trar-se-ia sempre hesitante entre a matéria. A auto gratificação sen- (

voz impessoal do di vino amor pela sual, ou mesmo mental, envolve a (


/

Humanidade, e a do amor terreno, perda imediata dos poderes de (


pessoal. E isso só poderia conduzi- discemimento espiritual; a voz do (

10 a falhar em um ou outro, ou (

MESTRE não pode mais ser (


talvez em ambas as obrigações. (
distinguida daquela das paixões
Pior do que isto. Pois, quem quer í
\

pessoais, ou mesmo da voz de um (


que seja indulgente, uma vez que (
Dugpa; o certo do errado; a firme
tenha comprometido a si mesmo
com o OCULTISMO, na grati- moralidade do mero casuísmo. O (

ficação de luxúria e amor terrenos, fruto do Mar Morto assume a mais (

- 196- - 197 .. (

(
- • '~-·'I"~~~.,

.,f
~.

gloriosa aparência mística, apenas descem, afundando-se cada vez


para se tomar cinzas nos lábios e mais baixo na lama. E muito embora
fel no coração, resultando em: sej a a intenção que determina
./.
, primariamente se a prática é de
)

"Profundeza mais que pro- magia branca ou negra, ainda


)

funda, treva mais que escura; assim os resultados, mesmo da


A insensatez pela sabedoria, feitiçaria involuntária e inconsciente
a culpa pela inocência; não deixarão de produzir mau
A angústia pelo êxtase, e pela carma. Muito jáse falou para
esperança, o desespero." mostrar que feitiçaria é qualquer
)

)
,
,
tipo de influência maléfica apli-
f cada em outras pessoas, fazendo
) E uma vez estando enganados f.
I
e tendo agido segundo seus erros, í com que sofram ou façam outras
[
a maioria dos homens recusa-se a
" pessoas sofrerem, por conse-
r
r qüência. O carma é uma pedra
reconhecer os seus erros, e assim

)
- 198- - 199-
pesada lançada sobre as plácidas "magos de nascença" ~Místicos e (

águas da vida; e tem de produzir Ocultistas de nascimento, por direito


círculos cada vez mais amplos, que de herança direta de uma série de
se expandem mais e mais, quase encarnações e eons de sofrimentos
ad infinitum. Tais causas, uma vez e fracassos. Estes são "à prova de (

produzidas, terão de gerar efeitos, paixões", por assim dizer. Nenhum (

e estes evidenciam-se nas justas fogo de origem terrena pode


leis de Retribuição. inflamar quaisquer de seus sentidos (

Muito disso poderia ser evitado ou desejos, nenhuma voz humana


se as pessoas apenas se absti- pode encontrar resposta em suas (

(
vessem de partir para práticas cuja almas, exceto o grande clamor da (

natureza ou importância elas não Humanidade. Apenas estes podem


(
compreendem. Não se espera que ter certeza do sucesso. Mas so- (

alguém carregue um fardo além de mente podem ser encontrados em


suas forças e capacidades. Existem lugares distantes e ermos, e eles (

(
- 200- - 201 -
)

) ,

passam pelas estreitas portas do grande cuidado, a porta de ouro da


)

/
Ocultismo porque não carregam Sabedoria pode ser transformada na

)
qualquer bagagem de sentimentos
humanos transitórios consigo. I porta larga, "o espaçoso caminho
que conduz à perdição'?", e por isso
)
Livraram-se do sentimento da "muitos são os que entram por ele".
)

)
personalidade inferior, paralisaram Esta é a Porta das Artes Ocultas,
desse modo o animal "astral ", e praticadas por motivos egoístas e
)

-'
)
assim a porta de ouro, conquanto sem contar com a moderadora e
) estreita, se abre ante eles. Tal não benéfica influência de ATMA-
)
ocorre com aqueles que ainda VID YA . Estamos no período de
~ .
)

) precisam carregar por varias Kali Yuga, e sua influência fatal é


)

)
encarnações os fardos dos pecados mil vezes mais poderosa no
) cometidos em vidas prévias, e Ocidente do que no Oriente; daí as
)

)
mesmo em suas vidas atuais. Para
esses, a não ser que prossigam com 76 Mateus, 7:13.

)
- 202- - 203-
j

)
presas fáceis d?s Poderes da Idade se crê ter sacrificado a si mesmo
das Trevas neste conflito cíclico, e pela Humanidade - "estreita é a
as muitas ilusões com as quais o
mundo está agora labutando. Uma
I porta e apertado é o caminho que
conduz à vida eterna", e portanto
destas, é a relativa facilidade com
I "poucos são os que o encontram". 77
que os homens fantasiam poder V Tão apertado na realidade, que à
alcançar o "Portal" e atravessar o
simples menção de algumas das
umbral do Ocultismo sem qualquer
dificuldades preliminares, os
grande sacrifício. É o sonho da
apavorados candidatos ocidentais
maioria dos teósofos, sonho
viram as costas e recuam tre-.
inspirado pelo desej o de poder e
mendo ...
pelo egoísmo pessoal, e não são
Que parem por aqui e não façam
tais sentimentos que poderão con-
t mais tentativas em sua grande
duzi-Ios à meta desejada. Pois, co-
mo bem enunciado por aquele que
I
!
77 Mateus, 7: 14.

- 204- r
I, l - 205-
, I.
I
I
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