Aula - Maracujazeiro - 2023.1

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO RURAL
BACHARELADO EM AGRONOMIA
CAMPUS DAS AURORAS
DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II
PROF. DR. GUTEMBERG
Redenção, CE
PASSICULTURA
DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II
CULTIVO DE ESPÉCIES PERENES

• Introdução
• Classificação, origem e dispersão
• Recursos genéticos
• Condicionamentos ambientais
• Práticas de manejo
• Aspectos fitossanitários
• Colheita e processamento
• Considerações finais
Introdução
DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
• O Brasil é o primeiro produtor (80%) e consumidor mundial de maracujá, seguido da
Colômbia (13%) e Equador (5%);
• A cultura está em franca expansão, tanto para a produção de frutas para consumo "in
natura“, como para a produção de suco e outros produtos.
• Atualmente, a passicultura está presente nas cinco regiões do país, mas merece
destaque a região Nordeste.

Na Colômbia: “Pasionaria”
= FLOR DA PAIXÃO
MARACUJÁ EM NÚMEROS (Embrapa CNPMF)

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS: MARACUJÁ EM NÚMEROS
CE 24,04
DF 27,68
(Embrapa CNPMF)
MARACUJÁ EM NÚMEROS
(Embrapa CNPMF)
(Embrapa CNPMF)
(Embrapa CNPMF)
• O maracujá representa uma boa opção entre as frutas, por
oferecer mais rápido retorno econômico, bem como, a
oportunidade de uma receita distribuída pela maior parte do ano.
• A maioria das outras frutas leva alguns anos para entrar em
produção, o que é incompatível com a necessidade imediata
de renda dos produtores, descapitalizados com os prejuízos
resultantes de outras atividades agrícolas (MELETTI et al., 2010).

• O pequeno proprietário de agricultura familiar encontrou no maracujá uma opção
técnica e economicamente viável. Foi assim que a cultura se desenvolveu.
• Até hoje, a agricultura familiar tem sido responsável pela expansão dos pomares
comerciais e, em sua maioria, as áreas cultivadas variam de 3 a 5 ha.

PROBLEMAS DA CULTURA
Pragas e Doenças (fusariose e viroses);
Oscilação de preço; $$$
Mão-de-obra.
Classificação, origem e
dispersão
MARACUJAZEIRO
CLASSIFICAÇÃO
POSIÇÃO SISTEMÁTICA
Reino: Plantae
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Passiflorales
Tribo: Passiflorae
Foto: Serrano
Família: Passifloraceae
Gênero: Passiflora
Espécie: Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg
MARACUJAZEIRO
INTRODUÇÃO
ETIMOLOGIA
• MARACUJÁ, do Tupi “Mara kuya”
• “Comida de cuia”
OUTRAS ESPÉCIES APARENTADAS
FAMÍLIA PASSIFLORACEAE
MARACUJÁ-DOCE MARACUJÁ-AZUL MARACUJÁ-AÇU MARACUJÁ DE CHEIRO

P. alata P. caerulea P. quadrangulares P. foetida
Híbridos ornamentais registrados:

• BRS Estrela do Cerrado; • BRS Rubiflora; • BRS Roseflora;
• BRS Rosea Púrpura (BRS RP); • BRS Céu do Cerrado (BRS CC).
MARACUJAZEIRO-AZEDO (Passiflora edulis Sims)
ORIGEM E DISPERSÃO
O maracujazeiro é uma planta de

clima tropical com ampla distribuição
geográfica.
Segundo Vanderplank (1996), muitas
plantas são encontradas no estado
selvagem nas Américas, com cerca de 95%
das espécies.
CARACTERÍSTICAS
SISTEMA RADICULAR:
Raiz central pivotante ou axial mais
grossa que as demais.
O volume da maioria das raízes finas
concentra-se num raio de 0,5 m do tronco
da planta, com uma profundidade de 0,3 a
0,5 m.
Figura. Estrutura do maracujazeiro.

CARACTERÍSTICAS
CAULE:
Planta trepadeira perene de crescimento
rápido e indeterminado;
O caule é lenhoso e lignificado na base e
herbáceo no ápice, com formato circular
(maracujá amarelo);
GAVINHAS: surgem das axilas das folhas
e enrolam-se ao entrar em contato com
alguma superfície. Figura. Estrutura do maracujazeiro.
CARACTERÍSTICAS
FOLHAS
As folhas são simples e alternas, com ou
sem pecíolos (5 a 10 cm pecíolo central),
inteiras ou lobadas, raramente compostas e
de margem inteira ou serrilhada.
Pode apresentar glândulas nectaríferas
ocelares na superfície abaxial.
Ovais (plantas novas) e trilobadas (plantas
adultas). Figura. Estrutura do maracujazeiro.
CARACTERÍSTICAS
FLORES
As flores do maracujá são grandes,
atraentes e apresentam, tanto estruturas
femininas, quanto masculinas (flores
hermafroditas).
As flores apresentam cheiro
característico e uma grande quantidade
de néctar sendo, por isso, atrativa para
muitos insetos. Figura. Estrutura do maracujazeiro.
MARACUJAZEIRO (Passiflora edulis Sims)
CARACTERÍSTICAS DA FLOR
MORFOLOGIA VEGETAL
RELEMBRANDO...
“Androginóforo: continuação cilíndrica do pedúnculo que eleva tanto o
gineceu quanto o androceu.
Hipanto: estrutura em forma de cálice que reveste um ovário em uma

flor perígina (ovário ínfero), geralmente originária do receptáculo.”
(Gonçalves e Lorenzi, 2007).”

CONHECIDA COMO FLOR DA PAIXÃO

(Passion fruit)
Em alusão à paixão de Cristo;
• Filamentos da corona (72): n° de cravos

que compunham a coroa;
• Androginóforo: coluna da flagelação;
• Estames: cinco feridas.

AUTO-INCOMPATIBILIDADE FEMININA
• O maracujá amarelo é uma planta auto-

incompatível (dicogamia/protandria).
• A auto-incompatibilidade de uma planta
acontece quando se realiza a
autopolinização e não se obtém
resultados.
• Horário de abertura: 12:00 às 20:00h.
FATORES QUE INFLUENCIAM NO FLORESCIMENTO E NA FRUTIFICAÇÃO
FLORESCIMENTO FRUTIFICAÇÃO
Fotoperíodo Auto-Incompatibilidade
Temperatura Abertura floral uma única vez
Umidade do Solo Polinização (xenogamia)
Nutrição Curvatura dos Estiletes
Alta UR%
Abelhas
CARACTERÍSTICAS
FRUTOS
É uma baga de forma ovóide ou
globosa, raramente fusiforme, com polpa
mucilaginosa. É dependente de
polinização eficiente para sua formação.
A casca é coriácea, quebradiça e lisa
(cerosa), protegendo o mesocarpo, no Figura. Estrutura do fruto do maracujazeiro.
interior do qual estão as sementes.

Os frutos são climatéricos.
CARACTERÍSTICAS
SEMENTES
São epígeas, ocorrendo hipoginia em
alguns casos. Possuem forma oval, sendo
providas de arilo saciforme, carnoso ou
membranoso, sendo o endosperma
carnoso. São consideradas ortodoxas.
Figura. Estrutura do fruto e sementes do maracujazeiro.

Recursos genéticos
Diversidade genética de Passiflora
➢ 450 espécies;
➢ 200 originárias do Brasil;
➢ 70 dão frutos comestíveis;

Principais variedades cultivadas no Brasil
➢ 50 com potencial comercial.
BRS Gigante Amarelo, BRS Ouro Vermelho, BRS
Rubi do Cerrado, BRS Sol do Cerrado, FB 200, Desafios do melhoramento
Golden Star, Marília.
(Klein et al. 2020) • Taxonomia correta das espécies;
• Identificação de novas espécies;
• Conhecer espécies do Cerrado;
• Erosão genética.
(Fonte: Faleiro)
https://www.youtube.com/watch?v=SEYFD00huIo
https://youtu.be/eakXG0e74z8
Fonte: Embrapa CNPAT
Condicionamento ambiental
CONDICIONAMENTO AMBIENTAL
O maracujazeiro é uma planta que se desenvolve bem nas regiões

tropicais e subtropicais, sendo portanto, de clima quente e úmido.
O Brasil, como centro de diversidade do maracujazeiro, apresenta

condições excelentes para o cultivo.
A temperatura, a precipitação, a U.R. e a luminosidade exercem

importante influência sobre a longevidade e o rendimento das plantas, bem
como favorecem a incidência de pragas e doenças.
SUPRIMENTO HÍDRICO
Mantém ritmo de desenvolvimento contínuo – se houver distribuição
contínua de chuvas (hábito de crescimento: indeterminado);
Demanda 800 – 1.750 mm/ano, 60 -120 mm/mês;
No florescimento - prejudica a polinização.


TEMPERATURA: a melhor temperatura para o desenvolvimento normal do
maracujazeiro comercial situa-se em torno dos 28° C, considerando-se a
faixa de 18° C a 35° C de temperaturas como os limites extremos para a
exploração racional da cultura.
PRECIPITAÇÃO: com relação ao suprimento hídrico, a cultura requer cerca

de 60 a 120 mm de água mensal, que pode ser fornecido pela chuva e/ou
complementada pela irrigação (São José et al., 1994).
LUMINOSIDADE: a luz é fator importante no desenvolvimento do
maracujazeiro. Por meio dela, a planta realiza a fotossíntese, fundamental à
sua nutrição e a todas as atividades biológicas. Luminosidade inadequada
prejudica a formação de flores e frutos. Regiões com comprimento do dia
acima de 11h de luz apresentam as melhores condições para o
florescimento.
As regiões semiáridas brasileiras apresentam essas condições e
permitem produção contínua do maracujazeiro, em todos os meses do ano.
VENTO: a susceptibilidade no maracujazeiro a ventos fortes constitui fator
importante para essa cultura, devido aos danos diretos que ocasionam às
plantas (tombamento).
ALTITUDE: faixa entre 100 e 1000 m são as mais indicadas. Acima disso,
ocorre prolongamento do ciclo, ou seja, maior longevidade.
UMIDADE RELATIVA: influencia no desenvolvimento vegetativo e no estado
fitossanitário do maracujazeiro. U.R. em torno de 60% é a mais favorável
ao cultivo, sendo que acima disso, há um favorecimento ao aparecimento
de doenças.
Práticas de manejo
PRÁTICAS DE MANEJO
ESTABELECIMENTO DO POMAR
1. Escolha do terreno
2. Propagação/ Plantio/ Espaçamento
3. Solos, Adubação e Conservação
4. Controle do mato
5. Podas e Condução do pomar
6. Polinização natural e artificial
7. Irrigação e fertirrigação (https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/55941/1/IRRIGACAO-e-FERTIRRIGACAO-cap17.pdf)
PRÁTICAS DE MANEJO
ESCOLHA DO TERRENO
• EVITAR SOLOS PEDREGOSOS E ÁREAS DE BAIXADA, MAL
DRENADAS (DOENÇAS);
• VENTOS: PREJUDICAM A PRODUÇÃO, HAVENDO A NECESSIDADE
DE QUEBRA-VENTOS.
PRÁTICAS DE MANEJO
ÉPOCA DE PLANTIO
IRRIGADO: pode ser realizado em qualquer época do ano, uma vez que a
área cultivada é irrigada. O plantio deve ser escalonado para que haja
produção durante todo o ano.
SEQUEIRO: Início das chuvas.

PRÁTICAS DE MANEJO
PROPAGAÇÃO
O maracujá pode ser propagado por sementes ou por enxertia ou

estaquia (vegetativamente).
Na fruticultura, em nível comercial, a via sexuada somente é

usada quando os meios de propagação vegetativa não são possíveis,
como no caso do mamoeiro, ou são antieconômicos, como no caso do
maracujazeiro.
PROPAGAÇÃO - PRODUÇÃO DE MUDAS

PROPAGAÇÃO
PLANTIO - ESPAÇAMENTO
Covas
Manuais
PRÁTICAS DE MANEJO
COVEAMENTO
No caso de sulcos, os mesmos devem abertos com uma profundidade

de 50 cm, com sulcador, ao longo da linha.
Em áreas não mecanizáveis, em substituição aos sulcos, podem ser

abertas covas, na dimensão de 40 cm x 40 cm x 40 cm.
PRÁTICAS DE MANEJO
SOLOS
Sistema radicular superficial
60% até 30 cm, profundidade de 60 cm;
Lençol freático mais profundo do que 2 m (< 2 m risco de fusariose);
Tipo de solo – evitar com alto teor de argila e pouco impermeáveis;
Textura média (areno-argilosos), bem drenados, pH 6,5-7,5;
Topografia (planos a levemente ondulados): desnível < 8%.

PRÁTICAS DE MANEJO
CONSERVAÇÃO DO SOLO
Figura. Esquema de plantio em curva de nível (Fonte: Embrapa).

PRÁTICAS DE MANEJO
ADUBAÇÃO ORGÂNICA
É uma prática comum para manter o solo produtivo, pois, exerce efeitos
benéficos sobre suas propriedades físicas, químicas e biológicas.
• Esterco de curral: 20 a 30 litros;
• Esterco de galinha: 5 a 10 litros;
• Torta de mamona: 2 a 4 litros.
Recomenda-se aplicar anualmente a mesma quantidade em cobertura.

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/227061/1/cap13-livro-RecomendacaoCalagemAdubacao-AnaLuciaBorges-AINFO.pdf
Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável (RBAS), v.6, n.2, p.x43-50, Junho, 2016
Figura 4 - Estimativas das percentagens de defeitos nos tratamentos MIN, ORG e 2 × ORG
(Pacheco et al., 2016)
PRÁTICAS DE MANEJO
ADUBAÇÃO DE PLANTIO OU FUNDAÇÃO

PRÁTICAS DE MANEJO
ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO
ADUBAÇÃO – FLORESCIMENTO E PRODUÇÃO
Fonte: Embrapa
NUTRIÇÃO
Figuras. Marcha de absorção de macro e micronutrientes em maracujazeiro (Embrapa).

PRÁTICAS DE MANEJO – CONTROLE DO MATO
COMPETIÇÃO
A competição com plantas daninhas é um dos
fatores que afetam a produtividade das principais culturas
no Brasil, ocasionando diminuição no rendimento e
aumento do custo de produção.
*** Sistema radicular superficial (implementos)
LINHAS: capinas manuais;
ENTRELINHAS: roçadeira.
PRÁTICAS DE MANEJO – PODAS (Almeida, 2012)
Objetivo geral: direcionar ao melhor desempenho possível da planta.
TIPOS
Formação ou condução: adequar a planta à exploração agrícola
Frutificação ou produção: iniciar, regularizar e melhorar a produção.
Renovação: conforme a característica regional permite retomar a prod.
Limpeza: excesso de ramos vegetativos, arejar a planta e reduzir pragas.
Obs.: Nutrição e irrigação adequados

PRÁTICAS DE MANEJO - PODAS
Espaldeiramento: https://www.youtube.com/watch?v=C1DwlLg9bYM

Figura. Eliminação de brotos laterais e terminal e condução dos brotos (Embrapa).

PRÁTICAS DE MANEJO – TIPOS DE ESPALDEIRA

PRÁTICAS DE MANEJO – FORMAS DE CONDUÇÃO
Figura. Esquema de condução do maracujazeiro em caramanchão (Lima e Cunha, 2004).

Figura. Sistema de condução do maracujazeiro em espaldeira vertical (Lima e Cunha, 2004).

Figura. Esquema de condução do maracujazeiro em

espaldeira em “T” e em “cruz” (Lima e Cunha, 2004).
POLINIZAÇÃO NATURAL DO MARACUJAZEIRO
CARACTERÍSTICAS
O desenvolvimento do fruto nas flores
onde a polinização cruzada ocorre de
maneira eficiente dura, em média, entre 45
e 60 dias.
Figura. Abelha mamangava (Xylocopa sp.) em

flor do maracujazeiro.
POLINIZAÇÃO NATURAL DO MARACUJAZEIRO
Figura. Abelha mamangava (Xylocopa sp.) na entrada do ninho (Fotos: Probio).
2 a 25% de eficiência
POLINIZAÇÃO ARTIFICIAL DO MARACUJAZEIRO
A falta de polinização artificial (PA) ou manual é um
fator que pode afetar a produtividade, a massa, o
diâmetro, o comprimento e a porcentagem de polpa
dos frutos de maracujá-amarelo (Krause et al., 2012).
CARACTERÍSTICAS
Alternam-se entre plantas e flores diferentes para
Figura. Polinização artificial.
levar o pólen misturado;
*Horário de 11 às 16h é o mais indicado. 30 a 90% de eficiência
Figura. Esquema de como deve ser realizada a polinização manual

cruzada nos pomares de maracujá (Fonte: Probio).
Polinização manual: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPAC-2009/23811/1/doc_41.pdf

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Carvalho e Teófilo Sobrinho (1973) observaram que essas abelhas retiram
praticamente todo o pólen dos botões florais semiabertos, antecipando a abertura
das flores e ocasionando a ausência de pólen e consequente redução de polinização
dos estigmas. Esse comportamento causa transtorno, dificultando até a polinização
manual, prática essa comum na cultura.
Enquanto a abelha Xylocopa sp. (à direita)

poliniza flores de Passifloraceae, Apis mellifera
e o arapuá (Trigona sp.) retiram o pólen sem
realizar a polinização.
Aspectos fitossanitários
PRAGAS
Diversas espécies de insetos encontram-se associadas à cultura do

maracujazeiro. Somente algumas delas, contudo, são consideradas pragas,
por seus efeitos na redução da produção, seja diretamente, pela destruição
de tecidos vegetais (raízes, folhas, ramos, flores e frutos) e desvalorização
da qualidade do produto ou, indiretamente, pela transmissão de vírus
(Fancelli e Lima, 2004).
DOENÇAS
O aumento da área plantada com o maracujazeiro no país propiciou
o aumento dos problemas fitossanitários, reduzindo o tempo de
exploração econômica da cultura.
Observa-se que a passicultura tem sido afetada por um grande

número de doenças, causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides,
exigindo, assim, dedicação e esforços, no sentido de minimizar as perdas e
evitar, sobretudo, sua disseminação (Santos Filho et al., 2004).
PRAGAS
DO
MARACUJAZEIRO
FOTOS: Spósito
OBSERVAÇÃO: PARA MANEJO QUÍMICO CONSULTAR O SISTEMA AGROFIT – PRODUTOS REGISTRADOS (BRASIL)
http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons
DOENÇAS
DO
MARACUJAZEIRO
OBSERVAÇÃO: PARA MANEJO QUÍMICO CONSULTAR O SISTEMA AGROFIT – PRODUTOS REGISTRADOS (BRASIL)
http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons
Colheita e processamento
COLHEITA
Figuras. Colheita do maracujá (Fontes: Spósito/Argosfoto).

COLHEITA
INICIADA A PRODUÇÃO, PROCEDE-SE A

COLHEITA 2 X POR SEMANA;
DEVE-SE COMERCIALIZAR ANTES DA

DESIDRATAÇÃO DO FRUTO. QUAL O PORQUÊ?
EVITAR PERDAS $$$

Figura. Colheita do maracujá
(Fonte: Spósito).
COLHEITA E PROCESSAMENTO
Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 31, n. 4, p. 995-1003, Dezembro 2009

COLHEITA E PROCESSAMENTO
MARACUJÁ-AMARELO É UM FRUTO CONSIDERADO DE ALTA PERECIBILIDADE (Mota et al., 2006).
CLASSIFICAÇÃO
◼ Mais utilizadas
◼ Super, 4A, 3A, 2A
◼ Mais valorizadas
◼ Super e 4A
◼ Menos valorizada:
◼ 2A
Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 28, n. 2, p. 190-193, Agosto 2006
USO DE CERA DE CARNAÚBA E SACO PLÁSTICO POLIOLEFÍNICO NA

CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DO MARACUJÁ-AMARELO
TRATAMENTOS:
1- Imersão em cera de carnaúba (Fruit wax®, FNT, Campinas, Brasil) com 18

a 21% de carnaúba, diluída na proporção 1:4 (m/v);
2- Embalagem em sacos plásticos poliolefínicos (Cryovac D-955) com 0,015

mm;
3- Associação entre a imersão na cera de carnaúba e embalagem plástica;
4- Testemunha (sem tratamento algum).

> Turgidez
Melhor a qualidade
pós-colheita
Melhores serão as
condições de
comercialização
Figura – Estimativa da porcentagem de perda de matéria fresca de maracujás-amarelos armazenados em

condições ambientes, após revestimento com sacos plásticos poliolefínicos (POLI), imersão em cera de
carnaúba (CERA), imersão em cera de carnaúba seguida de embalagem em sacos plásticos poliolefínicos
(CERA + POLI) e imersão em água (Testemunha), em função dos dias após a colheita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
TENDO EM VISTA A IMPORTÂNCIA DA PASSICULTURA

COMO CULTURA PERENE DE RÁPIDO RETORNO ECONÔMICO, O
SEU CULTIVO FIGURA COMO UMA EXCELENTE OPÇÃO AOS
AGRICULTORES QUE PRETENDEM OBTER MELHORIAS DE RENDA
E OCUPAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA RURAL, TORNANDO-SE CULTURA
ESTRATÉGICA PARA O HOMEM DO CAMPO.
FIM

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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO RURAL

DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II

PROF. DR. GUTEMBERG

CULTIVO DE ESPÉCIES PERENES

DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes

• O Brasil é o primeiro produtor (80%) e consumidor mundial de maracujá, seguido da

Colômbia (13%) e Equador (5%);

natura“, como para a produção de suco e outros produtos.

destaque a região Nordeste.

MARACUJÁ EM NÚMEROS (Embrapa CNPMF)

• O maracujá representa uma boa opção entre as frutas, por

oferecer mais rápido retorno econômico, bem como, a

oportunidade de uma receita distribuída pela maior parte do ano.

• A maioria das outras frutas leva alguns anos para entrar em

produção, o que é incompatível com a necessidade imediata

de renda dos produtores, descapitalizados com os prejuízos

resultantes de outras atividades agrícolas (MELETTI et al., 2010).

• O pequeno proprietário de agricultura familiar encontrou no maracujá uma opção

técnica e economicamente viável. Foi assim que a cultura se desenvolveu.

comerciais e, em sua maioria, as áreas cultivadas variam de 3 a 5 ha.

Pragas e Doenças (fusariose e viroses);

Oscilação de preço; $$$

• MARACUJÁ, do Tupi “Mara kuya”

MARACUJÁ-DOCE MARACUJÁ-AZUL MARACUJÁ-AÇU MARACUJÁ DE CHEIRO

Híbridos ornamentais registrados:

O maracujazeiro é uma planta de

Figura. Estrutura do maracujazeiro.

Hipanto: estrutura em forma de cálice que reveste um ovário em uma

(Gonçalves e Lorenzi, 2007).”

CONHECIDA COMO FLOR DA PAIXÃO

Em alusão à paixão de Cristo;

• Filamentos da corona (72): n° de cravos

• Androginóforo: coluna da flagelação;

• Estames: cinco feridas.

• O maracujá amarelo é uma planta auto-

Temperatura Abertura floral uma única vez

Umidade do Solo Polinização (xenogamia)

Nutrição Curvatura dos Estiletes

interior do qual estão as sementes.

Figura. Estrutura do fruto e sementes do maracujazeiro.

➢ 200 originárias do Brasil;

➢ 70 dão frutos comestíveis;

• Identificação de novas espécies;

• Conhecer espécies do Cerrado;

O maracujazeiro é uma planta que se desenvolve bem nas regiões

O Brasil, como centro de diversidade do maracujazeiro, apresenta

A temperatura, a precipitação, a U.R. e a luminosidade exercem

Mantém ritmo de desenvolvimento contínuo – se houver distribuição

contínua de chuvas (hábito de crescimento: indeterminado);

Demanda 800 – 1.750 mm/ano, 60 -120 mm/mês;

No florescimento - prejudica a polinização.

DISCIPLINA CCA 0054 - FITOTECNIA II – Cultivo de espécies perenes

PRECIPITAÇÃO: com relação ao suprimento hídrico, a cultura requer cerca

• EVITAR SOLOS PEDREGOSOS E ÁREAS DE BAIXADA, MAL

• VENTOS: PREJUDICAM A PRODUÇÃO, HAVENDO A NECESSIDADE

produção durante todo o ano.

SEQUEIRO: Início das chuvas.

O maracujá pode ser propagado por sementes ou por enxertia ou

Na fruticultura, em nível comercial, a via sexuada somente é

PROPAGAÇÃO - PRODUÇÃO DE MUDAS

No caso de sulcos, os mesmos devem abertos com uma profundidade

Em áreas não mecanizáveis, em substituição aos sulcos, podem ser

Sistema radicular superficial

60% até 30 cm, profundidade de 60 cm;