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ATELECTASIA / COLAPSO
- Não são doenças, mas sim uma complicação, um distúrbio que ocorre durante a evolução de várias doenças do
pulmão (como, por exemplo, câncer de pulmão, aspiração de corpos estranhos, bronquites). Várias patologias do
pulmão e inclusive externas a ele podem levar a uma complicação clínica muito frequente que é a atelectasia.
- Colapso = condição em que há perda de volume aéreo do pulmão (perda de ar nos alvéolos, nos ductos e nos
sacos alveolares). Assim, essa região do pulmão “murcha”, colapsa.
Para nós, consideraremos que a atelectasia é sinônimo de colapso. É a perda de volume de ar alveolar de
determinada região do pulmão.
Exemplo: paciente com câncer de pulmão, que na realidade nasce no brônquio, o tumor vai crescendo para a luz do
brônquio, obstruindo-o completamente. Assim o ar não circula por esse brônquio (não entra nem sai) e esse ar vai
sendo lentamente reabsorvido nos capilares alveolares (os gases que estão dentro dos alvéolos vão dissolvendo no
plasma). Com o passar do tempo, o ar vai desaparecendo e a área do pulmão afetada sofre um colapso, tornando-
se mais sólida (firme) e reduzindo-se de volume.
Obstrução do brônquio lobar inferior esquerdo = sofre colapso em todo o lobo inferior esquerdo.
A OBSTRUCAO DEVE SER TOTAL! Pois se causar uma obstrução parcial (estenose), não vai haver colapso,
mas sim um ENFISEMA (entra ar e sai, mas entra mais do que sai, criando um mecanismo de válvula).
- Causas de obstrução:
- estase de muco = vias aéreas repletas de muco e secreção. Várias doenças causam isso, produzindo
muito muco que não é totalmente eliminado e esse muco fica estagnado. Como por exemplo, a asma pode
promover produção excessiva de muco, assim como a bronquite crônica, a fibrose cística (doença gravíssima de
criança, em que há secreção excessiva exócrina de muco), etc. Qualquer condição que aumente a quantidade de
muco.
Para causar o colapso, a doença ou a condição deve ser mais persistente. Condições facilmente reversíveis não
causam colapso.
- Qualquer coisa que leve a uma compressão do parênquima pulmonar vai expulsar o ar que se encontra
dentro dele.
- DERRAME PLEURAL = líquido na cavidade pleural que comprime o pulmão. O derrame pleural tem 2
mecanismos principais: transudato (a causa mais provável é o ICC) e exsudato (a principal causa seria uma
pleurite → inflamação da pleura). Podemos ter tbm um quilotórax (derrame de linfa) que causa compressão do
pulmão.
- HEMOTÓRAX = sangue dentro da cavidade pleural que comprime o pulmão, causando colapso.
- Alterações da cavidade abdominal podem empurrar o tórax para cima, como por exemplo, uma gravidez
(empurra o diafragma para cima e comprime os lobos inferiores do pulmão → na gravidez isso é pequeno e não
causa problemas), ascite (cirrose), hepatoesplenomegalias volumosas, obstrução intestinal (abdome imenso que
empurra o diafragma para cima), obesidade mórbida (excesso de gordura no abdome), megacólon tbm podem
causar colabamento do pulmão. Qualquer alteração na cavidade abdominal.
- Alterações no mediastino como tumores, linfomas, aneurismas de aorta também podem promover compressão
do pulmão.
- Sem o surfactante que diminui a tensão superficial nos alvéolos, o pulmão tem uma diminuição da sua
complacência e aumento da sua tensão superficial, tendo uma dificuldade muito grande de se manter
cheio de ar, o que promove seu colapso.
Nesses dois casos tem menos surfactante na parede dos alvéolos, a complacência está diminuída e a tensão
superficial aumentada → colabamento.
COMPLICAÇÕES
As complicações vão depender da área do pulmão afetada pelo colabamento. Se a área for muito pequena,
provavelmente não dará problemas clínicos porque o pulmão possui uma alta capacidade de reserva funcional
(podemos viver só com um pulmão).
Para o colapso ser importante ele deve ser DIFUSO E EXTENSO. Assim, ele comprometerá a função
respiratória.
A área colapsada predispõe a uma INFECCAO BACTERIANA! Com colabamento há uma facilidade de se instalar
uma pneumonia.
A reversibilidade ou irreversibilidade do colapso pulmonar vai depender do tempo e da extensão das lesões. Se for
um tempo relativamente pequeno, de dias, a lesão por ser totalmente reversível. Se o tempo for mais extenso,
semana ou meses, a lesão é irreversível porque a hipóxia na área afetada estimula a FIBROSE, com estimulo à
proliferação de colágeno, tornando-se uma cicatriz e perdendo sua capacidade funcional.
As lesões da doença da membrana hialina são reversíveis porque o colapso é agudo. Quando há formação
de fibrose a lesão se torna irreversível.
O pulmão do feto vai produzindo surfactante pelo pneumócito tipo II que é uma célula do septo alveolar. A
produção máxima de surfactante ocorre no final da gravidez, a partir da 35ª semana de gravidez. Quando o bebe
nasce, o pulmão passa a funcionar (antes o feto respirava através da placenta) e o neném chora, indicando sua
primeira inspiração. O pulmão enche-se de ar completamente, dependendo de uma pressão inspiratória muito
intensa e após a primeira inspiração fica no pulmão o volume de ar residual.
Se o bebe possui doença da membrana hialina, na inspiração ele enche todos os alvéolos de ar, porém quando ele
expira, os alvéolos murcham porque não há substancia surfactante suficiente e ele elimina o VR (volume residual).
Assim, a próxima respiração será também muito intensa, exercendo uma pressão inspiratória muito grande porque
ele não mantém ar residual (cada respiração é como se fosse a primeira).
Devido a falta de surfactante, haverá um aumento da tensão superficial do alvéolo, diminuição da complacência e
o recém-nascido (prematuro) começa a entrar em processo de esgotamento e começa a fazer inspirações com
menor pressão e não consegue insuflar os alvéolos completamente. Assim, a maioria dos alvéolos murcha,
causando uma ATELECTASIA DIFUSA (nos dois pulmões). A gravidade vai depender da quantidade de surfactante
ainda produzida pelo bebe.
- A causa mais comum de doença da membrana hialina é a PREMATURIDADE (se o bebe nascer na 28ª semana de
gravidez terá uma chance de mais ou menos 60% de ter doença da membrana hialina), mas pode ser causada tbm
se a MAE FOR DIABÉTICA. A hiperglicemia pode promover passagem de glicose para a circulação do feto que passa
a possuir tbm uma hiperglicemia. Isso estimula uma hiperinsulinemia no feto (aumentando a secreção de
insulina), mas a insulina inibe o pneumócito II a produzir surfactante, o que predispõe a uma doença da
membrana hialina. Parto cesáreo, estatisticamente, tbm está associado a um aumento das chances do RN ter essa
doença.
O obstetra pode retirar liquido amniótico para a observação da concentração de fosfolípides, avaliando a
maturidade do feto, uma vez que os pulmões maduros produzem uma qte determinada de fosfolípides. O
corticoide estimula os pneumócitos tipo II a produzir SURFACTANTE.
- o bebe fica cansado não conseguindo fazer incursões respiratórias potentes (provoca uma atelectasia difusa).
- o problema primário é na ventilação, uma vez que os alvéolos estão colabados (não entra ar nos alvéolos). A
ventilação está gravemente comprometida.
- perfusão: o pulmão atelectasado está com hipóxia, desencadeando o reflexo de Hering e promovendo
uma vasoconstrição generalizada nas arteríolas pulmonares. Isso compromete a perfusão (chega pouco
sangue para nutrir a parede dos alvéolos). Vasoespasmo importante.
Isso evolui para uma INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA AGUDA, com dispneia e cianose.
- Com o reflexo de Hering, o sangue fica represando nos capilares pulmonares, causando uma
HIPERTENSAO PULMONAR e desencadeando um COR PULMONALE AGUDO!
Às vezes o vasoespasmo é tão intenso que a quantidade de sangue que passa pelo pulmão está diminuída e a
quantidade de sangue que chega ao AE é muito pequena e que passa para o VE tbm → o debito cardíaco reduz
gravemente e isso pode levar ao choque.
O prognóstico melhorou com um aumento da procura pelo pré-natal pelas mulheres grávidas e com o advento da
UTI neonatal. Hoje temos substancia surfactante medicamentosa (sintética), a qual é administrada nos recém-
nascidos no UTI. O período crítico desse RN é de 3 a 4 dias (se o bebe sobreviver aos 4 dias, normalmente ele sai,
uma vez que nesse período, a atelectasia é REVERSÍVEL). Faz-se tbm uma oxigenoterapia, mas se esse oxigênio for
em alta concentração, ele é toxico, causando problemas nos pulmões, uma vez que promove o acumulo de radicais
livres (o tto com oxigênio tem seus limites).
Se o pcte nasce cianótico, ele não tem doença de membrana hialina e sim uma doença cardíaca
congênita (na doença da membrana hialina a cianose ocorre um pouco mais tardiamente).
ALTERACOES DO COLABAMENTO:
- a área colapsada não é ventilada, deixando de oxigenar um pouco de sangue, o que vai dar problema.
BRONQUITE CRONICA
- é uma doença extremamente prevalente, estando incluída no grupo das DPOC’s (os representantes mais comuns
são a bronquite crônica e o enfisema). É uma das mais comuns do aparelho respiratório.
- É mais comum nos homens do que nas mulheres e é doença de pessoas mais maduras, aparecendo após os 40
anos normalmente.
- O diagnóstico da bronquite é clinico. A irritação do brônquio gera reflexo de TOSSE PRODUTIVA (ao tossir o pcte
escarra → o escarro normalmente é constituído de muco, mas pode escarrar pus tbm).
A sociedade torácica americana definiu os critérios clínicos para seu diagnóstico (o diagnóstico é feito na
anamnese), são eles:
- BRONQUITE CRONICA SIMPLES = sem outras alterações, somente a tosse e o escarro. É a maioria dos
pacientes (“tussidor crônico”).
- BRONQUITE ASMÁTICA = o paciente tem broncoespasmo, possuindo sintomas semelhantes aos da asma (o pcte
fica “chiando”).
Alguns dos pctes, além das crises de tosse e escarro, eles tem uma hiper-reatividade das vias áreas (brônquios e
bronquíolos hiper-reativos), na qual os estímulos causam BRONCOESPASMO. Isso ocorre na bronquite asmática,
que além das características da bronquite simples tem broncoespasmo. Isso é temporário.
Na bronquite obstrutiva (minoria), os pctes tem uma obstrução grave em nível de brônquios e bronquíolos.
LESOES ANATOMICAS:
- INFLAMACAO CRONICA EM TODOS OS BRONQUIOS (primários, secundários e terciários) e nas formas mais
graves nos bronquíolos.
- HIPEREMIA
- EDEMA
Esse muco produzido em gde quantidade tem uma composição química diferente da normal, sendo HIPERVISCOSO
(grudento e tendo tendência de ficar aderido nas vias áreas), sendo necessária a tosse, medicamentos mucolíticos e
aspiração do muco para limpar as vias aéreas.
- METAPLASIA = o epitélio respiratório é agredido pela inflamação e pelo cigarro, sofrendo uma METAPLASIA
ESCAMOSA (mais resistente ao estímulo agressor) → a luz do brônquio revestida por epitélio respiratório é
substituído por epitélio escamoso (causada pela irritação). Alguns desses focos de metaplasia têm chance
maior se sofrer DISPLASIA, sendo uma lesão pré-cancerosa (leve → moderada → acentuada → carcinoma in situ
→ carcinoma invasor), podendo evoluir para uma neoplasia.
As substancias presentes no cigarro causam uma irritação na parede do epitélio respiratório. Essa
irritação causa uma inflamação, hipertrofia (aumenta o tamanho) e uma hiperplasia (aumenta o
número) das céls caliciformes e das gls. mucosas do epitélio respiratório.
SINAIS E SINTOMAS:
- Tosse persistente
- Dispneia
- Cianose
- Hipoxemia
- Hipercapnia
- Acidose respiratória = o paciente não possui uma perfusão adequada nos pulmões e, com isso, a hematose está
prejudicada. Isso promovera um aumento na concentração de CO2 no sangue, o que pode levar a uma lesão dos
neurônios do bulbo e a uma parada cardiorrespiratória.
- ventilação = está gravemente comprometida (é uma das doenças que causam uma estenose das vias
aéreas). A parede está espessada, com fibrose, com céls inflamatórias e aumento de gls mucosas, o que provoca
estenose da luz. Além disso, a luz possui muito muco aderido, o que promove a redução do seu diâmetro. Em um
brônquio primário isso é mais difícil.
Esse pulmão recebe muito menos ar e oxigênio, estando mal ventilado. Ele tem hipóxia e faz reflexo de Hering,
comprometendo a perfusão e, assim, a difusão. O resultado disso é uma INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA
CRONICA. Esse indivíduo vai lentamente desenvolvendo dispneia, evoluindo para uma IRC.
- Avaliar função cardiovascular: reflexo de Hering causando vasoespasmo nas arteríolas pulmonares,
provocando hipertensão pulmonar crônica, fazendo com que o VD desenvolva um cor pulmonale
crônico, podendo evoluir para uma ICC direita.
- Há uma estenose de vias aéreas, fazendo com que a estenose aja como mecanismo valvular,
comprometendo mais acentuadamente a expiração, levando a uma hiperinsuflação do pulmão,
causando focos de ENFISEMA.
- AGRESSAO QUÍMICA CRÔNICA DAS VIAS AÉREAS = subst. químicas estão lesando os brônquios e causando
inflamação. A principal causa é de longe o TABAGISMO. As subst. da fumaça do cigarro irritam a mucosa
brônquica, lesando os cílios e as céls caliciformes, ativando citocinas e sistema do complemento. Essas subst. tbm
estimulam a hipertrofia e hiperplasia das glândulas mucosas e a metaplasia (maior probabilidade de formar
neoplasias). A poluição ambiental tbm pode promover essas agressões químicas.
ASMA BRÔNQUICA
- a doença evolui por SURTOS (a bronquite crônica e o enfisema são problemas contínuos), PAROXISMOS
RECIDIVANTES (CRISES AGUDAS). A crise surge e desaparece, n vezes durante a vida do indivíduo.
- SIBILOS (“chieira”), causados pela diminuição da luz das vias aéreas, dos bronquíolos.
- TOSSE
É UMA CRISE DE TOSSE, SIBILOS E FALTA DE AR. Às vezes é muito intenso e altamente incapacitante.
Essas crises geralmente duram questão de HORAS e depois passam (passa sozinho ou com o tratamento).
ETIOPATOGENIA:
- ASMA EXTRÍNSECA = de longe é mais comum, também chamada de ASMA ALÉRGICA (geralmente associada
com alergia) ou ASMA ATÓPICA. Relacionada com um distúrbio imunológico.
A asma extrínseca é a asma de crianças, adolescentes e adultos jovens. À medida que a pessoa vai envelhecendo, a
tendência é que ela vai melhorando. A asma tem uma predisposição genética.
- sensibilidade a determinadas subst. químicas (por razões genéticas), a determinados antígenos que são poeira,
pólen, pelo de animais, ácaro (aracnídeo), alimentos. A pessoa aspira essas antígenos que vai parar na mucosa do
brônquio e neste local ele entra em contato com os LTa e isso vai induzir a produção de citocinas que estimularão
os LB a produzir muitos anticorpos contra esse Ag. Só que esse anticorpos são moléculas de IgE. As citocinas tbm
estimulam a proliferação dos mastócitos e o afluxo de eosinófilos. A IgE se liga na membrana do mastócito que se
torna sensibilizado ao Ag. Se o pcte entrar novamente em contato com o mesmo Ag, esse Ag se liga diretamente às
moléculas de IgE que estão na superfície dos mastócitos, acontecendo uma reação antígeno-anticorpo que provoca
uma REACAO ANAFILÁTICA (ANAFILAXIA) que vai romper a membrana dos mastócitos, promovendo sua
desgranulação. Dentro dos grânulos dos mastócitos, tem subst. farmacologicamente ativas como a histamina,
Isso irá comprometer a ventilação do pulmão, o que explica a dispneia intensa que se for grave pode
gerar cianose. Além disso, isso irrita a mucosa dos bronquíolos, o que gera tosse.
O mediador primário da crise asmática é a histamina e seu efeito dura em torno de 1 hora. Os outros mediadores
secundários agem depois, prolongando o efeito de irritação. Podemos utilizar anti-histamínicos, drogas que evitam
o broncoespasmo (adrenalina que relaxa a mm dos brônquios), corticoides (combate o processo inflamatório)... Os
medicamentos vão atuar inibindo os mediadores da crise asmática.
Vários desses mediadores tbm são produzidos pelos eosinófilos que estão aumentados no sangue (eosinofilia) e no
escarro. Eosinófilo sempre aumenta em doença alérgica. A parede dos bronquíolos estão cheios de eosinófilos,
mastócitos... Essa é uma reação de hipersensibilidade tipo I (reação anafilática). O mediador da
anafilaxia é o IgE.
A asma intrínseca possui uma patogenia diferente não estando relacionada com a anafilaxia . Esta asma
é geralmente secundária a infecções viróticas, estresse, frio e exercícios físicos. O mecanismo não esta
relacionado com IgE e o que acontece é que essas pessoas possuem vias aéreas hipersensíveis (limiar
muito baixo para estimular o sistema imune) a estímulos e promovem uma reação mediada pelo parassimpático
(acetilcolina). A acetilcolina promove broncoespasmo e a irritação na mucosa dos bronquíolos.
COMPLICACOES:
- A asma é uma doença mais incapacitante do que mortal. Causa sofrimentos e compromete a qualidade de vida.
- o problema mais sério da asma é o individuo que desenvolve “STATUS ASMATHICUS” que acomete uma minoria e
o indivíduo fica CONSTANTEMENTE em crise asmática, podendo desenvolver uma insuficiência respiratória que
pode levar ao óbito.
- Como a asma promove estenose de vias áreas, ela predispõe a infecções, retém muito muco, promove
formação de áreas de atelectasia e enfisema (mesmas complicações da bronquite), pode provocar cor
pulmonale (reação de Hering). Essas complicações acontecem somente em casos mais graves.
A obstrução de vias aéreas e hipóxia gera um vasoespasmo (reação de Hering), sendo um reflexo fisiológico.
A BRONQUITE NA MAIORIA DAS VEZES NÃO TEM ESSA HIPERREATIVIDADE DAS VIAS AÉREAS!
BRONQUIECTASIA
ectasia = dilatação
Geralmente elas são múltiplas (o pcte tem várias bronquiectasias). Elas podem ser localizadas ou difusas, sendo
muito variável e dependendo da causa. As complicações vão depender disso.
Para haver uma dilatação da parede, deve haver uma diminuição da sua resistência, enfraquecendo-a e
favorecendo a sua dilatação.
- INFECCAO BACTERIANA SUPURATIVA e NECROTIZANTE, que produz uma inflamação purulenta (pus).
O pus produzindo cai na luz do brônquio e a necrose promove lesão de vasos, promovendo sangramento na luz do
brônquio. Isso vai dar sua principal manifestação clínica que é TOSSE PRODUTIVA (irritação) com escarro de pus
(TOSSE PURULENTA), mal cheiroso, em gde quantidade e que vem com raias de sangue (HEMOPTISE).
Clínica:
- TOSSE PRODUTIVA ACOMPANHADA DE GRANDE ELIMINACAO DE PUS, PODENDO HAVER HEMOPTISE (raias de
sangue). Essa qte exagerada de pus é chamada VÔMICA.
Etiologias:
- DOENCAS GENÉTICAS E METABÓLICAS = SÍNDROME DOS CÍLIOS IMÓVEIS, que faz parte da síndrome de
Kartagener. Pctes com essa doença tem um problema nos microtúbulos que compõem os cílios. Esses microtúbulos
se tornam imóveis e não permitem a movimentação dos cílios, assim como dos flagelos dos espermatozoides,
tornando a pessoa estéril. Os cílios são mecanismos de defesa fundamental para as vias aéreas e se eles estão
imóveis, aumentam a retenção de muco e facilitam as afecções das vias aéreas, como a bronquiectasia. Na vida
fetal, esse indivíduo tem uma “CITUS INVERSUS”, possuindo os órgãos nos lados inversos do corpo.
- A FIBROSE CÍSTICA que é muito comum e grave, é uma doença genética e hereditária que causa um problema nas
gls exócrinas, modificando sua secreção. Tem alteração de todas as gls exócrinas, produzindo nas vias aéreas um
muco viscoso e grudento que não se solta facilmente (sinusite, bronquiectasia, pneumonite, abcessos), predispondo
a infecções.
O RESULTADO FINAL É ACÚMULO DE SECRECAO, MUCO, QUE É UM MEIO DE CULTURA PARA MULTIPLICACAO
BACTERIANA QUE PENETRA NA PAREDE DOS BRONQUIOS.
- PNEUMONIAS NECROTIZANTES = necrose e enfraquecimento da parede dos brônquios. As causas mais comuns
são TUBERCULOSE E PNEUMONIA POR ESTAFILOCOCOS.
COMPLICACOES:
- ABCESSO PULMONAR
- PLEURITE
- COR PULMONALE = o pus obstruindo o brônquio pode levar a reflexo de Hering → hipertensão pulmonar → cor
pulmonale
A BRONQUIECTASIA É IRREVERSÍVEL,
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wwwwwwwwwwwwwwsssssssssssndo que o tto definitivo é cirurgia.
- são síndromes.
Etiopatogenia (3 tipos):
LUMINAIS
- estase de MUCO (bronquite crônica, asma, fibrose cística nas crianças, tabagismo e bronquiectasia).
- NEOPLASIAS = o tumor vai crescendo da parede em direção à luz, causando sua estenose.
- MAL FORMACOES CONGÊNITAS = nasce com um segmento do brônquio com atresia ou estenose.
EXTRÍNSECAS:
- COMPRESSAO EXTRÍNSECA = aneurisma de aorta, tumor no mediastino, fibrose peribrônquica (podendo ser
causada por pneumonia ou tuberculose que se curaram por fibrose, formando uma cicatriz. Quando o conjuntivo
retrai, ele comprime o brônquio, reduzindo sua luz – RETRACOES CICATRICIAIS).
COMPLICACOES:
- Avaliar a função cardiovascular = PROVOCA REFLEXO DE HERING (pelo vasoespasmo e hipóxia), levando a
uma HIPERTENSAO PULMONAR E COR PULMONALE CRONICA LEVANDO A ICC DIREITA.
- Problema relacionado à estase de secreções, principalmente de muco que é um excelente meio de cultura =
PREDISPOE A INFECCOES BACTERIANAS, podendo causar bronquites, bronquiectasia (complicação infecciosa),
pneumonia (bactéria no parênquima do pulmão), abcessos e pleurites.