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Após a leitura, conversamos muito sobre as características das fábulas, moral da história,
estrutura dos textos (embora tenham o mesmo tema, os textos são escritos em formato diferente).
Buscamos entender o significado de algumas palavras. Comparamos as três versões para
identificar pontos convergentes e divergentes. Identificamos as diferentes formas de se tratar um
mesmo problema, através da atitude da formiga em acolher ou expulsar a cigarra. Neste
momento, abordamos os sentimentos de compaixão e acolhimento com os que sofrem de alguma
forma. Exploramos nas imagens o contraste entre as estações: verão, outono e inverno…
Como desafio, os alunos receberam o poema de José Paulo Paes, em tiras de cartolinas e
propomos a ordenação do poema, recuperando o texto de memória e colocando em jogo as
estratégias de leitura. Na sequência, receberam o texto xerocado, em ordem aleatória dos versos,
os quais deveriam ser recortados e organizados em seu caderno. Alguns alunos precisaram
recorrer ao texto completo para organizar, porém muitos conseguiram organizá-lo apoiados
apenas na memorização e ou na coerência entre os versos.
Exploramos bem as fábulas, tanto na oralidade quanto na escrita. No momento posterior,
os alunos ouviram atentamente um texto informativo sobre a vida das formigas. Os alunos foram
instigados a procurar no dicionário as palavras novas que apareceram durante a explanação do
texto (larvas, pupa, bolor).
1° dia – Para a tristeza dos alunos, observou-se que algumas formigas estavam mortas.
Discutiu-se a causa e os alunos concluíram que o pote estava muito fechado, pois colocamos
dentro de uma caixa de papelão conforme as instruções. Colocamos algumas folhinhas verdes e
um pouco de água e enquanto trabalhávamos as formigas cavavam pequenos túneis.
2° dia – Um aluno coletou mais algumas formigas no jardim de sua casa e trouxe para
reforçar o trabalho. Colocamos no pote, porém desesperadamente elas começaram a sair pelos
buraquinhos da gaze e na tentativa de colocá-las no pote novamente, levamos algumas picadas
na mão. Fomos até o pátio buscar folhas e um pouco de água com açúcar para alimentá-las. Os
alunos questionaram o porquê que a picada das formigas doeu e coçou muito, diante deste
questionamento, sugeri como lição de casa, a pesquisa em site, jornais, revistas para o dia
seguinte.
3º dia – Entusiasmo! Os alunos trouxeram o resultado da pesquisa e nos contaram que
as formigas não picam, liberam um ácido fórmico em sua saliva para se defender, é isso que
causa a dor e coceira que sentimos. Um dos alunos relatou que sua mãe lhe ensinou a lavar com
água e sabão ou colocar água com sal, que ameniza a dor.
Após o relato, fomos observar o nosso formigueiro e percebemos que as formigas
construíram poucos caminhos, trocamos a gazes por durex largo e perfuramos com clips, para a
entrada de ar. Neste dia não colocamos folhinhas, apenas um pouco de água e migalhas de pão.
O tema despertou tanta atenção dos alunos que os olhares se dirigiam sempre às formigas
andando pelo pátio e tentando atraí-las para colocá-las no nosso formigueiro. A disputa é grande
na hora do intervalo, pois todos querem segurar o formigueiro para mostrar a outros colegas.
4º dia- Que alegria ao chegarmos à sala de aula, as formigas passaram o final de semana
trabalhando muito, os túneis estavam maiores. Observamos também que elas comeram as
folhinhas e as migalhas de pão. Providenciamos mais comida, fomos até o terceiro ano para
mostrar o formigueiro e contar nossa experiência. Um aluno sugeriu que alguém trouxesse uma
lupa, pois desta forma a visualização seria melhor.
5° dia - Para a surpresa de todos, providenciamos uma lupa. Os alunos conseguiram ver melhor
os túneis e constataram que aumentou o número de formigas mortas. Na formação do túnel
identificaram a letra “D”, relacionando com a letra cursiva que eles usam no dia a dia. Um aluno
sugeriu que fosse escolhido um nome para nosso formigueiro e que este deveria iniciar com a
letra ”D”. Houve várias sugestões como: Dino, Drácula, Drino....
Em meio à discussão, um aluno sugeriu que o nome deveria ser DORMIGA e justificou:
“ Profe, tira o F de formiga e coloque o “D”: dor, porque muitas formigas morreram e amiga
porque elas ficaram nossas amigas”. Os nomes sugeridos foram colocados no quadro branco para
a votação. Unanimemente, Dormiga venceu com aplausos!
Devido à morte de muitas formigas resolvemos soltá-las. Não foi possível irmos até o
local da coleta, porque choveu bastante durante todo o período.
Para construirmos nosso formigueiro, seguimos as seguintes orientações:
Trabalhando com imagens e escrita na identificação das fábulas:
Ao término desta etapa, foi possível concluir que as práticas pedagógicas planejadas
por meio de sequências didáticas proporcionaram aprendizagem de uma maneira
prazerosa, estimulando a pesquisa e tornando o conhecimento mais significativo.