Você está na página 1de 2

Universidade Estadual de Goiás

Campus CCET
Curso de Engenharia Agrícola
Disciplina: Gestão e Planejamento de Empresa Rural
Docente: Ricardo Caetano
Aluna: Ana Gabriela Ribeiro

Comercialização Agrícola

MERCADO A TERMO

No mercado a termo, as partes acertam previamente a cotação, quantidade, qualidade


e uma data para liquidação do contrato. O ponto fundamental de uma negociação a termo é
que deverá haver entrega/recebimento do produto em data determinada ao preço combinado
previamente. No exemplo apresentado em Barabach e Silva, 2015, o instrumento comercial
mercado a termo permite o recebimento do recurso no ato da negociação, com o produtor se
comprometendo à entrega física do café na época da colheita.

Este tipo de transação é comumente usado por produtores agrícolas e empresas para
gerenciar o risco de preço e garantir um fluxo de caixa estável. Antes de entrar em qualquer
contrato a termo, é importante realizar uma análise detalhada do mercado. Isso inclui
entender as tendências de preços do produto agrícola em questão, fatores, sazonais, condições
climáticas, demanda e oferta, entre outros. Após análise do mercado, é importante determinar
o produto que deseja ser comercializado no mercado a termo. No caso da comercialização
agrícola, podem ser grãos em geral, gado, algodão, café.

Outro passo importante é identificar uma bolsa de commodities ou uma instituição


financeira que ofereça contratos a termo para o produto agrícola que deseja ser
comercializado. Exemplos: CME Group e BM&F. Determinar o preço e a quantidade do
produto agrícola, geralmente, feito com base em uma análise de mercado e em seus objetos
financeiros.

Partindo para negociação do contrato, é necessário entrar em contato com a bolsa de


commodities ou instituição financeira a fim de negociar o contrato a termo. Isso envolve
discutir os termos do contrato, como preço, quantidade, data de entrega e outras condições
específicas. Uma vez que os termos do contrato sejam acordados, ocorre a assinatura do
contrato pelas partes interessadas, é importante verificar e entender completamente todas as
cláusulas e responsabilidades do contrato. Em alguns casos, pode ser necessário fornecer uma
margem de garantia, podendo ser em dinheiro ou outros tipos de garantias.

Após a assinatura do contrato, é de suma importância continuar monitorando as


condições do mercado para garantir que as decisões previamente tomadas permaneçam
alinhadas com as metas comerciais. Na data de vencimento do contrato, a entrega física do
produto agrícola deve ser feita, a menos que o contrato seja liquidado em dinheiro antes dessa
data. Após o cumprimento do contrato, é importante avaliar os resultados obtidos e verificar
se as metas foram alcançadas, isso ajudará a nortear decisões futuras de comercialização
agrícola no mercado a termo. Sempre que possível, o ideal é consultar um profissional
financeiro ou especialista em commodities para orientação pessoal.

O risco da negociação a termo é similar ao que envolve a fixação no futuro, ou seja,


que haja uma drástica mudança no mercado e o preço dispare. Após essa ressalva, a
introdução do mercado a termo como opção ao produtor resulta em uma nova melhora no
desempenho risco-retorno das carteiras da fronteira de eficiência (Barabach e Silva, 2015).

Referências bibliográficas

ANDRADE, Larissa Wickert. Aplicação da teoria da imprevisão e onerosidade excessiva


pelo Superior Tribunal de Justiça nos contratos a termo de commodities agrícolas sob o
prisma da análise econômica do direito. Porto Alegre, RS: 2022.
BARABACH, Gil; SILVA, Carlos Eduardo Lobo. A importância dos mercados futuros e a
termo na comercialização do café arábica: uma análise a partir do modelo de Markowitz.
Revista Gestão Organizacional, v. 8, n. 2, mai/ago 2015.
GOMES, Leonardo Lima. O comportamento do mercado a termo de energia elétrica no
Brasil. 2018. Tese de Doutorado. PUC-Rio.
TAVARES, Maria Flávia de Figueiredo. Mercado futuro e físico de SLCC: conhecimento e
uso no agronegócio citrícola do Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 30, p.
925-930, 2008.

Você também pode gostar