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CENTRO DE ENSINO TÉCNICO

CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

ESTANEY LUCAS RAMOS CRUZ


FRANCIELE SILVESTRE
RAIANA MELO
LEANDRO AZEVEDO DE ARAÚJO

AVALIAÇÃO ERGONOMICA DA FABRICAÇÃO DE FARINHA DE MANDIOCA

MANAUS
2024
CENTRO DE ENSINO TÉCNICO
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

ESTANEY LUCAS RAMOS CRUZ


FRANCIELE SILVESTRE
RAIANA MELO
LEANDRO AZEVEDO DE ARAÚJO

AVALIAÇÃO ERGONOMICA DA FABRICAÇÃO DE FARINHA DE MANDIOCA

Trabalho de pesquisa do curso Técnico em


Segurança do Tralho do Centro de Ensino
Técnico – CENTEC, sob orientação do
Professor Emerson Souza, referente a obtenção
de nota parcial do módulo de Ergonomia

MANAUS
2024
3

Sumário
Sumário..............................................................................................................................3

1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA...............................................................................3

2. INTRODUÇÃO.............................................................................................................3

3. OBJETIVO.....................................................................................................................3

4. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES...............................................................................3

4.1 PLANTIO E COLHEITA............................................................................................3

4.2 DESCASQUE E TRITURAÇÃO................................................................................4

4.3 TRANSPORTE E LIMPEZA......................................................................................4

4.4 RALAÇÃO E PRENSAGEM......................................................................................5

4.5 ESFARELAMENTO E PENEIRAÇÃO......................................................................5

4.6 TORRAGEM E EMBALAGEM.................................................................................6

5. POSTURAS E MOVIMENTOS....................................................................................6

5.1 MOVIMENTOS EXECUTADOS...............................................................................6

5.2 ANÁLISE ERGONOMICA.........................................................................................7

5.3 LIMITE RECOMENDADO DE CARGA...................................................................8

5.4 LIMITES DE PESO.....................................................................................................8

5.5 ANALISE DA POSTURA...........................................................................................9

6. RECOMENDAÇÕES E MEDIDAS CORRETIVAS..................................................11

7. CONCLUSÃO.............................................................................................................12

8. BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................14
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1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
Razão Social: Douradinho do Norte
Endereço: Rua Igarapé Claro, Cidade de Deus, Manaus-AM
CEP: 69069-069
TEL: (092) 0500-2012-007
CNPJ: 01.123.321/0001-23
Atividade Principal: Educação Fabricação de Farinha de Mandioca .
Grau de Risco: 3
Número de servidores: 12
Responsável Sr. Elon Musk

2. INTRODUÇÃO
O objeto dessa avaliação, de acordo com o solicitado, é a Análise Ergonômica dos
postos de trabalho da Empresa Douradinho do Norte, que está passando por uma expansão
industrial passando da categoria de Microempreendedor Individual – MEI para Microempresa –
ME. Com o objetivo de verificar novos riscos ergonômicos que venham a surgir e se adequar as
normas legais em vigor.

3. OBJETIVO
O objetivo da presente avaliação é a analise dos locais de trabalho para atender os
parâmetros estabelecidos na NR 17.
As análises ergonômicas do trabalho foram realizadas nos postos de trabalho Empresa
Douradinho do Norte conforme as orientações da NR-17

4. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


4.1 PLANTIO E COLHEITA
O plantio da mandioca geralmente é realizado no início da estação chuvosa, garantindo
umidade suficiente para o desenvolvimento inicial da planta. Em regiões como o sudeste do
Brasil, o momento ideal para o plantio costuma ser no início de janeiro. As mudas são colocadas
na terra, e em cerca de nove dias, começam a brotar.
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A colheita da mandioca pode ser realizada de maneira manual, com a retirada das raízes
por trabalhadores utilizando ferramentas simples como enxadas, ou semimecanizada (Afofador),
incorporando maquinário para facilitar certos processos. Embora a colheita totalmente mecânica
ainda seja desafiadora devido à falta de estudos e maquinário apropriado, a mandioca continua
sendo uma cultura significativa, fornecendo alimento e matéria-prima para produtos como a
fécula e a farinha, sustentando tanto a agricultura familiar quanto a produção em larga escala

4.2 DESCASQUE E TRITURAÇÃO


O descasque da mandioca geralmente é realizado após a colheita, onde as raízes são
lavadas para remover a terra e, em seguida, descascadas para retirar a casca grossa e fibrosa que
envolve a polpa. Esse procedimento pode ser feito manualmente, com facas ou utensílios
específicos, ou de maneira semi ou totalmente automatizados, dependendo da escala de produção.

Após o descascamento, a mandioca é triturada para que a polpa seja transformada em


uma massa que será processada posteriormente. A trituração pode ser realizada utilizando
diferentes equipamentos, como raladores manuais, máquinas elétricas ou tritutadores industriais,
dependendo da quantidade e do tipo de produto desejado.

Durante todo o processo de descasque e trituração, é fundamental garantir condições de


higiene adequadas para evitar contaminações e assegurar a qualidade final do produto. Além
disso, a manutenção e limpeza dos equipamentos utilizados são importantes para garantir a
eficiência do processo e a segurança dos operadores envolvidos.

4.3 TRANSPORTE E LIMPEZA


No que diz respeito ao transporte, a movimentação da mandioca da área de colheita para
as etapas subsequentes do processamento demanda cuidados para evitar danos físicos às raízes.
Em muitos casos, a mandioca é transportada em baldes, carrinhos ou caçambas de tratores, sendo
essencial que o manuseio seja realizado com cuidado para evitar perdas significativas ou danos
que possam comprometer a qualidade das raízes.
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A limpeza, por sua vez, é uma etapa crucial logo após a colheita, visando remover a terra
e quaisquer impurezas aderidas à superfície das raízes. Esse processo pode ocorrer antes ou
durante o transporte, utilizando métodos como lavagem manual, jatos de água ou máquinas
específicas para limpeza, garantindo que as raízes estejam livres de sujeira antes de serem
processadas.

4.4 RALAÇÃO E PRENSAGEM


A ralação consiste na transformação da mandioca em uma massa mais fina, utilizando raladores
manuais, máquinas elétricas ou tritutadores industriais. Esse processo tem como objetivo reduzir
a polpa da mandioca a uma consistência que facilita a extração do líquido contido na raiz. Esse
líquido, rico em amido, é crucial para a produção de fécula ou farinha, sendo amplamente
utilizados na culinária e na indústria alimentícia para fazer pães, bolos, biscoitos, entre outros
produtos.
Após a ralação, a massa obtida é submetida à prensagem, onde ocorre a separação entre a
manipueira (líquido restante) e a fécula. Esse processo é geralmente realizado em prensas
hidráulicas ou mecânicas, onde a pressão é aplicada para extrair o líquido, deixando a fécula
como produto final. A manipueira, por sua vez, pode ser descartada ou tratada para minimizar seu
impacto ambiental.

4.5 ESFARELAMENTO E PENEIRAÇÃO


O esfarelamento consiste na redução da massa da mandioca triturada a uma textura mais
fina e homogênea. Esse processo é realizado por meio de equipamentos específicos, como
moedores, moinhos ou trituradores, para alcançar a consistência desejada. O objetivo principal do
esfarelamento é preparar a massa para a etapa subsequente, a peneiração.
A peneiração é um procedimento que tem como finalidade separar as partículas finas e
grossas da massa esfarelada da mandioca. Isso é feito utilizando peneiras ou peneiradores, onde a
massa é submetida a uma separação por tamanho de partícula. Essa separação é crucial para a
obtenção de diferentes tipos de farinha ou produtos finais com texturas específicas, atendendo às
demandas da indústria alimentícia.
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4.6 TORRAGEM E EMBALAGEM


A torragem é um processo onde a mandioca é submetida a altas temperaturas em fornos
ou secadores especiais. Esse procedimento tem como objetivo reduzir a umidade da mandioca
triturada, transformando-a em farinha. Durante a torragem, a evaporação da umidade melhora a
conservação do produto final, prolongando sua vida útil e conferindo um sabor característico à
farinha de mandioca.
Após a torragem, a farinha de mandioca é embalada para armazenamento e distribuição.
A embalagem desempenha um papel vital na preservação da qualidade da farinha, protegendo-a
contra a umidade, a luz, odores externos e contaminações microbiológicas. A escolha do tipo de
embalagem é crucial para garantir a integridade do produto final durante o armazenamento e o
transporte.

5. POSTURAS E MOVIMENTOS
5.1 MOVIMENTOS EXECUTADOS
Na colheita da mandioca, o trabalho é caracterizado por ser volumoso e repetitivo
composto por diferentes etapas que envolvem movimentos padronizados do corpo. Esse processo
pode ser dividido em diversas fases (conforme Tabela 1):
Tabela 1: Conjunto de movimento na colheita
ATIVIDADE TIPO DE COLHEITA DESCRIÇÃO

Retirar a raiz do solo com as mãos,


Arrancar raiz Manual Manual
sem preparar o solo anteriormente

Retirar a raiz do solo com as mãos,


Arrancar raiz após afofador Semimecanizada após implemento, Afofador do solo,
ser utilizado.

Carregar baldes com a raiz Recolher e armazenar as raízes do


Ambos
limpa chão e um balde.

Na colheita manual, existe a etapa de arrancar as raízes da mandioca, a qual não está
presente na colheita mecanizada. Em casos em que a raiz não pode ser facilmente removida, é
comum recorrer à enxada para retirar a terra ao redor da raiz, aumentando assim o esforço
necessário. Esta análise não incluirá a avaliação desse movimento específico com a enxada.
8

5.2 ANÁLISE ERGONOMICA


Através de registros visuais dos trabalhadores executando os movimentos em cada
atividade, as sequências de posições foram estabelecidas. Utilizando o método OWAS (conforme
Tabela 2), foram atribuídos valores para cada posição em todas as atividades de colheita. A
análise dessas posturas foi complementada com o uso do Ergolândia 6.0.
Após a definição de cada posição e sua respectiva sequência, cada uma delas foi
individualmente analisada. Foram correlacionados valores relativos para a posição das partes do
corpo (membros superiores, membros inferiores e região das costas) e para a carga manuseada
durante o movimento.

O resultado das análises classifica por categorias cada postura e recomenda uma ação
corretiva. Essas categorias são:
Categoria 1: Postura normal, não é necessária nenhuma medida corretiva;
Categoria 2: Postura que requer atenção, são necessárias correções em um futuro próximo;
Categoria 3: Postura prejudicial à saúde, São necessárias correções tão logo quanto possível;
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Categoria 4: Postura extremamente prejudicial à saúde, são necessárias correções imediatas.

5.3 LIMITE RECOMENDADO DE CARGA


Esta análise empregou a fórmula de cálculo do Limite Recomendado de Carga (LRC) da
NIOSH, definida por:
LRC = 23 x (25/H) x {[1-0,003x(V-75)]} x [0,82+(4,5/D)] x [1-(0,0032xA)] x F x C
onde: H: Distância horizontal entre o pé e as mãos [cm];
V: Distância vertical entre o chão e as mãos [cm];
D: Distância vertical percorrida pela carga [cm];
A: Ângulo de torção do tronco [°];
F: Fator frequência;
QP: Qualidade da pega.
LRC: Limite recomendado de carga [kg];

O Limite Recomendado de Carga (LRC) foi calculado apenas para a atividade de


"Arrancar raiz manual", pois é a única que envolve cargas elevadas. Utilizando medidas
antropométricas específicas, aplicou-se a equação da NIOSH, implementada no Ergolândia 6.0,
para determinar o LRC.
Para a atividade de "Arrancar raiz manual", o cálculo do LRC pela NIOSH considerou
as variáveis H, V, D, A e QP com valores ergonomicamente ideais (valor igual a 1), sendo
desconsideradas no cálculo. Portanto, o valor do LRC ficou inteiramente dependente de F e da
carga levantada (P).

5.4 LIMITES DE PESO


Para a atividade de "Arrancar raiz manual", foi aplicado o método NIOSH, considerando
que as variáveis H, V, D, A e QP fossem ergonomicamente ideais e, portanto, foram
desconsideradas no cálculo do Limite de Peso Recomendado (LRC). Desta forma, o valor do
LRC dependeu exclusivamente das variáveis P e F, como demonstrado na Tabela 3.
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Tabela 3: Limite de peso recomendado para arrancar mandioca manual


Valores adotados
P 10 kg
F 8 vezes por minuto por até duas horas diárias
Valor encontrado
LRC 7,446 kg

É notável que, mesmo considerando uma carga relativamente baixa (10 kg), o valor do
LRC ultrapassou o limite recomendado. Se a atividade for realizada com uma frequência superior
a duas horas diárias, o LRC seria ainda menor.
Em situações reais da atividade de "Arrancar raiz manual", é possível que a carga a ser
levantada seja substancialmente alta, tornando difícil para um adulto retirar do solo, visto que o
enraizamento da mandioca está diretamente relacionado a diversos fatores como a compactação e
umidade do solo, a profundidade de plantio, o tamanho da raiz (tempo de desenvolvimento e
espécie), entre outros aspectos.
5.5 ANALISE DA POSTURA
Os dados obtidos da análise postural dos trabalhadores durante a fase de "Arrancar raiz
manual" pelo método OWAS estão ilustrados na Figura 1.

Na primeira postura, ao considerar uma carga superior a 20 kg, já se enquadra na


categoria de risco grave e prejudicial à saúde. Reduzir a carga diminuiria o risco, destacando a
importância do uso do afofador no preparo do solo.
Além disso, a postura das costas nas posições 1 e 2 pode ser otimizada para uma posição
ereta, proporcionando mais estabilidade no tronco e reduzindo dores na região lombar.
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Os resultados obtidos da avaliação postural dos trabalhadores durante a fase de "arrancar


raiz após a utilização do afofador" pelo método OWAS estão representados na Figura 2.
Figura 2: Análise postural arrancar raiz após afofador

Essa etapa foi a mais suave de todo o processo, porém é crucial destacar que o
trabalhador adota uma postura com o tronco consideravelmente curvado, formando um ângulo
agudo entre o tronco e o quadril, demandando muito da musculatura lombar. Alterar essa posição
das costas é improvável, pois usualmente o caule da mandioca é cortado a 35 centímetros do
chão, resultando em uma altura de manuseio da carga relativamente baixa.
Os dados obtidos da análise postural dos trabalhadores durante a fase de "carregar os
baldes com a raiz limpa" pelo método OWAS estão ilustrados na Figura 3.
Figura 3: Análise postural arrancar carregar balde com raiz limpa
12

A postura mais preocupante identificada na análise foi principalmente devido à inclusão


do movimento de torção do tronco. Apesar de a carga ser baixa, em torno de 3 kg, o tempo
prolongado nessas posições requer medidas imediatas.

6. RECOMENDAÇÕES E MEDIDAS CORRETIVAS


Ao considerar a produção de mandioca e suas etapas, a atenção à postura e aos movimentos dos
trabalhadores é de extrema importância para garantir a segurança, saúde e eficiência durante as
atividades agrícolas e de processamento.
Na fase de plantio e colheita, é essencial adotar posturas ergonômicas adequadas para evitar
lesões musculares e articulares. Os trabalhadores devem ser treinados para realizar essas tarefas
de maneira que evitem movimentos bruscos, especialmente ao levantar e transportar as raízes.
Posturas corretas ao manusear ferramentas, como enxadas, são fundamentais para reduzir o risco
de lesões na coluna ou nos membros. Durante as etapas de processamento, como descasque,
trituração, prensagem e peneiração, os trabalhadores devem estar cientes da importância da
postura adequada para evitar esforços repetitivos e dores associadas. O uso de equipamentos
ergonômicos e bancadas de trabalho ajustava pode ajudar a reduzir o cansaço e a fadiga
muscular, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro e confortável.
Os movimentos repetitivos, comuns em várias etapas do processamento da mandioca, podem
causar lesões por esforço repetitivo (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao
trabalho (DORT). Portanto, a implementação de pausas regulares, alongamentos e técnicas de
movimentação correta são medidas preventivas importantes para minimizar esses riscos à saúde
dos trabalhadores.
Na colheita manual, o custo das ferramentas é o principal obstáculo. Para facilitar o arranque das
raízes, existem opções acessíveis, como alavancas e arrancadores comerciais que podem até ser
fabricados pelo próprio produtor. A Figura 4 exibe diversas opções que se baseiam no princípio
da alavanca (Fonte: MFRural, 2018).
Figura 4: Arrancadores de mandioca manuais
13

Uma alternativa para aprimorar a colheita mecanizada é investir em tecnologia confiável.


Conforme Filho e Sobrinho (2005, p.563), a utilização de um conjunto trator com arrancador de
mandioca reduziu o tempo total de separação das raízes do solo e do caule em 32% em
comparação com o uso apenas de um conjunto trator com afofador. O arrancador retira a raiz,
expondo-a acima do nível do solo, eliminando a necessidade de mão de obra na atividade
"Arrancar raiz após afofador". Embora não seja a etapa mais crítica, pode ser viável do ponto de
vista econômico.
Devido à postura frequentemente curvada durante muitos movimentos, o número de pausas e
descanso ao longo do dia é insuficiente. A quantidade diária de mandioca colhida pelo
trabalhador está diretamente relacionada à qualidade da postura e à velocidade na execução de
cada tarefa. No entanto, o alto desgaste físico dessas atividades representa um risco significativo
para a saúde dos trabalhadores, tornando prejudicial a prática de remunerá-los por produtividade,
algo comum nesse ambiente.

7. CONCLUSÃO
A avaliação ergonômica realizada na Empresa Douradinho do Norte visou analisar os
postos de trabalho, especialmente após sua expansão industrial, migrando de Microempreendedor
Individual (MEI) para Microempresa (ME). O objetivo principal foi identificar novos riscos
ergonômicos decorrentes dessa expansão e atender às normas legais vigentes, especificamente os
parâmetros da NR 17.
A análise abordou as diversas atividades na empresa, desde o plantio até o
processamento da mandioca. Aspectos ergonômicos foram considerados em cada etapa,
enfatizando a postura e os movimentos dos trabalhadores. As análises foram realizadas segundo
os parâmetros da NR-17, utilizando métodos como OWAS e a fórmula da NIOSH para calcular o
Limite Recomendado de Carga (LRC) e o Limite de Peso.
Os resultados revelaram desafios ergonômicos em diversas fases, especialmente na
colheita manual da mandioca. Posturas inadequadas foram identificadas, destacando-se a
necessidade de correções imediatas para evitar riscos à saúde dos trabalhadores. Mesmo em
atividades com cargas aparentemente baixas, como o arranque manual de raízes, o LRC
ultrapassou os limites recomendados.
Recomendações foram propostas para melhorar a ergonomia no ambiente de trabalho,
desde a adequação das posturas até o uso de equipamentos ergonômicos e bancados ajustáveis
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para reduzir fadiga muscular e lesões. A implementação de pausas regulares e técnicas de


movimentação correta também foi sugerida para mitigar riscos à saúde, especialmente nos
movimentos repetitivos durante o processamento da mandioca.
Estratégias alternativas, como o uso de alavancas e arrancadores comerciais na colheita
manual, foram apresentadas como soluções acessíveis para reduzir o esforço físico dos
trabalhadores. Além disso, investimentos em tecnologia confiável para colheita mecanizada
foram sugeridos para aumentar a eficiência e reduzir a carga de trabalho.
Em suma, a análise ergonômica na Empresa Douradinho do Norte evidenciou a
importância de ajustes ergonômicos em todas as etapas do processo de produção da mandioca
para garantir a segurança, saúde e eficiência dos trabalhadores. Medidas imediatas e estratégias
inovadoras são fundamentais para criar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável,
prevenindo lesões e garantindo a qualidade do trabalho realizado.
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8. BIBLIOGRAFIA

JUNIOR, Moisés De Souza; ALVES, Raimundo Nonato. Farinhas do Brasil: Tradição,


Cultura e Perspectivas da Produção Familiar de Farinha de Mandioca. Paraná:
Universidade Federal do Paraná, 2015. 148-170 p.

CHISTÉ, Renan Campos; COHEN, Kelly De Oliveira. Estudo do processo de


fabricação da farinha de mandioca. 1. ed. PARÁ: Embrapa Amazônia Oriental, 2006.

SHINMI, Alexandre Vatanabe. Avaliação Ergônomica da Colheita Manual e


Semimecanizada da Mandioca no Noroeste do Paraná. 2018. Monografia de
Especialização (Pós-Graduação) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR,
Curitiba, 2018.

FABRICAÇÃO DE FARINHA DE MANDIOCA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre.


Flórida: Wikimedia Foundation, 2023. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fabrica
%C3%A7%C3%A3o_de_farinha_de_mandioca&oldid=66851298>. Acesso em: 08 jan.
2024.

PÂMELA DAIANA PEREIRA DO CARMO. Análise Ergonômica do Trabalho (AET),


AGOSTO 2016. Laudo Ergonômico, [S. l.], v. 1, p. 1-126, 10 ago. 2016.

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