Você está na página 1de 3

AO JUÍZO DA _ª VARA DO JEF SEÇÃ O JUDICIAL MINAS GERAIS SUBSEÇÃ O DE X MG

REF PROCESSO : xxxxxxxxx

FULANA, devidamente identificada no processo supramencionado, por seu advogado vem a


este juízo apresentar a seguinte:
RÉ PLICA E IMPUGNAÇÃ O À CONTESTAÇÃ O
No processo em que a mesma move em face do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL,
INSS, autarquia Federal de Direito Pú blico, igualmente identificado no processo. Nos
seguintes fatos e fundamentos a seguir:
I – DOS FATOS E FUNDAMENTOS
i. SINTESE DOS FATOS- Por ter seu pedido de pedido de benefício BPC ,negado na
agencia local de previdência a autora ajuíza a presente açã o no intuito de receber o
benefício do qual ela faz jus, uma vez que a perícia do INSS indeferiu o pedido
embasado no laudo do perito médico que alegou nã o haver a incapacidade da autora.

Na petiçã o inicial foram apresentados laudos e relató rios médicos que comprovam a
incapacidade laboral da autora. Foi mostrado também por meio de outros documentos que
a requerente vive em verdadeiro estado de miserabilidade.
Sendo convocada para a pericia médica judicial, a autora compareceu e provou diante do
profissional médico que a examinou que as suas condiçõ es de saú de física e mental a
levaram a incapacidade, tornando-a uma pessoa com deficiência.
O INSS por sua vez, através do procurador da AGU, desdenhou o pedido alegando entre
outros que a requerente nã o era incapaz, chegando mesmo a alegar antes mesmo de um
resultado pericial social a ausência de condiçã o de miserabilidade.
i. DA CONTESTAÇÃ O

A primeira afirmaçã o de contestaçã o feita pelo procurador representante da autarquia ré


foi com respeito a integridade profissional do perito do INSS. Sob as seguintes alegaçõ es:
i. O médico perito do INSS tem competência para realizar a avaliaçã o, conforme a lei
8742/93. Sendo este funcioná rio pú blico goza entã o da presunçã o de veracidade e
legitimidade.

Assim desdenha da capacidade do médico particular. Além de apresentar os conhecidos


argumentos constitucionais referentes aos agentes da administraçã o pú blica, como
moralidade e publicidade, conforme artigo 37 da CRFB.
i. Ainda adiante pede a improcedência do pedido, mesmo tendo antes pedido a avaliaçã o
do perito judicial. E ainda diante do resultado do perito judicial pede a pericia social
para constatar a incapacidade plena da pessoa que requer o beneficio. Tendo
mostrado que a requerente nã o é incapaz e muito menos carente, conforme verifica
nas fls 43 do presente processo.

i. REPLICA Á CONTESTAÇÃ O

i. Da incapacidade- a requerente é incapaz para o trabalho, seja ele intelectual ou físico,


como ficou demonstrado nos exames médicos periciais e sociais apresentados. No
histó rico da requerente percebe-se que até 2013 ela era uma pessoa que contribuía
com a previdência, ora como empregada de carteira assinada, ora como contribuinte
individual. Porem depois dessa data devido suas inú meras doenças nã o pode mais
continuar trabalhando e muito menos teve condiçõ es de contribuir com a previdência.

Importante ressaltar que na pró pria informaçã o do CNIS há pedidos da autora de beneficio
por incapacidade, qual seja, auxilio doença, infelizmente negado pela agencia da
previdência.
Negando o Beneficio de Auxilio Doença, deixaram a autora em completo abandono e sua
doença ao invés de extinguir, recuperando sua saú de, veio a ficar mais doente ainda, e
chegando no estado em que está no momento como comprova os laudos médicos e sociais.
Ressalte mais ainda, que é injusta a situaçã o do trabalhador, depois de contribuir tanto
tempo com a autarquia de previdência Social, tem suas solicitaçõ es indeferidas por puro
caprichos de servidores que fazem um exame superficial e nã o se importando com a
condiçã o da pessoa que tanto labutou.
No caso em tela, a autora contribui por muito tempo, e no momento que precisou foi
rejeitada, até o momento que nã o podendo mais trabalhar, e consequentemente nã o
podendo mais contribuir com o INSS, perdeu sua condiçã o de segurada.
i. Do médico perito. Em nenhum momento se questiona a conduta moral ou ético
profissional do perito do INSS. Entretanto, suas afirmaçõ es devem ser contestadas, e
ao mesmo tempo, mesmo nã o sendo um médico da autarquia previdenciá ria, os
relató rios médicos tidos como particulares devem ser também acatados e respeitados.
1- Sã o na maioria das vezes médicos do Sistema Ú nico de Saú de, e, portanto, gozam
das mesmas prerrogativas e presunçõ es dos médicos do INSS pois também sã o
médicos concursados, se acaso há entres estes alguns que eventualmente sã o
contratados por outros meios o mesmo pode se dizer também dos peritos médicos do
INSS. 2- Casos raros, mas existem que a pessoa por nã o achar ou por nã o ter tempo
disponível acaba recorrendo a um médico de clínica particular, as vezes clinicas que
sã o mantidas por ONGs assistenciais, pois no caso, pessoas que precisam do BPC
recorrem a estas entidades ou ajuda de amigos, visto nã o terem condiçõ es de pagar
um médico particular. Mesmo assim este profissional também responde eticamente ao
conselho Regional e Federal de Medicina. 3- Tudo alegando, ressalta-se que nem
sempre o INSS dispõ es de médicos especialistas para analisar todos os casos, e nas
suas instalaçõ es nem sempre há estrutura para fazer uma boa avaliaçã o, valendo como
referência o relató rio do médico externo. Portanto, sempre se vale de um terceiro o
perito judicial que se exige na maioria das vezes que seja um especialista, pois
convenhamos nã o há de se querer ser avaliado de doenças cardíacas por um
ortopedista. (Só para exemplificar) nã o há dispositivo legal que exija que o médico do
INSS que faz as avaliaçõ es seja um especialista, do mesmo modo, o paciente examinado
ou examinando nã o sabe a especialidade de seu examinador. 3- Finalmente ressalta-se
que o perito nomeado por este juízo é pessoa com capacidade técnica comprovada,
pois tem suas qualificaçõ es especificas para avaliar pessoas com problemas psíquicos.

i. Da condiçã o da requerente- comprovado que foi a deficiência da pessoa que requer,


constatou-se também a sua condiçã o de miserabilidade. Conforme relató rio do
assistente social nomeado pelo MM Juiz que comprovou a situaçã o só cio econô mico da
pessoa, e ainda reafirmou que a sua incapacidade é; física, pois nã o consegue fazer
nem mesmo seus afazeres domésticos e comprovou ainda que foi acometida por
deficiência mental e intelectual, conforme pode se observar nas fls 56 a 61, onde se
mostra que a autora tem uma alta classificaçã o de vulnerabilidade social, em que sua
saú de física mental e sua interaçã o social encontra se atingida e sendo assim favorá vel
que se conceda o benefício a esta pessoa.

II- CONCLUSÃ O
Diante de tudo que acima foi exposto, em nome da dignidade da pessoa humana, requer
que os pedidos da exordial sejam julgados procedentes concedendo a parte autora
benefício por ela requisitado. Benefício de Prestaçã o Continuada, da Lei Orgâ nica de
assistencial social.
Termos em que pede deferimento.
X, 0 de XXXXX o de XX
X ADVOGADO
OAB X

Você também pode gostar