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Paciente com hipercapnia (↑PCo2): necessário aumentar volume minuto para jogar
o CO2 para fora -> pode ser feito aumentando FR ou aumentando VC.
FLUXO INSPIRATÓRIO (V):
Velocidade em que o ar é administrado na fase inspiratória
• Quanto maior o fluxo, maior é a velocidade que o volume corrente será atingido,
portanto menor é o tempo inspiratório.
RELAÇÃO INSPIRATÓRIO E EXPIRATÓRIO (I:E):
• Padrão = 1:2 é o ideal
SENSIBILIDADE/TWIGGE R/GATILHO:
Nível de pressão ou fluxo (quando assistido) predeterminado que deve ser atingido para
que seja feito o disparo para iniciar a inspiração.
OBS. Quando disparo controlado = por tempo (paciente muito sedado)
• Recomendado = manter maior sensibilidade possível.
É a sensibilidade (manter em -2), que deixa macio, ou seja, o paciente não precisa fazer
tanto esforço para fazer a ciclagem. Deixar o aparelho mais macio para ficar mais fácil
de iniciar a inspiração.
PRESSÃO POSITIVA EXPIRATÓRIA FINAL (PEEP):
Pressão expiratória final que fica dentro dos alvéolos (para não colabar) -> geralmente
usa mais baixo, porém pacientes mais graves com grande desconforto usa-se mais alta.
O valor fisiológico é de 4 – 6.
PRESSÃO DE PLATÔ OU DE PAUSA (PRESSÃO DE EQUILÍBRIO ALVEOLAR DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO):
Realizar pausa inspiratória por 2 segundos equilibrando as pressões da via aérea com
a pressão alveolar (onde vai ocorrer a maior parte de troca gasosa).
PRESSÃO DE PICO ( PRESSÃO MÁXIMA EXERCIDA NAS VIAS AÉREAS):
• Manter abaixo de 35-40cmH2O
MODOS VENTILATÓRIOS BÁSICOS:
PARAMETROS P RINCIPAIS
• Volume corrente: 6 a 10ml/kg de peso ideal (essa conta é feita pela altura, usa o valor
do homem que passar de 100 e da mulher o que passar de 105, desse valor restante faz o
cálculo do peso ideal e multiplica pelo volume desejado).
• PCV: 10 a 30cm H2O
• FiO2: 21 a 100% (é a mistura de ar, ar puro é a 21% e oxigênio puro é 100%, podendo
misturar – 60% de FiO2 = 40%O2 e 20% ar comprimido)
• FR: 10 a 24
• Sensibilidade
• PEEP: 4 a 20
• Relação I/E: -1,2 a 1,3
CHOQUE SEPTICO
OBS. Para IOT usar Quetamina
• VCV ou PCV + cabeceira elevada
• Assistido-controlado
• FiO2 iniciar com 100% e ir diminuindo para manter 92-96%
• VC: 6ml/kg PESO PREDITO PELA ALTURA
• FR 12-15IRPM
• PEEP baixa (5-6 cmH2O)
SDRA
• VCV ou PCV + cabeceira elevada (Se grave faz manobra de recrutamento = posição
prona)
• Assistido-controlado
• FiO2 iniciar com 100% e ir diminuindo para manter 92-96%
• VC baixo: 4-6ml/kg PESO PREDITO PELA ALTURA
• FR >20irpm
• PEEP alta (>10 cmH2O)
• Driving Pressure < 15cm H2O, fator de sobrevida na SDRA
ASMA
• VCV ou PCV
• Assistido-controlado
• FiO2 iniciar com 100% e ir diminuindo para manter 92-96%
• VC: 6-8ml/kg PESO PREDITO PELA ALTURA
• FR: 8-12 irpm
• PEEP <15 cmH2O
DPOC
• VCV ou PCV
• Assistido-controlado
• FiO2 iniciar com 100% e ir diminuindo para manter >90%
• VC: 6-8ml/kg PESO PREDITO PELA ALTURA
• FR: 10-12 irpm
• PEEP <15 cmH2O
CASOS CLÍNICOS
Dicas Iniciais: quando se aumenta a FR, diminui o CO2; se reduz o volume corrente,
aumenta o CO2; se aumentar FiO2, corrige a hipóxia.
CASO 1:
PASSO A PASSO
1° Definir a modalidade: PCV, VCV, PSV. Normalmente usamos PCV (ventilação controlada
por pressão) e VCV (ventilação controlada por volume). PCV e VCV são bons, podendo o
profissional escolher (no CTI de Valença preferem o PCV).
VCV o aparelho cicla pelo volume. Ciclar marca o início da expiração. Por exemplo, se
colocar um volume de 420ml = o aparelho insufla até 420ml (inspiração). Quando chegar
em 420ml, o aparelho para de insuflar e inicia a expiração.
2° Definir Volume Corrente (VC): 6 a 8 ml/Kg do peso predito*.
*Peso Predito = Altura – 105 para ♀ e Altura – 100 para ♂.
• A altura do paciente é 175, então: 175-100 = 75Kg (peso predito).
• Como o paciente é DPOC, o paciente é hiperinsuflado, o parênquima pulmonar é horrível
(cheio de fibrose e blebls) e o paciente já vive em hipoventilação (tanto que o PCO2 dele
é alto). Assim, para esse paciente, podemos usar 6ml/Kg 6 x 75 = 450ml de VC.
3° Definir FR: manter no fisiológico, entre 14 e 20. Normalmente colocamos 16.
4° Definir PEEP: PEEP é a pressão ao final da expiração (não deixa a pressão zerar e
deixar o pulmão semi-insuflado). A PEEP fisiológica é em torno de 5. Então, colocamos PEEP
5. Só usamos acima do fisiológico como recurso terapêutico na SARA (o pulmão está
colabado), COVID, Edema Agudo (para se opor à transudação).
5° Definir FiO2: como o foco é emergência, é normal conectar 100%. Estamos entubando um
paciente em insuficiência respiratória e quer resolver o problema rápido. Depois de 20/30
minutos, pode ir diminuindo aos poucos.
• O aparelho começa a apitar após FiO2 de 60% (entrando na faixa tóxica).
6° Relação Inspiração-Expiração (Relação I/E)
Exemplo: Pessoa está respirando 20 vezes por minuto (FR 20). Um minuto tem 60 segundos,
então cada respiração dura 3 segundos (60 dividido por 20). Se está respirando em uma
relação I/E 1 para 2, a pessoa está respirando 1 segundo na inspiração e 2 segundos na
expiração. A relação I/E normal é 1:2 ou 1:3.
Regulamos a relação I/E olhando para o tempo de inspiração no aparelho. O tempo de
inspiração que devemos buscar é 1,0 a 1,3s.
7° Definir sensibilidade: pode ser definida em fluxo ou cm3 de água (-1 a -6). É a
sensibilidade para o paciente disparar o aparelho.
OBS.: No modo assistido, o paciente que dispara o aparelho, dita a FR (o aparelho obedece
ao paciente, quando este gera uma pressão negativa). Isso facilita o entrosamento do
paciente com a máquina. No modo controlado, o aparelho controla a FR. No modo assisto-
controlado, se o paciente não disparar, a máquina dispara.
OBS.2: os alarmes do aparelho são pressão máxima (proteção contra barotrauma,
normalmente fica entre 30 e 40), pressão ao final da expiração (normalmente entre 10 e
12), FiO2 errada, desconexão do tubo.
CASO 2:
CASO 4
Homem de 18 anos, asmático. Apresentou um quadro de virose que levou a uma crise
asmática.
Começou a reter Co2:
pH 7,28;PO2 80 (pode começar com uma FIO2 de 50, já que tá + adequado); PCo2 58; HCO3 N
- RETENÇÃO AGUDA DE CO2 AGUDA (IRA 2 CLÁSSICA)
ASMATICO: inspiração rápida e expiração lenta (tempo para esvaziar o pulmão) – precisa
ajustar para que a VM fica adequada com isso, caso não seja ajustado o aparelho pode
não dar esse tempo para o pct expirar e nisso vai causando o empilhamento (expirações
incompletas seguidas).
IMPORTANTE:
FR + BAIXA (10 – 12) – já que precisa de mais tempo, para poder ter o tempo de expiração
mais lento
ENCURTAR A INSPIRAÇÃO para ficar maior a expiração – deixar 0,6 – 0,7 no asmático (1:5)
PEEP 7
Em uma nova gaso o PCO2 veio 56, não tendo tanta mudança em relação a primeira gaso
colhida, portanto precisa aumentar o volume, já que a FR tem que ficar baixa, para assim
poder eliminar o CO2
Volume minuto é inversamente proporcional ao PCO2, ou seja, quanto maior o volume
minuto, mas CO2 vai ser eliminado (volume minuto = volume corrente x FR), já que a
frequencia precisa ficar baixa para maior tento de expiração, o volume corrente tem
que ser aumentando, para que assim o volume minuto aumente e consequentemente o CO2
seja lavado.
Nesses pacientes o VOLUME CORRENTE, pode ser de 9 – 10 ml/kg, a altura do paciente é
175 (peso predito: 175-100 = 75) -> 9x75= 675 ml de volume corrente.
QUESTÕES
QUESTÃO 1
Você avalia um paciente que está no 2o dia pós PCR devido a infarto. Está em ventilação
mecânica e gasometria feita a poucos minutos mostra uma PO2: 112 / PCO2: 24. Você deseja
uma PCO2 em torno de 35. Qual a melhor maneira de atingir o objetivo:
a) Reduzir FiO2
b) Aumentar a PIP
c) Aumentar a frequência
d) Reduzir volume corrente