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PSICOLOGIA E SOCIOLOGIA DO TRABALHO

AD 2

1a. Questão
Leia o artigo, disponível na internet, “O Homem de Ferro e a divulgação de inovações tecnológicas
através de meios de comunicação de massa”. Ele foi apresentado no XXIV SIMPÓSIO DE
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, SIMPEP, realizado em novembro de 2017. Esse texto é
facilmente localizado pelo GOOGLE, e também pode ser baixado no site do simpósio.
Após verificar a análise empreendida pelo artigo, em consonância às explicações das aulas, responda:
Em que sentido a ficção científica, analisada pela Psicologia do Trabalho, se relaciona com a
perspectiva da Engenharia de Produção?
A cultura organizacional pode mostrar-se resistente às mudanças necessárias ao avanço das
civilizações e suas demandas de produção. A ficção cientifica pode ser uma aliada à Psicologia do
Trabalho e à Engenharia de Produção quando da ruptura da barreira à inclusão de inovações.
É possível ainda problematizar situações reais da cadeia produtiva através de simulações criadas
com a ficção científica.
Outro ponto favorável deste recurso é exercer função social análoga à propaganda favorável ao
desenvolvimento do P&D das organizações.
No artigo sugerido, a ficção científica age como simuladora do futuro tecnológico no meio de
comunicação de massa, através do Homem de Ferro, enfatizando também, positivamente, o poder
armamentista militar americano, durante todas as fases de vida do personagem – desde a armadura
de 1963, época do acirramento do comunismo x capitalismo, até os artifícios do início do século XXI,
como o J.A.R.V.I.S. a supermáquina que auxilia o herói a montar sua armadura, remetendo às
guerras com drones e às guerras cibernéticas.

2a. Questão
Leia o artigo, disponível na internet, cuja referência segundo a ABNT é:
CASTRO, A. C.. Produção Offshore na Bacia de Campos (RJ): a perspectiva da Psicologia do
Trabalho. Gest. Prod., São Carlos, v. 20,n. 4,p. 833-846, 2013.
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A pesquisa, típica da Psicologia e Sociologia do Trabalho, indicou três tendências de postura entre os
trabalhadores offshore. Indique quais são essas três tendências (vale ¼ da questão) e discorra sobre
cada um dos três resultados da pesquisa (vale ¾ da questão).
Períodos de trabalho – assimetria do tempo
O tempo para o trabalhador offshore é subjetivo, quase um vazio atemporal, onde as 12 horas de sua
jornada podem “durar 12 ou 80 horas”, devido a pressão estressante que vivencia. A contagem do
tempo é marcada por dias de embarque, calendários e datas são dispensáveis, quando estão a bordo.
A sensação e aprisionamento desencadeia numa regressão dos dias: quanto falta para eu ir (de casas
para o embarque ou do embarque para casa).
Sente-se sobrecarregado em sua vida “real” profissional e ausente de sua vida “real” pessoal, como
se ambas fossem distintas; além disto, há um hiato em sua vida pessoal, uma vez que, quando
“aprisionados”, a enxergam como estacionada, aguardando seu retorno.
A distorção de tempo é ampliada pelas situações de periculosidade, turnos de trabalho alternados
entre diurnos e noturnos, sem contar a percepção de terem seus tempos mensurados e controlados,
que causam distúrbios biológicos como insônia, estresse e insegurança familiar / pessoal.

Descanso – vidas dissociadas


Diretamente ligado à questão da assimetria do tempo está a vida dissociada: há duas vidas sendo
vividas em intervalo de tempos regulares, como se acionasse um interruptor liga-desliga para vida
embarcado - vida desembarcado. Uma vez que a percepção do tempo é subjetiva, a vida também
passa a sê-la. As rotinas são diferentes e sobrepostas, impossibilitando uma continuidade natural
entre uma e outra. O descanso de bordo não é compensador, mas tão pouco o descanso da terra o é.
Novamente as duas vidas coabitam o profissional e ambas em de descompasso existencial: em uma
todos os dias são segunda e em outra todos os dias são sábado. Coabitam um mesmo ser mais são
dissociadas entre si e dele próprio. Este ser as vive, mas não tem a sensação de pertencimento em
alguma sequer. Vive das projeções que faz das vidas que pensa ter (ou desejaria ter).

Salários – remuneração ambígua


A média salarial é maior, quando comparada ao mercado não offshore, mas esta remuneração tem
um custo altíssimo para trabalhador (pela sua percepção): levam dinheiro e deixam a vida física e
emocional. É um ganho que perde. Um entra que sai. Entram “dois dinheiros” e saem uma sanidade
mental e um desgaste físico. Tem o ganho do papel, de bens materiais, mas o embarcado, enquanto
ator social, reafirma em si sentimentos negativos como impotência diante revoluções e resoluções
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internas e pessoais, desvalorização pessoal e profissional e não pertencimento às bolhas do seu
redor,

Referências Bibliográficas:

[1] CASTRO, Alexandre de Carvalho; SARAIVA, Fernando Fábio; DOS SANTOS, Carolina Maia;
DOS SANTOS, Josiel Gonçalves. O Homem de Ferro e a divulgação de inovações tecnológicas
através de meios de comunicação de massa. Bauru / SP: XXIV Simpósio de Engenharia de
Produção, [2017]. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/324678998_O_HOMEM_DE_FERRO_E_A_DIVULGA
CAO_DE_INOVACOES_TECNOLOGICAS_ATRAVES_DE_MEIOS_DE_COMUNICACAO_D
E_MASSA. Acesso em: 25 abr. 2023.

[2] CASTRO, A. C.. Produção Offshore na Bacia de Campos (RJ): a perspectiva da Psicologia do
Trabalho. Gest. Prod., São Carlos, v. 20,n. 4,p. 833-846, 2013

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