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FORMAÇÃO TEOLÓGICA ::: Curso Livre

NÍVEL AVANÇADO

SUMÁRIO
LIDERANÇA ..................................................................................................................................................................... 3
QUALIDADES BÁSICAS DO LÍDER .................................................................................................................................... 3
O QUE É LIDERANÇA CRISTÃ? ........................................................................................................................................ 3
DEFINIÇÕES DE LIDERANÇA ............................................................................................................................................ 4
NECESSIDADE DE UMA LIDERANÇA ................................................................................................................................ 4
TIPOS E ESTILOS DE LIDERANÇA ..................................................................................................................................... 4
ESTILOS DE LIDERANÇA .................................................................................................................................................. 5
Qual É o Melhor Estilo de Liderança?....................................................................................................................... 5
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO LÍDER CRISTÃO ............................................................................................................ 6
ATITUDES A SEREM EVITADAS ........................................................................................................................................ 6
QUALIDADES DO LÍDER CRISTÃO .................................................................................................................................... 6
FUNÇÕES DO LÍDER ......................................................................................................................................................... 7
Outras Funções........................................................................................................................................................... 7
Delegação de Autoridade ........................................................................................................................................... 8
LEIS BÁSICAS NA DELEGAÇÃO EFICIENTE.......................................................................................................... 8
COBRAR RESULTADOS ............................................................................................................................................. 8
QUANDO VOCÊ DIRIGE ............................................................................................................................................. 9
Administração do Tempo ............................................................................................................................................ 9
Asseio e Crescimento Pessoal................................................................................................................................... 10
O FEEDBACK ................................................................................................................................................................. 11
TRABALHANDO EM EQUIPE ........................................................................................................................................... 13
DESENVOLVENDO O HÁBITO DE “ESCUTAR” ................................................................................................................. 14
PREPARANDO NOVOS LÍDERES ...................................................................................................................................... 14
Moisés e Josué .......................................................................................................................................................... 14
O que Procurar em um Candidato a Líder? ............................................................................................................. 15
Como Treinar Um Novo Líder.................................................................................................................................. 15
A REUNIÃO DE LIDERES – AS CRÍTICAS ........................................................................................................................ 16
Você Pode Suportá-las?............................................................................................................................................ 16
Não a Descarte Tão Apressadamente....................................................................................................................... 17
Não se Deixe Perturbar ............................................................................................................................................ 17
Receba-a Com Bondade............................................................................................................................................ 17
Fale Bem do Seu Crítico........................................................................................................................................... 18
Não Deixe que Ela o Detenha................................................................................................................................... 18
Esqueça-a ................................................................................................................................................................. 18
Entregue-se nas Mãos de Deus................................................................................................................................. 18
Não se Deixe Cair na armadilha .............................................................................................................................. 19
FALHAS NA ADMINISTRAÇÃO: COMO CORRIGI-LAS?..................................................................................................... 19
Princípio Básico ....................................................................................................................................................... 19
As 4 falhas básicas na administração....................................................................................................................... 19
A ÉTICA......................................................................................................................................................................... 20
PRINCÍPIOS DE SUCESSO NA LIDERANÇA ....................................................................................................................... 21
1. Fazer mais do que aquilo que é exigido ............................................................................................................... 21
2. Fazer as coisas mais difíceis de serem feitas........................................................................................................ 21
3. Os dois preguinhos ............................................................................................................................................... 21
4. Praticar Saltos Curtos .......................................................................................................................................... 22
5. A Pequena Diferença ............................................................................................................................................ 22
O HOMEM MAIS PROCURADO ........................................................................................................................................ 22
OS 10 MANDAMENTOS DO LÍDER .................................................................................................................................. 22
DIRIGINDO REUNIÕES DE COMISSÕES............................................................................................................................ 23
Como Preparar?....................................................................................................................................................... 23
Como Conduzir?....................................................................................................................................................... 23
Como Agir Após a Reunião? .................................................................................................................................... 24
Como as Decisões são Tomadas?............................................................................................................................. 24
Como o Consenso Pode Ser Alcançado?.................................................................................................................. 25
BIBLIOGRAFIA AUXILIAR ....................................................................................................................................... 25

002-LIDERANÇA CRISTÃ 1
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APÊNDICE ..................................................................................................................................................................... 26
APÊNDICE 1 - O ANCIÃO COMO LÍDER .......................................................................................................................... 27
APÊNDICE 2 – ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO ....................................................................................................... 29
1. Planejar ................................................................................................................................................................ 29
2. Executar................................................................................................................................................................ 30
3. Avaliar .................................................................................................................................................................. 30
2.1 - PLANEJAR .............................................................................................................................................................. 30
Perguntas Básicas de um Planejamento................................................................................................................... 31
Tipos de Planejamento.............................................................................................................................................. 31
Vantagens do Planejamento ..................................................................................................................................... 31
Fatores que Dificultam o Planejamento da Igreja Local ......................................................................................... 32
APÊNDICE 3 - HÁ FOGO DENTRO? ................................................................................................................................. 32
Fogo nas Rodas ........................................................................................................................................................ 33
Sem Fogo Não Há Poder .......................................................................................................................................... 33
Promessa Cumprida ................................................................................................................................................. 34
Devemos Pedir.......................................................................................................................................................... 34
O Preço do Fogo nas Rodas ..................................................................................................................................... 34
Reavivamento Prometido.......................................................................................................................................... 35
O Reavivamento Começa com Indivíduos ................................................................................................................ 35
Como Começa Um Reavivamento ............................................................................................................................ 36
Procura de Líderes Para o Reavivamento................................................................................................................ 37

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PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA
Adaptação da apostila de mesmo nome,
de autoria do Prof. Demóstenes Neves, SALT-IAENE 2004.

Liderança

Toda vez que existe um grupo de pessoas se relacionando numa comunidade, empresa, governo,
escola ou igreja, haja ou não um líder “oficial”, sempre haverá um líder. Através das histórias bíblicas
nenhum povo jamais existiu sem uma liderança. Nenhum grupo pode existir em harmonia e em paz sem um
líder.

Uma pessoa é líder por suas qualidades e atributos ou pelas suas funções?
Uma pessoa é líder em virtude de sua relação com o grupo, ou da maneira como ele ou ela se destaca
dentro do grupo.
Geralmente, um líder é identificado como líder só quando ele assume a função de líder.
As qualidades do líder fazem parte de sua personalidade e caráter. A organização deve criar condições
para que quem é líder em potencial possa se manifestar. A organização não pode e nem deve abafar o líder
em potencial por este apresentar uma “ameaça”.
As qualidades de um líder não aparecem, até que ele seja colocado como líder.

Qualidades Básicas do Líder

Dedicação Abnegada - Nesse líder existe uma crença arraigada, tudo que ele faz é para honra e glória
de Deus.
Persuasão - Se os seguidores, liderados, subalternos o hão de seguir devem ser convencidos de que os
objetivos ou alvos e aspirações do líder são dignos de sua dedicação. Devem se sentir motivados a alcançar
os objetivos.
Humildade - O líder não é apenas capaz de convencer. Os liderados sabem que seu líder é capaz de
assumir responsabilidades no sucesso e no fracasso.
Competência - Deve ter a habilidade, pois só a humildade não é suficiente. Ele deve ter destreza,
perícia, prática.
Inteligência e Criatividade - Não há competência sem estes dois objetivos na vida do líder.
Espiritualidade - Você pode ser super competente, mas na liderança cristã a espiritualidade é
essencial.

O Que É Liderança Cristã?

A liderança cristã é motivada por amor, e dada completamente ao serviço dos outros. Este tipo de
liderança está sob o controle de Cristo.

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O verdadeiro líder cristão não toma nenhuma decisão sem ter certeza de que aquela decisão seria a que
Jesus tomaria. Este é o líder que começa com uma bacia e uma toalha.

Definições de Liderança

“Liderança é a arte de conseguir que uma pessoa faça o que você quer que seja feita, simplesmente por
que a pessoa deseja fazê-lo” (Dwight D. EISENHOWER, ex-presidente Americano).

“Liderança é insistir com as pessoas ao ponto de se auto-motivarem a colocar alvos que as incentive a
levantar-se o mais alto possível (Frederick R. KAPPEL)

“Liderança é a influência que uma pessoa exerce sobre outra pessoa ou grupo”.

“Liderança é exercer uma influência que inspire e mova as pessoas à ação, alcançando delas o máximo
de cooperação e o mínimo de críticas”.

“Liderança é ir a algum lugar e levar o povo consigo”.

Necessidade de Uma Liderança

Todo grupo que se forma precisa de um líder. A própria natureza precisa de liderança.
É interessante observar, porém, que o líder consegue motivar apenas 20% das pessoas que lidera. O
princípio 80/20 diz que 80% dos resultados se conseguem com apenas 20% dos recursos ou de pessoal.
Portanto, o líder é alguém capaz de influenciar os liderados.

Tipos e Estilos de Liderança

Quanto à essência, a liderança pode ser do tipo Institucional, Natural ou por Treinamento/Educação ou
Experiência. O tipo define a origem da autoridade do líder.

• INSTITUCIONAL - Um cargo onde o líder é chamado ou nomeado para liderar. O indivíduo


pode ser nomeado com sua proximidade com o líder maior. O líder institucional é
“empossado” com o poder da instituição, e ele tem autoridade por estar respaldado pela
instituição (por exemplo, um pastor distrital).
• NATURAL - Nasce líder, tem carisma natural. O líder natural assume sua liderança através do
relacionamento com as pessoas. Esse líder não tem problemas com as críticas, não se abala,
nem se sente ameaçado pelos seus liderados, porque o líder natural sempre sabe onde está.
• EDUCAÇÃO/TREINAMENTO - Esse líder pode ser do tipo Natural, usando a educação,
treinamento e experiência para aperfeiçoar sua liderança.

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Estilos de Liderança

O estilo de liderança é a soma total de como um líder desempenha as suas funções.


1) BUROCRÁTICO - O estilo burocrático se caracteriza pela contínua insistência do líder de guiar o
grupo ou organização pelo “manual de procedimento”. Este tipo de líder entende que todos podem concordar
da melhor forma, se tão-somente aceitarem o que o livro diz. Nessa liderança, as reuniões e normas atrasam
as deliberações, demora tudo por causa do “manual”.

2) PATERNALISTA/PERMISSIVO - O objetivo desse líder é manter todos satisfeitos e, assim, não


levantarem oposição. Esse tipo de líder confunde autoridade com autoritarismo. Ele guia o grupo a tomar
decisões que favoreçam sua posição ou autoridade. Esse líder é extremamente estruturado por que isso
facilita a votação ou decisão ao seu favor. Nesse tipo de liderança existe uma forte dependência da auto-
iniciativa e auto-direção. Mas, ele pode se dar bem se os liderados forem auto-motivados. Porém se não o
são, ele é considerado um líder “em cima do muro”. Ele evita suas responsabilidades.

3) DEMOCRÁTICO - O líder democrático acredita que a melhor maneira de motivar as pessoas é


envolvê-las no processo de tomar decisões. Ele faz com que os liderados se organizem e se apropriem dos
objetivos e alvos. Este líder assume as responsabilidades na hora das decisões do grupo, ele é mais um
membro da equipe e não a cabeça. Gosta de resolver problemas e trabalhar juntos com os liderados. O único
problema é que o processo pode se atrasar, porque na hora da crise, ele quer a participação do grupo inteiro.

Qual É o Melhor Estilo de Liderança?


O líder deverá modificar seu pensamento através de influências positivas. Assim como é verdade que
existem vários estilos de liderança e que nem todos os líderes lideram da mesma forma, também é verdade
que nem todos os liderados serão iguais.
O estilo mais apropriado depende em grande medida do tipo da organização e dos membros, e suas
necessidades do momento, ou seja, a necessidade do grupo.
Todos os grupos de organizações passam por diferentes fases e etapas, os componentes humanos são
diferentes e, dependendo do grupo ou organização, o líder pode usar os estilos que forem mais adequados.

Steward Tubbs apresenta 3 fatores que vão determinar qual é a postura que o líder deve assumir:

• A qualidade de contribuição do grupo. Dependendo do grupo ou da igreja, o líder irá assumir


determinada postura.
• O tempo exigido para a realização da tarefa. Há igrejas que não têm o tempo determinado
para concluir tal tarefa; outras, têm seu tempo de começo, meio e fim. Tudo dependerá do
trabalho do líder.
• Presença ou ausência dos membros. A presença ou ausência dos membros dependerá de como
o líder vai agir, e qual o estilo que assumirá.

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Características Básicas Do Líder Cristão

Seja qual for o estilo de liderança que ele assumir...


• O líder de verdade começa onde os liderados estão, os guia gradualmente através de passos. O
líder fala sempre a língua do grupo.
• Antes de tomar decisões, ele examina completamente todas as facetas do trabalho, do alvo e
do objetivo do trabalho.
• O bom líder consulta, escuta e analisa cuidadosamente; ele explora e experimenta
provisoriamente, e quando toma decisões sabe que encaixa na posição dos liderados.
• Pode improvisar quando necessário, e também sabe delegar as responsabilidade e autoridades.
• Aceita a responsabilidade do fracasso e aprende com ele.
• Cumpre com suas responsabilidades, e vai além delas, pois a verdadeira liderança começa
onde a rotina do trabalho termina.
• O bom líder ainda forma novos líderes (“Sucesso sem sucessor é fracasso”) e é rápido para
conhecer qualidades de liderados e criar oportunidades para exercitá-las.
• O bom líder tem interesse pessoal nos liderados.
• O líder de verdade tem uma fé sincera nos seus liderados, confiando que os alvos serão
alcançados.
• O bom líder usa seu cargo para servir, e não para se enaltecer ou aparecer.
• Ele é pontual, porque é organizado.
• O líder espiritual é uma pessoa procurada na hora da crise, e é recordado com saudade quando
sai do cargo.
• O bom líder tem conhecimento das pessoas, pois conhecer com quem vamos trabalhar é tão
necessário quanto o conhecimento da tarefa que vamos executar.

Queiramos ou não, os liderados têm os olhos voltados para o líder. O exemplo do líder é o ponto alto
de todo o seu trabalho. Deus usa líderes como modelos para motivar outros a serem como eles.

Atitudes a Serem Evitadas

• Rigidez e mau humor, ou inveja dos liderados.


• Relutância em delegar tarefas e responsabilidades.
• Falta de estímulo aos esforços dos liderados. Ou seja, ausência de elogios.
• Julgamento apressado nas decisões.
• Protelação sistemática nas decisões.
• Envergonhar, constranger ou humilhar os liderados publicamente.

Qualidades do Líder Cristão


• Deve ser bondoso.
• Demonstrar lealdade a Deus e seus liderados.
• Deve ser fiel e honesto em suas decisões.

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• Deve ser humilde.


• Deve ser habilidoso e procurar estar sempre se aperfeiçoando.

Funções do Líder

A arte da liderança é feita de diferentes funções. Dependendo do líder, estas funções facilitarão ou
dificultarão o seu trabalho e sua relação para com o grupo.
O líder age antes que as coisas aconteçam. A função dele é tomar a iniciativa para conseguir alcançar
aqueles objetivos. Ele pede dados, informações, pareceres, opiniões, etc., sobre possíveis problemas.
Outra tarefa super importante é a DELEGAÇÃO, pois ninguém nunca faz as coisas sozinho. O líder
visa necessidades reais, sem pretender deixar os liderados presos para mostrar que está fazendo alguma
coisa.
Como líder, ele também tem o papel de INFORMAR ou RELATAR os planos, metas e conquistas
para seu grupo. Ele reúne seus liderados e provê dados e informações relevantes, e ainda permite a livre
expressão de idéias de seus liderados.

Outras Funções
1. Organização. O líder deve decidir quais as tarefas que devem ser realizadas. É ele também quem
vai decidir a relação de autoridade e as responsabilidades com as pessoas com as quais ele vai trabalhar. O
elemento prioritário é a formação de consenso para conseguir êxito no seu objetivo.
Estudos sociológicos na área do desenvolvimento organizacional têm demonstrado que quando os
participantes de um grupo percebem que estão sendo usados para alcançar o propósito da liderança, eles
resistirão a qualquer iniciativa, e na maioria dos casos sabotarão consciente ou inconscientes os interesses.

2. Motivação. Você deve motivar os seu grupo ao grau em que os membros da organização sejam
motivados para os alvos a efetividade da organização será ampliada ou reduzida. A falta de motivação
acontece pela falta de compreensão dos alvos e, como resultado, os membros não se interessam por eles ou
pode ser que o líder manifeste interesse em outros alvos. Também é possível que o líder esteja de olho em
outras prioridades pessoais que interfiram com os alvos do grupo ou organização.

3. Coordenação. Significa abrir vias de comunicação e desenvolver relações responsáveis entre os


líderes e liderados. Cada um deve saber seu lugar na Hierarquia. O líder deve desenvolver um programa de
recompensas e de agradecimentos.

4. Delegação. Esta é a tarefa mais complexa e menos compreendida na área de liderança. Só através
da delegação eficiente de suas responsabilidades e autoridades é que o líder pode estar ao mesmo tempo em
muitos lugares. Deus está onde existe um representante do Seu nome.
Delegar não é apenas manter o povo ocupado; não é delegar um povo para alcançar seus objetivos.
Delegar é o processo organizacional através do qual tantas pessoas quanto possível sejam envolvidas no
dirigir e fazer o trabalho. É o processo através do qual o líder troca uma medida de responsabilidade por uma
medida igual de obrigações e prestações de contas. Ou seja, o líder não pode exigir mais do que deve.
Na delegação, o líder se mantém sempre acessível. Delegar não é descarregar minhas
responsabilidades nos outros.

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Os resultados da delegação dependem do tipo de relacionamento que existe entre o líder e o liderado.

Delegação de Autoridade
A autoridade deve ser proporcional à responsabilidade. Vejamos alguns tipos de responsabilidades
delegadas:
• Autoridade completa - O liderado decide sem consultar o líder e sem prestar contas a ele.
• Autoridade dividida - O indivíduo decide sem consultar o líder, mas deverá prestar contas.
• Autoridade limitada - O indivíduo decide só depois de ter consultado e obtido a aprovação do
líder, e ainda tem que prestar contas.
• Liberdade de ação - O liderado deve sentir-se livre para executar o seu trabalho. O
acompanhamento do trabalho não deve ter uma estreita supervisão e nem deixar o liderado se
virar sozinho.
• Sem rédeas - Esse tipo não funciona na igreja local.
• Rédeas Curtas - Existem líderes que delegam menos, pois têm medo de perder o controle.
Porém, um bom líder sabe usar a técnica da delegação.

LEIS BÁSICAS NA DELEGAÇÃO EFICIENTE

Colocar as pessoas certas nos lugares certos exclui o favoritismo e o nepotismo (colocar parentes),
que arruínam a efetividade do líder.

“É melhor colocar uma pessoa menos capacitada, mas com o Espírito de Deus, do que colocar alguém
capacitado mas sem Deus”.

Você pode treinar ou reduzir as responsabilidades.


O líder de verdade sabe quanto delegar, o que deve e o que não deve delegar.

1. DELEGAR NO TEMPO CERTO


Não se deve delegar a pessoas que vão sair de férias, viajar, ou mudar de cidade.

2. DELEGAR CONSISTENTEMENTE
Coloca a responsabilidade e autoridade em um nível satisfatório para todos.

COBRAR RESULTADOS

Toda vez que existe um contrato entre os líderes e liderados em relação a uma tarefa e respectivas
responsabilidades, ambos devem concordar com uma avaliação no contrato.
O liderado deve saber o que se espera dele, em termos de resultados. O sucesso da organização
depende também da habilidade de seus líderes em saber distinguir entre o sucesso e o fracasso, em termos de
objetivos e alvos.
Os ALVOS devem ser objetivos, claros e específicos.
Líder e liderados concordaram na importância dos objetivos antes da tarefa.

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Deve o líder ser capaz de revisar e reformular os objetivos quando as mudanças nas condições de
trabalho o demandaram.
• Deu ele prioridade aos objetivos?
• O líder desenvolveu objetivos ou alvos alcançáveis?
• Se o objetivo inicial não está sendo alcançado ajude ao grupo a se manter na meta.

O Sociólogo Willard Claassem sugere 6 perguntas que o líder deve se fazer antes de avaliar seus
liderados:
• Foi concedida a autoridade para a execução da tarefa?
• Houve luta pelo poder entre os membros da equipe?
• Manteve o líder uma agenda secreta?
• Qual o estilo de liderança que foi exercido?
• Que tipo de controle eu exerci como líder?
• Qual foi a atitude do grupo para com seu líder?

QUANDO VOCÊ DIRIGE

Ser dirigente é uma responsabilidade. Quando você tem sobre os ombros qualquer segmento de
liderança, seus seguidores o olham como um exemplo e como um guia. Esperam que você tenha um
programa em marcha e que marque o passo a ser seguido.
Naturalmente, você não buscou o cargo. Contudo, é bom ter uma atitude voluntária e ser como
Benjamim Franklin, que disse: “Nunca pedirei um cargo, nunca o recusarei e nem o renunciarei”. Uma vez
que um cargo lhe é designado, considere-o como um chamado de DEUS e dedique à tarefa tudo o que você
possui. Nas palavras do sábio Salomão, “Tudo o que te vier a mão para fazer, faze-o segundo tuas forças"
(Ecles. 9:10).

Administração do Tempo
Você já perguntou a si mesmo porque alguns dirigentes são calmos e senhores de si mesmos, enquanto
outros parecem estar em permanente agitação? As pessoas têm diferentes graus de capacidade, mas todas
têm a mesma quantidade de tempo. A utilização máxima de tempo é o fator que, em muitos casos, permite
que uma pessoa realize mais que outra.
Há certos ladrões do tempo, contra os quais deve precaver-se o dirigente de êxito:
1. Demora na iniciação do trabalho - Um dos maiores ladrões de tempo é a demora. O temo que o
indivíduo gasta entre o momento em que conhece uma tarefa e o momento em que começa a fazê-la, pode
ser muito grande. O período de espera geralmente acarreta frustração.
2. Desorganização - A desorganização requer o dobro do tempo.
3. Fantasia - O sonhar com grandes realizações sem concretizar esses sonhos em realidade, é outro
ladrão do tempo. Sonhar é vantajoso apenas quando tentamos levar a efeito nossos sonhos.
4. Queixar-se – Reclamar porque se tem muito por fazer, ou porque alguém não cumpriu sua palavra,
ou por qualquer outra razão, é outro modo de roubar o tempo e as energias. A razão pela qual o queixoso
necessita mais tempo para fazer seu trabalho, é que as queixas impedem que ele se concentre plenamente.
5. Distração - Distrair-se enquanto se está executando uma tarefa pode custar um elevado número de
horas.
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6. Conversação ociosa - Repetir a mesma conversa com as mesmas pessoas, meramente para passar o
tempo, é uma maneira de roubar o tempo e a integridade. Um perigo que existe na repetição de um bate-papo
ocioso é o enfraquecimento de sua personalidade.
7. Temer o fracasso - Uma das coisas que mais consomem tempo é a preocupação diante daquilo que
se deve realizar. A preocupação, real ou imaginária, apenas causa excitação e ansiedade.

Os dirigentes de êxito estabelecem prioridades. Incluem tempo para orar, para estudar e para planejar.
Ao identificar e eliminar os ladrões do tempo em sua vida, você poderá ter tempo para tudo aquilo que for
essencial.

“Querido Senhor: Ajuda-me a ser um homem de oração e um homem de palavra. Ajuda-me para que
faça sempre de Cristo o primeiro, o último e o melhor em todas as coisas” - Robert Pierson.

Asseio e Crescimento Pessoal


APARÊNCIA:
• O vestir (roupa adequada para o trabalho);
• O andar;
• O sentar (postura correta).

ASPECTO HIGIÊNICO:
• Cabelo;
• Pele;
• Vestuário;
• Odores corporais.

ASPECTO FÍSICO:
• Os gestos;
• A voz;
• O olhar.

ASPECTO MORAL:
• Conduta;
• Linguagem;
• Compromissos financeiros.

ASPECTO SOCIAL:
• O tratamento correto com todas as pessoas;
• Convivência respeitosa;
• Respeito ao chefe e à hierarquia no trabalho;
• Respeito aos clientes e colaboradores.

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ASPECTO CULTURAL:
• Ter conhecimento e domínio do serviço que faz;
• Cuidado com o vocabulário.

INTERESSE PELA EMPRESA/ORGANIZAÇÃO:


• Conhecer;
• Divulgar a imagem positiva;
• Ser pontual;
• Ser assíduo no trabalho;
• Ter responsabilidade no cumprimento do trabalho;
• Zelar dos instrumentos de trabalho.

RELACIONAMENTO HARMONIOSO:
• Harmonia;
• Educação;
• Respeito;
• Interesse;
• Boa vontade, simpatia, gentileza.

RESPEITO ÀS NORMAS:
• Sigilo;
• Discrição.

O Feedback

"Feedback" é um processo de ajuda para mudança de comportamento; é comunicação a uma pessoa,


ou grupo, no sentido de fornecer-lhe informações sobre como sua atuação está afetando outras pessoas.
Para tornar-se um processo útil, o "feedback" precisa ser, tanto quanto possível:
• Descritivo ao invés de avaliativo - quando não há julgamento, apenas o relato de um evento,
reduz-se a necessidade de reagir defensivamente. A pessoa pode ouvir e sentir-se à vontade
para utilizar aquele dado como julgar conveniente.
• Específico ao invés de geral - quando se diz a alguém que ele é "dominador" isto tem menos
significado do que indicar seu comportamento numa determinada ocasião. Exemplo: “Nesta
reunião você fez o que costuma fazer outras vezes, você não ouviu a opinião dos demais e
fomos forçados a aceitar sua decisão para não recebermos suas críticas exaltadas”.
• Compatível com as necessidades (motivações) de ambos, ao comunicador e receptor - pode
ser destrutivo quando satisfaz somente às necessidades do comunicador sem levar em conta as
necessidades do receptor.
• Solícito ao invés de imposto - será mais útil quando o receptor tiver formulado perguntas que
os que o observam podem responder.

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• Oportuno - em geral, o feedback é mais útil quando realizado o mais próximo possível após o
comportamento em questão, dependendo, naturalmente de prontidão da pessoa para ouvi-lo,
apoio dos outros e clima emocional do grupo.
• Esclarecido para assegurar comunicação precisa - um modo de proceder é fazer com que o
receptor repita o "feedback" recebido para ver se corresponde ao que o comunicador quis
dizer. Quando o "feedback" ocorre num grupo de treinamento, ambos têm oportunidade de
verificar com os outros membros a extensão do "feedback", e assim saber se aquela é uma
impressão individual ou compartilhada por outros.

Tanto o processo de dar "feedback" quanto o de recebê-lo é bastante complexo, pois não é fácil aceitar
nossas dificuldades e, ainda mais, admiti-las para os outros publicamente. Podemos também recear o que a
outra pessoa pensa a nosso respeito, especialmente em situações de trabalho ou outras que podem afetar
nosso "status" ou imagem. Podemos sentir que nossa independência está sendo afetada ou que o apoio que
esperávamos nos esteja sendo negado.
Quando percebemos que estamos contribuindo para manter o problema e que precisaremos mudar para
resolvê-lo, podemos reagir defensivamente: paramos de ouvir (desligamos), negamos a validade do
"feedback", agredimos o comunicador, apontando-lhe também seus erros. Às vezes, a resolução de um
problema pode significar descobrir e reconhecer algumas facetas de nossa personalidade que temos evitado
ou desejado evitar até de pensar.
Por outro lado, dar "feedback" também é difícil. Gostamos de dar conselhos e com isso sentimo-nos
competentes e importantes. Daí o perigo de pensar no "feedback" como forma de demonstrar nossa
inteligência e habilidade, ao invés de pensar na sua utilidade para o receptor e seus objetivos. Podemos reagir
somente a um aspecto do que vemos no comportamento do outro dependendo de nossas próprias motivações
e com isso tornamo-nos parciais e avaliativos, servindo o processo de "feedback" como desabafo (nosso
alívio de tensão).
Podemos, ainda, temer as reações do outro - sua mágoa, sua agressão, isto é, que o "feedback" seja mal
interpretado, pois em nossa cultura, "feedback" ainda é percebido como crítica e tem implicações emocionais
(afetivas) e sociais muito fortes, em termos de amizade (ou sua negação), status, competência e
reconhecimento social. Se o receptor se torna defensivo, podemos tentar argumentar mais para convencê-lo.
Assim, reagimos à resistência com mais pressão, e com isso aumentamos a resistência. Isto acontece
freqüentemente em polêmicas que se radicalizam (exemplo: debates doutrinários).
Muitas vezes, a pessoa não está preparada, psicologicamente, para receber feedback, ou não deseja
nem sente sua necessidade. É preciso atentar para estes aspectos de prontidão perceptiva, que constituem
verdadeiros bloqueios à comunicação interpessoal.

Todos nós precisamos de feedback, tanto do positivo quanto do negativo.


Os dados subjetivos referentes a sentimentos e emoções são importantes no processo de feedback. Por
exemplo: “Quando você fez aquilo, senti-me numa situação muito desagradável”.
Isto não tem por objetivo invalidar os motivos da outra pessoa, mas apenas indicar como a sua ação
repercutiu em nós. Não sabemos porque agiu assim, sabemos, porém, como o seu comportamento nos fez
sentir.
O grupo também tem necessidade de receber informações sobre o seu desenvolvimento. Pode-se
verificar se a atmosfera é defensiva, se há muita rigidez nos procedimentos, se está havendo subutilização de

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pessoas e de recursos, qual o grau de confiança no coordenador, e outras informações sobre o seu nível de
maturidade como grupo.

Trabalhando em Equipe
O importante é sentir que trabalhar em equipe não é fazer tudo sozinho, mas junto com outros. Para
atingir esse ideal vejamos alguns segredos que devem ser seguidos:

1. Necessitamos de visões ou perspectivas diferentes a respeito do mesmo problema.


A realidade de cada problema é complexa, e é difícil uma pessoa abrangê-la em sua totalidade. Cada
pessoa tem sua ótica do todo e quando damos oportunidade para cada uma se expor, torna-se mais fácil a
solução (cf. Prov. 11:14).

2. Precisamos manter uma atitude receptiva para com as idéias novas e opiniões divergentes.
Muitos não gostam que as suas idéias sejam substituídas pelas de outros, e isto demonstra falta de base
emocional e espiritual, por isso muitos rechaçam ou evitam qualquer outra idéia que não seja a sua.

3. Precisamos aprender a discordar das idéias sem rejeitar a pessoa que a formulou.
Alguns passam a marginalizar a pessoa porque não concordam com o que ela pensa ou diz. As
relações pessoais devem ser mantidas independentemente das idéias das pessoas.

4. Precisamos aprender o caráter de nossas opiniões e formulações.


Tudo é passível de aperfeiçoamento, isto dá à nossa vida um sentido de aventura, de busca, de
dinamismo.

5. Precisamos ser humildes e dar o primeiro passo para a reconciliação com os nossos irmãos (cf.
Prov. 3:7).
Há um provérbio que afirma que “orgulho não é grandeza, mas inchaço”. A pessoa inchada pode
parecer grande, mas não está sã. Somente a humildade pode manter as relações interpessoais em alto nível,
criando um espírito aberto e perdoador para como os nossos companheiros de jornada.

6. Precisamos reconhecer o valor dos outros.


No trabalho em equipe, ou junto às nossas igrejas, sempre há a tendência de acharmos que temos a
solução. No entanto, se aprendermos a parar para ouvir as idéias e opiniões do grupo, descobriremos lições
que enriquecerão a todos.

7. Precisamos desenvolver o sentido de trabalho cooperativo de equipe.


Somos parte do grupo, somos interdependentes. O que cada um faz afeta a todos. A visão cooperativa
evita o isolamento e fortalece a união em grupo. Cabe ao líder desenvolver no seu grupo esse espírito de
equipe para o fortalecimento individual de cada participante.

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Desenvolvendo o Hábito de “Escutar”

1. Não faça “excursões mentais” enquanto a pessoa está falando - não divague os pensamentos.
• Tente antecipar mentalmente para onde a pessoa quer chegar.
• Analisar o que a pessoa está falando.
• Pense se há evidência ou veracidade nas coisas que a pessoa está falando.
• Saiba ler nas entrelinha (faça deduções).

2. Desenvolva surdez emocional.


Não se “emocionar” com os sentimentos da pessoa, pois você ainda não ouviu o “outro lado”, e ainda
não sabe quem está com a razão.

3. Evite explicações difíceis. Não se comprometa.

4. Nunca mude a conversa prematuramente. Deixe a pessoa desabafar.

5. Não pretenda estar atento quando você não está.

6. Evite distrações durante o diálogo. Ex.: televisão ligada, pessoas andando, etc.

7. Nunca se esquive a ouvir a pessoa que está falando.


Lembre-se: Jesus dava atenção a todos.

Preparando Novos Líderes

Há um velho adágio que diz: “Ninguém fica para semente”.


Em todo setor da vida sempre há a hora de transição. É quando o líder deixa o seu lugar para outro.
Isto ocorre por duas maneiras:

a) Livre iniciativa ou
b) Livre pressão.

Preparar pessoas para nos sucederem é uma tarefa de suma importância para as nossas igrejas. Se você
é um oficial da igreja de Cristo também é responsável por aquele que vai deixar no seu lugar para continuar a
tarefa.

Moisés e Josué
Um exemplo claro de um homem que preparou o seu sucessor foi Moisés. Vejamos os passos que ele
deu para prepará-lo.

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1. Instruiu Josué (Deut. 31:1-8)


2. Reconheceu suas limitações - Um líder nessas condições pouco pode fazer pela igreja. Quantos se
encontram nessa situação e não passam o cargo, alegando que não há ninguém para substituí-lo, está
demonstrando que falhou em não preparar alguém.
3. Moisés sentiu que a missão que havia recebido de DEUS tinha finalizado (v.1).
No momento de passar para Josué o cargo ele procura estimulá-lo com mensagens positivas.

O que Procurar em um Candidato a Líder?


Quais os pontos que devem ser observados na escolha de um líder?
Temos que ter cuidado para não colocarmos pessoas imaturas, sem capacidade e despreparadas para
ocuparem posições importantes na igreja.
Portanto, devemos observar as seguintes características nas pessoas que serão escolhidas.

1. Se tem potencial de liderança


• Nas reuniões de Comissões, esta pessoa assume posições inteligentes e sensatas?
• É uma pessoa pronta para ajudar, solícita?
• Os outros grupos respeitam e ouvem as suas opiniões?

2. Se é de fácil relacionamento
• Não basta ter disposição para ajudar, precisa saber se comunicar com os demais membros.
• Suas opiniões devem ser maduras.

3. Se é equilibrado emocionalmente
• É daquelas pessoas que “explodem” com facilidade?

4. Se é de padrão elevado
• Não basta ser conhecedora da Bíblia. É necessário que tenha uma vida moral que não traga
vergonha para a Causa do Evangelho.

5. Se é madura na fé cristã
• Pode ser uma pessoa muito culta intelectualmente (um professor universitário, por exemplo),
mas também é necessário que tenha vivência na igreja.

6. Se é um cristão firme nas doutrinas


• O líder precisa ter convicção naquilo que crê, para poder congregar a si outras pessoas.

7. Se é uma pessoa dependente de DEUS

Como Treinar Um Novo Líder


Não basta as pessoas terem estas qualidades que mencionamos acima. Também é necessário treiná-las.
• Tire tempo para conversar com o novo líder sobre os objetivos da igreja.

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• Recuse paulatinamente a dependência de suas idéias, e deixe o novo líder assumir as decisões
dele.
• Encha-o de todas as informações possíveis sobre estrutura e funcionamento da igreja.
• Incentive-o a ler cada vez mais.
• Não o desanime. Fale sobre as dificuldades de forma positiva.
• Ame-o, apesar de saber que ele o substituirá algum dia.
• Responsabilize-o por dirigir um período enquanto você apenas observa, e depois conversem
sobre como tudo aconteceu (o feedback, lembra?).

Tenha muito cuidado com os favoritismos pessoais, pois isto poderá condicioná-lo a ver as qualidades
somente na pessoa de quem você gosta.
Além de tudo, ore. Principalmente, ore antes e durante os momentos em que as pessoas estão sendo
escolhidas para ocupar cargos da igreja. E depois continue orando pelos que foram indicados e escolhidos.

A Reunião de Lideres – As Críticas

Você Pode Suportá-las?


“Não julgueis para que não sejais julgados; porque com a medida com julgardes sereis julgados, e
com a medida com tiverdes medido, vos hão de medir a vós” (Mat. 7:1-3).
Se você é um líder de valor, prepare-se para ser criticado. Você não pode agradar a todos durante todo
o tempo. Algumas críticas serão diretas, faladas em um espírito de bondade. Este tipo vos ajuda.
Freqüentemente, contudo, observações desagradáveis serão ditas pelas nossas costas e possivelmente serão
prejudiciais.
“Nada é mais fácil do que criticar destrutivamente”, disse um autor desconhecido.

“Não se necessita talento, nem abnegação, nem inteligência, nem caráter para se dedicar aos
negócios dos murmuradores”.

Jesus, que é o Homem-DEUS, também foi alvo do severo criticismo. “Veio o Filho do Homem,
comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores”
(Mat. 11:19).

O testemunho de Cristo sobre João Batista foi: “Entre os que de mulher nasceram, não apareceu
alguém maior do que João Batista” (Mat. 11:11). Todos que entraram em contato com João Batista falaram
de sua vida virtuosa? Certamente que não: “Tem demônio” (Mat.11:18), escarneciam alguns críticos.
Agora, se o perfeito Jesus e o quase perfeito João Batista tiveram que suportar a crítica, você e eu não
podemos nunca escapar.
Portanto, como líderes cristãos, devemos saber como enfrentar a crítica. Enfrentemo-la.
Mas, como?
Lembremo-nos que um pouco de crítica é bom para nós. Por exemplo: quando nossa esposa nos diz
que pregamos demais ou em voz demasiado alta, ou muito baixa, ou a mensagem não está adequada,
fazemos bem em ouvir tais sugestões.

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Não a Descarte Tão Apressadamente


Algumas vezes a crítica se originou de uma fonte amável. Mas também pode originar-se com
indivíduos que não nos querem bem. Que fazer então? Ouvir mais! Não a descarte. Pergunte-se a si mesmo
com franqueza: “Há alguma verdade no que esta pessoa está dizendo? Pode uma experiência desagradável
ensinar-me uma lição?”.
Anos atrás, um pregador desconhecido disse o seguinte: “você será sábio se fizer com que seus
críticos sejam guardadores de sua alma”.

Não se Deixe Perturbar


George Moor certa vez disse que o Ancião/pastor deveria ter a "paciência de um burro, a mansidão de
um cordeiro, e a pele de um rinoceronte". Uma elevada ordem!
A crítica ofende. A crítica irrita.
Mas o líder cristão tem acesso a uma Fonte de fortaleza que suaviza a dor, ameniza a ofensa, acalma a
ira, e impede as úlceras. Essa fonte é Cristo. Amor a Ele e à Sua lei pode manter-nos em perfeita paz mesmo
debaixo do mais acérrimo criticismo.

“Se Ele, que penetrava nos corações, suportava quem bem sabia que O havia de trair, com que
paciência não deveríamos nós suportar os que estão em falta?” (Ellen White, A Ciência do Bom Viver, p.
493).

“O homem mais forte é aquele que, embora sensível ao abuso, refreará a paixão e perdoará seus
inimigos. Tais homens são verdadeiros heróis” (Idem, Testimonies, vol. 4, p. 656).

Quando a crítica vem, como inevitavelmente acontece, não se deixe perturbar.


Seja um dos heróis de Deus.

Receba-a Com Bondade


Alguns anos atrás um famoso educador pronunciou palavras duras contra um clérigo que era célebre
como ele. Os jornalistas, pressentindo uma boa notícia, correram para o escritório do pastor. Estavam certos
de que sua língua inteligente daria réplica à altura. Ficaram desapontados.
“Professor Blank é um eminente homem”, declara o clérigo após ouvir o que o contemporâneo erudito
havia dito acerca dele. “Respeito seu julgamento. Talvez eu devesse examinar a minha mensagem e meus
métodos; e se encontrar algum erro, farei o melhor para corrigi-lo”.
Os repórteres ficaram assombrados. Vieram para presenciar uma batalha. Em vez disso encontraram
um homem sereno e de fala bondosa para com os seus críticos.
Esta é a maneira como a Bíblia enfrenta o criticismo. O apóstolo Paulo advertiu aos romanos a que
agissem com bondade para com os acusadores: “fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça”,
e a “vencer o mal com o bem” (Rom. 12:19-20).
A bondade, mais que qualquer outra coisa, calará a língua de crítico.

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Fale Bem do Seu Crítico


Aconselhar um líder a falar bem do seu crítico, à primeira vista parece como absoluto contra-senso.
Mas, pense sobre isto uma segunda vez. Isto foi o que Jesus ensinou e fez. "Orai pelos que vos perseguem"
(Mat. 5:44), disse o Salvador no Sermão do Monte.
Que crítico não ficará surpreso com estas palavras da bondade?

“Cultivai o hábito de falar bem do próximo. Detende-vos sobre as boas qualidades daqueles com
quem estais associados, e olhai o menos possível para seus erros e fraquezas. Quando sois tentados a
queixar-vos do que alguém disse ou fez, louvai alguma coisa na vida ou caráter dessa pessoa” (Ellen White,
CBV, p. 491).

Por que não surpreender e silenciar os críticos falando bem deles?

Não Deixe que Ela o Detenha


O grande filósofo alemão, Goethe, uma vez disse: “Uma pessoa não se pode proteger nem defender da
crítica. Deve continuar agindo a despeito dela, e a crítica desaparecerá gradualmente”.
Bom conselho, não é? Deve-se agir a despeito dela!
Depois que um líder ouviu a crítica; depois que ele a pesou cuidadosamente, considerou a sua fonte, e
está claro que a censura é sem base, ele deve seguir em frente. Não deve retirar-se abatido. Deve seguir
fazendo o seu melhor possível, apesar da crítica.
Não deixe que a crítica o detenha. Os líderes têm que agir a despeito dos conselhos espinhosos que
vêm ao seu encontro.

Esqueça-a
Quando um cão aparece latindo em sua direção, o que deve ser feito? Parar e ralhar com ele? Nada
disto! Continue sua viagem. Finalmente se cansará e ficará para trás na poeira do desdém.
Esta é a melhor maneira para um líder tratar com a maioria das críticas: ignorá-las. Se parar para ficar
discutindo com toda crítica que late em suas rodas do carro, não fará nenhuma coisa mais.
Quando nós, como líderes, fizemos o nosso melhor, o melhor que podemos, então nada mais resta para
fazer. Agora podemos esquecer as críticas e prosseguir continuando a fazer o nosso melhor.

Entregue-se nas Mãos de Deus


Naturalmente, como um líder cristão, devo preocupar-me com as atitudes daqueles que me cercam;
mas enfim, como disse Paulo: “Pois quem me julga é o Senhor” (1Cor. 4:4). A nossa mais cobiçada
recompensa deveria ser: “Muito bem, servo bom e fiel, entra no gozo do teu Senhor” (Mat. 25:21).
Quando honestamente e com oração temos feito o nosso melhor, podemos deixar o resto com Deus.

“Todo aquele que se tem sentido na liberdade de condenar ou levar outros ao desânimo, será em sua
própria vida, levado a passar pela experiência por que fez outros passarem; sentirá aquilo que eles
sofreram devido a sua falta de compassiva compreensão e ternura" (White, OMDC, p. 117).

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Não se Deixe Cair na armadilha


“Olhei para seu irmão”, escreve Bolton Hall, “com o microscópio da crítica, e disse: Quão áspero é
meu irmão. Olhei-o com o telescópio do desprezo, e disse: Quão pequeno é meu irmão! Então olhei no
espelho da FRATERNIDADE e disse: Como parece comigo o meu irmão!".

Enquanto procuramos enfrentar com êxito a crítica não vamos cair nós mesmos na armadilha do diabo
e criticarmos os que estão ao nosso redor.
“Não vos queixeis uns dos outros”, disse o apóstolo Tiago, e “irmãos, não faleis mal uns dos outros”
(Tiago 5:9; 4:11).

"Os trabalhadores ativos não têm tempo de se ocupar com as faltas do próximo. As cascas das faltas e
fraquezas dos outros não fornecem alimento para a nossa vida" (CBV, p. 492).

Um líder é forte somente quando pode aceitar a crítica sabiamente e quando, através da graça de Deus,
exerce domínio de si mesmo e resiste a toda tentação para criticar.

Falhas na Administração: Como Corrigi-las?

Princípio Básico
As igrejas se desenvolvem sobre as pessoas. Nunca são maiores nem mais firmes do que as pessoas
que as administram.

As 4 falhas básicas na administração


1. Organização do Tempo
Muitas vezes ouvimos um pastor, Ancião ou outro líder falar mais ou menos assim: “Hoje eu tenho
tanta coisa para fazer, que eu não sei nem por onde começar”; ou: “o dia precisaria ter umas quarenta e
oito horas”. Tudo isso apresenta falhas na organização do tempo.
De todas as formas para administrar o tempo a mais simples é saber separar o urgente do importante.
• Tudo o que nós temos que fazer é importante.
• Mas o que nós temos que definir a cada dia é o que é urgente.
Urgentes são aquelas coisas que você precisa fazer hoje e não pode deixar de fazer hoje, porque se
você não fizer, vai dar problema.
E importantes são aquelas coisas que você deveria fazer hoje, mas se você não fizer hoje, você poderá
fazer amanhã, ou em outro dia.
Logo de manhã cedo, coloque em cima da sua mesa uma folha com duas colunas: URGENTE e
IMPORTANTE e em seguida, comece a estabelecer as prioridades.
Como se faz?
Relacione primeiro as urgentes, depois as importantes e em seguida, numere-as em ordem de
prioridade (qual é a mais urgente das urgentes?). Faça isso também com as importantes.
Comece realizando a seqüência das urgentes, e leve até o fim.

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2. Não Saber Elogiar


Como é difícil tirar um elogio da boca de alguns líderes! Esta é uma das queixas entre os oficiais de
nossas igrejas. Muitos afirmam: “Não adianta a gente se esforçar, não adianta a gente dar duro; nós nunca
somos reconhecidos”.
O segredo está em elogiar e desafiar.

3. Não Saber Corrigir ou Repreender


Quando necessário, repreenda os seus liderados imediatamente após o erro, para que esse não se
enraíze, mas só faça isso em particular e através da fórmula de P.N.P.

1. Positivo
2. Negativo
3. Positivo

Primeiro você começa com o positivo, falando do bom desempenho anterior do seu oficial, porque na
vida nós acertamos muitas vezes e ninguém fala nada. Aí, nós erramos uma vez e cai todo mundo em cima
da gente. Bem, é indispensável falar do desempenho global do oficial.
Feito isso, vem o lado negativo. Procure se inteirar do fato, do porquê de ele estar errando. Em
seguida, mostre como ele pode corrigir-se, e consiga dele o compromisso de que ele vai melhorar.
Depois, então, termine positivo. Dê um reforço. Mostre o quanto você crê na capacidade dele, no seu
desempenho.

4. O Achismo
Achismo é quando você não tem certeza de nada dentro das igrejas e congregações, você não tem as
informações precisas e isso impede de tomar decisões acertadas.
Procure obter da sua equipe todas as informações corretas e necessárias.

A Ética

• Não devemos usar o púlpito para difamar nossos opositores. Nunca substituir a Cristo pela
exposição dos erros dos outros, de pessoas, grupos, sociedades, sistemas políticos, outras
denominações, etc.
• Não ministrar parcialmente a justiça. Se ainda não a podemos aplicar igualmente a todos, não
a apliquemos por enquanto a ninguém. Todavia, situações diferentes, serão tratadas
diferentemente, mesmo quando a diferença for tênue.
• Manter a congregação informada acerca das finanças.
• Não revelar assuntos confidenciais a ninguém, nem à esposa. Algumas situações devem ficar
sepultadas na mente e no coração do líder (pastor/Ancião) unicamente.
• Zelar pela reputação do membro, por maior que seja a sua falta. Devemos devolvê-lo à
sociedade melhor de caráter e melhor de reputação do que o encontramos. Aqueles que sofrem
alguma disciplina não devem ser alvos de comentários maldosos ou desagradáveis, mas de um
bom programa de visitação, oração e apoio.

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• O líder cristão não deve ser um ditador, nem um caçador de heresias, mas um pastor de almas,
zelando por cada uma.
• Envolver-se com as reuniões solenes de sua comunidade (aniversário da cidade, posse de
prefeitos, de governadores, funerais de destaque, etc.), a não ser aquelas que esteja
abertamente contra os princípios bíblicos.
• Incentivar a igreja a participar das atividades humanitárias da cidade. O Evangelho do Senhor
é espiritual e também social.

Princípios de Sucesso na Liderança

Vamos estudar alguns princípios de sucesso que, colocados em prática, representam a grande diferença
entre o sucesso e o fracasso das pessoas e das organizações.

1. Fazer mais do que aquilo que é exigido


Normalmente as pessoas fazem menos do que aquilo que lhes é exigido, ou quando muito, fazem
exatamente o que corresponde com aquilo que lhes é exigido. Com essa atitude, as pessoas ferem uma lei
básica do sucesso, que se constatou com todos que venceram na vida. Essa lei determina que toda a pessoa
que faz mais do aquilo que lhe é exigido recebe na vida muito mais do que aquilo que fez. Constate a
veracidade deste princípio ainda hoje. "Dobre uma curva a mais" em busca dos seus objetivos. Faça um
pouquinho melhor o seu trabalho e você constatará, com surpresa, que oportunidades jamais lhe faltarão. Ou,
nas palavras do nosso Líder Máximo, “ande a segunda milha”.

2. Fazer as coisas mais difíceis de serem feitas


Para que você esteja preparado para as oportunidades, procure colocar em prática esse princípio.
É difícil para você organizar a sua mesa de trabalho, principalmente aquela segunda gaveta cheia de
pendências? Pois faça isso ainda hoje. É difícil você manter a calma, quando o seu oficial ou membro de sua
igreja, pela terceira vez, já cometeu o mesmo erro? Pois então, relaxe. Chame esta pessoa e pacientemente
converse com ele. É difícil para você reconhecer os seus próprios erros? Peça a seus membros que façam
críticas à sua atuação. Está você tentando melhorar a qualidade do seu trabalho, bem como, o atendimento à
igreja e aos membros? É difícil para você conciliar a sua vida pessoal e profissional? É difícil controlar seus
impulsos para você não tomar medidas precipitadas? Ou, por outro lado, tomar as iniciativas necessárias, ao
invés de postergá-las? É difícil para você nas crises, continuar agindo construtivamente quando todos à sua
volta estão inertes, mergulhados no pessimismo?
Pois então, comece ainda hoje a fazer as coisas difíceis de serem feitas.
“Qualquer pessoa pode começar; mas somente os ousados terminarão”.

3. Os dois preguinhos
Este é um princípio simples, mas muito transgredido.
Conta-se que um senhor, ao montar o seu pequeno negócio, pregou atrás da porta do seu
estabelecimento dois preguinhos. Em um, ele espetava as contas a receber. Noutro, as contas a pagar. E ele
nunca permitia que no preguinho de contas apagar tivessem espetadas mais notas do que no preguinho de
contas a receber. Depois de alguns anos, seguindo esse princípio, seu negócio prosperou, cresceu e, até hoje,

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apesar da sofisticação da sua contabilidade computadorizada, quando ele conversa com os seus
administradores, antes de mais nada ele pergunta: como estão os "dois preguinhos?" O segredo é simples:
não gaste mais do que você ganha e você evitará grandes problemas na sua vida.

4. Praticar Saltos Curtos


Depois que você estabeleceu o planejamento global a longo prazo, a pergunta importante é: o que você
tem que fazer hoje? Estabeleça planos diários e alcance as suas metas "passo a passo".

5. A Pequena Diferença
Na vida prática acontece a mesma coisa em todos os setores. As pessoas de sucesso não trabalham
cinco vezes mais, nem são cinco vezes mais inteligentes, do que as pessoas que fracassam, mas elas têm a
seu crédito uma pequena diferença. E o que isso significa?
O homem é grande não porque faça grandes coisas, mas porque faz coisas pequeninas
extraordinariamente bem feitas, exemplificando: a diferença entre dois líderes, um eficaz e outro medíocre,
não está no fato deles fazerem coisas muito diferentes. O líder eficaz tem o controle de pequenos detalhes,
pequenas falhas que passam despercebidas ao outro, medíocre por negligenciá-las. O homem não tropeça em
montanhas, mas é nelas que ele não dá importância, mas é nelas que ele se arrebenta. Portanto, o controle do
detalhe constitui a grande diferença nos resultados finais.
Daqui para frente faça tudo o que você tem quer fazer um pouquinho melhor e você terá, em relação às
outras pessoas, uma grande diferença.

O Homem mais Procurado

Quem é ele?
• O que procura ser um exemplo para os demais em vez de conformar-se unicamente com falar
sobre isto.
• O homem que sente a necessidade de ajudar, antes de ser ajudado.
• O homem que está disposto a dizer: “eu estava enganado... desculpe-me”.
• O homem que enfrenta destemidamente a tentação e diz: “não”.
• O homem que coloca os interesses de DEUS acima de todos os demais.
• O homem que trabalha com todo entusiasmo, pela realização de um projeto, e que logo dá
crédito de seu êxito às pessoas que o ajudaram.
• O homem que sorri com felicidade e que estimula aos demais.
• O homem que leva seus filhos à igreja em vem de enviá-los.
• O homem que é capaz de ver suas próprias falhas antes de ver os erros dos outros.
• O homem que dá seu dinheiro e seus talentos sem pensar em receber recompensas.

Os 10 Mandamentos do Líder

1. Respeitar o ser humano e crer nas suas possibilidades, que são imensas.
2. Confiar no grupo, mais que em si mesmo.

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3. Evitar críticas a qualquer pessoa em público, procurando sempre elogiar, diante do grupo, os
aspectos positivos de cada um.
4. Estar sempre dando o exemplo, em vez de ficar criticando todo o tempo.
5. Evitar dar ordens, procurando a cooperação de cada um.
6. Dar a cada um o seu lugar, levando em consideração os seus gostos, interesses e aptidões
pessoais.
7. Evitar tomar, mesmo de maneira provisória, a iniciativa de uma responsabilidade que pertence a
outrem, mesmo pensando que faria melhor. No caso de chefes que lhe são subordinados, evitar
"passar por cima" deles.
8. Consultar os membros do grupo, antes de tomar uma resolução importante, que envolva
interesses comuns.
9. Antes de agir, explicar aos membros do grupo o que vai fazer, e por quê.
10. Evitar tomar parte nas discussões, quando presidir uma reunião; guardar neutralidade absoluta,
fazendo registrar, imparcialmente, as decisões do grupo.

Dirigindo Reuniões de Comissões

Como Preparar?
1. Devem constar no planejamento anual da igreja (data, horário, local, etc).
• Ex. 1º sábado ou domingo de cada mês, às 19:00 horas.
• Na primeira reunião do ano, consultar as pessoas que participarão da Comissão, para
decidirem o melhor dia, horário e local das reuniões ordinárias.
2. Preparar uma lista dos itens a serem tratados. Esta Será a agenda ou “pauta” da reunião.
3. Planejar a mensagem devocional (meditação inicial).
• É bom também ter alguns minutos de oração antes da reunião.
4. Entregar, no culto anterior, um memorando ou carta, relembrando da reunião (data, horário, local,
juntamente com a agenda de assuntos). Esta é uma tarefa para a Secretaria da Igreja.
5. Caso necessário, estudar alguns assuntos em “comissões menores”, quando isto for apropriado.
6. Cuidar para que o local esteja devidamente preparado para reunião.
• Cadeiras, ventilação/climatização, quadro negro, giz, canetas, etc.

Como Conduzir?
1. Comece exatamente no horário marcado, com uma tolerância de, no máximo, 10 minutos.
• Dependendo do horário da reunião, seria interessante promover um ligeiro coffee break uns 20
minutos antes do início da reunião.
2. Verificar o QUORUM (número votado pela igreja para possibilitar o início das deliberações da
Comissão). Na maioria dos casos, estes número mínimo é a metade+1 dos membros da Comissão.
3. Apresentar a mensagem devocional (máximo 5 min.).
4. Ter momentos para oração.
5. Cuidar para que a duração da reunião seja equilibrada. Uma reunião não pode ter horário para
começar e não ter também limite para concluir. Mesmo que nem todos os assuntos tenham sido tratados,
encerre a reunião no horário previamente combinado.

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6. Verificar se o/a secretário(a) está presente. Se não estiver, deve-se escolher uma outra pessoa para
anotar provisoriamente esta reunião e redigir a respectiva ATA.
• É neste momento do início, também, que o/a Secretário(a) lê a ata da reunião passada e
recolhe a assinatura dos que estiveram presentes a ela.
7. Considerar um assunto de cada vez, conforme consta na agenda/pauta. Não permitir que outros
assuntos sejam discutidos, além dos que foram previamente agendados.
8. Incentivar a participação de todos. Cuidado com aqueles mais “políticos” que costumam
monopolizar as decisões e dominar a Comissão.
9. Não permitir divagação nem agressões pessoais.
10. Utilizar perguntas. A pergunta pode ser de várias maneiras:
a) dirigidas a todos os participantes
b) dirigida nominalmente
c) devolução de perguntas
11. Lembrar que o presidente não propõe, não apóia e não vota. A não ser para desempatar.
12. Conduzir a votos claros e precisos que indiquem quando foi o caso, quem fará, como, quando, etc.
13. Terminar no horário, agradecendo a presença e a participação.

Como Agir Após a Reunião?


1. Providenciar para que seja preparada a ata da reunião.
2. Revisar a ata antes de apresentar à igreja.
3. Providenciar uma cópia da ata para cada participante, quando necessário.
4. Manter sigilo absoluto sobre os assuntos tratados, especialmente os que envolvem disciplina de
membros.
5. Agir de acordo com os votos.

Como as Decisões são Tomadas?


Princípios essenciais das regras parlamentares:
• Cortesia e justiça com todos
• Considerar um item de cada vez
• A minoria precisa ser ouvida
• A maioria deve prevalecer
• O propósito das regras é facilitar a ação e não obstruí-la
Métodos de Votação:
• Declarando SIM ou NÃO
• Erguendo a mão
• Escrevendo em segredo
Tipos de Votação:
• 1 - Por maioria
o (A maioria é um número maior que a metade dos votos)
• 2 - Por pluralidade.
o É a maioria dos votos sem ser mais que 50%
o Ex de eleição: Débora - 7 votos; Robson - 4 votos; Geovana - 4 votos

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• 3 - Por 2/3 dos votos


• 4 - Decisão Por Unanimidade:
o Quando todos estão a favor.
o Isto é comum na igreja, devido aos interesses comuns dos membros e a atuação do
Espírito Santo promovendo a unidade (Efés. 4:3, 12 -13).
• 5 - Decisão por Consenso:
o Ocorre quando pelo menos a grande maioria se inclina em uma certa direção e mesmo
que alguém não concorde completamente, está disposto a acompanhar os demais.
o O consenso é a opinião geral, o acordo. É o método que deveríamos usar ao
buscarmos uma decisão em gruo.

Como o Consenso Pode Ser Alcançado?


Para alcançar o consenso, a diferença de opinião deve ser vista como uma maneira de:
• Reunir informação adicional
• Esclarecer itens
• Forçar o grupo a buscar melhores alternativas.
Assim, o conflito de idéias, soluções, etc, deve ser visto como ajuda e não como empecilho no
processo de encontrar o consenso.
Animar uma participação franca de desacordo.
Cada participante deve ter a responsabilidade de ouvir e ser ouvido.
Não se deve confundir silêncio com concordância. Alguns ficam calados, mas não estão concordando
com o que está sendo decidido. Por isso o líder deve incentivar a participação de todos.
Deve-se procurar reduzir a tensão, quando necessário. Quando os ânimos estiverem se exaltando, é
bom dar uma paradinha na discussão, passar para outro ponto menos polêmicos, e depois retornar ao diálogo.
Lembrar que os melhores resultados vêm de uma combinação de informações, lógica e emoção.

BIBLIOGRAFIA AUXILIAR

James C. Hunter. Como se tornar um líder servidor. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.
Laurie Beth Jones. Jesus, o maior Líder que já existiu. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.
Robert H. Pierson. Para você que quer ser líder. São Paulo: SALT-IAE, 1988.

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APÊNDICE

1. O Ancião como Líder


2. Administração e Planejamento

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Apêndice 1 - O Ancião Como Líder


UM ANCIÃO É...
(Baseado em I Tim. 3:1,7 e Tito 1:5-10)
• Irrepreensível
• Esposo de uma só mulher
• Temperante
• Sóbrio
• Modesto
• Hospitaleiro
• Apto para ensinar
• Não dado ao vinho
• Não arrogante
• Não irascível
• Não violento
• Inimigo de contendas
• Cordato
• Não avarento
• Que governe bem a sua casa
• Bom testemunho aos de fora
• Amigo do Rei
• Justo
• Piedoso
• Não neófito

Quando os cargos de liderança ficaram muito pesados para Moisés, setenta Anciãos foram
escolhidos, separados, e lhes foi concedido uma porção do Espírito de Deus (Núm. 11:13 a 30). Deste dia em
diante, o cargo de Ancião se tornou um fato permanente na vida judaica.
A igreja do Novo Testamento não era diferente. Paulo ordenou (com a imposição de mãos) alguns
Anciãos por onde ele passou. Nenhuma igreja foi deixada sem Ancião (também chamado de “presbítero”)
ordenado para continuar o trabalho (Atos 14:23). Tito, segundo as Escrituras nos informam, permaneceu em
Creta para ordenar Anciãos em cada cidade (Tito 1:5).
A palavra "Ancião" significa "mais velho". Este termo significa mais do que meramente idade
cronológica. O termo se refere mais ao amadurecimento e sabedoria. E isto é o que um Ancião deve ser: um
cristão maduro, com muita sabedoria de Deus.
Quando um homem é ordenado para ser um Ancião, ele assume o cargo religioso mais antigo do
mundo. O Ancião é incumbido de alimentar espiritualmente as ovelhas. Esta declaração inclui também a
família do próprio Ancião. A sua família deve ser a primeira a receber orientações espirituais. O papel da
família ancionata é indispensável ao ser exemplo perante a congregação. Cultos familiares, o estudo da
Bíblia e dos livros do Espírito de profecia deverão ser feitos diariamente. Haverá mais oportunidades quando
a esposa do Ancião poderá auxiliá-lo no ministério da consagração. Este é o privilégio que ela deverá
acariciar. Em outras ocasiões, a esposa ministrará repartindo o seu marido com outros.

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UM HOMEM CERTO PARA LUGARES CERTOS

O pastor Robert H. Pierson, no seu livro apresentando na Bibliografia deste material, conta o caso de
um garoto que foi eleito para presidente do clube de meninos do bairro e, ao voltar para casa, contou isto aos
pais, com muita alegria e satisfação. Porém os pais admiraram-se de que isto tivesse acontecido, porque não
viam no filho aptidões e qualidades para ser presidente deste clube de crianças. Mas o menino explicou-lhes
o que acontecera na eleição. Ele disse:
“Eles queriam que eu fosse o secretário, mas como não sei ler; então logo me indicaram para
tesoureiro, mas aí eu lhes disse que eu não sabia contar; foi então que me puseram para presidente”.

“Colocar homens ou mulheres adequados em posições chaves, constitui um problema de maior


importância de conduzir eficazmente uma organização, seja esta uma igreja ou uma Associação" (pág. 3).

“Não se devem eleger e ordenar dirigentes que não se provarem aptos para essa obra de
responsabilidade e que primeiro precisam ser convertidos, educados e enobrecidos, a fim de poderem servir
à causa de Deus em qualquer ramo” (White, Test. Seletos, vol. II, p. 261).

O ANCIÃO É UM LÍDER

Administrar uma Igreja é igual a administrar qualquer outra organização: deve-se ter objetivos. Os
mesmos devem manter-se completamente em mente, para que assuntos de menos importância não venham a
eclipsar completamente. Uma organização sem objetivos e uma liderança sem objetivos é igual a um motor
sem correia e sem polia: ele funciona suavemente mas não produz nada.

Líder na Evangelização
• II Tim. 2:2; 4:5
• Rom. 10:15
• Semana Santa
• Escolas Sabatinas Filiais
• Grupos Familiares
• Seminários do Apocalipse
• Conferências Públicas

Líder na pregação de candidatos para o Batismo


• Prov. 11:30

Líder no Culto Divino


• II Tim. 4:1-2
• Ter sempre uma escala de pregadores
• Estar sempre presente nos cultos
• Ter sempre um sermão para pregar
• Não permitir que pessoas totalmente estranhas tomem parte no culto

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Líder na Visitação dos membros


• I São Pedro 5:2
• Programa de visitação constante
• Padrinho espiritual dos novos conversos

Líder na Administração da Igreja


• Tito 1:5
• Administrar = Dirigir, proteger, zelar
• Somos chamados para administrar e não criticar a Igreja

Líder no Aconselhamento
• Gal. 6:1; Tiago 5:19-20
• Ser o exemplo
• Ter equilíbrio
• Manter sigilo
• Demonstrar confiança

Líder na Capacitação de membros na obra Missionária


• I Tim. 3:2

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Apêndice 2 – Administração e Planejamento

Uma das tarefas do líder cristão é administrar, isto é, conseguir fazer as coisas por meio das pessoas.
Para se realizar qualquer atividade administrativa, são necessários três passos fundamentais: PLANEJAR,
EXECUTAR e AVALIAR.

1. Planejar
É a arte de fazer com que as coisas aconteçam.
Como parte do planejamento, deve haver o estabelecimento de alvos, os quais devem ser possíveis de
se realizar.
o Luc. 14:18-31 - {Pensar, planejar antes de executar}
Ao planejar, devemos averiguar alguns itens importantes:
o Estabelecer o ponto em que nos encontramos - (Precisamos saber como está o presente para
podermos planejar para o futuro).
o Traçar os objetivos (relacionados com a missão)
o Estabelecer os alvos, isto é, o que cada um ou o grupo vai fazer de concreto para alcançar
seus objetivos.
• Ex. Curso de Evangelismo Pessoal na igreja
• Objetivo: Tornar cada aluno um instrutor bíblico

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• Alvo: Determinar que cada aluno dê 24 estudos bíblicos por semestre.


• O alvo é um evento futuro em direção do qual podemos medir o progresso.
o Destacar as prioridades
o Identificar os possíveis obstáculos
• O líder pode transformá-los em algo positivo e levar o grupo a tirar valiosas lições
destas situações
o Verificar os recursos disponíveis
o Distribuir responsabilidades - delegar
• Já vimos que se deve cuidar para não entregar tarefas a pessoas que não tenham
condições de cumpri-las - (escolher a pessoa certa para o lugar certo)
o Ser flexível.
• Qualquer planejamento pode ser modificado para melhor.
o Sem planejamento, o trabalho não rende; é só movimentação e fazer por fazer, e os
imprevistos são constantes e as pessoas se desanimam pela falta de organização.

2. Executar
É por em ação o que foi planejado.
O líder atua como coordenador mantendo a disciplina e a motivação, verificando se tudo ocorre de
acordo com o que foi planejado e descobrindo possíveis faltas enquanto ainda há tempo de corrigi-las e fazer
as adaptações necessárias.

3. Avaliar
É determinar o valor daquilo que se realizou.
O líder cristão deve ter por hábito a auto-avaliação e a auto-crítica, além de permitir que outros o
avaliem. Isto também é válido para todo grupo social (escola, trabalho, família, etc.).
A Avaliação deve partir dos objetivos. Deve-se avaliar cada um deles e verificar se era aquilo mesmo
que o grupo estava pensando.
Depois, se avaliam os alvos, quais os que foram alcançados e quais não foram e porquê isto
aconteceu. Quais as pessoas escaladas fizeram a sua parte e quais não fizeram e porquê.
o Deixar-se avaliar é um ato de humildade.
o Reconhecer os erros que se nos apontam, fortalece nossa humildade
o Se não se avalia, não se conhece os pontos fracos
o Depois da avaliação, novos objetivos são traçados, novos alvos são estabelecidos e novo
planejamento é feito para execução posterior.

2.1 - Planejar
Definições:
o É a tentativa de decidir antecipadamente um futuro próximo
o É mudar as coisas de como são para como desejaríamos que elas fossem.
o É um esforço preparando-se para usar nossos recursos de maneira ordenada, econômica e
objetiva.

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o É o processo de determinar alvos e designar meios pelos quais estes alvos possam ser
alcançados.

Perguntas Básicas de um Planejamento


1. Onde estamos agora?
Quantos membros temos agora?
Quanto dinheiro temos agora?
Quem é a maioria da igreja? (velhos, jovens, ricos, etc).

2. Onde queremos chegar?


Quantos iremos ganhar para Cristo este ano?
Isto será determinado pelo grau de fé, visão e maturidade da liderança.

3. Como chegaremos lá?


Que recursos nós temos para chegarmos lá?
Que programa vou usar?
Que método vou usar?

4. Quando chegaremos lá?


Cronograma - datas das etapas do processo
Ex.: Construção de uma igreja
• Cronograma - Datas - Metas menores até chegar às maiores
• 15/Jan - Pedra fundamental
• 30/Jan - 1o mutirão, alicerce, etc.

Tipos de Planejamento
1 - Diferenciado por Tempo:
a) A curto prazo - até 1 mês
b) A médio prazo - 1 mês até 1 ano
c) A longo prazo - de 1 ano até mais ou menos 5 anos.

2 - Diferenciado pelo tamanho da organização:


Ex. Planejamento pessoal, da igreja, do distrito, da Associação, da União, etc.

3 - Diferenciado pelo Nível ao qual se aplica:


Ex. Planejamento para 1º grau, 2º grau, faculdade, alunos, professores, funcionários, etc.

Vantagens do Planejamento
o Dá um sentido de direção, propósito e organização.
o Analisa as energias do grupo para alcançar os objetivos, evitando os desperdícios naquilo
que não interessa.
o Ajuda a evitar dificuldades, pois as emergências serão menos freqüentes.

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o Promove o entusiasmo e serve de inspiração e motivação para o grupo, pois não haverá
atividade sem sentido ou direção.
o Se o grupo participou do ato de planejar, isto dará a cada um o senso de pertencer ao time.
o Um plano aceito torna-se um compromisso para agir. Aqueles que se empenharam em
planejar se sentem moralmente compromissados a executar o plano.
o Um plano escrito serve de manual de orientação para uso em qualquer tempo.
o Mostra a cada indivíduo que pertence a organização para onde ela está indo e como e onde
ele se enquadra, orientando o trabalhar de maneira mais efetiva.
o Ajuda a esclarecer nossos objetivos
o Ajuda a ver os recursos que necessitaremos.
o Possibilita um grupo fazer as coisas acontecerem, ao invés de esperar que simplesmente
aconteçam.
o O planejamento ajuda o grupo a olhar para frente e a localizar futuros problemas antes que
eles apareçam.

Um Planejamento são as idéias, todo o processo.


Um Plano é quando tudo está pronto e eu passo para o papel, é o planejamento no papel (escrito e certo).

Quem deve fazer o planejamento da igreja?


A última palavra deveria ser da Comissão da igreja.
1 - Antes da reunião geral, deveria ser feito uma pesquisa individual com os membros da igreja
2 - O parecer dos departamentos da Igreja.
3 - O plano vindo da Associação ou Missão.

Fatores que Dificultam o Planejamento da Igreja Local


o A grande maioria de seus membros dedica apenas tempo parcial para suas atividades
eclesiásticas, especialmente pelo fato de estar envolvida com outro tipo de trabalho que
constitui seu “ganha pão”.
o O sistema de nomeações anuais, com a freqüente mudança de oficiais da igreja.
o A breve permanência do pastor na liderança da igreja. Como alguns pastores não se vêem
ligados a uma igreja ou distrito por muito tempo não se sentem motivados a planejar a longo
prazo.

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Apêndice 3 - Há Fogo Dentro?


Autor: Pr. Robert Pierson

"Tu me refazes a vida" (Sal. 138:7).

"Olhe!" disse o velho da tribo Luo para sua esposa, mostrando uma pequena clareira na selva. Que
espetáculo! Um grupo de macacos babuínos assentados mais ou menos em círculo como num concílio de
pastores.

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"Olhe aquele pequeno monte de pedaços de pau no centro do grupo", sussurrou o velho homem. "Ele
colocaram os apus da mesma maneira como fazemos com a lenha para fazer fogo".
Certamente! A cena assemelha-se a um grupo de discussão ao redor de uma fogueira - exceto que
eles não tinha fogo na pilha de lenha.
“Eles já nos viram muitas vezes fazendo fogo”, explicou o esposo. “Agora eles também preparam o
seu. Eles têm tudo, menos o fogo”.

Fogo nas Rodas


A maravilhosa organização dos Adventistas do Sétimo Dia tem se aperfeiçoado sob a direção e a
bênção de Deus. Temos todas as rodas. Temos tudo - a mensagem, os líderes, os membros e recursos
abundantes. O que precisamos agora é de fogo - fogo para incendiar toda a organização, fogo que brilhe
como relâmpago através das rodas da organização, fogo que inflame homens e mulheres para Deus. Esse
"fogo" é o poder do Espírito Santo.
O profeta Ezequiel contemplou fogo - fogo vivente - nas rodas de Deus. "O aspecto dos seres
viventes era como carvão em brasa, à semelhança de tochas: o fogo corria resplendente entre os seres, e
dele saíam relâmpagos" (Ez. 1:13).
As rodas dentro da igreja Remanescente devem ser acesas com fogo como no Pentecostes. O Espírito
Santo deve eletrizar e dinamizar a organização. Da máquina devem sair "relâmpagos", o próprio poder dos
céus. Máquina sem fogo, organização sem o Espírito Santo, líderes sem o poder de cima, nunca terminarão a
obra de Deus nesta geração.

Sem Fogo Não Há Poder


Faz alguns anos, um missionário levou um velho indígena convertido a uma cidade canadense. Era a
primeira visita que esse “pele vermelha” fazia àquele local. Todas as coisas eram assombrosas e
maravilhosamente novas para ele. Viu pela primeira vez a luz elétrica.
"O que faz arder?" Exclamou.
"O fogo que está dentro", o seu amigo missionário exclamou.
Alguns momentos depois subiram num elevador até ao décimo andar de seu hotel.
"O que faz isto subir?" Perguntou admirado.
"O fogo que está dentro", foi a réplica.
No quarto do hotel o missionário pegou o telefone e, para o deslumbre do seu companheiro indígena,
manteve a conversação com um amigo invisível. Com os olhos abertos de espanto, o homem de pele
vermelha aproximou-se dele.
"O que faz isto falar?" Ele perguntou.
"O fogo que está dentro", disse o seu amigo.
Um dia ou dois mais tarde uma falha na corrente elétrica paralisou toda a cidade. As luzes se
apagaram. Os ônibus elétricos pararam onde estavam. Os elevadores pararam entre os andares.
O velho indígena estava desalentado. Descreveu a situação com uma inteligência pitoresca: "A luz
desaparecera da fonte - não há fogo dentro. O que sobe e desce na casa parou - não há fogo dentro".
O homem de pele vermelha estava certo. Tudo pára quando não há fogo dentro. Falta de poder, se é
numa grande cidade ou numa igreja de Deus, é um assunto sério. Quando falta o Espírito Santo a obra logo
definhará. Mesmo cheia de atividades, mas sem fogo próprio do Céu, não poderá haver real e duradouro
progresso.

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A mensageira de Deus enfatiza esta verdade vez após vez. "Não podemos depender da forma ou do
maquinismo externo. O que precisamos é da vivificadora influência o Espírito Santo de Deus" (Testemunhos
para Ministros, p. 512). "Se eles [os discípulos no Pentecostes] O necessitavam [O Espírito Santo] naquele
tempo, nós O necessitamos muito mais... Sem o Espírito e o poder de Deus, trabalharemos em vão"
(Testimonies, Vol. 5, p. 158).

Promessa Cumprida
"Precisais de poder, e este, Deus está disposto a vos dar sem restrições" (Obreiros Evangélicos, p.
35). Que preciosa segurança! Verdadeiramente necessitamos de poder! A mensageira do Senhor declara que
o nosso Deus pode satisfazer e satisfará nossas necessidades "sem restrições".
Gosto da maneira como Phillips traduz a certeza que Paulo dá aos crentes de Corinto: "Ele... nos deu
a garantia viva do Espírito" (II Cor. 1:22). Mas isto não foi exclusivamente para eles, senão também para os
crentes em Nova York, Shagai, Londres, Cape Town, Sydney, Berna, Buenos Aires, e em toda parte.
Nosso Deus é um Deus vivo. Suas promessas pulsam com vida. Nunca necessitamos duvidar de seu
cumprimento. "Nesta mesma hora, Seu Espírito e Sua graça são para todos os que os necessitarem e
quiserem tomá-lo em sua Palavra" (Testimonies, Vol. 8 p.20).
Não podemos fazer isto? Não podemos aceitar a "garantia viva do Espírito?" Atrevemo-nos a recusar
a graça e o poder com os quais Ele deseja nos imbuir agora?
"A promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século ou raça" (Atos dos Apóstolos, p.49).
Deus tem colocado este grande poder ao alcance de todas as pessoas, de todas as idades, de todas as nações e
de todos os tempos.
"Confiemos em Sua Palavra".

Devemos Pedir
Porque Deus tem prometido Seu Santo Espírito para capacitar a igreja a terminar Sua obra, não
significa que o temos automaticamente. Não devemos descansar "satisfeitos, pensando que no curso
ordinário da estação, a chuva cairá. Pedi-a" (Testemunho para Ministros, p. 508). Encontramos uma
instrução semelhante no Velho Testamento: "Pedi ao Senhor chuva no tempo das chuvas serôdias" (Zac.
10:1). Devemos orar para que Deus descerre a fonte da água da vida" (Testemunhos para ministros, p. 509).
"Podemos ter tido uma medida do Espírito de Deus, mas tanto pela oração como pela fé devemos
buscar continuamente mais do Espírito. Nunca dá resultado cessarmos os nossos esforços" (Idem, p.508).
Devemos "lutar com Deus em fervorosa oração pelo batismo do Espírito Santo, para que (possamos) atender
às necessidades de um mundo que perece no pecado" (Idem, p. 459). "Grupos de obreiros cristãos se devem
reunir para suplicar auxílio especial, sabedoria celestial, para que saibam planejar e executar sabiamente"
(Atos dos Apóstolos, p. 50).
"Em todas as reuniões devemos pedir a Deus para que cumpra as promessas do Pai" (Testemunhos
para Ministros, p. 509). Quando Deus atender a estas orações, como seguramente o fará, unicamente então, a
igreja remanescente receberá "abundante graça" e "grande poder" para terminar a obra "nesta geração".

O Preço do Fogo nas Rodas


Em 8 de dezembro de 1934, bandidos chineses assassinaram dois missionários presbiterianos, John e
Betty Stan, e queimaram completamente sua casa. Alguns dias depois da tragédia, entre as ruínas, amigos

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encontraram a página em branco no princípio da Bíblia da Sra. Stan. Nela estavam escritas estas palavras
comovedoras de dedicação:

"Senhor, deponho meus propósitos e planos, todos os meus desejos, esperanças e ambições e aceito
Tua vontade para a minha vida. Entrego-me a mim mesma, minha vida, meu tudo para Ti para ser Tua para
sempre. Entrego aos Teus cuidados toda a minha amizade e amor. Todas as pessoas a quem amo ocuparão
um segundo lugar no meu coração. Enche-me e sela-me com o Teu Espírito Santo. Faze cumprir todos os
Teus propósitos na minha vida, a qualquer custo, agora e sempre. Para mim, o viver é cristo, e o morrer é
ganho".

Isto, líderes companheiros, indica o preço do poder - fogo nas rodas - tudo que temos e somos! Uma
entrega total e sem reservas. O Espírito Santo não pode possuir um templo dividido.
Davi conhecia o preço do poder: "Imploro de todo o coração a tua graça" (Sal. 119: 58). "Bem-
aventurados os que... o buscam de todo o coração" (Sal. 119:2).
A mensageira do Senhor sabia o preço e o segredo do poder: "Nada está aparentemente mais ao
desamparo, mas na realidade mais invencível, do que a alma que sente sua nulidade, e confia inteiramente
em Deus" (Profetas e Reis, p. 175). "Não há limites à utilidade de uma pessoa que, pondo de parte o próprio
eu, oferece margem à operação do Espírito Santo na alma, e vive uma vida de inteira consagração a Deus"
(Desejado de Todas as Nações, p. 227).
O poder do Pentecostes virá à igreja unicamente quando viverem o espírito do Pentecostes. A luz
refulgirá nas rodas de nossa administração somente quando as lâmpadas de Deus estiverem acesas no
coração dos líderes de Deus. Unicamente então ocorrerá o grande reavivamento que preparará o caminho
para a terminação da obra.

Reavivamento Prometido
"Fiquei profundamente impressionado com as cenas que ultimamente passaram perante mim nas
visões da noite", escreveu a irmã White. "Parecia estar-se operando um grande movimento - uma obra de
reavivamento - em muitos lugares. Nosso povo ocorria a seus postos, atendendo ao chamado de Deus"
(Serviço Cristão, p. 42). Esta é a cena dos líderes e membros consagrados que anelam testemunhar e
participar desde há muito tempo.
Graças a Deus que o tempo de refrigério virá. Não há dúvida quanto a isto! Deus tem prometido. Isto
virá. "Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá entre o povo do Senhor, tal avivamento
da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos" (Conflito dos Séculos, p.
464).
"Assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz,
e prosperará naquilo para a que designei" (Isaías 55:11). Deus tem penhorado Sua palavra de que um
reavivamento virá ao Seu povo. Essa promessa não voltará para Ele vazia.

O Reavivamento Começa com Indivíduos


Durante os dias do grande reavivamento galês, um cristão londrino decidiu ir ao País de Gales e ver
por si mesmo o despertamento. Ao sair do trem, começou a olhar ao redor por evidências de uma grande
excitação religiosa.
Não vendo nada inusitado, aproximou-se de um policial que estava em pé na plataforma da estação.

002-LIDERANÇA CRISTÃ 35
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"Oficial", ele perguntou, "onde está este grande reavivamento galês do qual tenho lido tanto?"
O policial, também um cristão, levantou os seus ombros e apontou para o seu próprio peito. "Senhor,
está aqui mesmo atrás destes botões de bronze".
O Espírito de Profecia declara que o reavivamento começará quando uma pessoa, um pastor, um
presidente, um oficial da igreja ou um membro leigo, prepara o caminho "atrás de seus botões de bronze".
Notemos, agora: "O reavivamento das igrejas provêm do sincero esforço de alguma pessoa em
buscar as bênçãos de Deus" (Serviço Cristão, p. 12). "De alguma pessoa em buscar". Aqui você tem as cinco
mais importantes palavras neste capítulo. Aqui está o segredo do reavivamento. Esqueça tudo, menos isto.
Mas, continue a ler: "Essa pessoa tem fome e sede de Deus, e pede com fé, recebendo de acordo com
ela. Põe-se a trabalhar com zelo, reconhecendo sua inteira dependência do Senhor, e almas são despertadas
para buscar uma bênção semelhante, recebendo em seu coração um período de refrigério" (Idem, 121).
Reavivamento é uma experiência pessoal. "Devemos encarar a tarefa individualmente" (Christ Our
Rightcoousness, p. 31).
Oh! Sim, na verdade, outros seguirão - dezenas, centenas, milhares talvez, dependendo da localidade.
"O grande movimento", segundo foi mostrado à mensageira do Senhor, ocorrerá. Milhares aceitarão
"respondendo ao chamado de Deus" (Serviço Cristão, p. 42). Mas, a obra começará em várias igrejas, em
diferentes comunidades, quando um membro, um pastor, um professor, um administrador, procurar
fervorosamente a bênção de Deus.
Nos dias do ímpio Acabe e Jezabel, o Senhor usou um homem - Elias - para operar um
reavivamento. Elias, "cujo destemeroso ministério estava destinado a deter a rápida disseminação da
apostasia de Israel" (Profetas e Reis, p. 119). "Com a exterminação dos profetas de Baal, estava aberto o
caminho para uma poderosa reforma espiritual entre as dez tribos do reino do norte" (Idem, p. 155). Para
Deus, um homem foi suficiente quando ele estava cheio do Espírito Santo.
Enquanto Elias testemunhava no reino do norte, Deus enviou outro profeta para admoestar a Judá, no
sul. Josafá continuou a boa obra do rei Asa, seu pai. Ele "andou nos primeiros caminhos de Davi, sei pai, e
não procurou a Baalins". Tornou-se-lhe ousado o coração em seguir os caminhos do Senhor" (2Crôn. 17:3,
6). Josafá destruiu centros de culto a Baal. Ele "tirou os altos e os postes-ídolos de Judá" (v. 6). Como
resultado ocorreu um grande reavivamento. Este reavivamento espiritual de Judá fortaleceu a nação para
resistir à invasão moabita em tempo posterior. O povo havia sido ensinado a confiar no Senhor e estava
preparado para a emergência.
"Agora, quando o reino estava em perigo, Josafá não estava sozinho. Todo o Judá estava em pé
perante o Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres, e os seus filhos... Unidos, jejuaram e
oraram" (Profetas e Reis, p. 200). Que influência exercida por um líder piedoso! Como o Senhor o usou!
Hoje deve ocorrer o mesmo. Deus precisa de muitos Josafás a serem postos em focos de agitações
perturbadoras através do mundo para liderar, para endireitar e preparar o povo para as futuras calamidades e
desafios.
Leia a experiência de outros líderes a quem Deus usou para trazer reavivamento a Seu povo. Dentre
outros, verifique Ezequias, Josias, Esdras, Neemias e Jonas. Esses reavivamentos ocorreram porque uma
pessoa buscou fervorosamente ao Senhor.

Como Começa Um Reavivamento


O Senhor, através do rei Salomão, estabeleceu os passos que conduzem a um reavivamento. Leia-os
comigo no espírito de oração: "Se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar, orar e Me buscar,

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e se converter dos seus maus caminhos, então Eu o ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a
sua terra" (II Crôn. 7:14).
Aqui estão, claros e inconfundíveis, os quatro passos que levam a um verdadeiro reavivamento:
1. Exame de coração e arrependimento.
2. Jejum e oração.
3. Confissão e culpa.
4. Fervoroso exame da Palavra.

Líder ou leigo, este é o caminho e a única maneira. Não existe nenhum atalho sensacional, nenhuma
fórmula mágica. Tão simples, contudo tremendamente importante. Você e eu devemos nos arrepender, orar,
confessar e estudar como conseguir o nosso reavivamento. Como líderes, necessitamos percorrer este
caminho e levar o nosso povo conosco.
Fazer isto não demanda um grande conhecimento. Não requer recurso financeiros. Mas, novamente
repito, isto requer tudo o que possuímos, ou somos. Unicamente tal experiência produzirá um reavivamento
em seu coração e no meu.

Procura de Líderes Para o Reavivamento


Deus está procurando líderes que estejam dispostos a pagar o preço de uma total entrega. Para eles, o
poder do Espírito Santo será dado (Testimonies, Vol. 8, p. 20). Não o procuraremos de todo o nosso coração?
Escreveu a serva do Senhor: "Tenho ansiosamente aguardado, esperando que Deus revista alguns de
Seu Espírito e os use como instrumentos de justiça para despertar Sua igreja e organizá-la" (Idem, Vol. 5,
p.663).
Isso já faz anos. Aqui estamos, décadas depois, ainda nas bordas do reino. Não nos ofereceremos
humildemente para sermos usados por Deus para acender este último reavivamento em nossa igreja, em
nosso estado e em nosso país?
Quando o Senhor bater no seu e no meu ombro, não responderemos: "Eis-me aqui?" (Isa. 6:8).
Deus disse: Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o teu
povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Porque
hão de dizer entre os povos: Onde está o seu Deus? Então o Senhor se mostrou zeloso da sua terra,
compadeceu-se do Seu povo" (Joel 2:17 e 18).

Você ainda quer ser um líder? Então, prostre-se de joelhos diante de Deus. Com lágrimas de aflição
rogue pedindo aptidão, primeiro para você mesmo, e depois para o povo que você lidera.
Os tempos perigosos em que vivemos exigem líderes com uma preocupação, líderes que chorem
entre o pórtico e o altar, líderes que jejuem e orem buscando o Senhor de todo coração. A obra de Deus na
atualidade exige líderes que têm fome e sede dEle, líderes que investiguem as Escrituras, líderes que vivam
vidas centralizadas em Cristo e que preguem sermões cristocêntricos.

Que Deus faça de você e de mim líderes assim!

002-LIDERANÇA CRISTÃ 37

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